“Me sinto honrada pela oportunidade de levar o legado adiante…” – Juliana La Pastina.
Todos precisamos estar sempre preparados para os acidentes de percurso. Nossas empresas, tão importantes para nós, são igualmente importantes para a sociedade. E precisam seguir adiante. Quando uma empresa fracassa, a sociedade contabiliza uma perda irreparável. No dia 20 de agosto de 2020, uma quinta-feira, as principais publicações do Brasil anunciaram a morte de um dos ícones do território da gastronomia e do vinho em nosso país, Celso La Pastina.
Juliana começou a trabalhar com seu pai, Vicente, no ano de 1978, aos 20 anos de idade. Expandiu o negócio criado pelo pai, enveredou com consistência e talento pelo território do vinho, e hoje a empresa que criou, a World Wine, exclusivamente de vinhos de qualidade, segue crescendo com lojas próprias nas principais cidades e shopping centers do País.
Corta para a revista IstoÉ Dinheiro, do início de 2021, poucos meses após a morte do pai, e lá está ela no comando dos negócios, Juliana La Pastina, fotografada no centro de distribuição da empresa na cidade de São Paulo. Revela que a empresa cresceu 28% em 2020, e pretende repetir a dose em 2021.
Segue a vida.
O avô, Vicente La Pastina começou com um pequeno negócio na zona cerealista da cidade de São Paulo no ano de 1947. Em pouco mais de 10 anos já se consagrava como um dos principais exportadores de grãos do Brasil.
Celso, seu filho, procedeu a um upgrade na empresa, passando a trabalhar com produtos de maior valor agregado, criando uma linha própria, e esmerando-se no branding, na construção de uma marca. Em pouco tempo, os produtos da La Pastina frequentavam as cozinhas dos melhores restaurantes do Brasil, e de outros 3000, também.
Hoje são mais de 400 funcionários, o grupo La Pastina é um dos cinco maiores importadores de alimentos do Brasil, e ainda criou no ano de 1999 a World Wine. Agora, e depois da despedida de Celso, o comando segue com Juliana.
Em entrevista à revista Exame, contou Juliana:
“Eu já trabalhava há bastante tempo com meu pai. Comecei na empresa em 2004, como assistente, e ocupei vários cargos, sempre no marketing e na área comercial. Vínhamos desenvolvendo o plano de sucessão já há dois anos. Meu pai não queria parar de trabalhar, mas, trabalhar um pouco menos. E se dedicar a viagens, à procura de novos produtos e ao relacionamento com os produtores. Obviamente não imaginava que a transição seria dessa maneira nem tão cedo.
Felizmente tudo aconteceu num momento em que a empresa está muito bem estruturada e azeitada. O que eu quero é dar continuidade ao que já estávamos fazendo. Me sinto honrada pela oportunidade de levar o legado adiante…”.
Segue a vida…
Precisamos estar preparados, sempre.
Deixar tudo mais que preparado e planejado, como se não houvesse amanhã.