Autor: Francisco Madia

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Pode parecer, mas não é bem assim…

De certa forma, e nos últimos anos, a chamada Geração Z vem sendo massacrada. É como é, mas, quando nos referimos as demais gerações, em tese, e equivocadamente, é “a pior das últimas”. Não é, repito! É como é e não se fala mais nisso. Apenas, diferente das que a precederam… Mas, e de repente, vem uma pesquisa e diz que não só não é bem assim como é muito melhor do que se poderia imaginar. A pesquisa foi realizada pelo IOS – Instituto de Oportunidade Social, que cuida há 26 anos na formação e empregabilidade através de cursos gratuitos. O título do estudo é GenZ Além dos Rótulos, e entrevistou 929 jovens entre 15 a 29 anos, nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil. E para surpresa de muitos, não de todos, que seguiam acreditando que os Zs eram desprovidos de ambição e “não estavam nem aí”, a maioria dos entrevistados ambiciona liderar equipes e empresas e tem consciência que precisam planejar e estruturar um caminho para chegar lá. 2/3 deles acreditam que ainda o melhor caminho para chegar lá é uma formação de qualidade, e que precisarão sempre cuidarem de seus comportamentos sociais. Em depoimento surpreendente e que, de certa forma, contraria quase tudo que se disse até agora sobre os Zs, ou, no mínimo, traz uma nova luz e compreensão, falando ao jornal Valor, Kelly Lopes, superintendente da empresa de pesquisa, disse, “Sim, querem ser líderes, mas não desejam ser os líderes que temos hoje. Querem estar preparados com conteúdo para compartilhar com os times, servindo como exemplos e ainda ouvindo o tempo todo no processo de desenvolverem, sempre, soluções criativas para problemas complexos”. É isso, amigos. Sempre desconfiar de supostas unanimidades, sob pena de julgamentos e conclusões toscas, precipitadas, e, pior que tudo, mais falsas que nota de cinquenta centavos… Os “Zs” são apenas diferentes das demais gerações que a precederam. E, sob muitos aspectos, Melhor, Muito Melhor…
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Negócio

Relacionamento não se terceiriza

Com a chegada dos aplicativos, muitos, especialmente os de entrega de comida, parcela expressiva de bares, restaurantes, lanchonetes, “entregou a Deus!”. Começa que nesse negócio de delivery não existem deuses, apenas ótimos aplicativos que complementam, com tecnologia e inovação, parte ou a quase totalidade do delivery. Mas, em hipótese alguma, jamais, qualquer empreendedor do território da alimentação, e de todas as demais formas de prestação de serviços, deveria, nem mesmo, considerar, a hipótese de delegar todo o relacionamento com sua base de clientes. Poder, pode. Mas, vai se arrepender amargamente. E quando se der conta pode ser que não tenha mais tempo para resgatar o que lhe pertencia, sua clientela, que acabou se encantando com outros prestadores de serviços e foi embora. Muitos donos de restaurantes reconhecem o extraordinário valor e importância dos aplicativos, mas, dizem, delegar o relacionamento, “nem por dois cacetes, ou bengalinhas de pão”. Passado o encantamento inicial, e caindo na realidade, os mais sensíveis e conscientes, cuidam de ter e aperfeiçoar, permanentemente, seus aplicativos próprios. Ou seja, trabalham com um iFOOD, mas, garantem e confiam no que lhes pertence e onde guardam ‒ a 7 chaves e 1000 carinhos – todos os seus clientes… E depois que um cliente faz um primeiro pedido, correm atrás e tentam sensibilizá-lo, com educação, elegância e respeito, para que adotem, também, o aplicativo do restaurante, bar, lanchonete. Em entrevista para Valor Econômico, Benny Goldenberg, administrador do La Guapa, diz, “O aplicativo é uma grande ferramenta de relacionamento que permite conhecer CPF por CPF “por dentro”, mergulhar fundo nos hábitos e comportamentos, e, inovar permanentemente…”. Desde 2021, e além dos aplicativos clássicos e de mercado, tem seu aplicativo próprio que responde por 20% de todos os pedidos, e constituem, de verdade, o núcleo central da base de clientela. Nos aplicativos próprios das empresas do território de alimentação, o relacionamento, conhecimento, e personalização dos serviços alcança um grau impossível de ser igualado pelos chamados aplicativos universais, ou genéricos, tipo, iFOOD. Algumas redes, que seguem trabalhando com os genéricos, também têm aplicativo próprio, como é o caso da IMC, leia-se KFC, Pizza Hut e Frango Assado. Hoje, para 99% dos donos de restaurantes, sobreviver sem os grandes aplicativos é uma e quase impossibilidade absoluta, mas ter um aplicativo próprio, essencial para a perenidade e prosperidade do negócio.
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Cenas do fim do emprego

No Estadão de quarta-feira, 19 de junho de 2024, mais e novas cenas do fim dos empregos. Nada de errado. Rigorosamente como previsto pelos principais pensadores do mundo dos negócios, em especial Jeremy Rifkin com seu antológico e fundamental livro O Fim dos Empregos. Em grande matéria, o Estadão revela os investimentos que o Mercado Livre vem fazendo para poupar os seres humanos do trabalho pesado, os substituindo por Robôs. Repito, nada, absolutamente nada de errado. Rigorosamente o mesmo que vem acontecendo no mundo há dois séculos com a migração gradativa das pessoas dos trabalhos nas terras e campos, para as cidades, para os escritórios, e, mais recentemente, para as nuvens. Assim caminha a humanidade. Isso é sinal de progresso e de redenção do ser humano. Onde está o erro? Que não, nós, sociedade, nos preparamos para esse momento, e não criamos um suporte, anteparo, ou colchão social. E assim assistiremos milhões de pessoas desempregadas no mundo, aguardando, para e mais adiante, um novo rearranjo social resgatar um mínimo de dignidade a todos. O Mercado Livre segue contratando. Mais robôs, e mais pessoas. Pela razão que segue crescendo e prosperando. O fim dos empregos vem acontecendo de 10 anos para cá nas milhares de empresas do varejo que foram fechando lojas, armazéns, escritórios, e, cortando pessoas. O Mercado Livre não faz absolutamente nada de errado. Cumpre sua obrigação social de melhorar seu desempenho, oferecer os melhores serviços pelos melhores preços, e rentabilizar todos os recursos que empresta da sociedade. Inclusive e principalmente, oferecer melhores condições de trabalho para seu capital humano que não para de crescer. Falando na matéria, Fernando Yunes, presidente da operação brasileira do Mercado Livre, declarou, “A adoção de robôs reduz a necessidade de força de trabalho na separação de pedidos, mas o plano do Mercado Livre é continuar contratando no Brasil. Havíamos prometido 6,5 mil contratações neste ano, e terminaremos contratando 11 mil, 70% a mais que o previsto. Assim, nosso quadro funcional subirá de 22 mil para 33 mil até o final deste ano…”. É isso, amigos. Uma nova realidade. Olhando sob outro ângulo, podemos afirmar que, para cada um dos novos empregos que o Mercado Livre vem oferecendo, três, indiretamente, são perdidos em diferentes empresas em decorrência de seu avanço e sucesso. Como sempre foi e será na medida em que a inteligência humana vá prevalecendo, e a eficácia seja o código de sucesso. Mas, e repito, não nos preparamos para esse momento. E conviveremos com muita dor durante bons anos, talvez décadas… Em tempo, com os 100 robôs do Centro de Distribuição SP04 do Mercado Livre, a empresa estima que seus funcionários reduzirão em 70% seus deslocamentos…
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Diário de um Consultor de Empresas – 30/07/2024

LOGGI, agora, concorrendo diretamente com o CORREIOS.
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Diário de um Consultor de Empresas – 27, 28 e 29/07/2024

A valorização dos centros das cidades…
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Diário de um Consultor de Empresas – 26/07/2024

Você gosta de café? Você acha que é prejudicial a saúde?
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Diário de um Consultor de Empresas – 25/07/2024

A moeda do mundo, DÓLAR, e as razões dessa conquista.
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Diário de um Consultor de Empresas – 24/07/2024

A frase que o saudoso Acadêmico Alex Periscinoto tinha em sua sala, na Almap da Paulista…
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Negócio

De quatro cadernos, quase 100 ou mais páginas, a quatro pequenos anúncios…

Domingo, Estadão, 9 de junho de 2024. Vou aos Cadernos de Empregos. Não tem mais. Tudo o que restou foi 1/16 de página com 4 pequenos anúncios. Definitivamente, acabou… Minha mãe, saudosa e querida mãe Julieta Madia de Souza, destinou minha vida num anúncio do Estadão, de agosto de 1966. Lá estava escrito, no título, uma palavra estranha. Marketing. E assim se passaram 58 anos e nunca mais fiz outra coisa na minha vida. Neste mesmo Estadão deste domingo outra crônica de nova morte anunciada. Página B12, Caderno Link, em manchete, e com a fotografia do Zuckerberg, diz, “Facebook passa a atrair os mais jovens” e diz para que: “Plataforma digital de venda de itens de segunda mão transforma-se em concorrente dos gigantes do comércio na internet, como a Amazon… E pensar, também, que muitas outras páginas do Estadão dos domingos dos anos 1970, 1980, 1990, eram ocupadas pelos classificados… Os números dos “Classificados do ‘Feice’” são patéticos, para dizer o mínimo. De seus 3,07 bilhões de usuários mensais, e segundo a plataforma, 1,2 bi são usuários ativos e que compram no marketplace. Desbancou todos os demais portais especializados, e hoje já ocupa a segunda colocação, perdendo, por enquanto, e apenas, para o Ebay… E a razão do sucesso monumental do “Feice” no varejo das quinquilharias é o Já Quê… Já Quê estou lá, Já Quê é legal, Já Quê é fácil de usar, fico por lá mesmo e faço minhas compras… E aí as pessoas comentam, o “Feice” é velho e decadente… será? Depende de, e para quê… Seu irmão mais novo, o Insta, é melhor para muitas outras coisas, mas, o “Feice”, ainda e seguirá imbatível para muitas mais coisas… E até mesmo a Geração Z que torce o nariz e faz biquinho para o “Feice”, na hora de comprar ou vender quinquilharias… É isso, amigos. Paro por aqui. A mudança de lugar de classificados de empregos e usados mais que consumada. Fica a pergunta, qual será a próxima mudança…
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Os extremos do mundo moderno

Hoje, pessoas de todas as posses e riquezas, ou pobrezas, convivem com diferenças de preços monumentais entre produtos semelhantes. Os mais que prosaicos e tradicionais relógios, por exemplo. Uns mais preocupados com uma suposta e convencional elegância, outros com a prestação de serviços e a saúde de seus proprietários. Nesta semana, a notícia de mais um lançamento da marca suíça IWC Schaffhausen. Na cidade de Genebra foi lançado o novíssimo e revolucionário modelo – Portugieser Hand-Wound Tourbillon Day & Night. Segundo o release de lançamento, um dos modelos mais exclusivos de uma das coleções mais tradicionais da casa fundada em 1868, a Portugieser… Com caixa de ouro Armor 18 quilates polida e escovada, ponteiros folheados a ouro, indicações astronômicas, calendário perpétuo, mais pulseira de couro preto de crocodilo da Santoni, grife italiana especializada em acessórios de luxo… e muito mais. Ou seja, o tal do Pretinho Básico, por um ticket inicial de R$ 450 mil. Enquanto isso a Huawei anunciava o seus Band 8 Smartwatch, com a Smartband, pulseira inteligente, esportiva, frequência cardíaca, display radiante, 45 minutos de Carga Rápida, 14 dias de duração de bateria, até 100 modos de treinamento físico para seus proprietários, resistente na água em profundidade de até 50 metros, monitora a saúde do proprietário e da família, rastreia além da frequência cardíaca, o oxigênio do sangue, nível de estresse, ciclo menstrual, gerencia chamadas, alarme, temporizador, clima, cronômetros, transmissão de dados, frequência cardíaca, conecta-se aos sistemas iOS e Android, por… R$280… Isso mesmo, duzentos e oitenta reais. O IWC, supostamente confere elegância, não presta nenhum outro serviço além das horas, pela bagatela de R$450 mil. O Huawei Band 8, insere-se na novíssima Medicina Preditiva, monitora a saúde de seus proprietários 24 X 24, previne e salva vidas, pelo valor de R$280. Custa quase 2 mil vezes menos e oferece uma centena de serviços a mais. Por R$450 mil, em tese, você se revela supostamente mais elegante. Por R$280 você se revela mais moderno e inteligente, e ainda pode salvar sua vida e preservar sua saúde. Façam suas escolhas… Paradoxos inimagináveis do chamado mundo moderno.
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