Das ruas, das casas, para as nuvens… Ou, cenas da pandemia…

Na onda do Todos Vendendo Tudo para Todos, parcela expressiva dos vendedores do território das chamadas Vendas Diretas, dia após dia migrando para as nuvens, e aderindo aplicativos e plataformas de algumas organizações e marketplaces. Durante a pandemia era preciso seguir vendendo… de casa…

Vamos transcrever para vocês, agora, trecho da matéria de O Globo, do domingo, 7 de agosto 2022, assinada pela Camilla Alcântara, e que tinha no título a migração do porta a porta para os cliques nas redes sociais.

No parágrafo da matéria, o terceiro, Camilla contava que, “O crescimento do e-commerce na pandemia deu um empurrãozinho à criação de programas de parcerias com gente comum pelos varejistas. Alguns são parceiros da Magalu, do Shopee, da Minha C&A, de Favoritos Renner… Em algumas dessas parcerias o vendedor cria um site próprio dentro da plataforma da empresa para vender os produtos nas redes. A curadoria é feita pelo profissional de acordo com o gosto de seus clientes, que usam o link para efetuar as compras. Cada venda por esse canal gera comissão para o consultor… Na C&A e na FARM a fórmula é outra. O cliente direcionado pelo consultor faz as compras no site ou aplicativo e acrescenta no campo indicado um cupom onde se encontra o código do consultor. Assim, o sistema dá desconto ao comprador e a comissão ao revendedor…”.

É isso, amigos, a partir da pandemia, que acelerou tudo, dia após dia todos convertendo-se em vendedores… Na matéria da Camilla, um exemplo: “Gabriel Silva Oliveira, 25 anos, encontrou na revenda de cosméticos da Natura pela internet a forma de pagar as contas… formado, concilia o trabalho com as vendas que representam 60% a 70% de sua renda… diz, “Tinha bolsa de estudos, mas precisava de dinheiro para me sustentar. Minha mãe revendia cosméticos pela revistinha e eu resolvi seguir o mesmo caminho. Mas como estava numa cidade nova e não conhecia ninguém fui para a internet. No início dedicava 10 horas por dia para produzir conteúdo e anunciar produtos, conversar com clientes e enviar encomendas… hoje, declara Gabriel, dedica 4 horas por dia à atividade e ganha mais de R$ 4 mil por mês…”.

É isso, amigos. Hoje, mais de dois anos depois, milhões de microsellers não param de cavar em busca do ouro da sobrevivência e através das redes sociais.

Todas as empresas, de todos os setores de atividade, tendo seus alicerces abalados por essa espécie de novos cupins, que vão ruindo as bases do velho comércio, e impondo reflexões urgentes de todas as organizações de varejo que ambicionam sobreviver… Caso contrário…

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