Autor: Francisco Madia

Negócio

Itaú saindo de onde jamais deveria ter entrado

Fantástico uma empresa associar sua marca a manifestações relevantes no tocante a cultura e as artes. Mas, e apenas, associar, jamais, ter, ser sócia ou proprietária. Por razões que a própria razão desconhece a história da rede Itaú de cinemas inicia-se no ano de 1989. Lá atrás, uma associação entre o Banco Nacional. Que mais adiante resultou no Espaço Banco Nacional de Cinema da Rua Augusta. Onde durante anos funcionou o Cine Majestic. E aí um dia o Unibanco é convocado pelo Banco Central para salvar o Nacional. E, já que veio junto o Espaço Banco Nacional, e que o Unibanco tinha o Instituto Moreira Salles, e os herdeiros do embaixador gostavam de cinema, o Nacional converte-se em Espaço Nacional de Cinema e a rede multiplica-se por várias cidades do Brasil. E aí o Unibanco é incorporado pelo Itaú e leva consigo dezenas de salas de cinema em diferentes cidades do Brasil. A partir de 2010, e como já vinha acontecendo na rotina do maior banco do país, Unibanco foi deixando a cena principal, ficando nos bastidores, a marca Itaú prevalecendo, e tudo converte-se em Espaço Itaú de Cinemas. Pra não ferir susceptibilidades, e gerar desconforto com a família Moreira Salles a iniciativa ganhou uma sobrevida de mais alguns anos, e gradativamente foi encolhendo. E agora desaparece por completo. Dias atrás o Itaú vendeu sua parte no negócio a um grupo paranaense – Cinesystem – completando todo um longo processo de desfazer-se de iniciativas que jamais teria, mas que vieram juntas no processo de compras, incorporações e fusões do mercado financeiro das últimas cinco décadas. Definitivamente, cinema não faz parte do phocus de bancos. Assim como uma série de outras iniciativas. E imagino que por vontade própria, o Itaú jamais teria se aventurado nesse negócio, que definitivamente não tem nada a ver com seu business. Mas era um tempo de um Brasil onde as empresas costumavam ter, possuir, comprar, do que contratar serviços e usar enquanto fizesse sentido. Definitivamente, esse tipo de raciocínio se já não fazia o menor sentido quando o Nacional começou, o Unibanco deu sequência, e agora o Itaú encerra, hoje constitui-se em erro crasso e inaceitável de gestão. Parcerias e patrocínios, desde que relevantes e essenciais ao posicionamento da instituição e a processo de Branding, sim. Propriedade e sociedade, fora do business e por mais simpáticas que possam parecer, jamais.
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Diário de um Consultor de Empresas – 23/07/2024

A melhor base para comparações e referências é o ano de 2013…
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Diário de um Consultor de Empresas – 20, 21 e 22/07/2024

AU/DU – Antes e Depois do Uber…
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Diário de um Consultor de Empresas – 19/07/2024

E o sonho do automóvel ficando pelo caminho…
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Diário de um Consultor de Empresas – 18/07/2024

As movimentações e revisão de estratégias não param no negócio da Saúde.
Negócio

Tudo certo, nada decidido, e o caso a caso segue prevalecendo

A sensação inicial que o home office estava decretado. Que todas as empresas, mais cedo ou mais tarde, adotariam o novo modelo. E assim, e durante a pandemia, essa sensação foi prosperando. Hoje, mais de 2 anos, tudo certo, nada decidido, e as dúvidas multiplicam-se. Tem para todos os gostos, formatos e preferências, ou, determinações. Nos Estados Unidos, por exemplo, em todas as Big Techs crescem os pedidos ou determinações para que seus profissionais retomem os postos presenciais de trabalho. Sim, ainda com alguma flexibilização, mas fica combinado que o trabalho volta a ser presencial. Sim, com pequenas exceções, mas o trabalho volta a ser presencial. Conforme as últimas matérias das principais publicações americanas, Google, Meta, Amazon, Apple, e até mesmo o Zoom, quem diria, tem pedido que a galera volte para mesas e escritórios. Aqui pelo Brasil um eventual retorno total está fora de cogitação, mas, muitas empresas estão convocando seus colaboradores para jornadas maiores presencialmente. Uma das exceções, e que adota um modelo diferente é o Nubank. Criou um modelo próprio que denominam de Nu Way Of Working – O Jeitão de Trabalhar do Nu -. Todos trabalhando a distância e a cada 3 meses todos retornam aos escritórios por uma semana, numa espécie de 90 por 7. Falando ao Estadão, e explicando ser essa decisão uma vantagem competitiva, o CTO – Chief Technology Officer – Vitor Olivier, declarou, “Quando a empresa vai para o home office consegue contratar pessoas do mundo inteiro…”. É isso, amigos. Tudo certo, nada decidido, e sem qualquer perspectiva de curto prazo de algum consenso. Por enquanto, cada empresa segue adotando a melhor decisão para cada momento específico. E assim será, e ainda, por muito tempo.
Negócio

Dexco, operação resgate

No início dos anos 1970, por uma iniciativa de meu querido e saudoso amigo e gerente de propaganda do Itaú, Alfredo Rosa Borges, e com a aprovação de nosso também e mais que adorado chefe, Alex Cerqueira Leite Thiele, o Itaú passou a ocupar o relógio em cima do Conjunto Nacional, e de onde podia ser visto por toda a cidade. E que, numa primeira temporada, antes do Itaú, levava a marca da Willys. Willys Overland… “O Relógio do Itaú” era uma das referências da cidade de São Paulo… Quando apresentamos o projeto para o Dr. Olavo Setubal, foi aprovado em 5 minutos. Disse o Dr. Olavo. “Nem precisa continuar… se queremos ser o líder, mais que na hora de fincarmos nossa bandeira no topo da Paulista…” E assim aconteceu. Pessoas voltando para suas casas, de diferentes pontos da cidade, e confirmando as horas no relógio do Itaú. Por uma decisão patética e descabida, o Itaú foi obrigado a apagar e desmontar o relógio para não seguir recebendo pesadas multas por suposto desrespeito a polêmica Lei Cidade Limpa. Fevereiro, 2012. A cidade onde as pessoas veem, agora, 2024, as paredes brancas dos prédios, enquanto tropeçam e se arrebentam nas calçadas esburacadas… Ou, por razões que a própria razão desconhece e a ignorância, prevalece, o Itaú foi obrigado a apagar o relógio, e desligar para sempre aquela que durante quase quatro décadas foi, repito, uma das mais emblemáticas marcas da cidade. Fevereiro, 2012. Um dos símbolos da cidade apagado, repito novamente, pela ignorância e estupidez, para sempre. Agora, e imagino nada a ver com o que vou dizer, a Dexco, dona dentre outras das marcas Deca e Duratex, e que tem como acionistas algumas das famílias que detém o controle do Itaú, passa a ocupar parte do térreo do mesmo e emblemático e legendário Conjunto Nacional. Projeto monumental de David Libeskind. Em minha opinião, um prédio simplesmente espetacular. Um dos “clímax” da arquitetura paulistana. Assim, e na minha memória afetiva, o Itaú resgata a posição perdida, deixa o topo e passa a integrar a base, o coração do Conjunto Nacional. Num momento em que o Conjunto Nacional se encontra ferido e sangrando, pela perda da mais emblemática livraria da cidade, a Cultura. Isso posto, e tirando meu sentimento e saudosismo e delírios, uma decisão irretocável da Dexco em se posicionar, num dos melhores Branded Content Analógico, num mundo que se digitaliza a cada segundo, e no espaço que melhor representa São Paulo. Uma megaloja, pulsando todos os dias as marcas Deca, Portinari, Hydra, Duratex, Castelatto, Ceusa e Durafloor, num investimento de R$50 milhões, e onde se encontrarão de forma recorrente arquitetos, engenheiros, designers, e nós, todos nós, que amamos esta cidade, e que passamos a quase totalidade de nossas vidas convivendo com produtos de extraordinária qualidade como os metais Deca, as válvulas Hydra, por exemplo. Válvulas essas que já eram dotadas de IA – Inteligência Analógica – e que só agora começamos a reconhecer e valorizar. Parabéns Dexco. Um gol de placa. Não cicatriza de vez a ferida e a dor do Conjunto Nacional, mas atenua sensivelmente. Finalmente o Branded Content Analógico da Melissa na Oscar Freire ganha uma nova manifestação com a mesma qualidade. E Se for vivo, e tiver a disciplina de renovação da Melissa, sensacional. O MEQ– Marketing de Excepcional Qualidade em festa!
Negócio

Assim como mangueira, o cinema agoniza, mas não morre…

Eu, Madia, passei parte da minha juventude, como já comentei com vocês, mergulhado em salas de cinema. Chegava a assistir 3 filmes em 3 diferentes salas num mesmo dia. Mas… e como dizia o título em português do lindo filme de Robert Redford, A River Runs Through It, “Nada é para Sempre…”. Dias atrás a Folha publicou, em caderno especial, os resultados da pesquisa realizada pelo Datafolha, “O Melhor de São Paulo”. E segundo a Folha, com 53% das manifestações, a Rede Cinemark, foi a grande vencedora em sua categoria. Diz a Folha, “o Cinemark é o melhor cinema de São Paulo pela nona vez consecutiva…”. E aí vem a matéria, e entrevistas com profissionais da Cinemark. No segundo parágrafo, circunstancialmente, o maior desafio: “A rede tem buscado retomar a presença do público com novidades nas bombonieres e experiências personalizadas…” Dentre as iniciativas, Clube de Assinaturas, com três pacotes diferentes. A mais barata custa R$16,90 por ano, com direito a um ingresso anual e desconto em produtos. E a mais cara, R$38,90 por mês. E ainda, incrementar o cardápio das bombonieres com mais opções de doces, pipocas com creme de avelã, confetes de chocolate e cookies. E que nas chamadas salas prime ainda oferecem pipocas com azeite aromatizado, pizzas, sobremesas, vinhos, cervejas e drinques… Não obstante todo esse empenho, inovações, vontade e desejo, as salas escuras seguem definhando. No ano passado, 2023, a presença nos cinemas foi 34% menor do que em 2019, último ano antes da pandemia. Essa espécie de pausa forçada acelerou a decadência. E para pior, a perda de atratividade dos filmes nacionais que nos bons tempos representavam quase 15% do total de ingressos vendidos, contra apenas 3,2% de 2023. Menos grave, mas não diferente, a situação nos Estados Unidos, e onde, e no mesmo período, a arrecadação dos cinemas foi 20% menor do que no ano anterior a pandemia. É isso, amigos. Nada é para sempre. E ainda, e para agravar mais a situação dos cinemas nos Shopping Centers, a releitura que todos nós estamos fazendo sobre o que queremos daqui para frente, e como nos comportaremos, em relação a essa outra manifestação, também, em franca decadência. Em muitos cinemas de shopping centers, em alguns dias, menos de 100 pessoas no conjunto das sessões… E aí, e como acontece no final da divulgação dos resultados de cada categoria da pesquisa da Folha, Beatriz Gatti, que assina a matéria, tentou preencher a ficha básica. E anotou, Cinemark. Fundação, 1997; Unidades, 627 salas; Funcionários, Não Divulga; Faturamento, Não Divulga; Crescimento: Não Divulga… Quando terminei de escrever este mais que doido e desconfortável comentário, procurei me lembrar da última vez que fui a um cinema… Sigo pensando…
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Diário de um Consultor de Empresas – 17/07/2024

BIG TECHS consideram produzir seu próprio conteúdo…
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Diário de um Consultor de Empresas – 16/07/2024

Em termos de HUMANIDADE, muito especialmente no chamado ambiente corporativo, vivemos um dos piores momentos das últimas décadas, talvez, do último século…