BUT PRESS 32
Como de hábito separamos 10
temas da maior importância, e que se traduzem em lições e aprendizados para
todos nós.
E no final e sempre, a lição
do mês de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER.
O PRIMEIRO ASSUNTO DE
HOJE, É,
1 – NOVOS TEMPOS, NOVA REALIDADE
Na capa da VEJA SP do
DIA DAS MÃES do ano passado, uma linda mulher grávida, de branco longo,
anunciando uma matéria especial para a data. Em oito páginas, informa sobre
todos os serviços existentes hoje na cidade para as grávidas e suas famílias
das classes A e B, quem sabe C alta, e no final, um único anúncio.
De quem menos se
esperaria décadas atrás. O óbvio seria ter anúncios das maternidades citadas e
comentadas na matéria, mas, não. O único anúncio é do FLEURY. E que tem como
título FLEURY, PARA TODAS AS MAMÃES DO GESTAR AO MATERNAR.
Mas, FLEURY não é
apenas um grande e mais que elogiado laboratório. Não mais e apenas. Agora um
mega prestador de serviços no território da saúde.
No anúncio, e de
forma genérica, comenta sobre 3 desses serviços; FLEURY FERTILIDADE, FLEURY
GESTAR e FLEURY KIDS…
O velho e ótimo
laboratório onde e agora cuida da saúde das pessoas e suas vidas, a partir da
gravidez, parto, e em todos os anos seguintes.
Desistiu de
limitar-se a aferir, alertar e orientar, em decorrência dos exames que
realizava, para passar a cuidar da VIDA. Abriu mão da especialização em exames
e converteu-se numa espécie de guardador e cuidador da vida.
Certo ou errado?
A mudança de
posicionamento, mais que radical, é tão revolucionária, que o melhor é esquecer
a origem, a gênese do FLEURY, e começar a pensar e analisar como o que passou a
ser e agora é. O NOVO FLEURY, sem o código LABORATÓRIO antes.
Apenas FLEURY, com o
positioning statement MEDICINA E SAÚDE.
Leia-se, TUDO!
Uma única certeza
nossa e enquanto consultores, mais cedo ou mais tarde, inexoravelmente,
procederá a um radical spin-off, desmembramento. Convertendo-se em duas, três,
quatro ou mais empresas e negócios.
Anotem.
2 – A QUEDA!
Mais cedo ou mais
tarde todos, sem exceção, tropeçaremos. Alguns de uma forma mais forte e assim
terão imensas dificuldades de se levantar.
Outros, e dependendo
do retrospecto, sofrerão durante algum tempo, mas, em meses ou anos, retomarão
a trajetória de crescimento, sucessos e resultados.
O mercado de capitais
do país ainda alimentava algumas lendas e mitos. Menos por culpa dos
incensados, mas, mais por admiração e entusiasmo de seus investidores que se
convertem em fãs e admiradores.
Talvez, o mais
incensado de todos, tenha sido, e para muitos continuará sendo, uma espécie de
WARREN BUFFETT brasileiro, o gestor da mais que glorificada VERDE ASSET, LUIS
STUHLBERGER.
Mas uma suposta
invencibilidade, e ilusória impermeabilidade a crises e trovões caíram por
terra.
Nem mesmo a VERDE
resistiu.
No ano de 2021 e
ainda, a VERDE sustentava uma mais que festejada quinta posição no ranking das
maiores gestoras independentes do país na gestão de recursos, com um patrimônio
de R$52,4 bilhões, e 44,5 mil investidores.
Em menos de 15 meses,
dezembro de 2021 e abril de 2023 perdeu R$24 bilhões em ativos e 20,3 mil
cotistas.
Fenômeno, ou
acontecimento semelhante vivido WARREN BUFFETT e sua BERKSHIRE HATHAWAY.
Os que ingressaram
nesse período, ingressaram e literalmente fugiram com muito menos do que
entraram, esqueceram-se do que os gestores não se cansam de repetir, ou, as
pessoas mais experientes, prática e conhecimento alertam.
Jamais invistam em
ações e fundos de ações com uma visão de curto e médio prazo.
Tanto WARREN BUFFETT
assim como LUIS STUHLBERGER enfatizam que esse tipo
de investimento é a perder de vista, Dinheiro que pessoas e famílias, salvo uma
desgraça ou acidente de percurso, considerem precisar.
E argumentam, o
VERDE, que não obstante o tropeço atual, de janeiro de 1997 a abril de 2023,
acumula um resultado de 21.840%, oito vezes mais que o CDI, enquanto BUFFETT e
seu BERKSHIRE HATHAWAY apresentam como resultado um retorno médio de 20% ao ano
– em dólares – nos últimos 50 anos!
É isso, amigos. No
longo prazo, e salvo se o mundo acabar, e, em tese, investimentos em ações de
empresas sólidas e consistentes orientados por gestores de investimentos
sensíveis, capazes e éticos sempre vencem todos os demais investimentos.
Mas como convencer os
investidores, num momento da história da humanidade onde o varejo analógico e
em geral mergulha em sua mais grave crise estrutural, porque as pessoas querem
comprar agora, 5 da tarde ou 10 da manhã, e receberem em suas casas as 5:30 ou
10:30 no máximo.
Como compatibilizar a
expectativa das pessoas que querem tudo para ontem, com as lições do LUIS
STUHLBERGER, e do WARREN BUFFETT?
Não chega a ser uma
impossibilidade absoluta, mas, é quase…
3 – FALTA DE TREINAMENTO MATA
Para os gestores
públicos brasileiros, por ingenuidade ou incompetência, é suficiente construir
novos caminhos e possibilidades, que as pessoas, por si só, cuidam do resto.
Não cuidam, matam, e
se matam.
Agora estamos diante
de uma ampliação das ciclovias na cidade de São Paulo. Que deverá saltar dos atuais
667 km para 1000 km até o ano de 2028.
A notícia em si é
louvável. A maneira como o processo é conduzido, torna a notícia risível se não
fosse trágica, e patética.
Números agora
divulgados sobre mortes em acidentes de trânsito na capital do estado de São
Paulo revelam, simplesmente, que hoje, na cidade, as bicicletas respondem
apenas por 1% de todas as viagens, mas, por 5% dos acidentes com mortes.
Conclusão, e sem o
necessário e devido treinamento e indução de uma nova cultura no trânsito da
cidade, mais ciclistas e pedestres, também, e pelos ciclistas atropelados,
morrendo em maior quantidade.
Uma das maiores
cidades do mundo, a maior e mais importante da América Latina, SÃO PAULO, é um
triste e lamentável exemplo da incompetência e irresponsabilidade do Estado.
Uma cidade que, por gestão precária e temerária, por corrupção, por priorizar
obras que politicamente tragam supostos pontos positivos para os gestores
públicos, onde preservar e manter não dá votos, mas anunciar planos mirabolantes
encanta incautos, ingênuos e estúpidos de toda a ordem, testemunhamos,
perplexos, o anúncio de mais ciclovias numa cidade incapaz de preservar a
segurança mínima dos pedestres, que têm que caminhar todos os dias em ruas
esburacadas, descuidadas, onde alguns milhares caem todos os dias, uma parcela
expressiva com lesões graves, e os demais com arranhões e dores.
Mas, anunciar mais
ciclovias é o que interessa aos péssimos gestores a quem confiamos, com nosso
voto, a gestão de nossas cidades.
4 – NADA MAIS CONSTRANGEDOR DO QUE DECISÕES EQUIVOCADAS DE AGREGAR
SUPOSTA MODERNIDADE À MARCA
Leio no ESTADÃO um
BRAND CONTENT da L&CO.
Como assim, vocês não
sabem quem é? Trata-se de um apelido supostamente moderno e carinhoso que a
consagrada e líder de mercado LOCALIZA decidiu aceitar, agregar, e usar em
determinados lugares, ocasiões, circunstâncias.
Uma bobagem infinita
e absolutamente inútil. Que só confunde e atordoa e gera dissonância cognitiva
nas pessoas que têm o maior respeito e admiração pela LOCALIZA.
Pode ter marca
melhor? Não, não pode. LOCALIZA é e sempre deveria permanecer como LOCALIZA.
Mas em tempos de
irresponsabilidades e burrices, onde BENEFICÊNCIA PORTUGUESA vira BP, onde
BOVESPA vira B3, onde PROCTER & GAMBLE vira P&G, nada mais surpreende.
Mas, a indignação
diante de tanta estupidez só aumenta.
Fundada no ano de
1973 com uma frota de 6 fusquinhas, hoje a LOCALIZA é líder na locação de
automóveis no Brasil, com uma frota de 591 mil veículos.
Sua divisão de SEMINOVOS
é a maior vendedora de automóveis usados do país. Hoje encontra-se, também, na
Argentina, Equador, Paraguai, Colômbia e Uruguai. Em 2020 ingressa no negócio
do CAAS – CAR AS A SERVICE, com o oferecimento de carros por assinaturas.
E, no ano passado,
decide criar a marca LOCALIZA & CO, e que abreviada vira L&CO.
Jamais deveria ter
cometido tamanho engano e desatino.
Se queria traduzir a
dimensão de seu sucesso e novos derivativos e serviços complementares, que
adotasse a nova denominação exclusivamente na internalidade de suas operações.
Mas que jamais externalizasse
esse equívoco colocando na chamada de um publieditorial LOCALIZA&CO.
LOCALIZA é LOCALIZA,
e, ponto.
Mas como é difícil
resistir a modismos inconsequentes cometeu-se uma barbaridade como essa em
MARCA CONSAGRADA.
5 – NEM TODAS AS COMPRAS POSSUEM SINERGIA
OPERACIONAL, LEIA-SE, COMPATIBILIDADE DE CULTURAS
Todas às vezes que uma grande empresa sai às compras no
mercado, muitos dos seus acionistas e profissionais vão à loucura e ao delírio.
Absolutamente convencidos que o 1 + 1 será, no mínimo 3.
Algumas vezes, poucas vezes, isso acontece.
E duas hipóteses e circunstâncias principais.
Quando existe, de verdade, uma compatibilidade cultural
verdadeira entre as empresas, da qual decorre com maior facilidade uma sinergia
operacional, e numa segunda espécie, quando a empresa compradora possui em seus
quadros profissionais qualificados para realizarem a incorporação.
Mas, e na maioria das vezes, e mesmo nas compras
razoavelmente bem-sucedidas, sempre sobra um gosto de fel, de amargor, no final
dos processos. Isso, repito, quando dá certo.
Quando a aquisição é no embalo, entusiasmo, precipitada, aí
a tragédia é monumental.
Dois casos recentes ilustram com exemplos de retumbantes
fracassos, e que se não foram a principal causa da crise que as empresas
compradoras atravessam, no mínimo, ofereceram terrível e detestável
contribuição.
O primeiro dos exemplos é o da NATURA, que durante
décadas, construiu um dos mais admiráveis BRAND BOOK da história do capitalismo
no Brasil. Mas, e num determinado momento, com alguns de seus principais
acionistas convencidos que podiam tudo, comprou, em pouco espaço de tempo, três
grandes organizações: THE BODY SHOP, AVON e AESOP. E mergulhou – e luta para
sair – da maior crise de sua história. Já vendeu a AESOP, já vendeu a THE BODY
SHOP, e tenta encontrar graus mínimos de compatibilidade entre as culturas
NATURA e AVON.
Mas o preço do desatino é monumental e avassalador.
Sobrevivendo – e deve sobreviver – cicatrizes definitivas.
E o outro exemplo é o da AMERICANAS, que já convivendo
com uma crise em seus balanços gigantesca, mas ainda desconhecida do público e
da quase totalidade de seus acionistas, saiu às compras. E, em muito pouco
tempo fez um rapa no mercado, comprando a rede de Hortifruti NATURAL DA TERRA,
e ainda o GRUPO UNI.CO, com suas marcas e lojas IMAGINARIUM e PUKET.
E agora, como não poderia deixar de ser, colocou tudo à venda.
Mais ou menos o que acontece conosco quando comemos
alguma coisa de forma incorreta ou açodada. E engasgamos. Na maioria das vezes
conseguimos desengasgar sozinhos. Em outras e poucas, se não tiver alguém para
um ou muitos tapas nas costas, corremos até o risco de morte.
Mais ou menos o que vivem NATURA e AMERICANAS neste
momento. Forte engasgo que, se bobearem, pode ser fatal…
6 – O ESTADO BRASILEIRO NÃO PARA DE ENGORDAR…
No exato momento em
que em todo o mundo, parcela expressiva dos países parte para uma revolução
radical no papel do ESTADO em suas economias, aproveitando-se de todas as
possibilidades decorrentes das conquistas da tecnologia, em busca de uma radical
redução no peso do ESTADO – em busca da redução dos atuais 35%, 40% que custam
do PIB, para, e no máximo em 20 anos, a 10%, o ESTADO brasileiro segue
engordando desbragadamente, pela simples razão que quem determina os rumos da
economia, mediante projetos, leis, políticas, e
quem depois aprova, e quem finalmente julga, são, 100%, vereadores, deputados,
senadores, prefeitos, governadores, juízes, todos FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS, que,
certamente e jamais, por mais que declarem o contrário, atirarão em seus
próprios pés.
Na semana passada, e
dentre os absurdos clássicos e típicos do BRASIL, um juiz foi punido pelo CNJ –
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Praticou assédio sexual e teve como pena a antecipação
de sua aposentadoria. Foi aposentado. Objetivamente, parou de trabalhar, segue
ganhando, e vai viver a vida, viajar pelo mundo, sob as custas dos
contribuintes brasileiros, nós.
Até quando?
7 – PRA QUE
SERVE A FEBRABAN?
Antes e acima de tudo,
deveria servir e ter como missão garantir, ou perseguir de forma permanente e
obstinada, garantir segurança máxima aos clientes de seus associados, os
bancos. Mas, em nenhum momento, além de advertências patéticas sobre os riscos
e cuidados que todos deveríamos ter cumpre sua obrigação. Pior, se faz de cega, surda, muda, e irresponsável.
E assim passaram-se
duas décadas com os golpes crescendo exponencialmente, e, a FEBRABAN, nada…
Diante de tamanha
leniência e omissão o BANCO CENTRAL decidiu agir.
E passou a obrigar os
bancos e demais instituições financeiras a adotarem o compartilhamento de dados
e informações. É pouco, mas, é o primeiro passo de uma série de providências,
imaginamos, que virão na sequência.
O vendaval de
tentativas de golpes superou, e em muito, as piores expectativas. Dados
revelados pelo SERASA EXPERIAN informam que, e apenas no mês de janeiro deste
ano, foram 284 mil tentativas de fraudes.
Claro, esses dados
não contemplam todas as demais tentativas, e que calculamos em 5 vezes mais, que
agora todos nós mais experientes, abortamos na origem.
Talvez e agora a
FEBRABAN mais que envergonhada, humilhada, crie vergonha e decida assumir o
comando do combate às fraudes.
E a primeira
providência é criar uma central de atendimento que atenda todas as consultas e
orientem todos nós – clientes de bancos – e com uma espécie de LIXÃO DE
FRAUDES, para onde todas as pessoas sem dúvida deveriam remeter as mensagens
das quais desconfiam e temem abrir. Na expectativa que a FEBRABAN vá atrás,
apure e remeta as necessárias denúncias para as autoridades responsáveis.
Ou a FEBRABAN seguirá omissa?
8 – CONSOLIDANDO O “VOLTA POR CIMA”
Depois de assimilar,
digerir, e superar a grave crise decorrente de ter vendido à BOEING, a fatia
mais importante de toda a sua operação, de iniciar o processo de transferência,
e ser surpreendida com a desistência da BOEING, em abril de 2020 sob a tosca e
patética alegação que a EMBRAER deixara de cumprir as exigência que estavam no
contrato, quando, e em verdade, a BOEING desistiu porque um incêndio chamado
BOEING 737 MAX colocou em risco sua existência e praticamente quebrou dezenas
de empresas aéreas que apostaram e compraram um produto proibido pelas
autoridades de decolar voo pelos riscos absurdos de despencar dos ares, agora e
EMBRAER respira tranquila, confiante, consistente, e retomando sua trajetória
de sucesso.
Em sucessivas
entrevistas que vem concedendo, para a alegria dos acionistas da empresa, o
presidente da EMBRAER, FRANCISCO GOMES NETO, tem apresentado os resultados
surpreendentes, diante do pouco espaço de tempo que teve para se recuperar.
De um lado GOMES NETO
tem enfatizado a redução significativa no endividamento da empresa, e a
gradativa, mas consistente retomada da curva de crescimento.
Enquanto na aviação
comercial a EMBRAER ainda adota maiores cuidados decorrentes da devolução pela
BOEING do que havia comprado, e outras áreas de atuação da empresa, as
perspectivas são otimistas.
Cresce o faturamento
na venda do jato multimissão C-390 com o início das entregas, uma expectativa
de alcançar receitas de US$2 bi na prestação de serviços, e a aviação executiva
tem uma fila de espera de 2 anos. Assim como na divisão EVE, com os VTOLS,
carros voadores, que já é avaliada na Bolsa de Nova Iorque – só essa divisão,
em US$2,2 bi. Apenas menos de US$550 milhões que a EMBRAER, e que, por sua vez,
detém 90% da EVE.
É isso. Não obstante
as pedras, mais que pedras, montanhas do caminho, muito especialmente o
episódio BOEING, a EMBRAER muito antes das melhores das expectativas
reencontrou o caminho em direção ao crescimento, sucesso e resultados.
9 – ASSIM COMO O EINSTEIN, O SÍRIO TAMBÉM É FACULDADE
Atacados por todos os
lados, pequenos e grandes hospitais, novos e poderosos hospitais, grandes
parceiros do passado tanto prestando serviços e concorrendo, EINSTEIN e SÍRIO
decidiram se reinventar, ou, ampliar de forma vigorosa o espectro de suas
atuações. E assim como o EINSTEIN fez, o SÍRIO anunciando a criação de sua
faculdade, e abertura de três cursos de graduação na área da saúde. O primeiro
vestibular foi realizado em 2023.
A FACULDADE SÍRIO-LIBANÊS
começa com 3 graduações no formato presencial: Enfermagem, Fisioterapia e
Psicologia. Mais adiante, a 4ª graduação e a caminho, Medicina. Os cursos serão
ministrados em um novo prédio, no bairro de Bela Vista, próximo à Avenida
Paulista.
Muitos se perguntam
se SÍRIO e EINSTEIN deveriam aumentar de forma tão excessiva o espectro de suas
atuações.
Em nosso entendimento
a resposta é NÃO.
Jamais deveriam ter
excedido o território de suas especializações de gênese, originais. Poderiam e
deveriam multiplicar o número de leitos, hospitais, clínicas. Jamais
converterem-se em Faculdades e outras e novas atividades.
Mas nos tempos em que
vivemos, onde o desespero de perder o momento do mundo bate à porta com
insistência de todas as empresas, e por pressões externas e internas, fica
difícil raciocinar-se com um mínimo de tranquilidade e lucidez, e parte-se para
um crescimento supostamente dentro de um mesmo território, enfraquecendo e
colocando em risco todas as conquistas até agora.
Certamente, a ressaca
dessas decisões não demorará.
Semanas atrás a
BENEFICÊNCIA PORTUGUESA também anunciou estar ingressando no território do
ensino…
10 – O PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2023
As grandes
organizações do varejo brasileiro tão cedo não se esquecerão do primeiro
trimestre de 2023. Com exceção da RENNER, que ainda conseguiu um pequeno
resultado positivo, mas, e ainda, assim, 20% do que conseguiu no mesmo
trimestre de 2022, e também ASSAÍ, que fechou no azul, mas muito abaixo do
mesmo trimestre em 2022, todos os demais mergulharam em preocupante e forte
prejuízo.
No total, LUIZA, VIA,
GPA, CARREFOUR, C&A, MARISA, RIACHUELO, e PAGUE MENOS, perderam R$1,509 bi.
E os 3 maiores perdedores foram LUIZA, VIA, e GPA.
O quadro se complica,
e as perspectivas para os trimestres e anos seguintes não é tão diferente, face
a convergência de acontecimentos de diferentes ordens e procedências, que
tornam, no mínimo, nublado, com fortes nuvens negras, o ambiente econômico do
país.
Empregos em queda,
taxa básica de juros acima de 10% nos últimos 16 meses, famílias endividadas e
inadimplência batendo recordes, criam um clima de pessimismo e levam compras a
serem postergadas.
Como se não bastasse
esse acúmulo de fatores que exponenciam a crise de retração na demanda, e se
faltava algum fato maior para agravar a crise, o que aconteceu com a
AMERICANAS fez os bancos aumentarem as
exigências e cuidados na concessão de crédito a todas as demais grandes empresas
do varejo.
E nos antecedentes,
famílias que nos dois anos e pouco de pandemia aumentaram seus gastos por
permanecerem em casa, mais os milhões de desempregados, e ainda o avanço nas
economias depositadas na poupança.
Conforme dados contabilizados
pelo BANCO CENTRAL, durante a pandemia os brasileiros sacaram para atender as
necessidades decorrentes, um total de R$6,2 bi – diferença entre novos
depósitos e saques no período.
É isso, amigos. É com
esse quadro que um novo governo começou em 1 de janeiro de 2023, e, para piorar
tudo, absolutamente despreparado e desorganizado, multiplicando o número de
ministérios, e enfrentando uma oposição aguerrida e inconformada com a derrota.
E agora, e para complicar, as enchentes no RIO GRANDE DO SUL…
Tentar superar essa
espécie de tempestade perfeita é o que nos aguarda para conseguirmos atenuar a
dimensão da crise, precisamente aferida e a partir do desempenho das grandes
organizações do varejo brasileiro.
E agora, a lição de nosso adorado mestre e
mentor PETER DRUCKER desta edição de MAIO/2024.
Hoje, nosso adorado
mestre e mentor PETER DRUCKER reitera, reforça e lembra a todos que só
existe um único e definitivo conceito e entendimento do que é QUALIDADE.
DIZ DRUCKER,
“Qualidade em produto ou serviço não é o que a empresa
supõe existir pelo esforço que fez.
É o que o consumidor percebe, reconhece, valoriza, e se
dispõe a pagar para ter acesso. Nenhum produto tem qualidade porque custou
muito dinheiro e demandou muito esforço para ser produzido, como ainda a maior
parte dos fabricantes acredita. Consumidores só pagam pelo que reconhecem valor
e isso sim é que é, para eles, qualidade”.