No dia 18 de julho de 2019, às 05h40, no portal da revista Exame um pequeno comentário assinado por Lucas Amorim, dizia, “Pisando no Acelerador – PicPay, maior aplicativo de pagamentos do Brasil, cresce, inaugura novo escritório em São Paulo e prevê 1.000 contratações…”.
E no texto Lucas completava, “Com sete anos de mercado e mais de 10 milhões de usuários, o PicPay, maior aplicativo de pagamentos do Brasil e pioneiro no uso do QR Code para pagamento de transações, inicia a segunda fase do negócio com a abertura de um escritório de 2.600 metros quadrados em São Paulo”. Junto com o escritório de Vitória, a equipe tem hoje 500 pessoas. A previsão é chegar a 1.500 em um ano…
Na foto que ilustra a nota, e devidamente engravatado, terno cinza, camisa social branca e gravata cinza, sorriso discreto, barba milimetricamente feita, e posando no pé de uma escada em espiral e que remete a ascensão e sucesso, um executivo de olhos puxados e descendente de japoneses, presumimos. Um profissional elegante chamado Gueitiro Genso.
Com um nome o suficientemente emblemático para converter-se numa referência do que é uma transformação. De como migrar-se do velho, antigo, tradicional, em questão de pouco tempo… meses, exagerando, um ou dois anos.
Corta para 10 de fevereiro, Meio & Mensagem, e lá está Gueitiro Genso na capa, menos elegante, mas mais moderno, camiseta e tênis, sentado no chão, barba e bigode, e em entrevista de duas páginas a Salvador Strano. Em julho de 2019, Gueitiro Genso decidiu virar a página e reaparecer na seguinte absolutamente reinventado.
Deixou uma carreira extremamente bem sucedida no Banco do Brasil onde comandava e cuidava de 70 mil pessoas, é membro do conselho de algumas grandes empresas, para assumir o comando do PicPay, do Banco Original, do grupo JBS.
Na notícia de Exame, de 7 meses atrás, quando punha o pé no PicPay, 500 pessoas com a previsão de chegar a 1.500 em um ano. Antes da pandemia já eram 1.200 e a previsão de 1.500 subiu para 2.000. Seguramente, o desafio enfrentado e vencido por Gueitiro Genso é ao que todos executivos mais qualificados, hoje entre 40 e 60 anos, em posição de comando, terão que enfrentar.
Mais que trocar o terno e gravata por camiseta e jeans, o sapato lustroso por tênis, descartarem, como nos ensinou Peter Drucker, a velha moldura que têm em suas cabeças. Antes de aderirem a quaisquer das infinitas novidades. Sem isso, não se chegará a canto algum.
Gueitiro Genso é um exemplo e vamos acompanhar sua travessia com atenção e procurando aprender ao máximo. Sua perspectiva futura era tranquila, mais alguns anos aposentado, mas, definitivamente, não era isso que tinha em sua cabeça. Alma, coração, cabeça e atitude de Perennials, decidiu enfrentar a tormenta da disrupção e do novo, e ser protagonista de seu tempo.
Acreditava que “ser mais velho”, desde que conseguisse descartar-se das irrelevâncias e evoluir em sua capacidade de entendimento e contextualização decorrente da idade e da experiência, poderia ser uma mega vantagem competitiva.
E estava absolutamente certo. Começa no novíssimo mercado financeiro do Brasil e do mundo, que escancara suas portas para valer neste ano com o PIX e o Open Banking, muito a frente de outros profissionais, e de outras instituições.
Muitas vezes, quase sempre, “ser velho”, desde que se tenha consciência do valor da experiência, e se possua de verdade essa experiência, que Drucker chamava de Conhecimento, não é uma simples vantagem competitiva. É uma mega vantagem competitiva.