Todos sabíamos que o carro zero é carro zero até colocar os pneus pela primeira vez na rua com seu proprietário. Naquele preciso momento, em questão de segundos, desvaloriza pelo menos 10% do que acabou de custar e ser pago – à vista ou por financiamento. Mas, e mesmo assim, fazia parte de nossa cultura, e tínhamos uma dificuldade quase que instransponível de fazermos as contas, e constatar se valia a pena seguir comprando.
E aí, décadas atrás, vieram as locadoras, e mais recentemente, a partir de 2017, começamos a conviver com a possibilidade do CAAS – Car As A Service, o carro por assinatura. Ao invés da locação, assinatura. Hoje, quase todas as locadoras, mas muitas revendas, oferecem essa possibilidade.
Segundo os dados mais recentes divulgados pela ABLA – Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis) – o tamanho dessa nova modalidade no Brasil, oscila num total de 300 a 350 mil veículos. Claro, crescendo em todos os últimos anos, com o aprendizado e maior clareza para os potenciais assinantes.
Em entrevista ao Estadão, à Daniela Saragiotto, Paulo Miguel Junior, Vice-Presidente da ABLA, declarou, de forma mais precisa, o quanto já cresceu essa nova alternativa, desde 2017:
“Hoje são 22 mil locadoras de veículos no Brasil e 30% delas, quase 7.000 oferecem o CAAS – Car As A Service – carro por assinatura. Além das locadoras, todas as fabricantes de automóveis, através de suas revendas, oferecem essa possibilidade”.
E relacionou as razões e motivos porque muitas pessoas estão aderindo a novidade:
– Fugir do financiamento bancário;
– Fim da preocupação com documentação, taxas, seguro…
– Fim da preocupação com a revenda;
– Fim da preocupação com manutenção.
E, finalmente, porque as pessoas estão aprendendo a fazer contas. Quando confrontado com a opção de comprar por financiamento, na melhor das hipóteses, empata. E considerando-se as outras vantagens…
Enfim, gradativamente, como já se sabia, o CAAS – Car As A Service, vai ganhando mercado no Brasil.