Languishing é a denominação que o psicólogo Adam Grant deu ao que muitos de nós estamos sentindo, ou começando a sentir. Adam Grant, psicólogo organizacional, durante sete anos o professor mais bem avaliado da Wharton University, com diversos livros de sucesso, e traduzido em 35 línguas.
Segundo Adam, caminhamos em direção à languidez, ao abatimento, e, definhando. Claro, em decorrência da pandemia, e de tudo o que vem causando.
Em artigo publicado no dia 19 de abril, e atualizado no dia 22 no The New York Times, Adam descreve como chegou à conclusão do Languishing, e que todos estamos começando a definhar… Diz, “No início, não reconheci os sintomas que eram cada vez mais comuns nas pessoas de meu relacionamento. Amigos repetiam sobre as dificuldades crescentes em se concentrarem. Mesmo e diante da perspectiva da vacina muitos se revelavam pessimistas em relação a 2021. Um parente meu permanecia acordado assistindo de forma recorrente ao filme A Lenda do Tesouro Perdido… E eu que pulava da cama antes das 6h passei a permanecer deitado até as 7h trocando posts com amigos… Não se tratava de esgotamento. Apenas sentíamos falta de energia. Também não era depressão e nem impotência…”.
Apenas ausência de alegria e de objetivos. “Nos descobrimos Languishing… Definhando… Perda gradativa, recorrente e crescente de energia… Um híbrido de estagnação e vazio. A sensação de um arrastar-se pelos dias, e vendo sua vida passar através de uma janela embaçada. Assim, dizia ele naquele momento, acredito que o Languish, o definhar, poderá ser a emoção predominante no ano de 2021…”.
E explicava, “Na medida em que a pandemia arrastou-se, o estado agudo de angústia deu lugar a uma espécie de abatimento crônico. Na psicologia tratamos os diferentes estágios em termos de saúde mental, como algum ponto entre a depressão e o florescimento. O florescimento é o apogeu do bem-estar – temos um forte sentimento de significado, domínio, e importância para os outros. Já a depressão é o vale do mal-estar: sentimo-nos pesados, esgotados, inúteis… Assim o definhamento é um ponto intermediário. Uma espécie de vazio entre a depressão e o florescimento…”.
E qual a solução diante do languishing, do definhamento? Segundo Grant, e outros psicólogos, e uma vez concluído o diagnóstico, a solução é uma palavrinha de quatro letras:
Flux!
Diz Grant o que é o Flux, o Fluxo. “Fluxo é deixar-se absorver por um desafio importante e fluir; uma ligação ainda que momentânea por uma causa ou propósito… Pessoas que mergulham mais a fundo em seus projetos conseguem prevenir-se do definhamento e preservam, na maior parte, a felicidade pré-pandemia. Ingressar, mergulhar e permanecer no fluxo.
É isso, amigos. Não sabemos de verdade e em termos de saúde o que nos aguarda, mas sabemos que o importante é não parar, seguir, e não nos deixarmos cair na languidez, no fraquejar, amolecer, afrouxar…
E Adam Grant, conclui seu diagnóstico, e com o qual nós consultores da Madia concordamos integralmente e é o que temos feito todos os dias dos últimos meses, que:
“O languishing, o definhamento, não se encontra apenas em nossas cabeças, mas também se faz presente nos ambientes que frequentamos e vivemos, em nossas circunstâncias”.
E conclui, “Você é incapaz de curar uma cultura doente com ataduras pessoais”.
Ou seja, e sempre, e enquanto o ambiente ao seu redor não evolui, recupera-se, e em algum momento volta a ser menos tóxico, permaneça Flux, concentrando-se em seus desafios pessoais e específicos…
É o que todos devemos e deveremos fazer pelos próximos meses, quem sabe, pelos próximos dois ou três anos.