Dentre nossos “malucos favoritos”, consultores da Madia, Richard Branson disputa a primeira colocação com Elon Musk. Talvez Musk seja mais criativo e intenso, mas Branson é bem mais divertido e exuberante em suas realizações.

Um dia Richard Branson, em quem o pai não apostava um tostão furado pela sua dislexia, colocou na cabeça que colocaria em pé um monte de negócios com uma única e mesma marca. Virgin. E assim fez. Não conhecemos outra história igual. Mais de 300 negócios e todos com a marca Virgin…

Especificamente no território da aviação, tudo começou porque estava preparando-se para ir em direção às Ilhas Virgens Britânicas, depois de um dia de trabalho em Porto Rico, quando foi avisado, minutos antes da decolagem, que o voo fora cancelado. Em suas palavras explica o constrangimento pelo voo cancelado,

“Tinha uma linda mulher me esperando nas Ilhas Virgens Britânicas, e decidi não decepcionar. Aluguei um avião, comprei uma lousa na loja do aeroporto, e antes que os outros passageiros voltassem para casa escrevi no topo da lousa ‘Voo para as Ilhas Virgens por US$ 39,00 o assento. Rapidamente enchi o meu primeiro voo…’. No final do voo foi aplaudido pelos passageiros e decidiu alugar um primeiro Boeing 747”.

Em seu livro de memórias, diz: “Minhas maiores fontes de inspiração para novas ideias são as coisas que me frustram. Se algo está me incomodando, é porque tenho um problema a ser resolvido…”. E assim nasceu a Virgin Atlantic, uma das maiores empresas aéreas do Reino Unido, no ano de 1984.

Um dia encasquetou que teria uma linha para o Brasil. Que sua Virgin pousaria em Guarulhos. E começou a montar seu circo numa primeira turnê pelo Brasil.

Estadão, 04 de setembro de 2019: “Virgin Atlantic voará para o Brasil a partir de março…”. A companhia aérea britânica Virgin Atlantic vai começar a voar para o Brasil a partir de 2020. O primeiro voo entre o aeroporto de Heathrow, em Londres, e Guarulhos, em São Paulo, está previsto para o dia 29 de março. Mas as passagens começam a ser vendidas na próxima semana, dia 10…

Estadão, 28 de maio de 2020: “Virgin Atlantic deixa o Brasil sem nunca ter realizado um voo”. “A aérea britânica Virgin Atlantic, do bilionário Richard Branson, vai encerrar os contratos de trabalho da equipe brasileira nesta sexta-feira. Cancelou os planos de atuar no Brasil sem nunca ter saído do chão…”.

Assim, e quem diria, a que tentou voar sem jamais ter feito uma única decolagem, é mais uma das marcas da coronacrise em nosso país. Uma empresa aérea que desistiu sem ao menos ter realizado um único voo. Primeiro adiou o voo previsto de março para outubro. Depois, jogou a toalha… Mas, aguardem.

Quando tempos melhores voltarem ou vierem, e como Branson não aceita ficar irritado e nem perder, muito brevemente resgatará seu sonho provisoriamente cancelado.

Como sempre diz, “Se perder um ônibus não se desespere. Logo atrás vem outro”. Ou, como dizia, o Barão de Itararé, “Nunca desista de seu sonho. Se ele acabou numa padaria, procure em outra”.

Faz parte da vida. Ganha-se duas perde uma e vai-se em frente. Esse é o placar nas centenas de negócios que Branson montou até hoje. De cada três negócios, um não deu certo. Mas dois, deram. Próximo!

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