Autor: Francisco Madia

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O que seria de nossas vidas sem as canções…

O que seria de nossas vidas sem a música? A minha, Madia, certamente um vazio, um tédio, um nada. Tenho uma trilha musical tocando permanentemente em meus ouvidos, faça o que estiver fazendo. Outro dia, no YouTube, vi o mais que tradicional especial de final de ano do Roberto Carlos. E dentre as músicas, uma que diz, “Hoje eu ouço as canções que você fez pra mim”, e é isso mesmo, as canções que os compositores fizeram para todos nós. Ainda no primeiro verso Roberto diz, “Não sei por que razão tudo mudou assim, ficaram as canções e você não ficou…”. E é isso mesmo, muitas canções seguem conosco até o fim de nossas vidas, mas não necessariamente nos lembramos de quem compôs, quem cantou, e em que circunstâncias ouvimos as canções pela primeira vez. Música é um business, também, e dos mais poderoso. E o que me animou a fazer este comentário é uma mudança de posição no ranking das músicas brasileiras mais gravadas. Durante anos a liderança tranquila pertencia a composição de Ari Barroso, “Aquarela do Brasil”. Mas, e a partir dos últimos dados divulgados pelo ECAD, órgão responsável pela arrecadação dos direitos autorais, a primeira posição não é mais de Ari, e sim de Antonio Carlos Brasileiro Jobim e Vinicius de Moraes: “Garota de Ipanema”. Gravações formais e oficiais, até hoje, totalizam o número de 423. Aquarela do Brasil na segunda colocação com 416, e depois, e pela ordem, Carinhoso, 414, Asa Branca, 361, Manhã de Carnaval, 293. O primeiro artista a gravar Garota de Ipanema foi Pery Ribeiro, no ano de 1961. Pery, filho de Dalva de Oliveira e Herivelto Martins. Assim, e depois de décadas, Garota de Ipanema passa a ser, pelo número de gravações, uma espécie de Hino Nacional Brasileiro oficioso…
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O Brasil inventa o “contrabando reverso”

Anos atrás o mercado de cigarros do Brasil – o tóxico e criminoso mercado de cigarros – era dominado pela Souza Cruz, com 70%, e demais empresas, 30%. Veio a Philip Morris, comprou todas as demais empresas e passou a deter os quase 30% restantes. E assim seguia a vida. E aí o Paraguai decidiu fabricar cigarros, e “exportar” – contrabandear – para o Brasil. Por aqui, o imposto ultrapassa os 90%, por lá, 18%. Conclusão, Souza Cruz e Philip Morris hoje somadas, que detinham a quase totalidade do mercado, hoje detêm apenas 51%. 49% já é dos contrabandeados do Paraguai. O governo paraguaio feliz que os brasileiros se matassem cada vez mais pelo vício do cigarro, e não fazendo absolutamente nada para impedir a fabricação de uma fraude em seu território. E assim seguia a vida. Porém, outros e mais espertos contraventores, inventaram o “contrabando reverso”. Fabricam no Brasil o cigarro paraguaio até então contrabandeado daquele país. E escapam do imposto de mais de 90% do Brasil, dos 18% do Paraguai, e isso mais que compensa os riscos envolvidos. Nos últimos meses algumas sofisticadas fábricas de cigarros paraguaios fabricados no Brasil foram “estouradas”, revelando o “contrabando reverso”. Desse jeito nosso velho e carcomido país não chegará a canto algum. Pedro Malan disse, tempos atrás, que “No Brasil até o passado é incerto”. Hoje a frase decorrente da prática é que “No Brasil, até os verdadeiros e bravos contrabandistas são passados para trás”. Ou, um País onde o crime não compensa. Não em decorrência da lei. Em decorrência de criminosos mais espertos…
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Inclusão digital de todos os brasileiros

A providência zero, em termos de disrupção tecnológica de nosso país, e em busca da construção de um Novo, Moderno, e Socialmente mais justo e Solidário Brasil, seria, é, e continua sendo, a inclusão digital de todos os brasileiros, em internet de alta velocidade. Esse dever, esse sim é do Estado, e deveria ser a prioridade zero do governo. Já que nosso país não tem condições de dar educação, saúde, saneamento, e outros serviços essenciais para todos, que ao menos garanta e por igual a todos os brasileiros o sagrado direito de correr atrás. Já que não conseguimos alimentar todos os brasileiros com os diferentes alimentos essenciais – Desde educação, passando por saúde, e até mesmo alimentação – já que não conseguimos dar o peixe, que ao menos garantamos a todos e por igual a vara de pescar, o contato, o acesso, a conexão. Isso posto, dois anos atrás, e finalmente, a Anatel aprovou o plano da empresa de Elon Musk, Starlink, e assim os céus do Brasil foram tomados, todas as noites, por satélites de baixa altitude – A diferença dos satélites geoestacionários da empresa de Musk é a baixa altitude – 550 quilômetros – o que possibilita um grau menor de latência – menor tempo de envio de mensagens entre emissor e receptor. No entendimento dos consultores da Madia, considerando-se a importância de conectar-se todos os brasileiros e por igual ao mundo e em velocidade máxima e com segurança, o custo desses serviços deveria ser bancado pelo estado, considerando tratar-se de tema de segurança nacional, e justiça social. De qualquer maneira, bom saber que a solução tecnológica existe, está disponível, e, finalmente, começa a ser implementada. No final do ano passado, 2023, e em muito pouco tempo, a Amazônia converteu-se no principal mercado do Brasil para a Starlink. Uma das empresas do genial Elon Musk. Até o mês de julho de 2023 já detinha a liderança total daquele mercado específico.
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Diário de um Consultor de Empresas – 12/03/2024

Assim, aos poucos, naturalmente, sem nos darmos conta, seguimos perdendo a visão…
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Diário de um Consultor de Empresas – 09, 10 e 11/03/2024

O fim dos empregos acelera-se…
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Diário de um Consultor de Empresas – 08/03/2024

Victorinox, circunstâncias e detalhes na construção de uma marca legendária.
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Diário de um Consultor de Empresas – 07/03/2024

Diante do tsunami tecnológico, disrupção irreversível, algumas importantes empresas estão colocando “quase adolescentes” no comando.
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Diário de um Consultor de Empresas – 06/03/2024

Amélia, um dos poucos erros do saudoso, genial, espetacular, e Benchmark obrigatório para empresários e profissionais, Abilio dos Santos Diniz.
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Profissão, poste

É mais ou menos por aí, no tal do mundo moderno em que vivemos, e claro, respeitadas as especificidades de cada cultura. Matéria de meses atrás no The Washington Post, realizada pela correspondente do jornal no Japão, fala de uma profissão que vem prosperando naquele país, de acompanhantes para situações sensíveis e de certa forma constrangedora, que podem, caso não evitadas, estimular pessoas a pensarem o que não deviam. Acompanhantes para não fazerem absolutamente nada, apenas para completarem o quadro ou paisagem. Pessoas espécies de adornos ou postes. Aqui no Brasil um derivativo desse tipo de acompanhante prosperou décadas atrás, quando alguns milionários desquitados, contratavam mulheres para acompanhá-los em festas. Dentre todos, os que se tornou mais conhecido foi Olacyr de Moraes. Dentre os chamados postes, e segundo a matéria, um tornou-se mais famoso de tanto que é contratado que hoje é conhecido e reconhecido: Shoji Morimoto, 38 anos, que nos últimos anos foi acionado mais de uma centena de vezes. Numa das vezes contratado por um maratonista para aguardá-lo na linha de chegada e comemorar com ele. Queria ver um rosto amigo quando vencesse o desafio que se impôs. Morimoto, celebridade, apelidado de Rental-San, inspirou uma série para uma das plataformas de streaming, e 3 livros já foram escritos com suas histórias. Durante a pandemia, e que foi também uma pandemia de carências de toda ordem, Morimoto bateu todos os recordes de contratação. No final de setembro de 2013 Olacyr de Moraes, o Rei da Soja, naquele momento divorciado há mais de 30 anos, e entrevistado por Jô Soares, explicou sobre suas acompanhantes, “Eu devo ter umas 30 ou 40 amigas, porque eu gosto de ajudar as pessoas…”. O saudoso e querido amigo Alex Periscinoto, notável publicitário brasileiro e membro imortal da Academia Brasileira de Marketing, costumava contar histórias de um seu cunhado, que para evitar constrangimentos, fazia-se acompanhar permanentemente em seu automóvel, com um manequim – isso mesmo, aqueles de vitrine – no acento do carona… E, ainda que com funções diferentes, não poderíamos nos esquecer da figura permanente das tais damas de companhia nas cortes… Ou seja, a novidade do Japão não é tão novidade assim. Apenas uma repaginação de um comportamento presente na história do mundo… E que, de certa forma, traz insights consistentes e poderosos para o processo de criação e desenvolvimento de novos produtos, com infinitos serviços agregados. Você gostaria de prestar serviços como Poste… Ou de se fazer acompanhado, sempre, por um Poste?
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Os efeitos da discriminalização

Discriminadas no correr da história da humanidade, e não obstante os tímidos avanços das últimas décadas, é recorrente em parcela expressiva das mulheres a incidência da síndrome da impostora. Em algum momento começa a duvidar da própria capacidade que sabe ter, e reconhece-se impostora. Imaginava-se que nos negócios novos a presença da mulher seria mais expressiva, ou menos irrelevantes. Os números dizem ao contrário. Continuam minoria absoluta. Dentre os novos negócios dos últimos 10 anos que mais se multiplicaram e onde esperava-se encontrar no comando uma quantidade maior de mulheres, as Fintechs, os números agora divulgados não revelam qualquer evolução. Em dois estudos que acabam de ser divulgados, e realizados por diferentes metodologias, chegou-se a semelhante conclusão. Mulheres no comando muito próximo de zero. No primeiro estudo – Fintech Diversity Radar – apenas 1,5% das mulheres em todo o mundo têm mulheres como fundadoras. Já o segundo estudo, realizado no Brasil, o Female Founders Report, constatou que menos de 5% das fintechs são iniciativas exclusivas de mulheres, e em outros 5%, participam do comando. Ou seja, de cada 10, em 9 nenhum traço de mulheres no comando. Já nas estatísticas oficiais da Abfintechs – Associação Brasileira de Fintechs – a situação é crítica. Das 500 empresas associadas apenas 5% têm mulheres fundadoras e em posições de comando. Tá certo?