Revolução nos livros: Mercado de segunda mão!

Podem nos cobrar. Ainda um dia, não tão distante de hoje, todos nós seremos testemunhas do resgate dos livros. As pessoas voltarão para os livros como jamais aconteceu em qualquer momento.

E a Amazon deu uma baita mão, uma segunda mão, nessa direção. Uma das mais importantes contribuições que a Amazon deu para o negócio dos livros foi a de garantir modernidade, acessibilidade e relevância ao mercado de livros usados. Uma espécie de mercado de segunda mão, como existe há décadas no mercado de outros produtos, como no dos automóveis.

Originalmente a Amazon, apenas no início, só vendia livros novos. Rapidamente Bezos intuiu que precisava oferecer algum tipo de contribuição para dar novas e maiores dimensões ao business e a seu negócio. E, em se convertendo, gradativamente, de Amazon Books, em apenas Amazon, de livraria virtual em Marketplace, passou a vender livros para outras livrarias e pessoas, ou seja, colocando praticamente todos os livros – novos e usados, na prateleira do mundo.

E mais que deu certo. E com a comercialização acessível e democrática dos livros usados, Bezos deu acesso aos livros, a uma quantidade infinitamente maior de pessoas que não dispunham de dinheiro para comprar, exclusivamente, livros novos.

Ou seja, e de certa forma, reinventando o negócio dos livros, e criando uma espécie de marco divisor. O business de livros AA, e DA. Antes da Amazon, e depois da Amazon.

Antes da Amazon quem quisesse livros usados tinha que descobrir os endereços dos sebos, ir até lá, tentar encontrar o livro que procurava, e ainda pagar caro por ser tratado o livro usado mais como raridade, do que livro usado.

Referenciando-se na história da Amazon, e aproveitando-se da quebra da Livraria Cultura, meses atrás a Luiza decidiu seguir o mesmo caminho. Comprou em leilão por R$ 31 milhões a Estante Virtual, uma espécie de Amazon da Cultura.

Assim, e pedaço a pedaço, a Luiza vai se convertendo de uma loja de departamento física e digitalmente presente, num Marketplace robusto, formado pela própria Luiza Digital, mais a Netshoes comprada no ano passado, e também, da Estante Virtual.

Por que muitas empresas, em suas estratégias, consideram ser melhor comprar o que já está andando, consertar e/ou corrigir e aperfeiçoar, do que investir bem menos dinheiro e começar do zero?

Pela simples razão que não existe mais tempo para se começar do zero.

Em 95% das situações quando a empresa ficar pronta será tarde demais e o mercado estará completamente tomado. Portanto, e em momentos de disrupção como o que estamos vivendo, ganhar alguns anos tem um valor inestimável.

Muito a comemorar com a aquisição da Magalu. E pontos e muitos pontos no processo de resgate do melhor amigo de todos nós, consultores da Madia, o livro.

Vinicius, como já comentamos com vocês, dizia que o melhor amigo dele era o uísque. Segundo ele, uma espécie de cão engarrafado.

Já o nosso, consultores, o livro. E parafraseando Vinicius, nosso cão encadernado.

Obrigado Amazon, obrigado Luiza.

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