Rotina e emoção, necessidade e desejo, sonho e realidade

Muitos queridos amigos nos cobram uma explicação, sob a ótica do marketing, da compreensão e entendimento das razões e motivos que comandam nossas ações, nós, seres humanos, como cidadãos, trabalhadores, consumidores e todo o mais, a propósito do tal do Metaverso.

Hoje decidimos arriscar numa primeira tentativa de atender e procurar responder essas perguntas.

Um dia nosso adorado mestre e mentor, mais de 50 anos atrás, desabafou aquilo que a ele parecia ser uma insensatez. Transportar todos os dias, milhões de pessoas, de suas casas ao trabalho, e na volta do trabalho às suas casas, pesando entre 80 e 90 kg, quando tudo o que precisavam eram de seus cérebros pesando menos de 3 kg. Existia a consciência do absurdo e insensatez, mas nenhuma solução nem à vista, e, muito menos, próxima.

E assim a população das cidades foi crescendo, as ruas entupindo-se para transportar na ida e na volta pessoas com seus 90 kg quando tudo o que as empresas precisavam era de seus cérebros com menos de 3 kg. E gradativamente, de forma silenciosa e sem alarde, inovações foram se revelando, eliminando gradativamente a necessidade de as pessoas movimentarem-se insensatamente.

Primeiro o fax, depois a internet, mais adiante os smartphones, tablets, notebooks, uma nova cultura se manifestando, e, tudo eclode agora neste início da década de 2020. E aí veio o aditivo, tempero, ou condimento que faltava, a pandemia, e tudo passou a ser, diante das verdadeiras possibilidades, gadgets e tecnologia dominados, para ontem.

E aí Mark Zuckerberg começou a falar e se apropriar do conceito e entendimento de um tal de Metaverso, novos aplicativos de teleconferência e facilitadores do trabalho a distância foram chegando de forma acelerada e sendo adotados, e finalmente, e agora, nos descobrimos, definitivamente, nos portais de um, de verdade, Admirável Mundo Novo. Onde o Metaverso é, talvez, sua principal componente.

Neste preciso momento, aceleradas pelas pandemias, milhões de empresas em todo o mundo planejam a mudança radical em sua forma de trabalhar.

E todas, com poucas exceções, começando a entender o tal do Metaverso.

Se para muitas coisas queridas e boas da vida, o Metaverso é um tédio, para muitas outras, diante da impossibilidade de seguir como vínhamos transportando os 80 e 90 kg de pessoas das quais apenas precisávamos dos cérebros com menos de 3 kg, o Metaverso é uma redenção.

Para não me alongar mais, sim, o Metaverso, desta vez é definitivo e pra ficar. Sorria, ou chore, a decisão é sua. Mas, é irreversível. É assim que somos e seremos dia após dia.

Vou tentar sintetizar da maneira mais básica possível.

Comer em casa, e comer em restaurantes.

No quesito trabalho, muito rapidamente, passaremos a trabalhar de nossas casas, a distância, a maior parte de nossos dias em casa, mas no e através do Metaverso, e assim, e finalmente, voltaremos, por exemplo, a comer em casa como quase todos procediam a um século atrás.

Vez por outra, e sempre que importante, necessário e humano, bateremos o ponto e comeremos em restaurantes. Faremos reuniões presenciais e físicas, com as pessoas que amamos, de intensa alegria e infinita emoção. Serão esses os grandes e especiais momentos de nossas vidas.

Isso posto, todos, em maior ou menor proporção e velocidade, mudando-se para o Metaverso, mas preservando uma posição no mundo real, para momentos especiais e de grande felicidade.

Quase todas as nossas compras migram, hoje, aceleradamente, para o a distância, em sites e portais que não deixam de ser pontos de venda num já e quase Metaverso.

E os mais que queridos e amados e frequentados Shopping Centers, vão se convertendo em Living Centers, como comentamos e anunciamos para vocês dois anos atrás…

É isso. E… não tem volta!

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