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Setembro 2023

BUT PRESS 26SETEMBRO/2023 Síntese mensal das principais movimentações, acontecimentos, registros no ambiente de negócios do Brasil e do mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados, análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing ― a única empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior dos mestres da gestão e dos negócios, Peter Ferdinand Drucker. 1 – RTO, DS, e, FB No território do business, e segundo pesquisas realizadas pelo site de vagas e empregos GLASSDOOR, três foram as siglas/expressões que prevaleceram no ano de 2022: RTO, DS, e, FB. RTO, de RETORNO AO TRABALHO, uma vez passada a pandemia, e que não foi aceita tranquilamente por todos. Uma boa parte dos profissionais preferiu reconsiderar a carreira e a vida. E deixou seus empregos. DS – DESISTÊNCIA SILENCIOSA – de uma parcela expressiva de profissionais que preferiu, no mínimo, dar um tempo e repensar a vida. E, FB, FUNCIONÁRIOS BUMERANGUES, que num primeiro momento desistiram de seus empregos, e simultaneamente decepcionaram suas empresas. Com o passar do tempo o clima de contenda dissipou-se, recompuseram-se e retornaram a empresa e posição que tinham nas empresas, com um pequeno aumento. É isso, amigos. Começamos a viver um esboço de uma nova realidade. Apenas lembrando, e em meio à pandemia, absolutamente desesperançados de uma solução do curto prazo, os ESTADOS UNIDOS viveu em 2021 a maior onda de pedidos de demissões de sua história. O total de demitidos e demissionários alcançou a casa de 41 milhões de profissionais. E entrou para a história como A GRANDE RENÚNCIA. Claro, das duas partes. 2 – DIGNIDADE SCOTT FITZGERALD, nas palavras e descrições de seu personagem principal, o GREAT GATSBY, e a ele referindo-se, dizia, “Um senso de dignidade fundamental é concedido às pessoas desigualmente ao nascer.” E é o que observamos e constatamos no correr de nossas vidas. Um dos exemplos mais trágicos do que é a falta de dignidade e caráter num ser humano é o episódio que agora protagonizam dois atores de praticamente um filme só, de mais de 50 anos atrás, e que hoje, com mais de 70 anos de idade, e pegando carona na onda dos processos, decidem levar à Justiça FRANCO ZEFFIRELLI, por cenas rápidas de nudismo no filme recordista de bilheteria ROMEU e JULIETA. OLIVIA HUSSEY e LEONARD WHITTING, no filme, ela, a Julieta e, ele, o Romeu, de 1968, ingressaram com uma ação de indenização na Justiça americana, contra a produtora PARAMOUNT, exigindo uma indenização de US$500 milhões, devido aos supostos danos emocionais que sofreram por causa de uma cena de nudez. Na cena aparece as nádegas de LEONARD, e os seios de OLIVIA. Isso posto, ninguém, nenhum ser humano, está livre de em algum momento de sua vida, ser processado por alguma atitude, declaração, procedimento que teve, décadas atrás, onde as supostas vítimas tenham concordado e auferidos ganhos financeiros e de imagem e reputação. E só agora, décadas depois, e pegando carona no politicamente correto, sintam-se injuriadas… Por essas e outras razões que SCOTT FITZGERALD anotou em seu personagem antológico e magistral, THE GREAT GATSBY: “Um senso de dignidade fundamental é concedido desigualmente as pessoas ao nascer…”. E para parcela expressiva das pessoas, é exatamente o que falta: dignidade fundamental. 3 – E O CADE APROVOU! No dia 11 de novembro de 2022 o CADE, através de sua Superintendência-Geral, aprovou a fusão do ALIANSCE SONAE e BRMALLS, dando origem a maior administradora de shopping centers da América Latina, com um total de 69 shoppings, 13 mil lojas, e no momento da aprovação, com um valor de mercado de R$11,2 bilhões. Todo o processo transcorreu no exato momento em que existe, em decorrência do tsunami tecnológico, do delivery, e da pandemia, com uma mudança radical no comportamento das pessoas em relação às suas idas aos shoppings, de uma revisão essencial no modelo que prevaleceu até aqui. Assim, existe uma grande expectativa em como seus gestores vão processar a soma, qual a estratégia adotada face a necessidade de um reposicionamento imediato dessa instituição. Antes da pandemia, em termos gerais, os shoppings caminhavam para deixarem de ser shoppings, e converterem-se em LIVING CENTERS. Onde as pessoas frequentariam talvez e até com maior intensidade, mas não mais, prioritariamente, para comprar. Para passear, ir ao cinema ou teatro, e comer nas lanchonetes e restaurantes. E, já que estavam por lá, aproveitariam para algumas comprinhas. Depois da pandemia e de todas as suas decorrências, esse entendimento precisa, no mínimo, passar por uma revisão, e ser aperfeiçoado. De qualquer maneira, os gestores da maior empresa de shoppings da América Latina passam a conviver com um belíssimo desafio. Dar sentido e tornar rentável para todas as partes envolvidas nessa megafusão. No comando do processo o executivo, RAFAEL SALES, agora CEO da ALIANSCE-BR MALLS, que em entrevistas recentes não esconde e nem tenta diminuir o tamanho do desafio. Diz RAFAEL, e inclusive deixa indagações no ar: “Será que é necessário continuar consolidando, ou teremos um tamanho tão grande que não precisa mais? Talvez transações grandes como essa com a BRMALLS não valham mais a pena, não seja necessário pensando em retorno para os acionistas…”. E completa dizendo que: “O foco agora vai ser total no processo de integração. Temos que juntar empresas e sistemas e nunca se operou uma empresa desse tamanho… E vamos olhar o valor a ser gerado no negócio especialmente ainda no que não fazemos tanto, como vender mais mídia e trabalhar melhor o mix de lojas…”. Antes de consolidar as duas operações, os shoppings que perderam a razão de ser foram vendidos, e assim, e a partir de agora, começa o jogo. No entendimento dos consultores da MADIA, a nova e maior empresa de shoppings da América Latina ainda vai levar de 3 a 5 anos para compreender toda a dimensão das mudanças radicais que passam a caracterizar os SHOPPING CENTERS daqui para frente. Considerando-se que estão deixando de serem SHOPPINGS, e convertendo-se em LIVINGS CENTERS… 4 – O NÚMERO QUE SEMPRE FALTA Todos os anos as empresas responsáveis pelo monitoramento do ambiente corporativo e dos negócios divulgam os dados das empresas que recorreram ao instituto da RECUPERAÇÃO JUDICIAL. Não conseguem honrar os compromissos, vão se endividando, e pedem um tempo para respirar. Uma instituição que monitora a saúde econômica das empresas é a SERASA EXPERIAN. E agora acaba de divulgar os dados referentes ao ano passado, e a leitura dos mesmos, sem a informação de quantos milhares de empresas fecharam definitivamente suas portas fica sensivelmente prejudicado. De qualquer maneira, o número dos dois anos impactados pela pandemia são decrescentes. Antes da pandemia, 2020, 1.179 empresas recorreram a RECUPERAÇÃO JUDICIAL. Em 2021, o número caiu para 891, e no ano passado, 2022, para 833. Repito, a diminuição tem tudo a ver porque diminuiu sensivelmente o número de empresas que se habilitou a pedir a RECUPERAÇÃO. Nos anos da pandemia, dezenas de milhares partiram direto para a falência, fechamento de portas, encerramento das atividades. Assim e sempre, todo cuidado na leitura de dados. 5 – O FIM DOS EMPREGOS Dentre os temas que mais vão se discutir no que resta desta década, é, enfim, o fim dos empregos. Ser empregado, e ainda para muitos uma dádiva, é o último degrau da escravatura. Ninguém deveria ser empregado de ninguém. Todos deveríamos ser prestadores de serviços, justa e merecidamente remunerados. Todos deveríamos ser profissionais empreendedores, sem vínculo com ou a uma única empresa, mas disponíveis para prestar nossos serviços para muitas e simultaneamente. Saem de campo os profissionais empregados, e, em seus lugares, entram os profissionais empreendedores e parceiros de outras e muitas empresas. Essa é a essência da SEKS – SHARING ECONOMY & KNOWLEDGE SOCIETY – Sociedade onde o capital é o conhecimento que portamos em nossos cérebros, que se torna produtivo através do SHARING, do compartilhamento, com alguns, muitos, centenas ou milhares de parcerias que celebramos com diferentes profissionais empreendedores, dependendo das especificidades e características dos desafios que são colocados. De certa forma, e entendendo a importância única do momento em que vivemos, DOMENICO DE MASI dedicou seus últimos anos para mergulhar o mais profundo possível em seu mais recente e espetacular livro, O TRABALHO NO SÉCULO XXI, lançado no Brasil no ano passado, com quase 800 páginas, pela editora SEXTANTE. Ouro puro de sensibilidade e sabedoria. Não obstante a visão de DE MASI, carregada do social, perca um pouco da isenção. Mas o livro é leitura obrigatória. Logo no início do livro DE MASI, remete a HANNAH ARENDT, filósofa e política alemã, que por sua vez refere-se ao que dizia MARTINHO LUTERO, o protagonista do maior processo disruptivo da história da humanidade, a disrupção da Igreja Católica. LUTERO dizia: “O homem nasceu para trabalhar, como o pássaro para voar. Por isso deve ser imposto aos ociosos. As pessoas que não defendem e não sustentam ninguém, mas consomem, vadiam e só se tornam preguiçosas, o príncipe não deveria tolerá-las em seu país, mas expulsá-las ou obrigá-las a trabalhar como fazem as abelhas, que mandam embora os zangões que não trabalham e comem o mel das outras abelhas”. Toda essa introdução para comentar a matéria de capa do suplemento de um final de semana do jornal VALOR. E que tem por título, “CONFLITOS NA LIDERANÇA – trabalhadores dizem que chefes tiranos ainda são comuns”. Provavelmente seja verdadeiro. Mas por que esses trabalhadores insistem em aceitar essa situação? Porque não mergulham de cabeça, coração e alma na SEKS. Na Sociedade do Conhecimento onde a forma de se trabalhar é por parceria, e não mais por subordinação e dependência. Fim. Os séculos e milênios onde seres humanos por absoluta e total falta de alternativa aceitavam serem empregados vão se despedindo.Ingressaremos nos anos 2030 com a maior parte dos profissionais trabalhando de forma independente, vendendo os serviços de seus conhecimentos e especializações, e no formato de parceria.Já era tempo. 6 – DE REPENTE, NOVIDADES NA DEMOGRAFIA Nada acontece do dia para a noite na demografia, no estudo, acompanhamento, metrificação, da evolução e movimentos das populações. Assim, o que começa a se revelar de forma mais ostensiva hoje, já era mais que sabido pelos estudiosos dos países desde a virada do milênio. Até o final deste século, a população do mundo ao invés de crescer vai diminuir. Os últimos números devidamente ajustados indicam que a população do mundo irá cair pela metade – se nada for feito – até o ano de 2100. Isso mesmo que você ouviu: cair pela metade! Dos 8 para 4 bilhões. Uma espécie de desertificação populacional do velho e querido mundo. E assim, e como não poderia deixar de ser, mais e muitos países tomam providências na tentativa de atenuar as consequências desse processo de encolhimento. Que se sintetiza no seguinte desafio. Como vivemos mais anos e nascem menos crianças, faltarão braços e corações para cuidar dos velhos… Em alguns países, como o JAPÃO, a situação já vem se revelando uma realidade desde agora, com a agravante que a maioria das famílias e pessoas quer viver cada vez mais na capital TÓQUIO, ou vizinhança. Assim, e desde 2019, o governo vem oferecendo 300 mil ienes (mais ou menos R$12 mil), para todas as famílias que se mudassem de Tóquio para cidades do interior. No começo com algum sucesso, mas de um ano pra cá zero de adesão. Conclusão, multiplicaram o oferecimento por três, e agora é 1 milhão de ienes (mais ou menos R$41 mil), para quem aceitar a oferta. E, nesse ritmo, e aceleração da desertificação dos países e cidades, muito brevemente, ao invés das pessoas precisarem comprovar renda e realizar depósitos para mudarem-se para outros países, receberão prêmios, recompensas e dinheiro. A disputa será grande. Coisas de um mundo que cresceu desbragadamente no século passado e até a virada do milênio, e agora começa a decrescer, murchar. 7 – CACAU SHOW – INDEPENDENTE DA PANDEMIA, NÚMEROS EXUBERANTES Depois de meses sem dar declarações, ALÊ COSTA, membro da Academia Brasileira de Marketing e todo poderoso da CACAU SHOW causa inveja à maioria das empresas de todos os setores e atividade e portes; a CACAU SHOW cresceu 26% no ano passado, e faturou vendendo chocolates R$4 bilhões. Mas, números mais exuberantes ainda dizem respeito à multiplicação e abertura de lojas no ano passado. Foram quase 1000, e agora totaliza 3.770 lojas em todo o Brasil. Em entrevista ao VALOR, ALEXANDRE COSTA, o ALÊ, diz: “Solicitamos ao GUINESS BOOK o reconhecimento da CACAU SHOW com a maior rede de chocolates do planeta”, e, completa, “1000 lojas era uma meta praticamente inatingível. 1000 lojas em um ano em um único país não têm precedentes…”. É isso, amigos. Em meio a empresas encerrando atividades, milhares de lojas fechando para sempre, uma luz de esperança e referência na performance espetacular da CACAU SHOW. De verdade, e praticamente, desde sua criação por ele, ALEXANDRE COSTA, o ALÊ!     8 – O ESTADO INCOMPETENTE E ESTELIONATÁRIO É isso que é o ESTADO brasileiro. Balofo, incompetente, e estelionatário na medida que nos cobra por infinitos serviços que tem a responsabilidade de prestar e não presta e fica por isso mesmo. Desde as ruas das principais cidades do País absolutamente esburacadas, às calçadas onde todos os dias, em todo Brasil, mais de 1000 pessoas têm que recorrer a postos de saúde e hospitais pelos tombos que levam por falta de manutenção mínima. Algumas dessas pessoas precisam passar por cirurgia, e ao menos, três por dia, morrem. Isso mesmo. Morrem de tombo nas calçadas do Brasil. Isso posto, e já que o ESTADO vende, cobra, recebe, e não entrega, a cada dia que passa somos convidados a fazer seguro para tudo. Muito especialmente no quesito SEGURANÇA. Leio, por exemplo, a notícia que o BANCO NEON agora está ingressando no território do seguro. E vai se concentrar exatamente nos seguros que se revelam necessários devido aos estelionatos do ESTADO. Assim, e conforme a notícia, e em parceria com o BNP PARIBAS CARDIF, o primeiro produto tem por objetivo proteger bens e dinheiro. Por um valor inicial de R$4,90 mês, a apólice do NEON traz proteção para roubo, furto, perda ou roubo de celular, e ainda para transações ocorridas depois do roubo do celular… Enquanto nas principais cidades do mundo as pessoas falam no celular ao ar livre, nas ruas, bares, restaurantes, e não acontece nada, aqui o risco é total. Embora o incompetente e estelionatário ESTADO brasileiro nos cobre para oferecer os serviços de segurança.Vamos continuar assistindo esse absurdo até quando? 9 – A SEGUNDA BOLHA ECLODIU E POUCOS SE DERAM CONTA A primeira bolha das chamadas empresas da NOVA ECONOMIA eclodiu na virada do milênio. Ainda eram poucas empresas, o barulho foi pequeno, e parcela significativa das que começavam a decolar espatifaram-se no chão poucos metros, minutos, alturas após a decolagem. Da primeira bolha que poucos se lembram, e dentre os exemplos mais emblemáticos e históricos em nosso país, o encerramento das atividades do primeiro dos MARKETPLACES, o AMÉLIA, do PÃO DE AÇÚCAR, e do primeiro banco pretensamente digital, o BANCO 1, do UNIBANCO. Na América Latina, a debacle, quebra e devolução pelo SANTANDER, do PATAGON, também uma das primeiras tentativas de BANCO DIGITAL. Não só não deu certo que, além das centenas de milhões de dólares que perdeu na aquisição, o banco ainda precisou pagar uma quantia adicional para o vendedor receber de volta o PATAGON. Agora, mais de 20 anos depois, testemunhamos três tipos de fenômenos. Milhares de novas empresas nas operações de decolagem e ficando pelo caminho. Algumas chegaram a alçar voo, mas não conseguiram se sustentar e vão fechando. Outras decolaram, converteram-se em UNICÓRNIOS, seus criadores ficaram ricos, e agora tentam a todo custo resistir e sobreviver. E as chamadas BIG TECHS, que permanecem vivas, relativamente prósperas, mas perderam o brilho e causam alguma preocupação. Os números referentes ao ano passado, 2022, para as BIG TECHS em geral, foram devastadores. Mas e ainda, sem causar preocupações de eventuais insolvências. Consolidados e analisados todos os dados oficiais e já publicados, na soma das 7 maiores BIG TECHS: APPLE, MICROSOFT, ALPHABET, AMAZON, TESLA, META e NETFLIX, uma perda total e somada de US$ 4,6 trilhões. Perderam o equivalente a três vezes o PIB do Brasil do ano passado. Na véspera do NATAL de 2021, uma APPLE valia US$2,9 trilhões. Na véspera do de 2022, US$2,0 trilhões. Já a MICROSOFT despencou de US$2,5 trilhões para US$1,5 trilhão. A ALPHABET – GOOGLE + YOUTUBE e outros negócios – caiu de US$1,9 trilhão para US$1,1 trilhão. A AMAZON de US$1,67 trilhão para US$850 bilhões. A TESLA, de US$1 trilhão para US$389 bilhões. A META, de US$920 bilhões para US$319 bilhões. E a NETFLIX, de US$267 milhões para US$131 milhões… Ou seja, amigos, todas sob atenção total, e tentando conter o derretimento e repensar o posicionamento e estratégia daqui para frente. Essa é a 2ª bolha que vem eclodindo suave e silenciosamente, mas com consequências, repito, devastadoras. 10 – MEDO DE ENFRENTAR O FUTURO, OU, FUGITIVOS DA REALIDADE Claro, a pandemia acelerou, mas, e apenas, antecipou o que era irreversível e inevitável. Há décadas todas as empresas, em maior ou menor intensidade, vem se preparando para o dia da grande mudança. E que chegou e está em curso, uma espécie de dia que demandará anos, mas é inevitável, e irreversível. Tudo bem, as pessoas resistirão, encontrarão mil razões e motivos para negar a nova realidade, mas com o correr do dia passarão a fazer parte de um contingente declinante, decadente, até exaurir-se. O local de trabalho, como conhecemos nos últimos 70 anos, e pós duas Grandes Guerras, da chamada sociedade de serviços, tornou-se irrelevante, supérfluo, disfuncional. O contato físico entre pessoas segue insubstituível, mas não necessariamente passa mais por salas e escritórios. Como tínhamos que trabalhar todos os dias, acabávamos nos conformando com esse ritual. E, assim, 5 dias por semana, 8 horas por dia, convivíamos fisicamente com nossos companheiros de jornada, trabalho e luta, e éramos muito felizes. Não obstante, parcela expressiva de nós, passasse todos os dias duas ou mais horas para chegar, e duas ou mais horas para voltar, espremidos, absolutamente desconfortáveis, o que significava arredondando que nossas semanas não tinham sete e sim seis dias. E, no correr das últimas décadas, fomos desenvolvendo uma série de traquitanas, componentes, peças, plataformas, que um dia nos liberassem do velho e querido escritório. Fax, celular, internet, diferentes plataformas, redes sociais, games, comunicação por voz, vídeo, ou texto, infinitos bate-papos a distância, e faltava o pretexto inegociável e impositivo: a pandemia. Sem nos darmos conta, o dia chegara, e a mudança iniciou-se. O escritório tal como um dia conhecemos, e até ontem, e até hoje, realidade em muitas empresas, morreu. Falta apenas ser enterrado. Por mais que as incorporadoras sigam lançando edifícios de escritórios… E aí muitos de vocês perguntarão, MADIA, por que e ainda tanta resistência? Porque as ferramentas hoje existentes, tipo TEAMS da MICROSOFT, são produtos da cabeça de tecnólogos, onde falta, essencialmente, HUMANIDADE. São ótimas, funcionam perfeitamente, práticas, PARA ELES. Mas não para os demais humanos. Ainda tentando entender o que aconteceu com sua querida sala, mesas, lápis e canetas, canto do cafezinho, amigo. Mas, por pouco tempo. Em questão de meses, dezenas de alternativas de plataformas humanizadas, já diante do verdadeiro conceito e entendimento da METASFERA estarão disponíveis, e todos nós, muito rapidamente, nos adaptaremos à novidade com extrema felicidade, na medida em que emulam e para melhor com uma série de vantagens, menos o contato físico, o mundo em que vivíamos até ontem. Onde nossa empresa existe, nossa sala, mesas e cadeiras, equipamentos, salas de reunião, sem fila no banheiro e sem precisar esperar a hora do café. Claro, para todos aqueles que acreditam que não obstante os tropeços do caminho, caminhamos sempre para frente e para o melhor. Isso posto, querido amigo, e se você ainda tem alguma dúvida, mais que recomendamos. Comece a organizar e preparar a mudança de sua empresa do analógico para o virtual, da terra para METASFERA. Vai sobrar mais tempo para aquilo que a maioria gosta. Encontrar-se com os amigos, e, confraternizar. Isso posto, muito a comemorar. DRUCKER´S MONTHLY E agora, a lição de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER deste mês de setembro de 2023. Hoje, uma nova e magistral definição, esclarecimento, luz, de nosso adorado mestre e mentor. A ciência e a arte de se saber fazer, e sempre, a pergunta certa. Ou, em outras palavras, de que adianta encontrar-se a resposta certa para a pergunta errada? Ensina o mestre que: “Quando Frederick Taylor iniciou o que mais tarde seria denominado de Administração Científica, estudando, por exemplo, a movimentação de areia com pás, jamais ocorreu a ele perguntar: Qual é a tarefa? Por que executá-la?”. Tudo o que se perguntou foi: “Como a tarefa é executada?” Quase 50 anos depois, Elton Mayo, preparou-se para demolir a Administração Científica e substituí-la por aquilo que viria a ser chamado de Relações Humanas. Mas, como Taylor, ele nunca perguntou: “Qual a tarefa? Por que executá-la?”. Em seus famosos experimentos na fábrica Hawthorne, da Western Electric, somente perguntou: “Como produzir melhor os equipamentos telefônicos?”. Desde então, e no trabalho com conhecimento e serviços, a primeira pergunta a ser feita, para aumentar a produtividade, é: “Qual é a tarefa? O que estamos tentando conseguir? Por que fazer tudo isso?. Os aumentos mais fáceis e também os maiores de produtividade provêm da redefinição da tarefa e, em especial, da eliminação daquilo que não precisa ser feito”.
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Agosto 2023

BUT PRESS 25AGOSTO/2023 Síntese mensal das principais movimentações, acontecimentos, registros no ambiente de negócios do Brasil e do mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados, análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing ― a única empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior dos mestres da gestão e dos negócios, Peter Ferdinand Drucker.1 – UM MUNDO SEM EMPREGADAS DOMÉSTICAS, UM MUNDO SEM EMPREGADOS Nesse mundo, que um dia eclodirá, teremos prestadores de serviços individuais, de quem se compram horas para proceder arrumações em espaços físicos. De empresas, escritórios, e muito especialmente, de residências. Ser EMPREGADO, definitivamente, e de digno, não tem nada. É o último ponto de libertação das pessoas que um dia foram escravas. Na NOVA ECONOMIA, SK&E, Sharing and Knowledge Economy, onde o formato de trabalho é por parcerias e o capital é o conhecimento, ainda que seja para limpar casas e escritórios, não faz mais sentido alguém ser empregado de quem quer que seja. Mas, ainda estamos caminhando nessa direção. A passos mais acelerados do que a maioria das pessoas e supostos entendidos no assunto pensam… Nas últimas semanas alguns articulistas e consultores vêm tentando entender o impacto da pandemia no chamado trabalho doméstico, e onde pontificam duas modalidades: as diaristas, e as empregadas fixas, mensalistas. Quando se analisa a variação nas curvas e estatísticas, as mudanças foram de pouca monta. Segundo o IBGE, e comparando os números de agosto a outubro de 2019, antes da pandemia, registravam 4,437 milhões de empregados domésticos sem carteira assinada; já no mesmo trimestre deste ano, o número é de 4,399 milhões, ou seja, pouca coisa abaixo, considerando-se a dimensão da crise decorrente da COVID. As pessoas que prestam serviços nesse território, e que ainda são tratadas como EMPREGADAS DOMÉSTICAS, sejam diaristas ou mensalistas, em recente matéria da FOLHA manifestaram suas opiniões, considerando a experiência que vêm vivendo. Em seu depoimento, BERNADETE, 41 anos, diz, “Coloquei um anúncio para trabalhar como fixa ou diarista, mas prefiro trabalhar numa casa só. Com uma patroa dá para colocar o serviço em dia aos poucos. Fazer diária na casa uma vez por mês é exaustivo – um dia vale por três, tem de lavar da calçada ao quintal em poucas horas e não há garantia do trabalho…”. Já, REGINA, 45 anos, prefere ser diarista. Trabalha como faxineira há 19 anos. Veio do interior da Bahia na busca de trabalho e melhores condições de vida em São Paulo… Diz, “Cheguei a trabalhar em uma mesma casa por anos, mas hoje sou diarista – prefiro assim… A possibilidade de trabalhar em diferentes casas tem muitas vantagens como, e nos últimos tempos de crise, não depender das condições financeiras de uma única família… E ainda, embora trabalhando mais, consigo ganhar mais do que como mensalista…”. É isso, amigos. Seremos um País e um mundo civilizado, moderno e socialmente mais justo quando não existir mais nenhum ser humano que aceite e precisa trabalhar como EMPREGADO DOMÉSTICO, o último degrau da escravatura. Nesse momento teremos prestador de serviços individuais, profissionais qualificados e capacitados, que cuidarão da limpeza e outros afazeres nas residências e nas empresas. Residências e empresas mais que preparadas para exigirem dessas pessoas, semelhantes desgastes físicos que caracterizaram suas vidas, no correr de séculos, e que as faziam adoecer com maior incidência, e viverem menos. Se vocês quiserem se aprofundar mais sobre essa forma de trabalho, mais toda a história e evolução do trabalho na chamada história moderna, últimos 2000 anos do mundo, o melhor e mais completo livro sobre o tema foi publicado no ano passado, pela editora SEXTANTE. Seu título é O TRABALHO NO SÉCULO XXI, seu autor DOMENICO DE MASI, tem quase 800 páginas, mas vale a pena e mais do que recomendo. Essencial para quem quiser entender como foi o trabalho no correr dos últimos dois milênios e seus séculos, e como será daqui para frente. 2 – MAIS QUE ÓBVIO QUE TUDO TEM CONSEQUÊNCIAS, MAS, SABE-SE LÁ POR QUAIS RAZÕES, IGNORAMOS Talvez ninguém tenha parado para conversar sobre o tema, talvez – e aí é indesculpável – os profissionais e especialistas da área não tenham sido o minimamente responsáveis para fazerem todos os alertas necessários, mas, e como a compulsão pelos gadgets e novas tecnologias eram irresistíveis, o fato é que passamos muitos quilômetros da conta, que exageramos e extrapolamos, e pior ainda, fomos irresponsáveis com as pessoas sobre as quais e supostamente temos total – ou deveríamos ter – responsabilidade. Conclusão, a incidência e gravidade de miopia nas duas últimas e novas gerações é brutal. E, para piorar, e com aulas a distância, mais e muitas horas na frente de diferentes tipos de tela, muito especialmente, das telinhas. Os dados são devastadores. No universo de crianças e adolescentes, o avanço da miopia foi superior a 300%! E as notícias procedem de diferentes fontes. Mães que nas matérias dos jornais dão depoimentos do tipo: “Com a pandemia, nossos filhos ficavam na frente das telas o tempo todo… E resolvi levá-los ao oftalmologista. Não deu outra. Os dois míopes…”. Ou, a manifestação da presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, LUIZ HOPKER: “Quando as crianças ficam menos horas expostas à luz do ambiente externo, as estruturas fotorreceptoras não são estimuladas e o olho cresce mais favorecendo a miopia…”. Ou, informes da OMS – Organização Mundial de Saúde que em pesquisa junto a especialistas de todo o mundo constatou um aumento significativo e precoce da incidência de miopia em crianças. E depoimentos mais graves e dramáticos como de donos de ótica, tipo: “Desde o ano passado constatamos uma evolução. Atendemos crianças de 5, 6 anos de idade já com dois ou três graus…”, ou, ainda, “Há 30 anos era raro encontrar crianças com grau de miopia acima de seis. Atendo crianças com 8 anos e 11 graus de miopia…!” Ou seja, amigos, aconteceu e por omissão e ignorância estamos produzindo a maior geração de míopes da história da humanidade. Diante dessa quase calamidade vêm as primeiras recomendações, enquanto se aguardam medidas e providências de saúde pública mais radicais, ainda. Para crianças menores de 2 anos, a recomendação é evitar qualquer tipo de exposição a telas. Entre 2 a 5 anos passar, no máximo, uma hora por dia em frente às telas. Entre 6 a 10 anos, uma ou duas horas por dia. E, para todas as demais idades, nada de telas nas refeições, e desconexão total e no mínimo duas horas antes de dormir… Assim, caminhamos de forma quase que irreversível para a maior epidemia de doenças dos olhos da história da humanidade. 3 – REVISÃO DE ESTRATÉGIA Poucas empresas com poucos anos de vida alcançam grande sucesso e já procedem a uma revisão na estratégia e posicionamento, como a chinesa XIAOMI acaba de proceder e anunciar. Fundada no ano de 2010 pelo empresário LEI JUN, na CHINA, sua estratégia inicial é extremamente criativa, preferindo pegar carona, e construindo uma espécie de pele ou cobertura sobre a plataforma ANDROID. No momento em que nasceu, o ANDROID encontrava-se na versão 2.2 FROYO, abril de 2010. Temendo por eventuais dificuldades na fala do naming, XIAOMI, optou por uma segunda marca no mercado internacional, MI, e que segundo muitos é a abreviatura de MISSÃO IMPOSSÍVEL, e, ou, MOBILE INTERNET. Já XIAOMI, palavra chinesa, quer dizer PEQUENO ARROZ. Enfim nasceu, uma pele pegando carona no ANDROID, e decolou numa aceleração monumental sendo uma das recordistas em escalabilidade de seu território de atuação. Hoje, 12 anos depois, é uma gigante. Na rodada inicial, e tendo como propósito notabilizar-se por produtos inteligentes, mergulhou de cabeça no território dos smartphones. E depois, e gradativamente, foi agregando mais produtos convencionais e eletrônicos a sua linha, sempre com o diferencial da INTELIGÊNCIA. Por outro lado, poucas empresas com tão poucos anos de vida foram tão acusadas de espionagem e cópia como a XIAOMI. E na curta história da empresa, a presença de um brasileiro, o mineiro HUGO BARRA, vice-presidente da empresa durante quase 4 anos, que saiu da vice-presidência da ANDROID, no mês de setembro de 2013, para ir trabalhar na XIAOMI, causando um certo desconforto. Para uma empresa que tem poucos anos de vida, muita coisa aconteceu. E, agora, no Brasil e finalmente, desembarca com muitos outros de seus produtos inteligentes, assim como importante revisão em sua estratégia, com uma parceria mais friendly com outras plataformas comerciais, como POLISHOP, LUIZA, RIACHUELO, mais alguns comércios regionais. Falando ao O GLOBO sobre as novidades e revisão de estratégia, LUCIANO BARBOSA, o head da XIAOMI no Brasil, disse: “Os brasileiros gostam de novidades e assim vamos trazer e dispor de mais produtos. Queremos uma divisão mais equilibrada em nossas vendas que hoje dependem 50% do desempenho dos celulares da marca. Em formatos diferentes de parcerias, e a partir de agora, a XIAOMI passa a disputar o território de, além dos celulares, de relógios, fones de ouvidos, acessórios para smartphones, e ainda lâmpadas, balanças inteligentes, e outros produtos. Além de lojas que já possui em algumas cidades brasileiras, passa a investir numa rede de quiosques. É isso. XIAOMI, “Pequeno arroz” dá mais alguns passos em seu processo de invasão do mercado brasileiro. 4 – AINDA OS TESTES À CEGA Semanas atrás comentei e elogiei o chamado TESTE À CEGA de diferentes marcas de cápsulas de café. Quando uma pessoa bebe um café que foi processado numa dessas máquinas tipo NESPRESSO, tudo o que vê e sente é o cheiro, gosto, eventualmente fumaça do café, mais a qualidade do design da xícara. Assim, faz algum sentido aferir-se o valor e qualidade de café em cápsulas através do ato de se beber o café produzido. Já o mesmo não acontece, por exemplo, com cervejas e vinhos, e muito especialmente com champagnes. Onde tudo é relevante antes do ato final que é a bebida descendo pela garganta. A garrafa, o rótulo, a ritualística do sacar a rolha, o barulho, a taça, as borbulhinhas descendo e se formando no interior das taças, o brinde, e, finalmente, o consumo. De qualquer maneira, e dentro de sua rotina de fazer TESTES ÀS CEGAS em praticamente todos os produtos, o ESTADÃO, caderno CULTURA E COMPORTAMENTO testou 20 rótulos diferentes de champagne produzida no Brasil sempre lembrando que os únicos vinhos que podem se intitular champagne são os produzidos na região de Champagne, na França. Os produzidos em outros lugares, apenas ESPUMANTES. Mas, vamos aos resultados: SURPRESA! O Estadão, aparentemente, desistiu de apurar vencedores ou perdedores. Apenas registrou os comentários e avaliações genéricas e qualitativas, e não pontuais, de cada um dos champagnes. Melhor assim. E tomara que adote o mesmo critério daqui para frente em seus testes cegos. 5 – QUAL O SENTIDO? Dentre as últimas manifestações da chamada velha imprensa – pelo formato e tempo de vida – causando total perplexidade o novo serviço lançado pelo ESTADÃO. Uma espécie de versão 2023 dos antigos jornais de bairro. O projeto denomina-se ESTADÃO EXPRESSO BAIRROS, com a designação de PROJETO MULTIPLATAFORMA. Impresso, digital, boletins diários na RÁDIO ELDORADO, e ainda notícias através do WhatsApp. Os exemplares impressos – 1 milhão de exemplares mês, distribuído gratuitamente, mensalmente, e personalizado, através das 32 sub-regiões da cidade de São Paulo. Qual o sentido dessa iniciativa? Como para em pé, em termos econômicos? Em quanto tempo mais um projeto supostamente salvador dos jornais será cancelado? 6 – QUANTO VALE UMA MARCA? Claro, tudo depende do que o eventual comprador pretende realizar com essa marca, e sua crença que será capaz de multiplicar a venda dos velhos e dos novos produtos que pretende lançar, sob a sombra e proteção da MARCA. Ou seja, a MARCA, se viva e atuante, vale pelo que já produz, pelas eventuais possibilidades de crescimento nesses mesmos territórios, e eventualmente pela possibilidade de ingressar em novos territórios de vendas – geográficos – e de novos produtos. Na semana passada o GRUPO PERFETTI VAN MELLE, que dentre outras marcas é a dona de MENTOS, comprou as marcas de CHICLETES da MONDELEZ na EUROPA E ESTADOS UNIDOS, pela bagatela de US$1,35 bi. Vale, perguntarão muitos? Sim, no entendimento da VAN MELLE, que seguramente imagina ser capaz de produzir em poucos anos um resultado que mais que compense e multiplique o valor desembolsado. Mas claro, tudo vai depender de sua capacidade de implementar o que está contemplando com a aquisição. Por outro lado, a MONDELEZ decidiu desfazer-se de duas de suas marcas campeãs, não necessariamente porque não acredita mais no território das gomas de mascar. Mas porque acredita mais e pretende concentrar seus investimentos daqui para frente em chocolates, biscoitos e salgadinhos. Apenas isso. Aquisições de marcas são caras ou baratas dependendo do que se pretenda fazer com as mesmas. E se a aquisição fez sentido, só o futuro dirá. 7 – A RESPOSTA À PERGUNTA QUE MUITOS SE FAZEM De uns anos para cá passou-se a falar nos chamados novos bancos, em verdade, FINTECHS, com regulação específica e com limites de atuação face aos bancos. Em matéria na revista ADMINISTRAÇÃO PROFISSIONAL, do Conselho Regional de Administração de São Paulo – CRA-SP, ALEXANDRE MAGNANI, co-CEO do PagBank PagSeguro, trouxe a resposta aguardada. Disse ALEXANDRE: “A diferença pode ser resumida basicamente em três PONTOS. O PRIMEIRO PONTO é o regulatório. Normalmente as fintechs são licenciadas como instituições de pagamentos, que é um tipo de regulação mais leve que o Banco Central permite, e no qual essas instituições podem emitir cartões, ter contas de pagamentos e prestar outros serviços bancários, mas não podem usar o saldo das contas para financiar operações de empréstimos. O que é diferente de uma instituição tradicional, que tem a licença bancária de banco múltiplo e pode usar o saldo das contas para financiar operações de empréstimos. No entanto, muitas fintechs compraram a licença de banco múltiplo, como é o caso do PAGBANK que, há alguns anos, pode fazer qualquer tipo de operação que um banco tradicional faz… O SEGUNDO PONTO é na operação. O banco tradicional tem sua distribuição por meio de agências físicas, ou seja, a instituição faz o cadastro de seus clientes e mantém sua principal interface nas agências. Todos os processos e operações dos bancos tradicionais foram feitos de uma forma que exige autenticação presencial, troca de documentos físicos e isso muda muito o tipo de gestão. Já as fintechs fazem sua distribuição exclusivamente por meio de canais digitais, como internet, celular e aplicativos. Isso faz com que toda a interação entre o cliente e a instituição seja remota. Os documentos são digitalizados e a tecnologia de biometria é muito utilizada, fazendo com que a gestão dos processos numa fintech seja muito mais automatizada do que em um banco tradicional. Por fim, a terceira e outra grande diferença, ou, O TERCEIRO PONTO é a própria experiência do cliente. Todo o relacionamento com o consumidor vai se dar pela interface do aplicativo no celular ou do internet banking, sem a possibilidade de um canal presencial. Isso faz com que as FINTECHS tenham soluções mais simples e fáceis para os clientes usarem…”. É isso, amigos. De uma forma detalhada, ALEXANDRE MAGNANI explicou as diferenças essenciais que existem entre os bancos tradicionais, e as fintechs… Em tempo, enquanto a BOLSA registrava uma valorização pífia de 3,5% faltando uma semana para encerrar o ano de 2022, as fintechs negociadas em bolsa contabilizavam uma desvalorização média superior a 50%. 8 – NÃO OBSTANTE O CRESCIMENTO BRUTAL DA MIOPIA INFANTIL… Empresa especializada em pesquisa junto a garotada, a ASKIDS, constatou que o número de crianças que pedem celulares a seus pais não para de crescer. A empresa, que urgente deveria incluir um segundo K em sua marca, e converter-se em ASKKIDS, entrevistou 3.592 pessoas distribuídas pelo Brasil, Argentina, Colômbia, México, Peru e Chile, e concluiu que o número de crianças que pedem celulares a seus “Papais Noéis” não para de crescer, e que eles, pais, não conseguem recusar, que os CELULARES VIRARAM A NOVA CHUPETA… Ou, como se diz em inglês, PACIFIER, as que conseguem colocar as crianças entretidas e calmas, dando sossego para seus pais. Tão cedo não se vai conseguir conter e nem mesmo atenuar a onda de miopia grave em crianças… 9 – OS DESAFIOS E COMPROMISSOS DE EMPRESÁRIOS QUE OPTAM PELA ABERTURA DE CAPITAL Poucas vezes vi e li um depoimento tão consistente e inspirador – claro – para quem gosta de desafios como o de CAROL BASSI para o Direto da Fonte, do Gilberto Amendola no Estadão. Para quem está pensando no tema e quer informar-se melhor, mais do que recomendo a experiência da CAROL. Há um ano vendeu seu negócio para o GRUPO AREZZO & CO, de ALEXANDRE BIRMAN. Para os que acham que preparar-se para abrir o capital é descolar uma grana e se aposentar, mais que ledo engano. Antes de uma eventual possibilidade de diminuição de ritmo, o vendedor terá que provar e demonstrar que seu negócio era um ótimo negócio, remunerar com justiça e generosidade os investidores, e só depois, mais adiante, considerar a hipótese de uma eventual aposentadoria. Iniciar um processo desse com essa ideia na cabeça é mais que certeza de fracasso. Vamos ao depoimento de CAROL sobre esse primeiro ano: “Em empresas de capital aberto, a cobrança de metas é muito grande, muito forte. Eu achava que trabalhava muito. Hoje trabalho muito mais do que antes.” E conclui, “Batemos todas as metas no dia 24 de novembro. E crescemos 45% apenas no último trimestre…”. O grande desafio de empresas ancoradas fortemente em marcas, é acabar se perdendo pelo caminho e ver a essência da marca desvanecer-se. Segundo CAROL tudo depende do líder, e em seu caso, o seu, ALEXANDRE BIRMAN é um especialista em branding. Diz CAROL, “O ALEXANDRE tem um respeito muito grande pelas marcas do grupo. Respeita suas identidades, assim como seus DNAs. Por outro lado, como sou uma pessoa muito verdadeira, e não consigo trabalhar se estiver triste, se não estiver bem, a liberdade que o ALEXANDRE dá me traz muita paz…”. É isso, amigos. Jamais se meta a construir um grupo de empresas se não tiver a sensibilidade e capacidade de respeitar o MANIFESTO, IDENTIDADE, PROPÓSITO, MISSÃO, COMPROMISSOS E VALORES de cada uma das MARCAS. Se assim não for, certamente jogará dinheiro fora. 10 – COR NÃO É TUDO, E NÃO É, MENOS AINDA, QUASE TUDO. MAS É IMPORTANTE Como faz todos os anos, o PCI – PANTONE COLOR INSTITUTE acabou de anunciar a cor do ano de 2023: VIVA MAGENTA. “Uma cor fora do convencional, para tempos fora do convencional. Resulta de uma mistura entre o calor e a vibração do vermelho, com a calma e serenidade do violeta, e é tido como uma cor de equilíbrio, um ponto de encontro entre extremos que muitos acreditam ser uma cor de cura espiritual e mental…”. São raros os casos em que a cor se converte no elemento mais importante de uma marca. Mas, ter uma cor sob medida, que faça sentido e escale o design, a embalagem, eventuais cheiros e aromas, ilustrações, narrativas, é sempre da maior importância. Isso posto, a cor do ano de 2023 segundo a maior autoridade em cores do mundo, a PANTONE, é o VIVA MAGENTA. DRUCKER´S MONTHLY E agora, a lição de PETER DRUCKER deste mês de agosto de 2023.Hoje, nosso adorado mestre e mentor, PETER DRUCKER, tão ou mais que uma lição, faz uma espécie de confissão e desabafo, que todos nós sempre deveríamos considerar. Saber separar sempre O QUE É URGENTE, do QUE É VERDADEIRAMENTE IMPORTANTE. Diz o mestre: “Hoje, quando olho para trás, aos 90 anos de idade, e procedo a uma rápida pesquisa e balanço de minha vida, uma de minhas maiores frustrações, certamente, foi ter priorizado, mais do que gostaria, aquilo que era urgente em vez de aquilo que era importante. E, assim, deixei de escrever alguns livros que deveria ter escrito, e escrevi livros porque eram urgentes, ou ensinei o que era necessário num determinado momento, deixando de lado o que seria essencial cinco anos depois. Assenti em cuidar do imediato, em detrimento do longo prazo. Mas isso só se descobre depois…”. É isso, amigos. Muitas vezes, na pressa, diante da necessidade e da pressão das circunstâncias e dos circunstantes, deixamo-nos conduzir pela pressão e esquecendo de conferir e verificar sobre a importância. Mais que vale a pena sempre parar, tomar um café bem devagarinho, respirar fundo, e refletir sobre nossas últimas decisões.
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Julho 2023

BUT PRESS 24 JULHO/2023 Síntese mensal das principais movimentações, acontecimentos, registros no ambiente de negócios do Brasil e do mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados, análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing ― a única empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior dos mestres da gestão e dos negócios, Peter Ferdinand Drucker. 1 – TODO O CUIDADO COM TUDO QUE ENFIAMOS EM NOSSO CORPO Título estranho, mas, mais que orientador e preventivo. O vilão da vez agora são os prosaicos, na aparência, e adorados por milhões de pessoas, fones de ouvido. Anos atrás em NOVA YORK fui almoçar com a querida amiga CAMILA, que durante anos foi consultora da MADIA, e hoje trabalha na cidade que nunca dorme. Pouco depois dos cumprimentos e abraços saudosos, puxou o cabelo de lado e mostrou um metal que acabara de colocar ao lado da orelha para recuperar uma parte da audição perdida pelo uso intensivo dos fones de ouvidos. E, naquela época, os fones para celular sem fios ainda não existiam. Todos os especialistas no assunto falam que as perdas de audição decorrentes do mau uso são irreversíveis, e só atenuadas mediante cirurgia. Agora acaba de ser divulgada a maior pesquisa médica já realizada sobre o tema. Liderada por LAUREN DILLARD, pesquisadora da Universidade da CAROLINA DO SUL, o método foi revisar e concluir sobre todos os muitos estudos já realizados. E os resultados publicados semanas atrás na revista científica BMJ GLOBAL HEALTH. Conclusão, a maior parte das pessoas usam os fones de ouvido num volume significativamente maior que os seus ouvidos suportam… Isso posto, mais um dos apetrechos campeões nas preferências do chamado mundo moderno que, usado de forma indiscriminada e sem o menor critério, pode levar a maior crise de SURDEZ JOVEM de toda a história. Normalmente a perda de audição começa a partir dos 50 ou mais anos. E, hoje, milhares de jovens em todo o mundo precisam recorrer à mesma cirurgia realizada pela Camila, para resgatar uma parcela da audição perdida. Isso posto, juízo, moderação, comedimento… 2 – OXXO SEGUE CRESCENDO, MAS, NÃO MAIS, POR 24 HORAS Aproveitando-se da vazante nas melhores ruas, pontos e imóveis comerciais das principais cidades brasileiras, em decorrência da pandemia, a MEXICANA OXXO – Fala-se Ó-qui-sô – acelerou com tudo e todos e foi ocupando espaço. Originária do México, no Brasil uma parceira 50/50 da FEMSA e RAÍZEN, mas, rapidamente, e diante de uma triste e constrangedora realidade, procedeu correção radical. Fim da ilusão que existe segurança no Brasil e, assim, impossível permanecer aberta por 24 horas. Um assalto atrás do outro. Na parceria FEMSA RAÍZEN, em poucos anos, 200 lojas OXXO, e que se somam as 1.241 de conveniência SHELL SELECT. Neste primeiro ciclo, faz-se presente preferencialmente na cidade de São Paulo, e a partir daí vai se expandido pelas cidades vizinhas: Guarulhos, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Osasco, Campinas, Jundiaí, Piracicaba, Sorocaba… Assim, e poucos meses depois, retira da parte frontal de suas lojas o ABERTA 24 HORAS, e substitui por “SE FALA Ó-QUIS-SÔ E TÁ SEMPRE PRÓXIMO”. Em algumas lojas, excepcionalmente, continua o atendimento 24 horas, mas de uma forma inacreditável. E com um ritual de atendimento patético, segundo RODRIGO PATUZZO, presidente do GRUPO NÓS (RAÍZEN + FEMSA). Declarou à FOLHA: “Os pontos que atendem 24 horas, a partir de um determinado momento mantêm as portas semiabertas e impossibilitando a entrada de clientes. Todas essas lojas têm uma JANELA DE SEGURANÇA. O cliente vai até a loja, aperta a campainha, diz o que precisa e quer, e o atendente busca no interior da loja o que o cliente está precisando e conclui a venda. Tudo isso acontece num lugar específico, cinematograficamente iluminado e com câmera de qualidade filmando tudo…”. Ou seja, amigos, simplesmente lamentável o momento de insegurança total que vive nosso país. Obrigando empresas a recorrerem a mecanismos inimagináveis para tentarem prestar serviços. Nesse ritmo, brevemente, todos vivendo na idade média, quem sabe, no tempo das cavernas… 3 – SEGUEM GIRANDO, AS RODAS-GIGANTES PELO MUNDO No mês de dezembro a inauguração da maior RODA-GIGANTE da AMÉRICA LATINA. Com ingressos a R$50, meia entrada a R$25, e ainda com a possibilidade de famílias e empresas nos dias de semana comprarem cabines privativas, começou a girar a RODA RICO, instalada no PARQUE CÂNDIDO PORTINARI, ao lado do PARQUE VILLA-LOBOS, na cidade de São Paulo. A onda de uma nova safra de RODAS-GIGANTES pelo mundo começou em LONDRES, na virada do milênio. Para celebrar o ingresso do mundo no NOVO MILÊNIO, decidiu, a prefeitura de Londres, trazer de volta as tradicionais e legendárias RODAS-GIGANTES. Assim foi colocada em pé a meia noite do dia 31 de dezembro de 1999 e 1º de janeiro de 2000. Naquele momento, a LONDON EYE, a primeira de uma safra, e que nasceu para permanecer viva e em pé por pouco tempo. Mas, deu tão certo que foi institucionalizada, virou atração fixa, e deu origem a nova safra. Desde então, as principais cidades do mundo vão lançando suas RODAS-GIGANTES. No final do ano foi a vez da cidade de São Paulo, com a RODA RICO, com suas 42 cabines, ar-condicionado, internet wifi, interfone, visão panorâmica, passeio com duração entre 25 a 30 minutos, bebidas, alimentação, e muito mais… Na nova safra deste novo momento das RODAS-GIGANTES, o grande destaque e maior em todos os sentidos, é a DUBAI EYE, em DUBAI, EMIRADOS ÁRABES, com 250 metros de altura, 48 cabines climatizadas, 38 minutos de tempo de percurso. É isso, amigos, e como dizia o velho palhaço, CHACRINHA, “Roda, roda, roda e avisa, um minuto para os comerciais…”. Hoje, mais do que nunca, a vida vai rodando nas novas e empetecadas RODAS-GIGANTES. E tudo começou no ano de 1893, na EXPOSIÇÃO UNIVERSAL, na cidade de CHICAGO, USA, com a chamada RODA FERRIS, em homenagem a seu criador GEORGE WASHINGTON GALE FERRIS JR, e que teve como inspiração e briefing lançar uma espécie de desafio à TORRE EIFEEL de PARIS. Com 80 metros de altura, 36 gôndolas, e capacidade para atender 2.160 pessoas. Como na canção de CHICO BUARQUE, “o tempo rodou num instante, nas voltas do meu coração…”. E, com ele e de volta, revistas e melhoradas. Maiores, e incrementadas pela tecnologia, as RODAS-GIGANTES VOLTARAM… Por quanto tempo? Para sempre? 4 – TODOS DEPRESSIVOS… QUASE! De repente, não mais que de repente, o Brasil virou um país de depressivos. Segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde, não figura na primeira posição do ranking dos países, mas ocupa a terceira. 5,8% dos brasileiros sofrem de depressão, muito próximo dos Estados Unidos, com 5,9% da população americana. Mas, e em termos de ansiedade, segundo a mesma OMS, já ostentamos a liderança absoluta: 9,3% ou 18 milhões de brasileiros padecem de ansiedade. E nos últimos anos essa ansiedade só faz crescer… Falando ao JORNAL VALOR, suplemento EU&FIM DE SEMANA, a vice-presidente da ABRFATA – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FAMILIARES E PORTADORES DE TRANSTORNO AFETIVO – NEILA CAMPOS, disse: “Percebemos no relato das pessoas um discurso de luto, de isolamento social, de falta de controle familiar, do bate-papo do dia a dia, a troca do cafezinho, do abraço… A pandemia acelerou um processo de evidenciar a preocupação com os transtornos mentais no mundo contemporâneo e que a Organização Mundial de Saúde já sinalizava…”. Segundo a matéria especial de VALOR, assinada pela MARTHA SAN JUAN FRANÇA, os principais sinais que devem ser relacionados a uma possível depressão, não necessariamente pela ordem, são: – Humor deprimido, irritabilidade, ansiedade, angústia… – Desânimo ou cansaço elevado. – Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades sempre consideradas como agradáveis. – Desinteresse, falta de motivação, indiferença… – Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desamparo e vazio. – Sentimento de culpa, de falta de sentido na vida, inutilidade, fracasso e pensamentos de morte. – Dificuldade de raciocínio, concentração, esquecimento. – Diminuição da libido. Na pesquisa DIGITEL, referente ao ano de 2021, e divulgada pelo Ministério da Saúde do Brasil, registra-se pela primeira vez dados sobre depressão no país. E são mais que alertadores e preocupantes: “11,3 % dos brasileiros disseram ter recebido diagnóstico médico de depressão no ano anterior, 2020, em números absolutos, 23 milhões de pessoas…”. Segundo alguns analistas, a leitura desses dados comporta duas interpretações ou entendimentos. Uma, menos preocupante, é que de certa forma sempre foi mais ou menos assim, e que agora fica mais evidente porque se fala mais e livremente sobre o tema. E a mais preocupante diz que o sofrimento prolongado e as perdas decorrentes da pandemia podem ter gerado um aumento de intensidade na ansiedade, insônia, medo, depressão… Algumas celebridades, artistas populares, volta e meia dão seus depoimentos falando serem vítimas da depressão, como o ator MARCOS NANINI: Diz NANINI: “Eu tenho uma depressão que vai e volta, e desta vez foi profunda… Via a TV e ficava arrasado com o número de pessoas morrendo… Nas imagens dos lugares que frequentava quase todos fechados… teatros, cinemas, restaurantes, bares… A falta de convívio com o pessoal da cultura foi um baque…”. É isso, amigos. Na GRANDE MATÉRIA de VALOR sobre o tema, ao menos uma conclusão mais positiva e que é, “A pandemia finalmente mostrou que a saúde mental deve ser uma das principais prioridades da saúde pública…”. Vivemos num mundo onde o capital é o CONHECIMENTO. E com a saúde mental debilitada ou em condições precárias, o capital único e exclusivo de profissionais, empresários e trabalhadores modernos, o CONHECIMENTO, fica sensivelmente abalado… 5 – MAIS NOTÍCIAS SOBRE O VTOL DA EMBRAER Hoje vamos atualizar a todos com as últimas notícias sobre o CARRO VOADOR da EMBRAER, e tendo como base as declarações mais recentes de ANDRÉ STEIN, co-CEO da EVE. Vamos lá: – Data de entrada em serviço dos carros voadores da Embraer: 2026. Mas, e procurando corrigir como tem feito em todas as suas manifestações, ANDRÉ esclarece, “não se trata de um carro, mas de um avião de mobilidade urbana…”. – E COMPLETA SEU ESCLARECIMENTO: “Trata-se de uma aeronave elétrica de pouso e decolagem vertical e que também é diferente de um helicóptero. Por sinal, mais eficiente que o helicóptero em função da própria eletrificação que dá maior liberdade ao projeto, e ainda, com o motor elétrico é muito mais simples que o motor à combustão, muito menor, e mais leve. Oito motores para decolar verticalmente, mas uma vez realizada a decolagem, desligam-se os motores e aciona-se um outro para andar na velocidade de cruzeiro… e, ainda, e diferente dos helicópteros, sem ruído, e de forma extremamente silenciosa…”. – TRAJETO MÉDIO DOS VTOLS – “Na média estamos imaginando um trajeto médio de 30 quilômetros, podendo chegar até 100 quilômetros, tipo, SÃO PAULO – CAMPOS DO JORDÃO, SÃO PAULO – CAMPINAS OU SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, RIO-NITERÓI…”. – VOOS TRIPULADOS – “nos primeiros anos os voos todos deverão ser tripulados, mas, mais adiante, autônomos…”. – TAMANHO DO MERCADO – “Até 2035 deverão ser 50 mil desse tipo de veículo. Hoje já temos vendidos 2.770 VTOLS para empresas aéreas como UNITED, SKYWEST, REPUBLIC AIRWAYS, dentre outras…”. Ou seja, e gradativamente, o VTOL vai se revelando… 6 – E O NUBANK? Não se fala mais com tanta intensidade sobre o maior prodígio do novo mercado financeiro global, o NUBANK. Segue, em tese, crescendo em número de clientes, de negócios, de manifestações de apreço e admiração, mas não mais com tanto entusiasmo de meses atrás. Segundo seu fundador e presidente, o colombiano DANIEL VELEZ, o NUBANK segue crescendo mais que qualquer outro banco. Em entrevista a ALTAMIRO SILVA JUNIOR e MATHEUS PIOVESANA do ESTADÃO, declarou VELEZ: “O fato de termos feito o IPO na segunda semana de dezembro de 2021 talvez tenha sido uma das melhores decisões de nossa história. Se não tivéssemos levantado US$2,8 bilhões e ainda fôssemos uma empresa privada, a conversa séria completamente diferente. Estaríamos tentando levantar US$ 1,2 bilhão num mercado muito mais desafiador e com poucos investidores. Fizemos o IPO no último minuto do segundo tempo… Por uma combinação de sorte e de conhecimento tomamos a melhor decisão…”. PERGUNTADO SOBRE O MAIOR APRENDIZADO, VELEZ DISSE: “Após o IPO, no último minuto do segundo tempo o mundo mudou completamente. De um momento de euforia por empresas de mercado, de muito interesse em empresas de tecnologia, para a guerra da Ucrânia, inflação e juros altos… E você vai de herói a vilão de um momento para o outro… O maior aprendizado foi a consciência do que podemos e do que não podemos controlar e focar 100% da energia sob o que está sobre nosso controle… E, foco e execução…”. Ou seja, e passado o vendaval de euforia, e vindo a ressaca, o mundo mergulha, definitivamente, no momento em que as fintechs terão que, mais que demonstrar e dizer, comprovar, como diz o RATINHO, que têm CAFÉ NO BULE, ou como dizia o WENDY’S em sua propaganda, terão que finalmente revelar WHERE IS THE BEEF?, onde está o lucro. 7 – O TESTE CEGO PARA CÁPSULAS DE CAFÉ FAZ MAIS SENTIDO QUE PARA OUTROS PRODUTOS Pelas circunstâncias e condicionantes das máquinas criadas pela NESTLÉ, as cápsulas do NESPRESSO e compatíveis são uniformizadas. Têm o mesmo formato e tamanho. Podem ter cor, sobre embalagem lúdica, criativa, comunicadora, mas, as cápsulas em si – formato e peso – são rigorosamente as mesmas para todas as marcas. Assim, é um dos poucos produtos onde e ainda, o produto em si é quase tudo. Diferente de uma cerveja, vinho, uísque, vodca, rum, gim, apenas para nos restringirmos ao território das bebidas. Portanto, o teste cego do ESTADÃO das cápsulas de café acabou por merecer muito maior atenção que os demais testes. Conheci o café encapsulado numa viagem que fiz com o FABIO MADIA para NYC. Entramos para pequenas compras na BLOOMINGDALE’S no exato dia em que a NESTLÉ fazia o lançamento. Deliramos com os features que a NESPRESSO trazia para o negócio do café, no que comentamos entre nós ser a SEGUNDA REINVENÇÃO DO CAFÉ, depois da MELITTA com seu filtro de papel. Mas, vamos aos resultados do teste cego do ESTADÃO. No BLIND TEST do ESTADÃO foram analisadas 11 marcas. E no júri profissionais especializados na ciência e na arte do café, baristas, donos de restaurante, chefs de bares e confeitarias, docerias, e muito mais. Resultados? 1 – L’OR SUNTUOSO 2 – BAGGIO, GOURMET CLÁSSICO 3 – LAVAZZA, ARMONICO 4 – MELITTA, MARCATTO 5 – PILÃO, TRADICIONAL 6 – ILLY, INTENSO 7 – NESPRESSO, ARPEGGIO 8 – 3 CORAÇÕES, MOGIANA PAULISTA 9 – ORFEU, INTENSO 10 – STARBUCKS, HOUSE BLEND 11 – SANTA MONICA, ORGÂNICO Em síntese, amigos, e ao descreverem o grande vencedor, o L’OR SUNTUOSO, os jurados assim se manifestaram: “Com corpo sedoso e espuma cremosa, o L’OR SUNTUOSO foi nosso preferido, muito especialmente pela elegância. A bebida apresentou equilíbrio entre doçura, amargor e acidez. Tem aroma de frutas frescas e, no sabor, notas de açúcar queimado e doce de leite… Estimula a repetição…”. Os grandes derrotados do teste foram, em primeiro lugar, quem inventou esse novo business, a NESTLÉ, que viu seu NESPRESSO amargar uma 7ª, posição. Assim como o STARBUCKS quase na rabeira. Por sinal, os mais caros dentre todos… Mas, e lembrando, e como já comentamos, um crime encapsular STARBUCKS. Nada a ver com o propósito e causa que lhes deram origem. 8 – PÃO DE AÇÚCAR, O MIOLO CENTRAL… POR QUANTO TEMPO? Em suas novas lojas, de uma certa forma, o PÃO DE AÇÚCAR está criando um miolo central, que prevalece e magnetiza todas as demais possibilidades de produtos e serviços. Um miolo para a vizinhança próxima. A pé, ou a poucos minutos de carro. Nos jornais de semanas atrás e em anúncio, o PÃO apresentou sua NOVA LOJA da ROBERTO MARINHO. E informa já ter aberto neste ano 18 lojas semelhantes e outras 71 foram reformadas dentro desse novo padrão. Para as compras de mês e convencionais seguem sendo uma loja como as demais. Mas para os atrativos e magnetos de cada dia uma loja viva, nova, fresca, que estimula a visão, olfato, vista e apetite. Uma espécie de comer com os olhos, e, por decorrência, efetuar as compras. Muito especialmente para as pessoas que se encontram próximas e gostam de bater o ponto duas ou três vezes por semana no supermercado. – Logo na entrada das lojas, FRUTAS, VERDURAS E LEGUMES, incluindo um espaço horta para os clientes colherem verdura fresquinha direto no pé. – Pequeno e sofisticado açougue com carnes para o dia a dia e cortes especiais para churrasco. – Peixes e frutos do mar fresquíssimos com cortes sob o gosto dos fregueses. – Padaria com consultoria exclusiva do padeiro importado da França, estilo boulangerie, PASCAL MENARD. – Pequena adega com vinhos e cervejas selecionados pelo sommelier CARLOS CABRAL – Frutas cortadas, sucos naturais, e rotisserie completa para os eventos programados, e, eventualidade… – Hamburgueria para os que não puderem esperar para matar a fome e comer no local e na hora. – Espaço sushi que prescinde de explicações. – Mais doceria e cafezinho em anexo… E tudo pago nos self-checkouts… No mínimo, mais que simpáticas, muito atraentes as novas lojas do Pão de Açúcar. A única dúvida que persiste é até quando a crise que vive o GRUPO CASINO globalmente não prejudicará essa nova e oportuna iniciativa? No início deste mês, e como mais que esperado, o GRUPO CASINO colocou sua “joia da coroa”, o PÃO DE AÇÚCAR BRASIL, à venda… 9 – UM NOVO E MODERNO BRASIL Mais que na hora de tirarmos da frente de vez das empresas e empresários brasileiros, e de outras empresas que pretendam operar a partir do Brasil, os desafios patéticos que impedem subirmos muitas e novas posições no contexto mundial e dentre todos os países. O Brasil segue, mais ainda, um país caro, absurdamente burocrático, sob todos os aspectos onerosos, ou seja, escancaramos um ambiente absurda e burramente inóspito para todos os que pretendam empreender por aqui. ROBSON BRAGA DE ANDRADE, presidente da CNI – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA, traduz com incomum precisão o buraco em que estamos nos enfiando ainda mais, caso não façamos todas as reformas e nos libertemos de todas as amarras que, mais que condicionar, impedem que exploremos com inteligência e eficácia todos os nossos potenciais. Em entrevista ao ESTADÃO, ROBSON alertou: “As causas da perda de competitividade das empresas que empreendem a partir do Brasil são inúmeras. Dentre essas destacam-se os elevados custos sistêmicos, mais conhecidos globalmente como CUSTO BRASIL, e que de acordo com um estudo recente consome R$1,5 trilhão anualmente das empresas aqui instaladas. Esse rombo decorre do sistema tributário complexo, oneroso e cumulativo, infraestrutura deficiente, financiamento escasso e caro, baixa qualidade da educação, ambiente macroeconômico instável, e, insegurança jurídica…”. É isso, amigos. Ou damos um jeito no Estado brasileiro, ou não sobrará nenhum de nós, empresas e pessoas, para cantar o hino… qualquer hino… sobreviver. 10 – SOFTBANK, A REFERÊNCIA. PARA O BEM E PARA O MAL, PARA O CERTO E PARA O ERRADO. MAS, SOBREVIVENDO… Numa entrevista à revista NIKKEI BUSINESS, no ano de 2019, MASAYOSHI SON revelava-se desacorçoado com alguns insucessos recentes. Muito especialmente depois de ter batido todos os recordes de açodamentos, após de uma visita de 10 minutos que deveria durar uma hora, e onde, e a caminho do KENNEDY AIRPORT, em seu tablet, rascunhou e decidiu investir bilhões de dólares num negócio absolutamente temerário, o WE WORK. SON JEONG-UI, mais conhecido globalmente como MASAYOSHI SON, talvez o único verdadeiro e absolutamente autêntico VENTURE CAPITAL MAN da história, nasceu no dia 11 de agosto, data tão querida pelos formandos da SÃO FRANCISCO. Nasceu no ano de 1957, e na pequena cidade de TOSU, Japão. Neto de emigrantes da COREIA DO SUL, ainda criança era fascinado pelo Mc Donald´s – não pelos sanduíches, mas pelo licenciado da filial japonesa, DEN FUJITA. Tentou várias vezes agendar uma entrevista com FUJITA. Em vão. Pegou um avião e foi direto a sede da empresa. Depois de horas na sala de espera conseguiu ser atendido. Após derramar-se em elogios e admirações ao Mc ouviu de FUJITA o seguinte conselho: “Não olhe para as indústrias do passado. Olhe para as indústrias do futuro. É isso, a indústria de computadores…”. 48h depois desembarcou na Califórnia, para estudar computadores, inglês e economia. Retorna ao Japão devidamente esclarecido e capacitado, e com um plano de 40 anos: tornar-se conhecido nos 20, capitalizar-se até os 30, enfrentar o desafio de sua vida aos 40, chegar ao pico nos 50, e passar sua obra aos sucessores aos 60. E assim, e de planos e ações simultaneamente, foi colocando seu sonho em pé. Levou a CISCO para o Japão, comprou uma participação significativa no YAHOO, comprou a editora ZIFF-DAVIS com a revista PC WEEK, conheceu e tornou-se o admirador número 1 de JACK MA, e aproveitou para comprar uma parcela expressiva de seu ALIBABA, e nem o céu parecia ser o limite quando eclodiu a primeira bolha da internet no começo dos anos 2000, ou, virada do milênio. Sua trajetória era abarrotada de episódios mais que emblemáticos. Desde ter levado o primeiro desenho de um iPOD para STEVE JOBS e com capacidades de celular, passando pela compra da empresa de semicondutores ARM, por ter investido no SLACK, UBER, ALIBABA, WEWORK, e dezenas de outras empresas mais. Talvez seu maior acerto, seu gol de placa, tenha sido comprar parcela expressiva do ALIBABA por míseros US$20 milhões, que, poucos anos depois, valiam, US$60 bilhões. Em síntese, e repetindo, de longe, MASAYOSHI SON o talvez único, verdadeiro, maior e superlativo VENTURE CAPITAL MAN da história e da indústria financeira de todos os tempos. E agora, e depois de alguns meses de silêncio, ALEX SZAPIRO, sócio-gestor e líder para o Brasil do SOFTBANK para a AMÉRICA LATINA, voltou a se manifestar, dizendo que o dinheiro em seu banco segue abundante para boas empresas. Em entrevista para O GLOBO, declarou: “Parece que há uma crise absurda, que sai sangue. Mas a realidade é que o mercado não parou. Claro que o volume é menor, mas o dinheiro continua abundante para boas empresas…”. Hoje, o maior fundo de venture capital do planeta, o SOFTBANK, e que tem US$7,6 bilhões investidos apenas na AMÉRICA LATINA, com 88 startups sendo 60 no Brasil… É isso, amigos. Louco, maluco, irresponsável, MASAYOSHI é, sob todos os aspectos e ângulos de análise, a maior e verdadeira referência em termos de VENTURE CAPITAL de todo o mundo. Os livros de história dos anos 2200 e que tratarão desse bicho novo, instigante e irracional na aparência, denominado de VENTURE CAPITAL terão apenas dois capítulos. Um livro de 400 páginas. Nas primeiras 100, espaço para dezenas de heróis e realizadores da indústria do VENTURE CAPITAL. E as restantes 300 totalmente dedicadas a um neto de imigrantes sul-coreanos, e nascido no JAPÃO, MASAYOSHI SON. De longe, e sob todos os aspectos, ângulos de análise, racionalidades e irracionalidades, MEU MALUCO ADORÁVEL E PREFERIDO. DRUCKER´S MONTHLY E agora, a lição de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER deste mês de julho de 2023. Hoje o mestre DRUCKER lembra, a todos nós, que o ensino, ou, aprendizado, é o que acontece em todos os momentos de nossas vidas e temos que desenvolver a capacidade e sensibilidade de apreender, e, aprender, sempre! Diz DRUCKER: “A nova revolução da informação começou nas empresas e segue em sua marcha mergulhando cada vez mais fundo.  Agora invade o ensino e os serviços de saúde. Hoje é quase consenso que o ensino deverá passar por profundas e radicais mudanças, chegando essas mudanças às raízes, à estrutura, e daí decorrendo um novo ensino. Dentre as inovações, o ensino a distância deverá tornar obsoletas, em menos de 25 anos, as instituições clássicas de ensino, também conhecidas como faculdades. As mudanças obrigarão a ressignificação do ensino superior que caminha na direção de converter-se em educação profissional e continuada de adultos para toda a vida de trabalho. O ensino não mais acontecerá exclusivamente nos campi, mas, também, no automóvel, trem, metrô, local de trabalho…”.
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Junho 2023

BUT PRESS 23JUNHO/2023 Síntese mensal das principais movimentações, acontecimentos, registros no ambiente de negócios do Brasil e do mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados, análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing ― a única empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior dos mestres da gestão e dos negócios, Peter Ferdinand Drucker. 1 – O MELHOR E O PIOR NEGÓCIO DO MUNDOComo costuma-se dizer, o melhor negócio do mundo é banco. O segundo melhor um banco mal administrado, e o terceiro, um banco pessimamente administrado.Agora, e imagino, a maioria das pessoas já tenham se conscientizado, o pior negócio do mundo é uma empresa aérea pessimamente administrada. O segundo pior negócio do mundo é uma empresa aérea, mal administrada. O terceiro, uma empresa aérea bem administrada. E o quarto, uma empresa aérea otimamente administrada.Mais cedo ou mais tarde, 90% das empresas aéreas vão quebrar… em até 30 anos. Mais cedo ou mais tarde, se não fecharem antes, todas as empresas aéreas irão quebrar até, e no máximo, 50 anos.Não há como administrar de forma competente uma empresa aérea.As chamadas variáveis exógenas, as que estão fora do controle do gestor, sempre, mais cedo ou mais tarde, acabam prevalecendo. E nesse dia, vai-se…Durante os próximos 10 anos continuaremos assistindo centenas de empresas aéreas encerrando suas atividades em todo o mundo em função e decorrência da pandemia.Qualquer empresa aérea, repetimos, qualquer, para alimentar a ilusão de resultados, e permanecer viva – sabe-se lá por quanto tempo – precisa ter seus aviões a maior parte do tempo voando.Avião em terra, sob qualquer prejuízo, é sintoma grave e inequívoco de forte crise pela frente.E durante a pandemia, todos os aviões de todas as empresas aéreas ficaram parados meses sem conhecer qualquer altura que fosse. Permaneceram, literalmente, aterrados. Condenados aos pátios e estacionamentos.A mais emblemática das empresas dos tempos modernos, a SOUTHWEST AIRLINES notabilizou-se por conseguir a proeza de bater todos os recordes na chamada VIRADA DOS AVIÕES. Fazer com que, em média, seus aviões, entre aterrissar, descarregar as malas, receber os novos passageiros, carregar as malas e decolar, precisassem de 15 minutos… Já na pandemia… Qualquer espirro na aviação comercial é pneumonia crônica.Meses atrás um pequeno avião de passageiros derrapou na manobra e ficou parado na ponta da pista de Congonhas. Segundo o presidente da ABEAR – Associação Brasileira das Empresas Aéreas – os prejuízos diretos desse pequeno transtorno foram da ordem de R$15 milhões. Apenas os diretos. Já os indiretos multipliquem-se muitas vezes esse valor.Os grandes números de um acidente prosaico e de rotina como esse, revelam que 35 mil passageiros foram afetados, 296 voos foram cancelados, milhares de passageiros foram para hotéis, pegaram táxis e voltaram para casa… Nos demais negócios, acidentes de percurso acontecem todos os dias, e rapidamente são tirados da frente e segue a vida.Na aviação comercial, um pequeno avião estacionado no final de uma pista implica em esperar a liberação pela retirada das autoridades específicas, a chegada de equipamentos e equipes especializadas nesse socorro, mais a necessidade do início das investigações.Mas, e para fazer tudo isso é necessário contratar uma oficina especializada que em tese teria o equipamento, é preciso ter o dinheiro para pagar a contratação…Acho que não precisamos continuar.Mas, e se mesmo assim, você sonha em ser um dia o proprietário de uma empresa aérea, por favor, não diga que não avisamos…E prepare-se para fortíssimas emoções. Todos os dias… Ou melhor, todos os minutos do resto de sua vida… 2 – STARTUPS E STARTDOWNSOu, se você pretende olhar, também para o passado, construa um outro negócio, um negócio totalmente apartado de seus negócios tradicionais.Se insistir e fizer, vai sofrer de torcicolo infinito, e contaminar seu negócio, que jamais conseguirá olhar para frente.O objetivo de um retrovisor é de, exclusivamente, possibilitar manobras seguras em direção ao futuro, e prevenção contra eventuais desastrados de baterem em sua traseira. Jamais, em hipótese alguma, para planejar seus próximos planos, passos e atos.Lemos com descrença e constrangimento as notícias das empresas de varejo que agora também decidiram em se “EMBRECHOZAR”, converterem-se em brechós. Em venderem produtos usados. Não vai dar certo. Repetimos, se você acha o negócio de usados atraente crie um outro negócio. Jamais, pelo amor de Deus, em hipótese alguma, contamine o seu negócio próspero e vencedor.Lemos com uma descrença e uma decepção ainda maior, uma empresa da dimensão da STELLANTIS – leia-se FIAT, CHRYSLER, PEUGEOT, CITROËN, JEEP – e outras marcas e produtos – decidindo-se por investir tempo, dinheiro e energia no negócio de peças e componentes usados.E já deu os primeiros e péssimos passos. Hoje, em muitas revendas do grupo STELLANTIS é possível encontrar-se produtos recondicionados com garantia de um ano.Além de ser uma estupidez monumental, a decisão da STELLANTIS ignora a maior lição que o mundo já viveu, e pelo jeito não aprendeu.Na virada do milênio retrasado, alguns incautos de plantão lançaram a ideia das empresas correrem atrás e fabricarem produtos de vida eterna.Dentre outros, e assim nasceu, a lâmpada que permanece acesa há mais de 100 anos – na cidade de LIVERMORE, CALIFÓRNIA, instalada na sede do Corpo de Bombeiros. Uma lâmpada fabricada para não apagar nunca, e até hoje, e desde 1901 segue cumprindo sua missão.Conseguiram. Pararam o mundo. Congelaram a capacidade criativa do ser humano. Bloquearam o progresso e o desenvolvimento. Concederam o atestado de burrice infinita a todos os habitantes da terra.A lâmpada continua acesa, mas, mais que óbvio, e desde então, e como o mundo deu de ombros e não tomou conhecimento, apenas a chamada lâmpada incandescente teve mais que alguns milhares de inovações e patentes, novas empresas e fábricas nasceram, com milhares de empregos, desenvolvimento, progresso, e muito mais. Mas, a tal de supostamente abençoada lâmpada que nunca queima – e não queima e nem apaga mesmo, continua por lá…A médio e longo prazos só existe uma trajetória possível e na história da humanidade. Uma linha reta, ascendente, em direção e sempre ao futuro.Somos assim, para isso fomos feitos.Jamais para nos convertermos em clientes de brechós em busca de quinquilharias e inutilidades.Apenas por brincadeira, para uma festa à fantasia, brincarmos de bruxas, ou nos fantasiarmos para o Halloween…ACORDA, STELLANTIS! 3 – PARADOXOS, DISSONÂNCIAS E MISTÉRIOSNo ano passado foi concluída mais uma negociação para compra de instituições de ensino no território da medicina e da saúde.A AFYA, que hoje lidera o ensino de medicina no Brasil, comprou duas instituições de ensino do GRUPO TIRADENTES – UNIT – que somadas possuem 340 vagas de medicina pelo valor de R$825 milhões. O que significa pagar R$2,4 milhões por vaga.Enquanto isso, e de certa forma e em termos gerais, todos os demais cursos superiores mergulham em grave crise. Poucos ainda se sustentam e conseguem preencher as vagas. Mas, e mesmo assim, procedendo a promoções e descontos, e praticando preços hoje muitas vezes 50% menores em valores reais do que praticavam há 10 anos.Quanto a AFYA terá que cobrar por seus cursos de medicina, para cada uma das vagas que pagou a valores de hoje R$2,4 milhões, para que esse dinheiro retorne, vamos dizer, em 10 anos?Na média, e dentre todas as faculdades de medicina, as mensalidades situam-se em torno dos R$8 mil. Vamos multiplicar R$8 mil por 12 meses e depois por 6 anos. E chegamos a uma receita bruta por aluno, por vaga, arredondando de R$580 mil. Esse o investimento que um jovem/família precisa fazer para concluir seu curso de medicina, a receita bruta da faculdade.Vamos imaginar que a soma das despesas para oferecer esse curso, entre instalações, materiais, funcionários e professores, cada aluno custe para a faculdade metade desse valor, ou seja, o resultado líquido à instituição por aluno antes dos impostos seria alguma coisa como R$240 mil. Assim, e se tudo der certo, e com sorte, precisaria de 10 anos apenas para ter o retorno do capital…Pergunta, trata-se de um bom investimento? No entendimento dos consultores da MADIA, definitivamente não. Mas, e hoje, e a disputa é grande, o maior valor no ensino superior de nosso país são as vagas para faculdades de medicina.Coisas de um mundo, Brasil, em final de pandemia, e apenas mergulhando no maior tsunami de todos os tempos. A disrupção decorrente do nascimento de um quarto ambiente, a digisfera.A maior parte das decisões que empresários de diferentes setores vêm tomando, sob a ótica de um passado por mais recente que seja, inexoravelmente conduzirá seus negócios ao precipício do fracasso e da destruição. 4 – POUCAS VEZES NA HISTÓRIA DO BRASIL, UMA MARCA, NAMING, DESIGNAÇÃO PEGOU TANTO E TÃO RÁPIDO, COMO… PIX!Muitas pessoas perguntam, e se perguntam qual o significado da palavra PIX? A primeira resposta é, nenhum. Não se trata de abreviatura para facilitar a adesão das pessoas, nem qualquer outra possiblidade. Apenas a certeza do BANCO CENTRAL brasileiro que, para traduzir as facilidades, rapidez, e instantaneidade, e universalidade dos pagamentos era preciso uma palavra que se falasse de um sopro só, na primeira, de no máximo 3 letras, sem intervalo e nem respiro.E que conotasse PAGAMENTOS – P, e o binômio TECNOLOGIA, INSTANTANEIDADE, – IX. Pronto, nascia o PIX.Agora, o PRODUTO EM SI, o PIX, e seus resultados no espaço de 2 anos – 5 de outubro de 2020, lançamento, a setembro de 2022.Antes, e apenas lembrando, no ano de 1971 ITAÚ, UNIBANCO uniram-se ao CITIBANK que tinha o cartão de crédito mais desejado naquele momento, o CITICARD. E nasceu o CREDICARD, que liderou esse território durante décadas, tendo como concorrente principal o ELO, do BRADESCO.A proposta naquele momento era o de acabar com o dinheiro, e a campanha de lançamento realizada pela agência de propaganda PROEME dizia “FINALMENTE, A CASHLESS SOCIETY”, a SOCIEDADE SEM DINHEIRO. Passaram-se mais de 50 anos e a proposta não se confirmou. Já o PIX, em dois anos, praticamente defenestrou todas as demais formas de pagamento, e deu o mais que merecido descanso ao dinheiro. Ainda não morreu, mas, quase agonizante…Hoje a única outra forma que concorre com o PIX são os boletos. O PIX em curva ascensional consistente, e os boletos, descendo a ladeira de forma acelerada.No mês de janeiro de 2021, três meses após seu lançamento, o PIX já era responsável por 17% dos pagamentos feitos no comércio eletrônico. No final de setembro, alcançou a participação de 76,3%.E dados do Banco Central revelam que, no último mês de setembro, o volume de transações com o PIX alcançou um total de 430 milhões, contra 130 milhões de setembro do ano passado. E, em valores, transacionados, o salto foi de R$49 milhões para R$92 milhões.Razões de sucesso do PIX. Todas! Tão fácil, óbvio e simples como um band-aid, gillette, durex, cotonete, clips, amendoim, água. O maior pegador de carona de todos os tempos. Pegou carona na maior parte e anseios das pessoas, do comércio, indústria, negócios, e, talvez e até mesmo, dos bancos.Pegou carona e trouxe respostas eficazes para todas as carências, desejos e necessidades.A simplicidade de três letrinhas que dizem tudo, e fala-se de uma vez só, com ênfase, traduz movimento e modernidade, e fala-se e ouve-se uma única vez e jamais se esquece.E, não adiantariam todas esses virtudes e competências se não cumprisse sua missão como meio de pagamento. E o faz de forma irretocável.É isso, amigos. Hoje, e além de fulminar com os boletos, dar fim aos cartões de débitos, mais todas as demais formas de transferência de dinheiro, finalmente traduz-se na mais consistente movimentação no sentido de aposentar, definitivamente, o dinheiro.Mais que isso, e sem ser essa a sua proposta e intenção original, o PIX, enquanto plataforma e sistema, mais que as moedas convencionais e outros formatos de moeda, tem tudo para se converter, com essa ou outra denominação, e mais que dólar, libra, euro, e demais moedas, na MOEDA UNIVERSAL.Quem sabe, e mesmo ainda com quase 80 anos pela frente, no PRODUTO DO SÉCULO. 5 – RELEITURAS RADICAIS E SENSÍVEIS CONVERTEM HOTÉIS EM CONDOMÍNIOSSome-se a falta de terrenos e o fim da necessidade de espaços descomunais; some-se o tsunami tecnológico; some-se o aditivo da pandemia, e assim, e gradativamente, nas principais cidades do mundo, e do Brasil também, hotéis concebidos e construídos de 50 anos para trás passam a ser visto com outros olhos, e inserem-se no território dos processos de conversão e reaproveitamento. Muito especialmente alguns dos principais hotéis que sempre ofereciam quartos com metragem igual ou superior a 30 metros quadrados, e que hoje constituem-se no espaço ideal para casais modernos, ou para solteiros solitários. Assim, e neste preciso momento, a cidade mais linda do mundo, a cidade maravilhosa cheia de encantos mil, RIO DE JANEIRO, vive um momento único. 10 de seus principais hotéis são reposicionados e retrofitados, deixando de ser hotéis, e passando a ser condomínios residenciais.Dentre outros, e neste momento, GLÓRIA, AYMORÉ e INTERCONTINENTAL, mergulham de cabeça, coração, alma e bagagens, e passam por uma mudança e reposicionamento radicais.Dentre todos, talvez a reconversão do INTERCONTINENTAL seja a que impressione mais e sinalize o tal dos novos tempos, pela dimensão. Seus 418 apartamentos serão convertidos em 418 residências. E, no total, dos 10 hotéis em mudança, serão mais de 1.500 novas residências.Se alguém ainda tem alguma dúvida que o mundo antigo se despede, e em seu lugar estamos construindo, literalmente, um mundo novo, acredito que todas as dúvidas comecem a se enfraquecer e as pessoas assumindo uma nova postura diante de uma realidade instigante, desafiadora, e espetacular em todos os sentidos. A mudança é agora… encontra-se em curso! 6 – QUASE ADOLESCENTES NO COMANDOMuitas pessoas assustam-se da chegada, aparente e supostamente prematura, de quase pós-adolescentes no comando de grandes empresas.Os exemplos vão se multiplicando no correr dos dias.PEDRO DE GODOY BUENO, hoje o todo poderoso do mais que vitorioso DASA, como ele mesmo comenta “duelava” com o pai que queria porque queria que ele fosse estagiário na empresa da família, a AMIL.Com 16 anos fez economia na PUC-RIO. Aos 20 foi trainee no PACTUAL onde trabalhava muitos dias das 8h à meia-noite. Voltou para a AMIL no ano em que a empresa foi vendida para a UNITEDHEALTH. Em poucos anos, o dinheiro da venda foi usado para aquisições, incluindo o DASA, onde PEDRO, aos 24 anos, assumiu o comando, 2015, e hoje converteu a empresa numa referência no negócio da saúde em todo o mundo.Já CARLOS ALBERTO DE OLIVEIRA ANDRADE, mais conhecido como o MELHOR VENDEDOR DE AUTOMÓVEIS DE TODOS OS TEMPOS, e que emprestou suas iniciais para sua empresa de retumbante sucesso, a CAOA, e que também se notabilizou por algumas notícias que projetaram imensas sombras em sua conduta na vida pessoal, morreu em agosto de 2021, aos 77 anos de idade.Como empresário, deixando um legado simplesmente espetacular, tendo sido o brasileiro que marcou de forma única e definitiva o negócio de automóveis em nosso país.Se GURGEL sonhou um dia em enfrentar as multis com seus emblemáticos carrinhos, CARLOS ALBERTO fez, e, venceu. Mas, partiu… Agora a notícia de sua sucessão, mais de um ano depois. Em seu lugar, seu filho CAOA-F, CARLOS ALBERTO DE OLIVEIRA ANDRADE FILHO, que no dia 1º de dezembro de 2022, completou 23 anos, e assumiu o comando do grupo.Na nota em que a empresa comunica à imprensa e ao público essa decisão, a manifestação do novo e poderoso líder de 23 anos, o CAOA-F. “Tenho orgulho do que construímos até agora e vamos muito além com a certeza de continuarmos entregando os melhores produtos e serviços do mercado”.CAOA – F assume agora, mas já vem a algum tempo conduzindo o processo de eletrificação da CAOA. E, segundo seus comandados, de forma brilhante e irretocável. Como o pai…Nos perguntaram: é certo conferir a liderança de empresas tão importantes como DASA e CAOA a empresários tão jovens? Neste momento único da história da humanidade, onde despedimo-nos do mundo antigo e começamos a ingressar no mundo novo, a resposta é, SIM.Grosso modo convivemos de forma mais consistente com três gerações. A de 60, 40 e 20 anos. A de 60, com raríssimas exceções, esqueceu-se de jogar a velha moldura fora, como recomendava insistentemente nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER, e, a maioria, sem se dar conta, segue pensando no futuro olhando pelo retrovisor.A de 40 segue ensanduichada. Dividida em prestar contas à geração de 60 e mais anos, e morrendo de inveja dos 20, acende uma vela aos velhos e aos novos, ou, como se diria, a DEUS e ao DIABO, também. Assim, e mesmo não sendo a escolha ideal, é melhor apostar na juventude, na mente aberta, na ausência de retrovisores culturais, mesmo correndo o risco de erros monumentais, do que insistir nas gerações que comandarão, inexoravelmente as empresas em direção ao passado, como um dia alertou SCOTT FITZGERALD, em seu THE GREAT GATSBY, “E assim prosseguimos, barcos contra a corrente, arrastados incessantemente para o passado…”. É isso, amigos.Acreditar, confiar e apostar nos jovens. 7 – BRASIL, UM DOS PAÍSES PREFERIDOS PELOS NÔMADES DIGITAISSe juntarmos todos os profissionais itinerantes e que trabalham nas cidades que escolhem para morar, e não do lugar – cidade e país – onde nasceram, temos hoje um hipotético país chamado de NOMADLAND, que por sinal é o título de um filme vencedor do OSCAR, 93ª EDIÇÃO, mas que não necessariamente traduz os desafios e manifestações dos chamados NÔMADES DIGITAIS.Isso posto, e dentre os países preferidos pelos NÔMADES DIGITAIS como base de onde prestam serviços para empresas do mundo inteiro, o Brasil disputa um dos primeiros lugares.Hoje essa DIGITAL NOMADLAND tem uma população entre 40 a 50 milhões de habitantes. E, em nosso país, e desde 1º de janeiro deste ano, ao menos um estrangeiro por dia solicita visto ao governo para permanecer por aqui, e daqui trabalhar para todo o mundo.Para um estrangeiro credenciar-se e merecer visto para trabalhar do Brasil, precisa comprovar alguma relação de trabalho com uma empresa do exterior e que lhe garanta uma renda mensal mínima de US$1,5 mil. Ou então, comprovar um depósito bancário correspondente a US$18 mil – mais ou menos R$90 mil. Segundo dados de uma empresa especializada em NÔMADES DIGITAIS, o perfil desse tipo de opção de vida envolve predominantemente homem, solteiro, branco, 33 anos, com pelo menos um diploma universitário, que domina um ou muitos softwares, fica em média 8 meses em cada país, e ganha o equivalente a US$85 mil por ano (R$ 430 mil). 8 – ERA UMA VEZ A MACONHA. É UMA VEZ O CANABIDIOLDe bandida a um santo remédio, a maconha, via seu princípio ativo, o canabidiol, vai se convertendo em remédio para diferentes e infinitas doenças.Mais ou menos o que aconteceu com o veneno de cobra, lembram? Hoje são dezenas de remédios que existem nas farmácias tendo como princípio ativo as moléculas bioativas extraídas do veneno das cobras!Mais ou menos como na música, de BILLY BLANCO cantada pelos DEMÔNIOS DA GAROA, “O que dá pra rir dá pra chorar; questão só de peso e medida, problema de hora e lugar, tudo são coisas da vida”.Exatamente, precisamente, assim.No caso do veneno de cobra, e como diz a ciência, “Os venenos de cobra são constituídos em grande parte de proteínas que correspondem a 90% do peso seco do veneno. As proteínas das peçonhas das serpentes, por exemplo, são responsáveis pela maioria dos efeitos conhecidos no envenenamento, contudo, tanto as frações proteicas quanto as não proteicas, são biologicamente importantes”.Hoje o veneno das cobras vem sendo pesquisado em estado avançado para a produção de analgésicos, anti-inflamatórios, antivirais, antibióticos, e até mesmo para a cura do câncer.É o que começa a acontecer, finalmente, com o canabidiol, princípio ativo da mais que estigmatizada maconha.Em novembro do ano passado, chegou a todas as farmácias do Brasil o CANABIDIOL VERDEMED, com uma concentração de 50 mg/mL. Primeiro na DROGARIA SÃO PAULO, e na sequência, PANVEL, RAIADROGASIL e depois, todas as demais redes. Ao comemorar o primeiro lançamento de remédios que têm como base o canabidiol, o presidente da VERDEMED, JOSÉ BACELLAR, declarou: “Temos uma fila de produtos na ANVISA tendo como base o canabidiol para aprovação”.A VERDEMED, e uma dezena de laboratórios farmacêuticos, mais as farmácias de manipulação. Ou seja, e finalmente, o princípio ativo da maconha, sob o formato de remédio, invade as farmácias de todo o mundo.Sempre ouvi dizer que um dos princípios do JUDÔ, é redirecionar a força dos inimigos em nosso benefício. Mais ou menos o que começa a acontecer agora com o CANABIDIOL, da mesma forma que aconteceu como o veneno de cobras, e muitas outras substâncias que causavam males terríveis, e agora, vão se convertendo em santos remédios, passando por uma espécie de beatificação. 9 – CAAS – CAR AS A SERVICE crescendo devagarinho, mas de forma consistenteA adesão aos carros por assinaturas, por enquanto, tem despertado mais curiosidade do que negócios, mas aos poucos, como sempre acontece diante da introdução de uma nova alternativa, algumas pessoas vão perdendo o medo e decidem-se pela migração. Da propriedade a assinatura e uso.Hoje as possibilidades de assinaturas de automóveis no Brasil contemplam praticamente todas as faixas da população, claro, a partir de uma renda mensal mínima de alguns milhares de reais.Os modelos mais simples, tipo RENAULT KWID e FIAT ARGO ficam num valor de mensalidade, dependendo do contrato, na faixa entre R$1.200 a R$2.100. E o tempo mínimo para os contratos de assinatura é de 12 meses.Muitas instituições financeiras indagadas por seus clientes, se deviam comprar, financiar ou assinar, apresentam diferentes simulações e cálculos, mas que, e no final, e se não houver nenhum acidente de percurso, é sempre mais vantajosa a assinatura.Nos cálculos do BANCO PACTUAL, por exemplo, e na média, assinar é 40% mais barato do que financiar e 14% mais barato do que comprar…É isso, amigos. Ainda com uma participação pouco mais que simbólica no volume total de carros transacionados sob diferentes formatos, mas, crescendo.As melhores e mais otimistas das expectativas consideram a possibilidade das assinaturas responderem, a partir de 2030, por mais de 20% de toda a movimentação de automóveis em nosso país. 10 – UM MUNDO MELHOR Caminhamos, inexoravelmente, para um mundo melhor. Menos poluído, muito menos poluído, com o resgate de toda a vegetação que um dia foi perdida, com o fim da agropecuária e da horticultura horizontal e o prevalecimento da vertical, e, mais adiante de toda a produção de alimentos no mundo.Muito brevemente, e começa ainda nesta década, todas essas novidades começarão a tomar conta do mundo, e colocando fim a todas as toxidades decorrentes dos atuais sistemas de produção.Não se trata de ficção científica, trata-se da nova realidade.Meses atrás foi aprovado e autorizado pelo FDA – FOOD AND DRUG ADMINISTRATION, a produção de carne cultivada nos Estados Unidos. Depois de sucessivos e exaustivos exames, o órgão regulador americano deu como aprovada e com total segurança para consumo, carne cultivada em laboratório.A primeira empresa a receber a aprovação foi a UPSIDE FOODS, que tem sede na Califórnia e que produz carne a partir de células de frango cultivadas. Nos próximos meses acelera a produção e dá início às vendas.No comunicado, assinado pelo comissário de alimentos e medicamentos, ROBERT M. CALIFF, e SUSAN T. MAYNE, diretora do Centro de Segurança de Alimentos, está escrito: “Os avanços na tecnologia de cultura de células estão permitindo que o desenvolvimento de alimentos use células animais obtidas de gado, aves e frutos do mar na produção de alimentos, com a expectativa de que esses produtos estejam prontos para o consumo nos Estados Unidos num futuro próximo…”!É isso, amigos. Finalmente, e independente dos encontros globais para a discussão dos temas relacionados a sustentabilidade, caminhamos em direção a um mundo melhor em todos os sentidos. DRUCKER´S MONTHLY E agora, a lição de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER deste mês de junho de 2023. Hoje uma daquelas lições essenciais de nosso adorado mestre que, depois de ler ou ouvir, empresários e profissionais revelam-se perplexos por alguns minutos, horas, quem sabe dias. Resistem em adotar, mas, um dia como que por milagre acordam pensando na lição de DRUCKER e se dizendo, porque demorei tanto para compreender e colocar em prática tão essencial aprendizado? Vamos à lição:“Todas as organizações de hoje precisam ter em suas estruturas a GERÊNCIA DA MUDANÇA. Vai cuidar do abandono organizado e programado de tudo o que faz. O tempo todo se perguntando sobre processos, produtos, procedimentos e políticas – SE NÃO FIZÉSSEMOS ISSO, SABENDO AGORA O QUE JÁ SABEMOS, SERÁ QUE FARÍAMOS?Empresas modernas precisam planejar cada vez mais o abandono ao invés de tentarem prolongar vidas”.
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Maio 2023

BUT PRESS 22MAIO/2023 Síntese mensal das principais movimentações, acontecimentos, registros no ambiente de negócios do Brasil e do mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados, análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing ― a única empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior dos mestres da gestão e dos negócios, Peter Ferdinand Drucker. 1 – CENAS DO NOVO MUNDO MESMO NO CURTO PRAZO Há 12 anos, em comemoração a seu centenário, a NIVEA, leia-se BEIERSDORF, decidiu contratar para falar em seu nome e ser a embaixadora da marca, a cantora RIHANNA. A partir de alguns comentários de alguns varejistas e distribuidores do produto da marca, e de amigos próximos da diretoria da empresa, convenceu-se que a decisão fora equivocada, e RIHANNA, por revelar-se quase sempre nua, ou com pouca roupa, e por protagonizar comportamentos em depoimentos não compatíveis com tradicionais clientes da NIVEA, a única saída foi cancelar o contrato, desculpar-se com a artista, e pagar uma grande indenização para que o assunto morresse ali. Na ocasião, e falando à imprensa, o CEO da BEIERSDORF justificou a decisão de romper o contrato, “NIVEA é uma empresa que está ligada à família e à confiança… e RIHANNA não é compatível com esses valores”. Algumas pessoas, com razão ou especulativamente, viram na atitude da BEIERSDORF uma componente racista. Alguns inclusive manifestando-se a incompatibilidade que existia entre um produto, NIVEA, creme, imaculadamente branco, e alguém como embaixadora da marca, negra… Agora, 10 anos depois, e superados todos os eventuais e possíveis conflitos e o constrangimento que se seguiu pelos anos, a NIVEA lança globalmente, e no Brasil também, uma primeira linha voltada à pele negra. Só que há cinco anos, ou cinco anos depois do affair RIHANNA, a NIVEA protagonizou outra barbeiragem. Lançou com pompa e circunstâncias na ÁFRICA um novo produto que tinha como missão ou princípio ativo principal clarear a pele das africanas… Na campanha, um comercial onde uma mulher negra ia passando um creme hidratante e gradativamente ia embranquecendo… Agora, e com o lançamento da nova linha de produtos para peles negras, BELEZA RADIANTE, a empresa mais que centenária espera ter encontrado seu senso de equilíbrio, e resgatado um pouco da sensibilidade perdida. Vamos aguardar. O tempo dirá. 2 – O RENASCIMENTO DAS COOPERATIVAS Historicamente as COOPERATIVAS nascem na cidade de MANCHESTER, INGLATERRA, no dia 21 de dezembro de 1844, quando 27 tecelões decidem se somar para comprar melhor os insumos. Denominaram-se SOCIEDADE DOS PROBOS PIONEIROS DE ROCHDALE. Com o passar das décadas, industrialização, serviços, e hoje sociedade do conhecimento que se organiza por parcerias, o instituto das COOPERATIVAS foi perdendo a razão de ser. Muito especialmente porque foram se multiplicando para cada uma das especialidades de um determinado território e negócio, e muito rapidamente, ao invés de pensarem e cuidarem dos interesses de todos, de toda a cadeia, começaram a digladiar-se na defesa de interesses específicos. E aí ingressamos neste milênio, vem a disrupção digital, e a tecnologia possibilitando que novos negócios nascessem utilizando todos os fundamentos e princípios das cooperativas, disfarçados por sofisticadas e eficazes plataformas tecnológicas. E aí foram nascendo os UBER, RAPPI, iFOOD, AIRBNB, e centenas de outros mais. Finalmente e agora, e na medida em que a concorrência se acirrou e os integrantes de cada cadeia começaram a ficar mais sensíveis em relação a esses estranhos invasores que chegaram e tomaram conta da cadeia, voltaram a pensar e considerar a ressuscitação das velhas e boas COOPERATIVAS. E é o que acontece neste momento. Centenas de reuniões realizam-se em todo o mundo com integrantes de uma mesma cadeia de valor querendo se livrar dos aplicativos modernos, e resgatar as velhas e boas cooperativas. Um ótimo exemplo do que estamos observando e agora comentando é a iniciativa da ANFARMAG – Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais, que acaba de criar sua cooperativa para ter melhor acesso, em todos os sentidos, na compra de insumos de toda a ordem. O mesmo vem acontecendo em outros setores de atividade. E assim, e até 2025, a grande novidade nas cadeias de negócio é o renascimento das velhas e boas cooperativas. A ANFARMAG, que congrega todas as farmácias de manipulação, é um universo bilionário com mais de 8 mil farmácias que compram um total de insumos específicos aos remédios que manipulam num total de R$10 bilhões por ano. E, para acelerar o processo, a ANFARMAG comprou a distribuidora de insumos VPL FARMA, atalhando, com todas as licenças, e já podendo funcionar de imediato. É isso, de volta às velhas e boas cooperativas. Todas as novas plataformas que invadiram as cadeias já institucionalizadas e abocanharam uma boa fatia das receitas tendo que repensar, com a volta das cooperativas, como atuarão daqui para frente. 3 – REQUENTADOS E RETROFITS Uma edificação, quando concebida na cabeça e no coração de um arquiteto, coadjuvado com projetistas e engenheiros, tem um sentido, alma, propósito, desígnio. Em síntese, é, em si, única. Décadas depois, levando-se em consideração as razões e motivos que determinaram sua concepção, pode se proceder a uma releitura e readequá-la a utilizações mais contemporâneas e relevantes. De 10 anos para cá, mais especificamente neste início de pós-pandemia, empresas do negócio de imóveis decidiram apossar-se do termo retrofit, para justificarem tentativas lancinantes de ressuscitarem edificações que perderam a razão de ser. Muito especialmente edificações corporativas, e outras destinadas a prestação dos serviços de hotelaria. Neste momento tenta-se a ressuscitação de centenas de prédios no Brasil. De escritórios, de apartamentos, e também de hotéis que ficaram pelo caminho. Num final de semana, O GLOBO fez uma grande matéria em seu caderno de economia falando de “UM NOVO JEITO DE SE HOSPEDAR” – com mais comodidades e custo menor. E no corpo da matéria, uma sucessão de exemplos de tentativas de ressuscitação. Que passam pelo denominado retrofit – de verdade não é – dos Hotéis Glória e Everest, das facilidades que as prefeituras vêm concedendo para evitar uma avalanche de prédios abandonados, de projetos e mudanças na legislação para facilitar essa tentativa de salvação imobiliária, e muito mais. Mas o que sustenta todo esse raciocínio é o argumento que essas edificações regeneradas se viabilizam, em termos de negócios, sendo comercializadas para diferentes proprietários. Poucos para uso próprio, e a grande maioria como renda. Os empreendedores dessas intervenções alegam que conseguem oferecer, de um lado, hospedagem por um valor menor, e no final do mês, uma renda maior para os investidores. São raciocínios e argumentos que funcionam maravilhosamente nas falas e nos ensaios no papel, mas que a prática tem revelado, no correr de décadas, e em situações semelhantes, um concentrado de brigas na Justiça, e prejuízos monumentais a investidores. Em empreendimentos semelhantes, na forma, milhares de investidores em flats na cidade de São Paulo, que tudo o que queriam era uma renda, passaram anos tendo que, ao invés de receber alguma renda, pagando pelas despesas condominiais – muito especialmente as despesas decorrentes de um condomínio de baixa utilização, mais impostos. Acreditamos em retrofits de verdade. Em edificações que transpirem alma e propósito, e mereçam, pelo apreço que construíram, passar por uma atualização. Mas como essência de um novo e “poderoso negócio”, pela declaração de seus empresários, 99% de certeza de prejuízos e fracassos monumentais. De qualquer maneira, e como nos ensina a vida, “cada um sabe onde amarra seu burro”. Ao invés de ressuscitação, aditivos e placebos inócuos incapazes de trazer de volta à vida o que quer que seja. Apenas produzir espasmos de curta duração e grandes prejuízos. 4 – LINDT, O MELHOR CHOCOLATE AO LEITE, JUSTIFICA O PREÇO TRÊS VEZES MAIOR E aí, e como faz com frequência, o CADERNO PALADAR do ESTADÃO decidiu testar as barras de CHOCOLATE AO LEITE e esboçar um primeiro ranking. O método é o mesmo de sempre. Teste cego. Os que votam recebem as barras sem embalagem e assim não sabem quem assina aquela barra, qual a marca por trás. Foram nove barras avaliadas por um júri de especialistas, e os resultados surpreendem pela diferença descomunal de qualidade e preço, existente entre as diferentes marcas. Disparado, na primeira colocação, com uma margem de 8 pontos a mais em relação ao segundo colocado, a barra de chocolate ao leite da LINDT. Depois, e pela ordem vieram num primeiro bloco, com notas maiores que os demais, e preços, também, a DANKE e a MILKA. E, num segundo bloco, notas menores e preços mais baratos, NEUGEBAUER 4º, LACTA 5º, NESTLÉ 6º, HERSHEY´S 7º, GAROTO 8º, e ARCOR 9º. Repetindo, e de certa forma, a diferença de preço seguiu a posição no ranking. Os três primeiros colocados custam de duas a três vezes mais que as demais marcas. Enquanto o primeiro colocado, LINDT, vende 100g de sua barra de chocolate ao leite por R$24,40, o último colocado, a ARCOR, vende 80g por R$4,89. Repetindo, pessoas seguem decidindo suas compras pelos agregados de serviços que todo o produto presta. E por onde passam, obrigatoriamente, os serviços de embalagem, e especialmente e no conjunto, a MARCA que assina. Assim, os testes cegos são da maior utilidade para se aferir e avaliar a qualidade e preferência pelo produto em si. Apenas isso. Mas isso já é muito. 5 – O TAMANHO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO DO BRASIL Mesmo desacelerando, mas, e ainda avançando, e em meio ao final da pandemia e a guerra, o comércio eletrônico registrou um crescimento expressivo em 2022 no número de consumidores, com 24% a mais, mas, uma venda total de R$262 bilhões, 1,6% a mais que no ano anterior. Se descontada a inflação, um resultado negativo. Mas, repetimos, numa velocidade menor do que vinha crescendo nos semestres anteriores à pandemia. Já o tíquete médio registrou uma pequena queda de 7,5%  ̶  segundo a NIELSEN, “mais pessoas realizaram mais compras, mas de itens de menor valor agregado…”. Dentre os crescimentos, a da cesta de alimentos que saltou da sexta colocação de 2021 para a terceira em 2022. E o novo líder, superando CASA E DECORAÇÃO, foi a venda de PERFUMARIA e COSMÉTICOS. No tocante ao tíquete médio, uma queda espetacular. Dos R$720 de 2021 para R$259 em 2022. Origem dos compradores: continua prevalecendo a busca direta digitando-se o nome da loja/comércio, 25%, seguido por sites de busca, 25%, e redes sociais, 23%. E se entre 2020 e 2021, a quantidade dos brasileiros que compram em sites de outros países tinha caído, em 2022 deu um grande salto, um recorde histórico: 72% dos consumidores digitais brasileiros criaram coragem e compraram nesses sites internacionais. A tendência para este ano de 2023 é semelhante ao que aconteceu em 2022. Crescimento acelerado no número de compradores, mas redução no tíquete médio das compras. 6 – UMA NOVA LENOVO. O QUE SOU, E O QUE PRETENDO SER Existe um determinado momento na vida de toda a empresa em que chega a uma encruzilhada, ou, a um ponto de inflexão – seguir adiante como é, ou se rever, reposicionar, reinventar, recriar, e desfraldar uma nova bandeira, adotar um novo posicionamento, e aperfeiçoar ou aprimorar sua MISSÃO, contemplando tudo isso no PROPÓSITO de seu capital humano. É o que decidiu fazer a LENOVO daqui para frente. Deixar de ser apenas uma fabricante e fornecedora de produtos, e trabalhar em soluções mediante maior proximidade e compreensão dos desafios tecnológicos das empresas. Poucos se lembram, mas a LENOVO é uma empresa multinacional chinesa de tecnologia, com sede em PEQUIM, CHINA, e uma segunda sede em MORRISVILLE, USA. Foi fundada no ano de 1984 por LIU CHUANZHI e outros dez engenheiros com uma primeira denominação de NEW TECHNOLOGY DEVELOPER INC. A sede da empresa controladora desde 1988 é em HONG KONG. O grande salto da LENOVO, que de certa forma condicionou todos os seus primeiros anos, foi a aquisição do negócio de computadores pessoais da IBM no ano de 2005. Esse movimento foi tão forte que praticamente concentrou toda a atenção da empresa até o início dos anos 2010, quando decidiu lançar novos produtos, e por onde passam, por exemplo, os smartphones. E, para reforçar sua presença nesse novo território, comprou a MOTOROLA no ano de 2014. E agora, faz sua maior movimentação e reposicionamento. A LENOVO BRASIL está sob o comando de RICARDO BLOJ, como presidente, desde março de 2017. Ingressou na empresa no final de 2015, egresso da RHB consultoria em gestão empresarial, e quase 4 anos trabalhando na ITAUTEC. Em entrevista recente ao jornal O GLOBO, jornalista JOÃO SORIMA NETO, BLOJ comentou sobre o reposicionamento radical da LENOVO. Disse: “É uma transformação que a LENOVO vem fazendo há três anos. Deixando de ser uma empresa puramente de venda de hardware, computadores pessoais, smartphones, servidores, passando a oferecer soluções de software, de tecnologia inteligente”. Segundo RICARDO BLOJ, a nova divisão criada para dar vida a esse reposicionamento, já tem apresentado resultados. Declarou, “No primeiro trimestre deste ano, 37% da receita não vieram da venda de PCs. Uma parte importante já é resultado da venda de soluções”. Dentro desse novo posicionamento, e adequando sua operação no Brasil a essa nova realidade, a LENOVO somou-se à UNIVERSIDADE DO RIO GRANDE DO NORTE com o objetivo de pesquisar as redes de 5G e todas as aplicações passíveis de serem desenvolvidas. Um novo centro está sendo construído e equipado, que deverá iniciar seu funcionamento no início de 2024, e onde os investimentos totalizam R$60 milhões. É isso, amigos. Como nos ensinou GERTRUDE STEIN, e diante da disrupção e uma nova total, e diferente realidade, “Não existe lá mais ali”, ratificado por AL RIES e JACK TROUT que emendaram, “O que nos trouxe até aqui não nos levará mais a canto algum”. E, por decorrência, e título do livro dos dois autores, REPOSICIONAR-SE, OU, MORRER. E é no que acredita e o que está fazendo a LENOVO. Uma referência para todas as demais empresas. 7 – QUANDO MORRER FOR OPCIONALAcreditamos que em algum momento, mais adiante, existirá a possibilidade das pessoas viverem para sempre. Assim como imaginamos que nesse momento, existirá a possibilidade das pessoas decidirem, livremente, se querem continuar vivendo, ou se preferem partir. Esse assunto a cada dia que passa entra na pauta das diferentes plataformas. A principal razão decorre das conquistas da MEDICINA CORRETIVA, que permite a correção, muitas vezes e até no útero da mãe, de um bebê que nasceria com desafios que o impediriam de ter uma vida longa. Como decorrência, e nunca como antes, o chamado SUICÍDIO ASSISTIDO – legalizado em alguns países como a SUÍÇA e desde 1942 – hoje é um dos assuntos mais comentados nas redes sociais. Semanas atrás quem manifestou sua vontade formalmente por essa forma de partida foi o ator ALAIN DELON, hoje aos 87 anos… Ainda entre nós, um dos atores mais amados de todos os tempos pelas mulheres de diferentes idades, com uma série de problemas decorrente e inerentes, por enquanto, à velhice, disse, depois de um duplo AVC no ano de 2019, “Envelhecer é uma merda! E você não pode fazer nada sobre isso. Você perde o rosto, perde a visão. Você levanta, e caramba, seu tornozelo dói…”. ANTHONY DELON, filho do ator com a atriz e modelo NATHALIE DELON, vem divulgando o documentário que fez sobre o tema, “A MELHOR MANEIRA DE PARTIR”. NATHALIE, assim como ALAIN, optou pelo suicídio assistido, mas, partiu antes de concretizar sua decisão. Morreu aos 79 anos de idade, em janeiro de 2021. Assim, e enquanto a morte não é opcional, todos mais que recorrendo aos que nos antecederam, partiram, e deixaram como legado uma forte e orientadora mensagem. E dentre muitas, separamos para fechar este comentário, a de um gênio dos tempos modernos. STEVE JOBS. “Você tem que encontrar o que você gosta. E isso é verdade tanto para o seu trabalho quanto para seus companheiros. Seu trabalho vai ocupar uma grande parte da sua vida, e a única maneira de estar verdadeiramente satisfeito é fazendo aquilo que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um ótimo trabalho é fazendo o que você ama fazer. Se você ainda não encontrou, continue procurando. Não se contente. Assim como com as coisas do coração, você saberá quando encontrar. E, como qualquer ótimo relacionamento, fica melhor e melhor com o passar dos anos. Então continue procurando e você vai encontrar. Não se contente.” E disse mais: “Seu tempo é limitado, então não percam tempo vivendo a vida de outro. Não sejam aprisionados pelo dogma – que é viver com os resultados do pensamento de outras pessoas. Não deixe o barulho da opinião dos outros abafar sua voz interior. E mais importante, tenha a coragem de seguir seu coração e sua intuição. Eles de alguma forma já sabem o que você realmente quer se tornar. Tudo o mais é secundário.” VIVENDO INTENSAMENTE E JÁ, AMIGOS. Ou, e como é o positioning statement da plataforma de mentoria de negócios do MADIAMUNDOMARKETING, PERENNIALS, e enquanto não formos convocados para a partida, “FOREVER YOUNG, SEMPRE!” 8 – AVIAÇÃO COMERCIAL PARALELA… Não é exatamente isso, mas é quase isso. Tendo como referência e pretexto a pandemia, onde milhares de voos regulares foram cancelados, as empresas de táxi aéreo colocaram um primeiro pé no território até então exclusivo de empresas como LATAM, AZUL e GOL. No início as pessoas físicas ou jurídicas que fretaram um avião, para diminuir seus custos, poderiam vender assentos para parceiros e amigos. Tanto na ida, como principalmente na volta quando os pequenos aviões voltavam vazios, ou, como se diz na linguagem comum, “batendo lata”, ou com uma das pernas absolutamente vazia. De grão em grão o novo hábito foi se institucionalizando e no mês de novembro de 2023, a ANAC deverá divulgar uma regulamentação específica para esse tipo de atividade. Conclusão, hoje já existem voos fixos de táxi aéreo, saindo do Rio e de São Paulo, numa espécie de minipontes aéreas, que vendem seus serviços através de aplicativos e em parcerias com entidades que agregam profissionais, empresários e executivos. Conforme matéria em VALOR, hoje já existem voos fixos entre Rio e São Paulo e que custam R$1,5 mil o assento. Dentre as empresas mais que preparadas e já inserindo-se em soft opening no novo negócio, a LÍDER TÁXI AÉREO. Que desde o mês de setembro de 2020 vem operando, com sucesso, um aplicativo para a venda avulsa de assentos. Em verdade, pelo aplicativo, quem freta o avião é uma pessoa física ou jurídica. E que pode oferecer assentos disponíveis a quem se interessar, e na plataforma da LÍDER. A tal da velha e boa lotação dos tempos de táxis e peruas… É isso, nada parado, tudo se movimentando, mudando, atualizando o tempo todo. No passado tinha um dito popular que dizia, tipo, “Cala a boca já morreu, quem manda na minha boca sou eu…”. Agora um novo dito vai tomando conta do ambiente corporativo, “Não pode já morreu, pode sim e quem decide sou eu…”. 9 – ENQUANTO A NATURA&CO PROCURA SOBREVIVER A SUA CRISE DE EXCESSOS, O BOTICÁRIO SEGUE EM SUA POLÍTICA CONSISTENTE Momentos únicos e radicalmente diferentes vivem as duas maiores empresas do território da beleza. Anos atrás, em todo o estabelecimento comercial existia um quadro onde aparecia a caricatura de dois comerciantes. Um na bancarrota, miséria, e outro na prosperidade. Sob o falido a expressão, EU VENDI A PRAZO. Sob o próspero, EU VENDI À VISTA. Hoje, se fôssemos traduzir a definição das duas maiores empresas brasileiras numa charge parecida, teríamos a mesma figura do próspero e do em crise. Sob o próspero a legenda, EU SEGUI FOCADO. BOTICÁRIO. Já sob o em crise, NATURA, a legenda eu diversifiquei. Em verdade, a NATURA seguiu rigorosamente no território dos produtos de beleza. Apenas decidiu somar empresas que, mesmo atuando no mesmo território, tinham DNA, CULTURA, VISÃO, MISSÃO, VALORES, COMPROMISSOS, completamente diferentes. Ainda que no mesmo território algumas vezes, eram antagônicas no pensamento e ação. Assim, e aproveitando-se da debilidade momentânea da NATURA, O BOTICÁRIO avança em seu programa de conseguir a adesão de mais mulheres a sua marca e produtos, cuidando de suas qualificações, no programa de sua iniciativa e responsabilidade EMPREENDEDORAS DE BELEZA. Abriu 15 mil vagas numa nova turma, que prioriza as mulheres em situação de vulnerabilidade. São momentos totalmente diferentes das duas mais importantes empresas brasileiras do território da beleza. Uma surfando na prosperidade. Outra tentando, primeiro, dar fim a sua crise, depois definir seu reposicionamento e não cair mais em tentação, e finalmente reencontrar e retomar o caminho da prosperidade. 10 – EXISTE NEGÓCIO, CONTRATO, DECISÃO, SEM RISCO? NÃO! A resposta é não. Tudo, sem exceção, envolve algum grau de risco. Alguns, graus elevadíssimos; outros, irrelevantes. Mas, e se der a tal da zebra, mesmo os negócios com menores graus de risco sucumbem. Em todos os códigos de todo o mundo, inclusive em nosso país, estão contempladas as poucas situações que uma empresa ou pessoa pode arguir ou defender-se que não teve culpa. Que fatos e forças maiores impediram a entrega do que foi contratado. No Código Civil Brasileiro, por exemplo, artigo 393 está escrito, “O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado…”. Isso posto, e dentre os chamados casos fortuitos ou força maior, neste momento, em nossos tribunais, não se fala em outra coisa. Infinidade de serviços contratados nas águas calmas e tranquilas do final de 2000, até poucos dias antes do Carnaval de 2021, jamais consideravam a possibilidade de uma trágica e terrível pandemia pela frente. E, aconteceu. Muitos contratos não implicam em nenhuma providência antecipada, e assim, suas anulações e decorrências ocorreram com relativa tranquilidade. Outros, no entanto, implicavam em contratação, aditamentos sequentes, para uma entrega que só aconteceria meses ou até mesmo ano depois. E, dentre esses, prevalecem as festas com datas certas. Muito especialmente os casamentos. Conclusão, e neste momento, os tribunais abarrotados de processos de casais de noivos que contrataram festas de empresas especializadas, fizeram adiantamentos, parte desses adiantamentos foram transferidos para outros fornecedores para garantirem datas, fornecimentos, e compras de matéria-prima, e… Tudo cancelado, ou, impedido de ser realizado e entregue, por “caso fortuito ou força maior”. No inglês, ACT OF GOD. Em matéria de semanas atrás do jornal O GLOBO, a informação de que apenas no TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO DE JANEIRO, e neste momento, tramitam 242 processos que se inserem nessa situação. Empresas de eventos, que receberam antecipadamente, usaram a maior parte do dinheiro para contratações e serviços de terceiros, e, com a pandemia, nada aconteceu, além do uso do dinheiro. Conclusão, seguem os processos, via de regra os juízes dão ganho de causa aos contratantes, mas, essas decisões, na prática, e nada, quase sempre são a mesma coisa. As empresas de eventos ou não têm como ressarcir, ou já fecharam suas portas e seus proprietários desapareceram. Repetindo, todos os negócios envolvem riscos. Viver é arriscado. Embora a maior parte das pessoas não se dê conta disso, e continue acreditando que nada de errado vai acontecer. Se em situações normais o risco permanece presente, sempre, o que dizer-se então, diante de situações de excepcionalidade? Sim, fazer negócios envolve riscos, por menores que sejam. Viver continua sendo arriscado. DRUCKER’S MONTHLYE agora, a lição de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER deste mês de maio de 2023. Hoje, o momento em que DRUCKER, atendendo aos pedidos das pessoas que frequentavam suas palestras e aulas, decidiu colocar no papel aquelas que denominou: AS SETE FONTES DE OPORTUNIDADES PARA A VERDADEIRA E REAL INOVAÇÃO. Disse o mestre: “São sete as fontes de oportunidades para a inovação. Quatro dentro da organização e três fora: A primeira é decorrência de um acontecimento inesperado – um evento qualquer, independentemente de ser um sucesso ou um fracasso. A segunda, o que decorre de uma incongruência: a distância entre nossas expectativas e o verdadeiramente alcançado. A terceira, decorrente da necessidade de se criar um novo processo. A quarta, que decorre de uma mudança na estrutura daquela indústria ou mercado específico pegando todos desprevenidos. A quinta, mudanças demográficas. A sexta, mudanças nas percepções dos consumidores. E a sétima, o advento de um novo acontecimento ou tecnologia”.
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BUT PRESS 021ABRIL/2023 Síntese mensal das principais movimentações, acontecimentos, registros no ambiente de negócios do Brasil e do mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados, análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing ― a única empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior dos mestres da gestão e dos negócios, Peter Ferdinand Drucker. 1 – PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES DE UM NOVO MERCADO IMOBILIÁRIO De certa forma, os principais terrenos das principais cidades do Brasil estão tomados. Tomados por edificações que perderam a razão de ser. Tanto residenciais como corporativos. Assim como dezenas de hotéis com mais de 60,70,80 anos de vida, e que se inviabilizaram em termos de acomodações. Isso posto, o novo mercado imobiliário tem no reaproveitamento de imóveis obsoletos em terrenos e localizações privilegiados, o chamado RETROFIT, como e talvez, o principal business deste momento específico. Um bom exemplo do que estamos comentando vem da cidade mais linda do mundo, RIO DE JANEIRO. Dentro de semanas o tradicional HOTEL GLÓRIA completa 100 anos de existência. O prédio foi comprado pelo fundo imobiliário do OPPORTUNITY e passa por radical RETROFIT. Renasce pronto e zero bala no ano de 2026 como RESIDENCIAL GLÓRIA. 266 apartamentos, na mesma e espetacular e histórica localização, com uma receita de vendas estimada em R$700 milhões, sendo vendida cada unidade na faixa dos R$17 mil o metro quadrado. Unidades entre 70 e 314 metros quadrados. No topo do RESIDENCIAL GLÓRIA um ROOFTOP com piscina, e, no térreo, quatro lojas. Mesma destinação reservada a prédios históricos, abandonados, nas melhores localizações das principais cidades do Brasil e do mundo. 2 – “Ix” O RETORNO DA PDG… Depois de superar um longo inverno de recuperação judicial, envolvendo 22 mil credores, na quinta-feira, 14 de outubro de 2021, a PDG, que foi um dia a maior incorporadora do País, pois fim a seu calvário. No momento em que dava fim a longa estiagem de recuperação, a PDG informou que estava voltando e considerando expandir suas atividades. Corta para agosto de 2022, 10 meses depois, renasce sob nova denominação, e um primeiro empreendimento mínimo diante da dimensão que um dia chegou a ter, uma incorporação no TATUAPÉ com um VGV – Valor Geral de Vendas de R$60 milhões. Mais que isso, e atendendo a conselhos no mínimo estranhos, decidiu se rebatizar, ao invés de seguir com a denominação PDG – de empresa líder que em tese deu a volta por cima – optando por uma marca minúscula e óbvia no pior sentido da palavra, iX. Supostamente X de experiência, e i minúsculo de Incorporação. Na explicação do principal executivo da nova ex-PDG, agora iX, AUGUSTO REIS, e depois de ouvir pessoas do mercado, a troca da marca revelou-se “bem-vinda”. Sim, se por uma alternativa redentora, melhor, inusitada, trocar PDG por iX melhor continuar com o velho nome, com cicatrizes e um pouco de sangue, mas remetendo a uma empresa que foi líder e referência de mercado. A PDG não trocou seis por meia dúzia. Trocou seis por -1. 3 – MAIS QUE NA HORA DE OS BANCOS E A FEBRABAN ASSUMIREM A RESPONSABILIDADE PARA ATENUAR AS FRAUDES Não é suficiente os bancos e a Febraban continuarem a apenas recomendar o que seus clientes não devem fazer, restringirem-se à comunicação, e lavarem as mãos. Tem que assumir em maior dimensão e intensidade suas responsabilidades. Há anos temos recomendado que os bancos criem uma espécie de CENTRAL DE FRAUDES FEBRABAN para onde todos os clientes de bancos desconfiados com as mensagens que recebem em nome dos bancos, mandem para essa central abrir e verificar se a mensagem é verdadeira, ou tentativa de golpe. Enquanto os bancos não assumirem suas responsabilidades os golpes bancários continuarão escalando, como revelam os números agora divulgados. O ESTADÃO obteve a estimativa dos bancos para a avalanche de fraudes no sistema financeiro, muito especialmente após o advento do PIX. Segundo os bancos, e na apuração do ESTADÃO, apenas no ano passado os golpes bancários deveriam superar a casa dos R$2,5 bi. Dentre todas as novidades, a mais saudada e adotada, o PIX, sozinho, desses R$2,5 bi é responsável por mais da metade! Um outro dado levantado pelo ESTADÃO, e tendo como fonte a SERASA, revela que apenas no mês de maio de 2021, 331,2 mil brasileiros foram vítimas de algum tipo de fraude sendo que mais da metade a partir das contas bancárias… Paramos por aqui porque os números, mais que alarmantes, são escatológicos. Assim, mais que na hora das instituições financeiras assumirem suas responsabilidades. Lembram do PEQUENO PRÍNCIPE, “Tu te tornas eternamente responsável por todos que cativas”? Mais que na hora das instituições assumirem suas responsabilidades e organizarem um sistema consistente e eficaz de prevenção e combate às fraudes. E não continuarem limitando-se a assoprar… 4 – A SEGUNDA BOLHA. DESTA VEZ, SILENCIOSA E HORIZONTAL A primeira bolha da internet, do digital, da chamada NOVA ECONOMIA eclodiu na virada do milênio. A segunda, agora, num universo muito maior, e pipocando todos os dias o que atenua seu impacto visual e sonoro. Mas, simplesmente, monumental. Nas duas bolhas um mesmo protagonista, MASAYOSHI SON, do SOFTBANK. Da primeira bolha, trazemos para vocês o relato do livro do economista SEBASTIAN MALLABY, “THE POWER LAW” livro diminuído e mediocrizado no Brasil com o título pífio de uma tradução literal e burra, “A LEI DA POTÊNCIA”. Se, e para ser literal quisessem, deveria ser A LEI DO PODER… Mas o título deveria ser, mesmo, OS BASTIDORES DA NOVA ECONOMIA… Na página 229 do livro, MALLABY introduz MASAYOSHI, no eclodir da primeira bolha. Diz MALLABY: “MASAYOSHI SON, que por um breve período chegou a ser a pessoa mais rica do mundo, perdeu mais de 90% de sua fortuna”. “Munido de capital durante os anos de expansão, muitas sociedades de capital de risco não viam como movimentar o dinheiro. Alguns devolveram dólares não investidos a sócios externos, outros pararam de levantar novos fundos, e os poucos que tentaram arrecadar dinheiro foram rejeitados por financiadores…”. O VALE DO SILÍCIO perdeu 200 mil empregos entre 2001 e o início de 2004; os outdoors nas estradas ficaram sem anúncios, e os doutores em física passaram a trabalhar como garçons. Como disse na época um empreendedor, “estar no VALE DO SILÍCIO é entender que só as baratas sobrevivem e você agora é uma delas…”. Corta para segunda-feira, 8 de agosto de 2022. MASAYOSHI SON convoca coletiva de imprensa que abre, confessando: “ESTOU ENVERGONHADO”. Ou seja, de novo, MASAYOSHI, um dos principais, talvez o principal protagonista do eclodir da segunda bolha do digital. No segundo trimestre de 2022, provavelmente, o ponto mais fundo da bolha, o conglomerado de investimentos e fundos sob a gestão de MASAYOSHI e seu SOFTBANK registraram perdas da ordem de US$23 bilhões. Em suas declarações, MASAYOSHI disse que seu SOFTBANK está se impondo um exercício dramático de cortes de custos e de forma generalizada. Segundo ele, seus fundos foram fortemente impactados pela onda mundial da queda no valor das ações das empresas de tecnologia, mais as perdas cambiais que impactaram o iene – o iene atingiu sua pior cotação dos últimos 24 anos em relação ao dólar no mês de julho de 2022. Ao terminar sua coletiva, e reconhecendo estar pagando o preço decorrente do açodamento e superficialidade nas decisões de investimentos e compras de participações, MASAYOSHI disse, “Se tivéssemos sido um pouco mais seletivos e investido apropriadamente não teria doído tanto…”. Ou seja, amigos, estamos vivendo a eclosão da 2ª grande bolha da internet. Só que desta vez, e como o universo de novas empresas é muitas vezes maior do que quando eclodiu a primeira bolha, o barulho, os prejuízos, e as consequências, ficam mais atenuadas. Mas, as perdas são descomunais… Em tempo, dentre as empresas onde o SOFTBANK investiu no Brasil figuram a CREDITAS, KAVAK, LOFT, MERCADO BITCOIN, QUINTOANDAR, OLIST, VTEX, ÚNICO, MADEIRAMADEIRA, RAPPI, e outras mais, e que também e neste momento, e em quase sua totalidade, procedem a cortes significativos em seus quadros e investimentos. 5 – ITÁLIA RESISTE PELA SEGUNDA VEZ A primeira vez aconteceu numa pequena cidade ao sul da Itália. A cidade de ALTAMURA, 65 mil habitantes na época, e onde se encontra a festejada ROMANESQUE CATEDRAL, de 1223, e famosa por fazer O MELHOR PÃO DA ITÁLIA. O ALTAMURA BREAD, registrado e protegido pela UNIÃO EUROPEIA. Por razões que a própria razão desconhece e ninguém conseguiu entender até hoje, um dia, o McDONALD´S, 2001, decidiu abrir uma loja na pequena cidade. Decidiu invadir ALTAMURA. Inaugurou a loja no Natal de 2001 e orgulhava-se de oferecer 25 novos empregos na cidade. Como não poderia deixar de ser, e ao lado da loja, um tremendo arco em neon amarelo, encobrindo a vista da catedral, e tornando órfãos os pequenos falcões que se abrigavam nas árvores vizinhas… E com o clarão, perderam o sentido de direção… Foi quando um jornalista local, indignado, ONOFRIO PEPE, decidiu somar os demais indignados e reagir. Começaram com pequenas manifestações na porta do Mc. Não deu resultado. E ainda o Mc decidiu colocar um telão em frente à loja e transmitindo os jogos do Campeonato Italiano. Diante do insucesso, PEPE colocou em ação uma nova estratégia. Convertendo uma pequena loja ao lado do Mc na nova filial da ANTICA CASA DIGESU, sob o comando de LUCA DIGESU, e sua imbatível e monumental FOCCACIA centenária, passada de bis para avô, para pai, para filhos – 4 gerações. Deu certo! Todos assistiam os jogos na tela do Mc, e iam comer a FOCCACIA da DIGESU. Corta, NATAL 2002. Narrativa. “Na manhã do dia 11 de dezembro, os arcos foram apagados, o tapete vermelho recolhido, as janelas cobertas com uma espécie de sudário que se coloca sob o corpo dos que tombam nos campos de batalha… Nunca mais se ouviu falar do BIG MAC, das tortas de banana e maçã, e das batatas fritas…”. Salta agora para 2022. Duas décadas depois. DOMINO´S tentou invadir a Itália. No ano de 2015, a empresa decidiu invadir e tomar conta do mercado. Capitalizou-se e planejou abrir 880 lojas. Tudo aparentemente corria bem, mas, a adesão dos italianos à pizza estilo USA estava muito abaixo do esperado. Tudo foi tentado inclusive com pizzas de frutas, doces e tudo o mais. Semanas atrás, 7 anos depois, DOMINO´S jogou a toalha e decidiu tirar o time de campo. Em Roma como os romanos, na Itália como os italianos, em pizzas, e como lembra a denominação, como os napolitanos… 6 – A QUASE IMPOSSÍVEL E SUPOSTAMENTE VIDA FÁCIL Quase todos que buscam informações sobre as NOVAS EMPRESAS da NOVA ECONOMIA deliciam-se ouvindo ou vendo as lições de sucessos dos chamados UNICÓRNIOS. As dificuldades e desafios iniciais, os atalhos encontrados, as sucessivas injeções de capital, e finalmente a valorização, o lucro, a multiplicação. Só que esse enredo é privilégio de poucas novas empresas. Quase todas as demais ou ficam pelo meio do caminho ou seguem em busca de um mínimo de empoderamento para voar mais alto. Como comentou ROMERO RODRIGUES, que em companhia de três colegas da POLI, fundou, no ano de 1998, o BUSCAPÉ, comparador de preços, que chegou lá e foi vendido no ano de 2009 – 91% da empresa – por US$342milhões. Hoje ROMERO, através da HEADLINE e em sociedade com a XP, GUILHERME BENCHIMOL, administra uma carteira de quase R$1 bi. Falando a PAULO VIERA da revista PODER, ROMERO disse, a respeito das dificuldades e dos desafios em acertar nas empresas certas: “Se a gente soubesse quais as startups iriam dar certo, investiríamos somente nessas. Olhamos 1.500 empresas para investir em seis ou sete por ano. E de cada três em que aportamos, apenas uma dá certo – a segunda anda de lado e a terceira morre…”. É isso, amigos, e mais ou menos como no desabafo do bêbado, “Todos reparam nas pingas que eu tomo, mas não veem os tombos que levo…”. Definitivamente, não é nada fácil a vida dos que se tornaram dependentes dos investimentos de risco. Chances mínimas de ganhar fortunas. Chances máximas de perder tudo. 7 – ODE AO CAOS Em questão de dias abriu suas portas, lojas, hotel, apartamentos, escritórios, lajes, o prédio mais alto de São Paulo, localizado no bairro do TATUAPÉ, EDIFÍCIO PLATINA 220, assinado pela incorporadora PORTE ENGENHARIA. Tomara que nossos sentimentos estejam completamente equivocados, mas, por alguma razão, nos remete a um filme de 1974, dirigido por JOHN GUILLERMIN e IRWIN ALLEN, e protagonizado por STEVE McQUEEN, PAUL NEWMAN, WILLIAM HOLDEN, FAYE DUNAWAY, FRED ASTAIRE, em inglês THE TOWERING INFERNO, em português INFERNO NA TORRE. Naquele filme, e ao retornar das férias, um arquiteto, PAUL NEWMAN, encontra terminado um arranha-céu que concebeu, e a partir daí uma série de problemas nas instalações elétricas e dramas humanos vão se sucedendo. Estamos absolutamente confiantes que o prédio mais alto de São Paulo não passará por nada semelhante, que seus construtores seguiram rigorosamente toda a legislação, mas, temos sérios temores que a convivência numa proposta com diferentes propósitos e vocações acabará se revelando um inferno no que diz respeito à convivência e funcionamento. São 50 lajes corporativas, 80 apartamentos compactos, 195 salas comerciais, um hotel com 190 unidades, 19 lojas, no que convencionou-se denominar de PRÉDIO MULTIUSO. Enfim, um acontecimento. Ganhará fama, merecerá dezenas de matérias e reportagens, mas, quanto a sua funcionalidade, ocupação, e vivência, todas as dúvidas possíveis e inimagináveis. Transcrevemos agora a descrição contida numa primeira grande matéria sobre o PLATINA 220, publicada em agosto de 2022 no ESTADÃO, e assinada pelo jornalista LEON FERRARI: “O PLATINA 220 não é um edifício corporativo, nem residencial, ou hotel, mas promete ser tudo isso ao mesmo tempo… Para organizar o público, controles de acesso fazem a divisão. Isso quer dizer que quem vive no residencial não terá acesso ao corporativo e vice-versa. A única exceção ocorrerá no 1º andar, onde o hotel e o residencial compartilharão uma área de lazer com piscina, restaurante, academia, além de lavanderia… No térreo, além das 19 lojas, ficam quatro entradas e cada uma terá uma portaria. Já no subsolo, onde ficam mais de 500 vagas de garagem, as caixas de elevador são divididas por uso e sinalizadas pelas cores na parede. Verde para o residencial; laranja, hotel; e cinza corporativo e offices. Dois elevadores para transferências que levam os visitantes ao térreo… No total 20 elevadores… O residencial e o hotel dividem do 1º ao 10º andares. Os 190 quartos do hotel de 19 a 49 metros quadrados, em corredores em formato de U, ficam à direita. Já os 80 apartamentos compactos de 25 a 57 metros quadrados à esquerda…”. Paramos por aqui. Tomara que dê certo. Mas, as dúvidas são maiores que a dimensão do projeto… 8 – UM SUSTO, OS NOVOS CONSERVADORES A geração que começa a dar sinal de vida e apresentar-se a demais vem assustando todos os que conhecem suas manifestações. De repente, não mais que de repente, eis que surge uma geração que poderíamos batizar de a DOS NOVOS CONSERVADORES. A chamada geração Z, que hoje situam-se entre os 18 e 25 anos. No mês passado, O GLOBO comentou uma pesquisa que acaba de sair do forno e realizada pela HSR SPECIALIST RESEARCHERS. Segundo a pesquisa, e que teve como campo as principais capitais do Brasil e onde foram entrevistados mais de 1.000 desses jovens e que se revelaram NOVOS CONSERVADORES, constatações do tipo: – 72% quer casa própria- 57% quer casar de papel passado- A maioria é contra o sexo livre e coloca-se a quilômetros de distância de 1969, dos que participaram da mais emblemática manifestação pós-guerra, em WOODSTOCK. Os WOODSTOCKERS defendiam o sexo livre e a chegada da ERA DE AQUARIUS. Os NOVOS CONSERVADORES olham com desprezo e distância para os WOODSTOCKERS, a quem se referem como BOOMERS…- Nada de viver no campo. A Geração Z – é predominantemente urbana, 85%. De certa forma, o que a pesquisa da HSR constatou é o que BELCHIOR cantou em sua música. Muito parecida com a geração X, a de seus avós… lembram, “Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos e vivemos ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais…”. Em verdade, avós… 9 – GATOS E CACHORROS, PRIMEIRO A DOCUMENTAÇÃO E ANAMNESE, DEPOIS A TELEMEDICINA VETERINÁRIA Assim como os humanos, e a partir de agora, gatos, cachorros e demais pets podem fazer consultas a distância. O CONSELHO DE MEDICINA VETERINÁRIA acaba de autorizar esse procedimento desde que o veterinário já tenha atendido e documentado e feito a anamnese do PET. Conclusão, começam a chegar ao mercado muitas plataformas de teleatendimento de pets. Uma das primeiras, uma parceria da MED LEV e da OI PET, que criaram e lançaram uma startup, a OI DIGI PET. Que oferece todos os serviços passíveis de serem prestados a distância, com um corpo de 4.000 veterinários, mais clínicas e hospitais, e na medida que confirmado o diagnóstico e constatada a doença, a medicação só pode ser aplicada presencialmente, e isso implica em recorrer-se a instalação mais próxima. Muito rapidamente a hoje empresa líder do território a PETZ correu, celebrou parceria com a CONECTA, e lança sua telemedicina veterinária com uma rede de mais de 1.000 veterinários em quase todo o país. Seguem as mudanças… Acelerando… 10 – FLEURY, A EMPRESA DE VALOR 2022 Coberto de glórias, e com resultados consistentes em todas as direções, o GRUPO FLEURY foi eleito a EMPRESA DE VALOR 2022, pelo JORNAL VALOR. Lastreado em sua marca espetacular, a do laboratório de análises que sempre significou qualidade em todos os exames, onde a palavra REFAZER era proibida, e converteu-se num dos maiores grupos de saúde da América Latina, ampliando as frentes de atuação e foco sem abrir mão da qualidade. A imagem da marca FLEURY segue brilhando como sempre, e ainda os números traduzem consistência e gestão eficaz. O ano de 2021, ao qual se refere a premiação, o GRUPO FLEURY registrou um crescimento em suas receitas da ordem de 30,3%. Uma receita líquida de R$3,9 bi, e, lucro líquido de R$351,5 milhões, com um Ebtida, em 2021, 26,2% maior que o ano anterior. Ao comemorar a conquista, a CEO do GRUPO FLEURY, JEANE TSUTSUI, afirmou: “Após os desafios trazidos pela pandemia, que pressionaram o sistema de saúde, as pessoas passaram a valorizar mais a qualidade e a eficiência, reforçando nossa tese de construção de um ecossistema de saúde integrado, preventivo e híbrido, unindo o físico ao digital”. De janeiro de 2012 a dezembro de 2017, JEANE foi a diretora responsável pela área médica e técnica do FLEURY. De 2018 a 2021, passou a ser a diretoria executiva pelas unidades de negócio. E, de abril de 2021 para cá, é a CEO do GRUPO. Na mensagem que postou no dia seguinte à premiação a todos os seus comandados e em seu perfil no LINKEDIN, JEANE disse, “Essa é uma conquista muito importante para nós! Fortalece a confiança em nossa estratégia, centrada na construção de um ecossistema de saúde integrado, acessível e sustentável, que acompanha e orienta os clientes ao longo de sua jornada de cuidado – da prevenção e do diagnóstico ao tratamento”. Numa das primeiras turmas do MMM – Madia Marketing Master – o master em marketing da MADIA MARKETING SCHOOL, o CEO na época do FLEURY fez uma palestra memorável. E contou sobre o dia em que foram chamados pelo HOSPITAL SAMARITANO, que gostaria de contar com os serviços de exames do FLEURY para todos os seus pacientes. O FLEURY mandou uma proposta e os diretores do SAMARITANO quase caíram de costas. “É muito caro”, disseram, mais que o dobro do que pagamos para o atual fornecedor. E o FLEURY respondeu, fechem conosco e na prática vocês constatarão que, e mesmo sendo mais caro, nossos serviços se traduzirão em economia. Temendo, o SAMARITANO confiou e aprovou. E no final do primeiro ano constatou que mesmo pagando mais caro pelos exames, no custo final o valor despendido foi menor. Pela simples razão que os exames FLEURY não careciam de refação… QUALIDADE SUPERIOR, o posicionamento que orientou toda a história do FLEURY desde seu nascimento, no ano de 1926, pelas mãos e competência do Dr. GASTÃO FLEURY DA SILVEIRA… DRUCKER´S MONTHLY E agora, a lição de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER deste mês. Neste mês de abril nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER repete um de seus bordões a partir do momento em que, ao olhar para o horizonte, deparou-se com o nascimento da KNOWLEDGE ECONOMY, a economia do conhecimento. Disse: “Em poucos anos de trabalho, ao longo da história, um aprendiz aprendia e armazenava todo o conhecimento necessário para o resto de sua vida… As profissões modernas exigem, além de uma ótima educação formal e da capacidade de desenvolver reflexões teóricas e analíticas, e, acima de tudo, a consciência e costume da formação contínua, da permanente atualização, prevenindo a obsolescência. Assim, na sociedade do conhecimento, a aquisição do conhecimento terá importância maior na vida das pessoas, do que a aquisição de propriedades e de renda tiveram dois ou três séculos atrás”… Sintetizando a lição do mestre, O PREÇO DA SOBREVIVÊNCIA É A PERMANENTE E INCONDICIONAL ATUALIZAÇÃO…
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Março 2023

BUT PRESS 020MARÇO 2023 Síntese mensal das principais movimentações, acontecimentos, registros no ambiente de negócios do Brasil e do mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados, análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing ― a única empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior dos mestres da gestão e dos negócios, Peter Ferdinand Drucker. 1 – HEALTHTECHS, UMA ESPÉCIE DE HOMEOPATIA DA NOVA MEDICINA Alguns médicos são céticos e definitivos em relação à HOMEOPATIA. Segundo eles, placebo na veia e que não serve para nada. Serve, até placebo serve.Desqualificar e ignorar significa subestimar e não ter o menor apreço pela força do pensamento, da crença, da busca permanente pela cura, solução, resultados. E aí os planos de saúde passaram a não caber mais nos bolsos. De todos, inclusive dos grandes hospitais SÍRIO e EINSTEIN, que lutavam com dificuldades para seguirem pagando os PLANOS DE SAÚDE de seus funcionários. E criaram o MÉDICO DE FAMÍLIA, que triava todos os funcionários antes de encaminhar para os planos e descobriram e constataram, perplexos, que 90% deles não precisavam recorrer aos serviços de prontos atendimentos, exames, e internações, e assim, e literalmente, o chamado custo da saúde pelos exageros, excessos, medos e inseguranças, despencou. E aí, e em paralelo, diante dessa oportunidade, e como todos os novos recursos decorrentes das conquistas da tecnologia, nasceram as HEALTHTECHS. Agora vemos alguns especialistas dizerem que as HEALTHTECHS não param em pé. Param e param muito bem, sim, e prósperas. Descobriram que entre o que se fazia no passado e o que se passou a fazer hoje existia uma mega oportunidade, o maior dentre todos os mercados, e hoje prosperam nesse território. O que fica entre as sensações e medos, e as doenças de verdade. O que o mundo vem descobrindo hoje que existia uma demanda exagerada pelos serviços médicos tradicionais, decorrentes do medo, e da guerra que se estabeleceu entre hospitais e médicos, e laboratórios e os planos de saúde.  Hoje, com a poeira e a ignorância controlada, a saúde vai encontrando seu verdadeiro preço e valor. As HEALTHTECHS cumprem a importante missão de controlar o meio de campo. Resolver e debelar sintomas, e só encaminhar para as soluções convencionais de saúde os casos verdadeiramente necessários. Com a ajuda espetacular da, e finalmente, telemedicina. Sintetizando. Tínhamos nós, apavorados, medrosos, hipocondríacos de um lado, e instituições clássicas de saúde do outro, na outra ponta. Aí vieram os planos de saúde e tudo isso virou um big business, nós pacientes e clientes viramos bucha de canhão enquanto hospitais e planos se matavam. Agora temos um agente pacificador, que faz o meio de campo, e ajuda a acalmar a todos e colocar a saúde, finalmente, em seu devido lugar. Claro, só possível e viável diante de todas as conquistas tecnológicas a partir de 1971, com o advento do microchip… 2 – MUITO CEDO PARA QUALQUER CONCLUSÃO DEFINITIVA Pouco ou nada se sabe sobre qual o formato prevalecente na forma de trabalhar das empresas. Agora que a poeira começa a baixar, as primeiras experiências trazem bons e maus resultados, todos em busca de um modelo. Em verdade, diferentes modelos dependendo da característica do negócio e da empresa, a respeito de uma NOVA FORMA DE TRABALHAR. STELA CAMPOS, uma das mais competentes jornalistas que cobre o território dos RECURSOS HUMANOS, traduz suas conclusões de meses de pesquisas e estudos na manchete da matéria que publicou na edição especial de EXECUTIVO DE VALOR 2022 – OS MAIORES LÍDERES DO BRASIL: “A REGRA AGORA É NÃO TER TODAS AS RESPOSTAS”. Segundo STELA, tudo é um oceano de dúvidas e indagações: “É preciso encontrar um caminho para acomodar e incluir a força de trabalho que voltou diferente, seja porque sofreu traumas emocionais provocados pela covid, porque descobriu vantagens no home office ou ainda porque não quer mais trabalhar com o que não lhe faça sentido…”. Em síntese, “menos convicções e mais hipóteses…”. 3 – RESSACA, TALVEZ, A MELHOR DEFINIÇÃO A indústria automobilística, sobre todos os aspectos, e desde o FORDINHO PRETO, e quase oito décadas de domínio da GM até a chegada das montadoras japonesas e, depois, das coreanas, mais recentemente chinesas, parece ter chegado ao fim de um grande e quase interminável ciclo. Acabou. Revisão da energia propulsora, revisão dos modelos, revisão da estrutura de distribuição, fim das vendas e prevalecimento das assinaturas, e duas dúzias a mais de novidades e mudanças. E, se a competitividade de nosso país nesse território, assim como em quase todos os demais, já andava devagar quase parando, agora então a situação é desesperadora. Tão desesperadora que depois de mais de 100 anos, a FORD desistiu do Brasil como país produtor e assim prosseguirá enquanto as condições de trabalhar-se por aqui não passarem por todas as mais que necessárias e inadiáveis correções. Uma espécie de reinvenção das condições estruturais da economia do País. Batemos no fundo do poço e fomos mais adiante ainda. Em entrevista à DINHEIRO, MÁRCIO LIMA LEITE, executivo do grupo STELLANTIS e presidente da ANFAVEA, aponta os dois dedos na mesma direção: “PRECISAMOS REINDUSTRIALIZAR O BRASIL…”. E completa, “O CUSTO BRASIL precisa de uma redução radical. Convivemos com um conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas, trabalhistas e econômicas que retira, por baixo, R$1,5 trilhão por ano das empresas, encarece o preço dos produtos nacionais, prejudica a competitividade, e compromete e inibe os investimentos no País.” É isso, amigos. Ou reinventamos e começamos a construir agora um novo e moderno país ou estamos condenados, inexoravelmente, a engrossar a rabeira da fila e junto dos demais países atrasados. 4 – O FIM DOS EMPREGOS Muitas pessoas quando cruzam com nossos consultores nos cobram sobre o que temos falado há décadas: os empregos – mais de 90% deles, chegando ao fim, o nascimento da SHARING ECONOMY, a ECONOMIA POR COMPARTILHAMENTO, onde despedem-se os EMPREGADOS, e multiplicam-se e ocupam a cena os PARCEIROS de toda a ordem, os profissionais empreendedores. Não conheço melhor exemplo e fotografia mais eloquente que o ESTADÃO DOS DOMINGOS. Nos anos 60 e 70, quando o ESTADÃO era grandão, todos os domingos trazia milhares de anúncios de empregos. Não era incomum o jornal dos domingos ter mais de 200 páginas organizadas em 5,6,7 cadernos, sendo 3 ou 4 exclusivamente de empregos. Corta, domingo, 17 de julho, chega o ESTADÃO. Agora ESTADINHO, no formato BERLINER. No total 32 páginas. Das mais de 200 dos áureos tempos para 32. Reduziu-se a quase 10% do que um dia foi. Dos milhares de anúncios de empregos, para… ZERO! Isso mesmo ZERO ANÚNCIOS DE EMPREGOS. JEREMY RIFKIN mais que coberto de razões quando em 1996, em seu livro premonitório e emblemático, urrava ao mundo, O FIM DOS EMPREGOS. É hoje, agora, chegou. Assim como ESTADÃO, O GLOBO, FOLHA e demais jornais em todo o mundo hoje moram na CAUDA LONGA, e vivem em permanente agonia. As esperanças que existiam em relação ao desempenho do THE NEW YORK TIMES chegaram ao fim. 5 – ENFIM, A SOLUÇÃO DO TRÂNSITO, SEM PASSAR PELAS RUAS. AO MESMO TEMPO, A DESERTIFICAÇÃO DE ÁREAS DAS CIDADES Quem diria, um dia, a BERRINI virando uma longa avenida abandonada, quase sem carros. Não estamos distantes. 50 anos atrás, PETER DRUCKER manifestou sua perplexidade de testemunhar nas maiores cidades do mundo milhares de pessoas pesando 90 kg ou mais todos os dias levarem duas horas para ir e outras duas para voltar do trabalho, se tudo o que as empresas precisavam era de seus cérebros que pesam menos de 2 kg. Esse dia chegou. O trabalho à distância, para 80% das situações, é a nova e definitiva realidade, e assim, silenciosa, mas de forma acelerada, as grandes áreas das principais cidades do mundo onde habitavam as empresas e seus milhões de colaboradores mergulha em processo de irreversível desertificação. Semanas atrás, matéria do THE NEW YORK TIMES é mais que reveladora dessa nova realidade. Naquele país, em muitas cidades, existem parques ou regiões com grande concentração de empresas. Espécies de CENTROS ADMINISTRATIVOS, como temos em São Paulo. Em alguns deles, e mesmo que ainda a pandemia não tenha terminado, a ficha não tenha caído para todas as empresas, mais de 85% dos escritórios já foram desocupados, para não usar a palavra ABANDONADOS. Na matéria o THE NEW YORK TIMES cita o campus arborizado de WAYNE, onde uma TOYS ”R” US concentrava parcela expressiva de seu capital humano. 85% abandonado! As vagas para estacionamentos de automóveis que obrigavam as pessoas a levantar mais cedo para garantirem-se, VAZIAS. No refeitório, meia dúzia de gatos pingados. Ao invés de comidas para milhares, nos melhores dias, para centena. SIM, muitas pessoas, com o trabalho a distância, realizam o sonho agora possível de morarem distante, no interior, em instância, na praia. Já as empresas não só não as acompanharam como migraram para as NUVENS… Empresas e trabalho nas NUVENS, PESSOAS A DISTÂNCIA, ESCRITÓRIOS VAZIOS a caminho do abandono… 6 – SE BEBER NÃO DIRIJA; PORQUE SE BATER, A SEGURADORA NÃO PAGA São centenas de casos em que motoristas bêbados acabaram batendo seus carros, e meses depois conseguiram fazer valer suas apólices de seguro. A razão para que isso acontecesse é que a SEGURADORA desconhecia que seu segurado estava alcoolizado. Mas quando a seguradora consegue a comprovação, a apólice de seguro perde a validade. Via de regra, nas apólices e nos contratos de seguro têm uma cláusula que diz que fica expressamente excluída a cobertura e decorrentes pagamentos quando o motorista por ação ou omissão agravar os riscos… Na maioria das situações, repito, o motorista segurado evita de ser comprovada sua embriaguez, a seguradora não consegue comprovar, e ele acaba sendo ressarcido. Mas todos os julgamentos onde ocorre a comprovação os segurados perdem. Ainda agora, na 1ª Câmara Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, a decisão deu ganho de causa à seguradora que se recusou a fazer o pagamento, na medida em que, e submetido ao bafômetro, acusou um índice de 0,54 mg/l de álcool no sangue. Portanto, e todos nós em momentos de festas, comemorações e celebrações, onde é natural algum consumo de álcool, de duas uma: ou não bebemos e vamos em nossos próprios carros, ou pegamos carona ou chamamos um táxi… 7 – CENAS DO DERRETIMENTO No processo incessante de derretimento das empresas da NOVA ECONOMIA, e até o mês passado, o território com o maior número de vítimas era o do varejo. Onde algumas das principais organizações viram o preço de suas ações cair para menos da metade no período de 1 ano. Agora todos os focos voltam-se para as chamadas FINTECHS, onde derretimento semelhante ou em maiores proporções também vem acontecendo. No total das chamadas FINTECHS BRASILEIRAS, onde se inserem PagSeguro, Stone, XP, Nubank e outras, o total que derreteu no período de 1 ano é da ordem de R$452 bilhões. As perdas foram de diferentes ordens, mas todas superiores a 50%. No espaço de 1 ano, o PAGSEGURO perdeu 75% de seu valor; a STONE, 92%; XP 66%; NUBANK, mais de 60%. Duas leituras possíveis. Na primeira, menos pessimista, uma acomodação a partir da qual voltarão a reagir. Outra, mais pessimista, ou se preferirem mais realista, agora sim é que o valor das FINTECHS se aproxima da realidade. De qualquer maneira, o clima no mercado não é dos melhores, com dezenas de milhares de investidores vendo o valor de suas ações derreterem, sem a possibilidade de qualquer movimento de recuperação. Assim, prevalece um clima de apreensão no mercado. 8 – A FOME, A VONTADE DE COMER, OU, A LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA E O FIM DOS EMPREGOS Os empregos como ainda existem, diminuindo, até hoje, e em poucos anos chegarão ao fim. E só então daremos conta de como era lamentável e desumano empresas terem “EMPREGADOS” e empresários serem chamados de “PATRÕES”. Finalmente essa aberração está chegando ao fim. Mas, enquanto essa nova realidade não se revela por inteiro, e em meio a crises de pandemia e guerras pontuais, seguem as pessoas correndo atrás porque a vida não espera e o estômago e a saúde reclamam e não esperam, também. Assim, e na inexistência de emprego e precisando sobreviver, as pessoas vão à luta e desembocam no empreendedorismo. Pesquisa agora divulgada pelo instituto DIGITAL FAVELA revela que 41% das pessoas que vivem nas comunidades trabalham por conta própria, e em negócios mais ligados à alimentação e à venda de cosméticos. A pesquisa foi realizada com 1.250 moradores de diferentes comunidades em todo o país, e revela que 63% trabalha na informalidade, e que 57% empreenderam por falta total e absoluta de outra alternativa. Foram ENCURRALADOS PELA VIDA E PELA SOBREVIVÊNCIA. Ao apresentar os resultados da pesquisa, o COPRESIDENTE da DIGITAL FAVELA GUILHERME PIERRI, disse, e sensibilizou milhares de pessoas, que: “A pandemia teve classe social, ampliando a desigualdade e fazendo crescer a população das favelas. Durante a pandemia milhões de pessoas mudaram-se para a favela e que hoje totaliza um contingente de 17 milhões de pessoas…”. E, conclui: “O EMPREENDEDORISMO POR SUBSISTÊNCIA acaba virando a principal fonte de renda de muitas famílias…”. Mais que na hora de corrermos atrás e construirmos um NOVO E MODERNO BRASIL. 9 – FICÇÃO; NÃO, REALIDADE, OU, PARA QUE UTILIZAREMOS NOSSA MONUMENTAL EXTENSÃO DE TERRAS? AGRICULTURA E PECUÁRIA urbanas deixaram de ser ficção. Se a pecuária concluiu, com êxito, as últimas pesquisas para a produção de carne em laboratório e nas cidades, a agricultura já é uma realidade em grandes cidades em todo o mundo. Em São Paulo, por exemplo. Meses atrás, O GLOBO PUBLICOU UMA MATÉRIA, assinada por JOÃO SORIMA NETO, tratando do que chamou de LAVOURA URBANA. Vou transcrever o principal trecho da matéria, e onde JOÃO fala sobre uma experiência de sucesso e consagrada dentro da cidade de São Paulo, a PINK FARMS. JOÃO, diz: “Fundada em 2017, a PINK FARMS, uma das primeiras fazendas verticais da América Latina, produz hortaliças na VILA LEOPOLDINA. Tornou-se produtiva a partir de 2019 e já recebeu R$8,8 milhões de aportes de investidores. Neste momento segue numa segunda rodada de captação objetivando alcançar R$15 milhões e multiplicar por 10 sua produção. Oito funcionários são responsáveis pela produção de três toneladas de hortaliças a cada mês, cultivadas numa área de 100 metros quadrados. Uma produtividade de 17 vezes maior que numa plantação tradicional. E, ainda, livre de agrotóxicos e utilizando 95% a menos de água… Nos próximos anos, a PINK FARMS multiplicará suas fazendas verticais e urbanas pelas principais cidades do Brasil… Uma outra fazenda, também dentro da cidade de São Paulo, com 30 metros quadrados de horta…”. Paramos por aqui. E colocamos, uma vez mais, e quando além da agricultura a pecuária também for urbana recorrendo e utilizando todas as conquistas da genética, o que faremos com nosso monumental capital de terras? Mais que na hora de abrir essa discussão… 10 – MATÉRIA DESAFIADORA Tempos atrás, a FOLHA, em sua edição de domingo, publicou uma matéria mais que desafiadora para uma marca, para o McDonald´s. Título, “FAST-FOOD É A ÚLTIMA REFEIÇÃO DE PACIENTES”, e no texto, “internados de até 50 anos em setor de cuidados paliativos do hospital da Unicamp costumam optar por McDonald´s.” A afirmação não se refere a pesquisa e sim ao depoimento dos profissionais do Hospital das Clínicas da Unicamp, da cidade de Campinas (SP). Segundo uma das enfermeiras ouvidas pela jornalista ANDREZA DE OLIVEIRA, “Percebo que quando vão chegando na fase mais crítica do tratamento, querem alguma coisa como um GRAND FINALE… Na faixa dos 50 anos, focam em comida e solicitam o Mc. Há casos em que assim que acabam de comer o lanche, os pacientes mais debilitados já se encontram na fase final. Assim, acaba sendo a última refeição de muita gente… Nessas situações nunca pedem suco de laranja… É sempre refrigerante e Mc”. Em verdade, e não obstante as declarações, o Mc não deveria fazer o que quer que fosse. Apenas registrar os depoimentos em respeito aos pacientes, e, internamente, celebrar o fato de o quanto sua marca encontra-se presente na cabeça e no coração de muitos de seus clientes de décadas. Apenas isso. DRUCKER´S MONTHLY E agora, a lição de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER deste mês. “Tive uma boa educação musical quando garoto. Viena, durante minha adolescência, era uma cidade que transcendia música. Embora sempre ouvisse óperas maravilhosas, nada se compara à sensação que tive ao ouvir pela primeira vez FALSTAFF, de GIUSEPPE VERDI. Fui atrás. E descobri que foi composta por um homem aos 80 anos. Eu tinha 18 anos e não conhecia ninguém com essa idade. As pessoas mais saudáveis mal passavam dos 50 anos. Então li o que o próprio VERDI disse a respeito, quando de certa feita fora lhe perguntado por que um homem tão famoso e considerado um dos maiores compositores de ópera do século XIX, e com sua idade, ainda se dava a tanto trabalho e ao desafio de compor uma obra daquela dimensão. E, VERDI, respondeu: ‘Durante toda a minha vida como músico lutei para atingir a perfeição. Sempre me escapou. Certamente eu tinha a obrigação de tentar mais uma vez’. Naquele momento decidi que qualquer que fosse minha carreira, as palavras de VERDI seriam meu guia. E, se chegasse àquela idade avançada, jamais desistiria.”
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Janeiro/Fevereiro 2023

BUT PRESS 019 – JANEIRO/FEVEREIRO/2023 Síntese mensal das principais movimentações, acontecimentos, registros no ambiente de negócios do Brasil e do mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados, análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing ― a única empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior dos mestres da gestão e dos negócios, Peter Ferdinand Drucker. 1 – UMA ENTREVISTA DEVASTADORA FERNANDO ZANCAN, presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral, concedeu entrevista a LANA PINHEIRO, de DINHEIRO, e entortou a cabeça de muitos… Quase todos. É definitivo, “A solução para as questões climáticas não é acabar com os combustíveis fósseis, e sim, descarbonizar sua produção…”. Segundo FERNANDO, “Estamos sofrendo um escrutínio global por uma confusão de conceitos. Dentro do necessário processo de descarbonização da economia, há um entendimento errado de que é preciso acabar com o combustível fóssil. Pregam o fim da fonte, e não a solução do problema decorrente da emissão dos gases estufa. Os fósseis representam 80% da matriz energética mundial e, pela representatividade, viraram alvo. Assim, repito, a solução para as questões climáticas não é descarbonizar a cadeia. Temos de capturar CO2, armazená-lo ou dar outra destinação, planejando uma transição energética de um modelo de alto para o de baixo carbono sem destruir valor econômico nem social…”. Pouco provável, diante da altura e intensidade que alcançou a discussão, que agora a outra, ou, outras partes, consigam ouvir as ponderações da Associação Brasileira do Carvão Mineral. 2 – R$ 500 BILHÕES QUE JAMAIS VOLTARÃO De gigantescos prejuízos decorrentes da pandemia – de poucos – com o passar dos anos –recupera-se parcela ou alguma parte. Já o consumo corrente está definitivamente perdido. Não há como recuperar e muito menos repor. Dentre as diferentes atividades, umas das que mais se enquadram nessa situação são os negócios relacionados a viagens e turismo. Do início da pandemia, março de 2020, a março de 2022, e segundo a Confederação de Bens de Serviços, Comércio e Turismo (CNC), o negócio de turismo em nosso país deixou de ter uma receita da ordem de R$ 508 bilhões. Esse dinheiro perdeu-se na história. Totalmente perdido. Não volta, jamais. Milhões de empregos diretos e indiretos, e milhares de negócios foram, literalmente, triturados. Ficaram pelo caminho. Todos os sobreviventes, e que encontram força e motivação mínimas, recomeçando praticamente do zero. Muitas vezes é o que acontece. A única alternativa é um doloroso e difícil recomeçar… 3 – SÍNDROME DE RIP VAN WINKLE RIP VAN WINKLE é um personagem criado por WASHINGTON IRVING, e baseado na literatura germânica. Trata-se de um fazendeiro que decidiu, cansado de ouvir as reclamações de sua esposa que era vagabundo e não gostava de trabalhar, dar um passeio com seu cão a uma montanha próxima para esfriar a cabeça. Cruzou com um anão subindo a montanha carregando um barril pesado, ajudou o anão no transporte que lhe deu um gole da bebida. Rip acordou, procurou por sua arma e assustado constatou que estava enferrujada. Seu cão tinha desaparecido. Vai até sua casa e está toda destruída e abandonada. No bar encontra dois ou três amigos que sobreviveram. Aos poucos descobre que ficou na montanha dormindo por 20 anos. Essa é a sensação que muitas pessoas têm hoje diante das transformações radicais decorrentes do tsunami tecnológico. Em todos os setores de atividades, mas, com ênfase maior em alguns, como no da saúde. Semanas atrás o jornal VALOR publicou mais um de seus estudos especiais, e referente ao território da saúde em nosso país. E a sensação que os leitores têm é que são uma espécie de RIP VAN WINKLE, que dormiram durante mais de 10 anos, e quando acordam, agora, descobrem as mudanças monumentais que aconteceram nesse território. Praticamente não existe um único negócio no território da saúde que não tenha se reinventado. Os que não passaram por esse processo não existem mais e foram comprados. Assim, e se há menos de uma década falássemos de grandes hospitais no Brasil, SÍRIO E EINSTEIN eram as grandes referências. Hoje, o grande destaque é a REDE D’OR SÃO LUIZ. Laboratórios agregaram mais e muitos serviços, como o DASA. Os hospitais tradicionais vão se convertendo em faculdades de medicina. A medicina a distância é uma baita e auspiciosa realidade. Apenas para citar algumas das quase que infinitas mudanças. Isso posto, existe um novo ranking em termos de maiores grupos do negócio da saúde no Brasil, tomando-se como medida o NÚMERO DE LEITOS. A liderança relativamente tranquila é da REDE D’OR SÃO LUIZ com 10.214 leitos. Vindo na sequência HAPVIDA, 7.134; DASA, 3.707; AMÉRICAS SERVIÇOS MÉDICOS, 2.702, e, MATER DEI com 2.525. O número de fusões e aquisições que começou de forma tímida no início da nova década, 2010, com um total de sete, 8 anos depois foram 13, 9, 22, 10, 25, e em 2021, 32 fusões e aquisições. Em decorrência da Covid, todas as resistências que ainda haviam em termos de digitalização da saúde, e telemedicina, literalmente, desapareceram quase que do dia para a noite. Ou seja, amigos. Aconteceu! Se não foi da melhor maneira, com planejamento sensível e acurado, foi meio que aos trambolhões, e agora não tem mais retorno. Isso aconteceu em maiores ou menores proporções com quase todos os setores de atividade, mas, seguramente, o da SAÚDE, se não foi o que passou por maiores reinvenções, foi um dos três deles. Difícil escolher os outros dois. 4 – MERCADINHOS DE BAIRRO Por uma série de razões e motivos, ainda os chamados mercadinhos de bairro não pegaram no Brasil, enquanto empresas de porte. Até hoje manifestações pontuais, e, quando no formato empresa, poucas lojas. Não necessariamente um supermercado, não necessariamente uma loja de conveniência, dessas de postos de gasolina. Um tamanho no meio, e com uma consistente base para lanches e comidinhas rápidas. Quem decidiu mergulhar de cabeça nesse território, agora, e escancara seus planos e intenções é uma rede de origem mexicana, a OXXO, no Brasil em parceria – joint venture – com o grupo mexicano FEMSA, e com a RAÍZEN. A OXXO foi criada no ano de 1978 no México, hoje já são mais de 20 mil unidades. No Brasil a joint venture deu origem ao GRUPO NÓS integralizado e controlador da rede OXXO e da rede SHELL SELECT, lojas de conveniência dos postos de gasolina. Em entrevista a LARA SANT’ANNA, de ISTOÉ DINHEIRO, o CEO Rodrigo Patuzzo definiu o posicionamento e a ambição: “O GRUPO NÓS nasce com a responsabilidade de liderar o mercado brasileiro de conveniência e proximidade e ser reconhecido como a rede mais confiável”. E o CEO do GRUPO RAÍZEN completa, “Estamos inaugurando um mercado por dia. Vamos chegar ao número 1000”. Hoje a OXXO já se encontra presente em pontos específicos de cidades com grande densidade populacional. São Paulo, Campinas, Osasco, São Bernardo do Campo, Piracicaba, dentre outras. Será que desta vez vai dar certo. Por enquanto, todas as tentativas têm apresentado resultados muito distantes dos desejados pelos investidores. E ainda não registram nenhum entusiasmo maior pela clientela desejada. 5 – TEMPESTADE PERFEITA OU JUVENTUDE ABALADA Hoje pode se dizer que sob o ângulo da idade, dentre todas as faixas a mais afetada pela pandemia foram a dos jovens. Uma espécie de tempestade perfeita despencou sobre suas cabeças. E o registro da ocorrência vem sendo feito tanto através de pesquisas realizadas pela Faculdade de Medicina da USP com seis mil jovens em todo o Brasil, como também pela manifestação de centenas de especialistas. Muitos fatores interagindo simultaneamente num curto período de tempo – dois anos – sem possibilidade de decantarem. A pandemia como pano de fundo, a interrupção das aulas, o distanciamento, a maior permanência em casa, o uso dobrado de gadgets muito especialmente computadores e smartphones, e a gamificação interminável… Mais, a nova ritualística das aulas a distância… Sem falar da vacinação que os colocava no final de fila. E a indigesta chegada da puberdade e o aumento da solidão. Em matéria da revista ÉPOCA, o registro de um trabalho publicado na EUROPEAN CHILD AND ADOLESCENT PSYCHIATRY, tendo como amostra 5.795 jovens monitorados online desde meados de 2020. As primeiras fotografias reveladas apontavam já no segundo semestre de 2020, 36% dos monitorados com sintomas inequívocos de depressão e ansiedade. Desde já, e com absoluta certeza, em processo de diagnóstico e dimensão, a GERAÇÃO PANDEMIA… Que vai carecer de muitos cuidados em todos os próximos anos… 6 – EXCESSO DE NOVIDADES É ótimo o que vem acontecendo em quase todas as cadeias de valor dos diferentes setores de negócios e atividades. Porém, jamais se deve ignorar que as pessoas têm uma certa dificuldade em entenderem e passar a usar, do dia para a noite, aquilo que até ontem não existia e desconheciam. Um dos melhores exemplos dessas novidades radicais é o que vem acontecendo com o hoje GRUPO FLEURY, durante décadas o mais conceituado e importante laboratório de análises do Brasil. Num espaço de tempo muito curto converteu-se num grupo e não para de agregar novos serviços. Converteu-se, como diz seu principal executivo, HANS ULRICH LENK, e muito mais e além do que um laboratório, numa plataforma digital que procura conectar todas as pessoas que buscam por produtos e serviços de saúde, aos prestadores desses serviços, médicos, hospitais, clínicas e laboratórios. Ou seja, as pessoas que se acostumaram durante décadas a conviver e respeitar o FLEURY, hoje procuram reorganizar esse conhecimento em suas cabeças para uma empresa que se converteu num grupo e hoje presta uma quantidade bem maior de serviços. Ou seja, vai levar algum tempo – anos – para que finalmente as pessoas entendam o que é esse novo FLEURY, o que é o GRUPO FLEURY. Hoje, e através de sua plataforma SAÚDE iD, oferece mais de 3,5 mil ofertas diferentes, que vão de consultas online, exames laboratoriais e de imagem, cirurgias de baixo risco, procedimentos não cirúrgicos – incluindo estéticos e odontológicos – tipo aplicação de botox – e muito mais. Soa até estranho ouvir-se a linguagem que o FLEURY adotou, bem distante do tradicional laboratório de décadas atrás. Diz coisas como, “para os usuários são oferecidas consulta em telemedicina, agendadas com rapidez e menor custo, com médicos padrão de qualidade FLEURY. Nos exames, com valores acessíveis, compra e agendamento sem burocracia… E as cirurgias seguem um formato de pacote completo. Após passar pela avaliação médica o paciente paga um valor fechado que já contempla todo o pacote necessário para a operação, desde as primeiras consultas e exames até o acompanhamento e os remédios do pós-operatório…”. E oferece, ainda, a partir de parcerias, financiamentos para procedimentos médicos e estéticos em até 24 meses. Ou seja, o velho, bom, e de ótima reputação FLEURY, hoje é um marketplace de saúde que oferece todos os serviços para todo o tipo de paciente… Ou seja, e por mais eficazes que sejam na comunicação, levarão um bom tempo para reconstruir uma nova imagem na cabeça das pessoas. E aí ficam perguntas tipo, será que não deveriam ter separado as marcas? Será que não deveriam tratar e desvincular completamente o SAÚDE iD do LABORATÓRIOS FLEURY? O tempo dirá. 7 – EXISTEM LIMITES PARA DISTANCIAMENTOS Nada contra pessoas, usando dos meios legais e éticos, prosperar e ganhar mais dinheiro que outras pessoas. Ou por competência, sorte, trabalhar mais, não importa. Cada um dosa seus esforços, estabelece seus limites e corre atrás. Não existe igualdade por lei e muito menos decretos. Somos diferentes, somos desiguais por natureza e gênero. Por ancestralidade, pelo lugar onde nascemos, e pelas características específicas de cada um de nós. Assim, e por natureza, somos desiguais. Acredito, no entanto, que perseguir essa individualidade exclusivamente pela capacidade de produzir, gerar e ostentar riquezas, definitivamente, não seja o melhor caminho. Lemos nos jornais de um final de semana do ano passado, uma notícia e comentários sobre a autorização concedida pelo governo para que a concessionária do aeroporto GRU – GUARULHOS – construa um novo terminal. O terminal dos ricos +, ou, terminal VIP. Na manifestação do secretário nacional da Aviação Civil, será mais que uma sala vip. Será um terminal inteiro VIP. A autorização teria sido concedida a um grupo árabe com sócios canadenses. O novo terminal destina-se a passageiros que viajam em aviões próprios, em primeira classe, e, excepcionalmente, em classe executiva. E na notícia, comentário, a explicação é taxativa, elitista, preconceituosa: “O passageiro não tem contato com o público da classe econômica em seu trajeto no aeroporto…”.Paramos por aqui. Esse tipo de mundo é lamentável e discriminatório. Em países, como o nosso, viajar de avião já chega a ser um luxo. Não precisaria de todos esses cercadinhos e gaiolas. Um BRASIL NOVO E MODERNO passa a quilômetros de distância desse tipo de lamentáveis privilégios. 8 – A TERCEIRA MEDICINA Muitos nos pedem exemplos da novíssima e mais que revolucionária MEDICINA CORRETIVA, a terceira medicina que veio incorporar-se às duas anteriores, a CURATIVA e a PREVENTIVA, e que vem garantindo cura, longevidade, e, quem sabe, começar-se a conversar sobre imortalidade, ou morte opcional. Em edição uma de VEJA – 29 de junho 2022 – a mais que inspiradora e emocionante história de uma jovem americana, EMILY WHITEHEAD, 17 anos, finalmente, livre do câncer. 10 anos depois de um novo tratamento. Leucemia linfática, aos 5 anos, sem esperanças, seus pais decidiram acreditar num novo e revolucionário caminho.  Uma terapia experimental que reensina uma célula a como identificar e destruir uma célula cancerígena. EMILY passa para a história como a primeira criança do mundo vencedora e resgatada através da terapia batizada de CAR-T. Uma das primeiras e mais consistentes manifestações da novíssima e redentora MEDICINA CORRETIVA. Que começa com a chegada do microchip em 1971, torna-se viável com o genoma humano na virada do milênio e agora converte-se em realidade. Sim é possível corrigir erros e descaminhos que a natureza comete a tempo. É um novo mundo nascendo. 9 – LEI DE MOORE OU SOCIEDADE DE CUSTO MARGINAL ZERO + DASA E PEDRO BUENO Em 1971, ao entregar a encomenda que a INTEL recebeu da fabricante de calculadoras japonesa, a BUSICOM, o MICROCHIP, o engenheiro GORDON EARLE MOORE, sentenciou, “A cada 18 meses o microchip dobrará de capacidade e terá seu preço reduzido pela metade”.  Nos primeiros anos foi assim, mas, e gradativamente acelerando. Anos depois, 2015, JEREMY RIFKIN traduziu e comprovou a LEI DE MOORE em seu premonitório e monumental livro SOCIEDADE DE CUSTO MARGINAL ZERO. Assim, e até os dias de hoje, ainda um pouco distante do fim, genericamente o preço de tudo, literalmente, despenca. Aqui no Brasil, um dos melhores exemplos vem sendo alcançado e dado pela DASA, maior rede integrada de saúde da América Latina, e que tem em seu comando PEDRO BUENO. Trabalhando rigorosamente dentro do que disse GORDON MOORE, e tornando verdade os ensinamentos de RIFKIN pela prática, PEDRO BUENO e sua DASA vem demonstrando a importância da capacidade de processamento, em altíssima velocidade e seu impacto auspicioso na redução dos custos, e simultaneamente, em ganhos espetaculares de informação e conhecimento. No final de 2022, PEDRO voltou a se manifestar no O GLOBO, e separamos para compartilhar com vocês o que consideramos da maior importância. Vamos lá. – O REPOSICIONAMENTO DA DASA. Diz Pedro: “A DASA vem se posicionando como um ecossistema integrado desde 2017. Até então éramos apenas diagnósticos. Decidimos ir além e agregar mais valor a toda a cadeia. Protagonizamos uma grande transformação digital com dados e analytics e seguindo em frente em outros elos da cadeia de valor da saúde… Em 2019 somamos a DASA à ÍMPAR – rede hoje com 15 hospitais – e no ano seguinte à pandemia que nos obrigou a uma operação de guerra. Daí, a um ecossistema integrado, foi uma decorrência natural. Mergulhar fundo na informação e intensificar e aproximar a relação com médicos e pacientes. Veio a plataforma NAV para suportar na prática todo esse reposicionamento, e hoje, um ano depois, já se traduz num universo de 3 milhões de usuários e 25 mil médicos…”. – NA PRÁTICA, COMO FUNCIONA… “O médico recebe o que chamamos de resumo clínico, que traz dados e informações agregadas. E alertando sobre exames que o paciente deveria fazer, mas não fez. Possibilitando aos médicos acompanharem com maior eficácia cada um de seus pacientes com perspectivas de melhores resultados nos tratamentos. Exemplo, um diagnóstico de câncer de mama em estágio inicial traz uma perspectiva de tratamento muito melhor. Hoje, na rede privada, esse tempo é em média entre 60 a 90 dias. Na DASA conseguimos reduzir esse prazo para 12/13dias. Temos algoritmos que leem diagnósticos e emitem alertas…”. – EVOLUÇÃO “Até o final deste ano teremos em nossa plataforma um “feature” que, e a partir dos dados disponíveis, consegue alertar sobre riscos de doenças futuras…”. LEI DE MOORE, SOCIEDADE DE CUSTO MARGINAL ZERO, JEREMY RIFKIN, na prática do dia a dia do DASA. A NOVA MEDICINA encorpando. 10 – NÔMADES DIGITAIS – UM PAÍS SEM BASE, ITINERANTE, DE 35 MILHÕES DE HABITANTES – POR ENQUANTO E EM CRESCIMENTO… O mundo tem hoje e dentre seus países, um país sem lugar fixo e de multinacionalidades. Onde seus habitantes movimentam-se o tempo todo e são originários de todos os demais países do mundo. O país dos NÔMADES DIGITAIS, formado por milhares de espaços de todos os países, e de onde trabalham os profissionais de hoje e de amanhã. Quem diria, o tal do mundo sem fronteiras, na prática, convertendo-se em realidade factual. E, segundo as estimativas realistas, o país dos NÔMADES DIGITAIS deverá figurar em 2035 dentre os 5 maiores países do mundo, com uma população superior a 1 bi de habitantes! Pergunta que não quer calar, será que no final deste século o conceito e entendimento do que é um país continuará o mesmo…? Certamente, não! DRUCKER´S MONTHLYE agora, a lição de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER deste mês. Em diferentes momentos e circunstâncias, nosso adorado mestre e mentor recomendava a todos os empresários criativos, inovadores, e também consistentes e sensíveis, a importância do foco e da concentração. Via de regra, começava sua defesa da especialização com um provérbio. Dizia: “Não vá o sapateiro além dos sapatos”. Esse velho provérbio ainda é um ótimo conselho. Quanto menos diversificado for um negócio mais administrável será. Fica mais fácil para todos entenderem quais são seus trabalhos, sua contribuição para os resultados, e o desempenho do conjunto das pessoas. Esforços concentrados, expectativas definidas, desempenhos passíveis de avaliação. A complexidade cria problemas de comunicação. Mais reuniões, mais hierarquia, mais atrasos. Assim, existem apenas duas formas para se dar sentido a negócios complexos e diversificados. Ou se alcança a singularidade porque negócio, produtos, demais atividades, concentram-se num mesmo mercado. Ou alcança-se a singularidade se negócio, mercado, produtos e demais atividades estiverem todos integrados e inseridos na unicidade de uma mesma e comum tecnologia”. Mas, e na atual conjuntura de disrupção radical, a maioria das empresas ignora a importância da especialização e cai na tentação tóxica e deletéria de fazer tudo. Mais cedo ou mais tarde irão de arrepender. Todas, ou quase…
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Novembro/Dezembro 2022

BUT PRESS 018 – NOV/DEZ 2022 Síntese mensal das principais movimentações, acontecimentos, registros no ambiente de negócios do Brasil e do mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados, análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing ― a única empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior dos mestres da gestão e dos negócios, Peter Ferdinand Drucker. 1 – REVISTA ELA E BRUNO ASTUTODentre as leituras de final de semana, a de uma das raras revistas – ELA – do jornal O GLOBO – sobrevivente. No passado quase todos os grandes jornais tinham ou um suplemento ou uma revista aos domingos. Hoje…Pela qualidade, superficialidade, mas atualidade de seu editorial, e pela presença de um trio de colunistas, hoje dois, e sabe-se lá por quanto mais tempo os atuais dois resistirão.A colunista que partiu foi DANUZA LEÃO, que nos seus 80 anos altos, um dia e apenas disse, “encaretamos” e depôs o lápis, caneta, laptop…Resistem a MARTHA MEDEIROS, gaúcha de Porto Alegre, ingressando nos 60, fala do cotidiano e suas mazelas, já vendeu mais de 1 milhão de exemplares de seus livros, mas, e em suas últimas crônicas, revela um cansaço compreensível, mas, precoce.E o terceiro, em pleno brilho, BRUNO ASTUTO, até 3 anos atrás contratado da GLOBO e participante do programa de ANA MARIA BRAGA, casado com o estilista SANDRO BARROS desde 2014, da cidade de ITAPETININGA, no interior de São Paulo, formado em direito, fala seis idiomas e ainda escreveu muitos livros.Numa de suas últimas colunas na revista ELA, de O GLOBO, comenta sobre a “SISSIMANIA” que ameaça invadir o Brasil e o mundo, com sucessivas manifestações nas plataformas de streaming daquela que foi, além da princesa bávara ELISABETH WITTELSBACH, imperatriz da ÁUSTRIA, nos 1800, e campeã absoluta das sessões da tarde no Brasil. Diz que nas atuais releituras, devidamente climatizadas e contextualizadas, tem de tudo e muito mais.E finaliza sua crônica com reflexão da maior importância e que agora compartilhamos e refletimos com vocês, em nosso território de negócios e business.Diz BRUNO, e falando especificamente sobre a SÉRIE de seis episódios, alemã, SISSI: “A série é entretenimento dos bons e tem seus recursos naturais de dramaturgia. Mas, à moda das telebiografias contemporâneas do streaming, é mais uma obra que contraria a máxima do escritor francês MAURICE DRUON, que recomendava NÃO JULGAR A HISTÓRIA COM OS OLHOS INSTRUÍDOS DE HOJE, MAS COM OS CEGOS DE ONTEM…”. E conclui BRUNO, “NÃO SERÁ REINVENTANDO O PASSADO QUE CORRIGIREMOS A ROTA DO FUTURO. ATÉ MESMO PARA SABERMOS ONDE FOI QUE ERRAMOS, E NÃO REPETIRMOS AS TRAGÉDIAS QUE NOS TROUXERAM ATÉ AQUI…”. Perfeito, mas não suficiente. Mas que importante seguirmos aprendendo com os erros, mas, e desta vez, o passado chegou ao fim e o presente está próximo de terminar também.Todos precisamos acelerar nossos passos para um grande e consistente salto em direção a um futuro absolutamente novo e desconhecido, mas, mais que fascinante e irresistível.O conhecimento que coletamos em nossas trajetórias pela vida seguirá conosco e formam nosso raciocínio, discernimento e sensibilidade. Mas, o futuro, novo como jamais qualquer outro futuro foi, precisa ser escrito a partir de agora, já, e do começo. Do zero! 2 – TENTANDO FAZER CABER EM BOLSO CURTOSe nas condições anteriores as pessoas não conseguem comprar, e dentre outras soluções, uma delas é reduzir o tamanho. É o que vem acontecendo com produtos, com as indústrias reduzindo o tamanho das embalagens, e agora com as viagens de turismo.Outros destinos, ao invés de 15 dias, 1 semana, 4 dias, fim de semana, para que os negócios se sustentem e continuem.A maior empresa do setor, que praticamente pegou duas gerações de brasileiros pelas mãos, estimulou e ensinou a viajar, a CVC, em recente coletiva de imprensa, de seu presidente, LEONEL ANDRADE, manifestou-se nessa direção.Segundo a CVC, com a inflação, os juros básicos em alta, com a crise ferrada em decorrência da pandemia em que mergulharam os diferentes elos da cadeia de valor, muito especialmente os três principais: empresas de transporte, serviços de hospedagem, e empresas de turismo, vivemos uma espécie de furacão, de tempestade perfeita, debilitando todos os elos da cadeira e tornando os passeios mais caros para clientes com menos dinheiro.É isso, aconteceu. É arregaçar as mangas e reconstruir um setor de atividades devastado brutalmente por acúmulo e superposição de crises. 3 – A TAL FOTOGRAFIAUma primeira fotografia tirada pela ABVE – Associação Brasileira do Veículo Elétrico, mais ANFAVEA, mais FENABRAVE e GREEN, revela a realidade do negócio de veículos elétricos no Brasil.Essa primeira fotografia refere-se ao ano passado, 2021. Quase uma espécie de primeiro ano de uma nova realidade em processo de construção e crescimento.Do estudo, divulgado pela FOLHA, no especial TERRA O PLANETA IMPORTA, separamos e comentamos com vocês alguns dados e nuances dessa primeira fotografia.Vamos começar pelo tamanho da frota que encontrava-se rodando pelo Brasil no dia 31 de dezembro de 2021: 87 mil veículos, entre automóveis, utilitários, SUVs e comerciais leves e eletrificados. Ou seja, um número ainda muito pequeno, mas mais que suficiente para algumas análises e entendimentos. Agora, os detalhes: Especificamente no ano de 2021 foram vendidos 34,9 mil veículos eletrificados. O grande salto aconteceu na frota de caminhões elétricos das empresas. 1.100% em relação ao que era um ano antes e em consonância pelo crescimento e adesão às políticas de ESG de muitas e importantes empresas. A tendência neste ano de 2022 segue sendo a de forte crescimento. Em março de 2022, um crescimento nos emplacamentos de 106% em relação a março de 2021. O que significa um total de e 3.851 veículos. Especificamente no território dos carros: A régua, o modelo de entrada e mais barato custa ao redor de R$160 mil. Na outra ponta, um Porsche, por exemplo, ultrapassa os R$1 milhão. No capítulo das estimativas, as projeções dizem que 62% da frota dos zero quilômetros no ano de 2035 será de carros elétricos. Ainda dois outros dados relevantes da fotografia dizem que hoje já são 1.250 estações de recargas públicas e semipúblicas para veículos elétricos no País. E que 18 ônibus totalmente elétricos rodam na cidade de São Paulo… Ou seja, amigos, e a partir desta fotografia, começamos a testemunhar e tangibilizar o nascimento e os primeiros contornos de um NOVO BUSINESS. O dos veículos movidos a eletricidade. Na música de CAETANO, “TERRA”, ele diz: “Quando eu me encontrava preso na cela de uma cadeia, foi que vi pela primeira vez as tais fotografias…”.Mais ou menos o que acontece com todos nós. Depois de mais de 100 anos presos e dependentes da cadeia de veículos movidos a combustíveis fósseis, começamos a ver os primeiros contornos de um novo mundo de veículos movidos a eletricidade. E na música CAETANO, assinalada: “Porém lá não estavas nua e sim coberta de nuvens…”. Mais ou menos o que acontece com nossos primeiros sentimentos, cobertos de nuvens e dúvidas, sobre esse novo negócio. 4 – MCDONALD’S, OU, QUANDO PICANHA É UMA MERA CITAÇÃONo mundo das FAKE NEWS, até mesmo gigantes que jamais precisariam recorrer a esse expediente, fraquejam, caem em tentação, e pisam, mediocremente na bola.Quando uma empresa do sucesso e marketing de excepcional qualidade recorre a utilização de uma palavra consagrada e que tem um único sentido, todos acreditam e, se gostam, compram e repetem.E aí o MCDONALD’S decidiu apropriar-se do código PICANHA para um de seus sanduíches, e incluiu o Mc antes, nascendo o McPicanha.Tudo não passava da adição de um molho. De PICANHA, apenas a palavra e apelo a uma suposta olfativa ou degustativa capaz de produzir solenes imaginações.Porém, no lançamento e campanha, comportou-se como se estivesse usando picanha no McPicanha, generosamente.Denúncia em cima, e todos os órgãos responsáveis mais que cobrando explicações do Mc. E aí o Mc deu a mais esfarrapada das explicações diante desse comportamento lamentável. Disse: “Os novos McPicanhas têm esse nome justamente para proporcionar uma nova experiência ao consumidor, oferecendo sanduíches inéditos com um sabor mais acentuado de churrasco…”. WHAT? CHURRASCO… Mas chama-se picanha?!E completava a picaretagem, dizendo: “Os lançamentos trazem a novidade do exclusivo molho sabor picanha – com aroma natural de picanha – uma nova apresentação e um hambúrguer diferente em composição e em tamanho…”. Aproveitando a picaretagem, talvez o Mc pudesse aproveitar o ensejo, e em caráter de purgação de culpas lançar toda uma linha denominada de McFakes… 5 – O SER HUMANOQuanto vale uma fraude? Depende, mas jamais alguém conseguirá definir com justeza e precisão seu valor.COPA DO MUNDO de 1986. Depois de vencer a Coreia do Sul por 3 a 1, empatar por 1 a 1 com a Itália, e vencer a Bulgária por 2 a 0, a seleção da Argentina chega às oitavas de final e tem pela frente a toda poderosa Inglaterra.Aos 6 minutos do segundo tempo MARADONA é lançado, e entre o goleiro, PETER SHILTON, e o zagueiro, STEVE HODGE, mais baixo que os dois em pelo menos 20cm, decidiu golpear a bola com a mão e fazer o gol. Vendo que o juiz não percebera e corria para o meio campo, conclamou seus companheiros de seleção a abraçá-lo e comemorar o gol.Para compensar a falcatrua, quatro minutos depois pegou a bola no meio do campo, driblou a defesa inteira da seleção inglesa e fez um dos mais emblemáticos e aclamados gols de todas as copas.Antes de partir, e no documentário realizado no ano de 2019, sob a direção de ASIF KAPADIA, MARADONA relaciona o uso da mão à GUERRA DAS MALVINAS. Declara:“Nós, argentinos, não sabíamos o que os militares estavam fazendo. Diziam que estávamos vencendo a guerra quando, em verdade, estávamos sendo goleados por 20 a 0. Não deu para engolir. A partida era como se fossemos retomar a guerra. Não tinha a intenção, mas, instintivamente, recorri a minha mão. A sensação, confirmado o gol, foi de vingança simbólica contra os ingleses. Dias depois a ARGENTINA sagrava-se campeã mundial de futebol na COPA DO MÉXICO, com um gol de mão.No ano passado, PAOLO SORRENTINO, um dos melhores diretores de cinema da atualidade, resgatou a passagem histórica de MARADONA pelo NAPOLI, num time inesquecível, e ainda com a presença dos brasileiros Alemão e Careca. Contando sobre sua vida, sobre o orgulho que o craque trouxe de volta ao time da cidade, e dando ao filme o título de É STATA LA MANO DE DIO…GIULIANI, RENICA, FERRARA, CORRADINI (ou BARONI), FRANCINI, ALEMÃO, DE NAPOLI, FUSI ou CRIPPA/ROMANO, MARADONA, CARNEVALE (ou GIORDANO), e, CARECA. Esse o time que fez a cidade resgatar, durante anos, muito do orgulho de seus cidadãos.Na Copa seguinte, a de 1990, na ITÁLIA, e em plena campanha de FAIR PLAY promovida pela FIFA e em decorrência do GOL DE MÃO DE MARADONA, o astro voltou a recorrer a MÃO DE DEUS. Impediu que sua seleção sofresse um gol contra a RÚSSIA. O juiz sueco ERIK FREDRIKSSON não viu, e, “segue o jogo”. Talvez, e para os juízes, MARADONA, além de craque espetacular, tivesse uma mão invisível.Toda essa história se conclui, por enquanto, no valuation de tudo o que aconteceu.A camiseta que MARADONA usava quando marcou o GOL COM A MÃO, contra a INGLATERRA, usando, segundo ele, A MÃO DE DEUS, foi leiloada pela casa de leilões de Londres, a SOTHEBY´S, leilão concluído numa quarta-feira, 4 de maio de 2022. Superando todas as estimativas iniciais foi arrematada por £7.142 milhões, o equivalente a aproximadamente R$45 milhões no dia.Em todas as pesquisas realizadas a respeito do lance histórico, MARADONA foi totalmente perdoado. A quase totalidade dos respondentes colocou a culpa no juiz…“Sem querer, instintivamente, MARADONA, viu sua mão deslocar-se em direção a bola e não teve como evitar…”.PS – Em entrevista, e explicando sua decisão de filmar “É STATA LA MANO DE DIO”, talvez PAULO SORRENTINO tenha antecipado a razão de nosso comportamento complacente em relação a falcatruas. Disse, “Há uma clara conexão entre a morte de meus pais e minha decisão de me tornar um cineasta. A única coisa que me ocorreu para suportar o que aconteceu foi criar realidades paralelas que me permitissem fugir da realidade.”“Realidades paralelas…”.Assim somos nós? 6 – CONSERTANDO-SE É QUE SE PIORAMuitas vezes, na vida, e por melhores que sejam as intenções, por mais óbvias que pareçam ser as soluções, na tentativa de se corrigir é que se exacerba a dimensão do problema. Não é comum acontecer – mas não é raro – se não existe um mínimo de sensibilidade e raciocínio para embasar decisões, e acaba se agindo sem dimensionar as verdadeiras e reais consequências.Não tão comum nas decisões que envolvem a coletividade, mas relativamente comum nas empresas onde decisões são movidas, além de critérios profissionais e técnicos, por brigas internas, paixões, vinganças, perseguições, e muito mais.O exemplo que acaba de ser dado ao mundo aconteceu nos Estados Unidos, e na apuração dos verdadeiros resultados de uma campanha que tentava diminuir o número de acidentes nas estradas. Conforme compilação e relato do biólogo FERNANDO REINACH em sua coluna semanal no ESTADÃO. A campanha – que também acontece em algumas estradas do Brasil – recorre a colocação de luminosos, preferencialmente nos primeiros quilômetros das estradas – informando aos motoristas o número dos acidentes e mortes do último mês.Um dos estados americanos, o TEXAS, decidiu mostrar essa informação nas 900 placas espalhadas por suas estradas, apenas em uma semana por mês, e deixar o luminoso apagado nas outras três.Aí, cientistas e pesquisadores confrontaram todos os acidentes ocorridos desde a existência desses luminosos, a partir do ano de 2010 até 2017. E a distância em que ocorreram os acidentes.E aí, surpresa! Quando os luminosos estavam ligados, e assim os motoristas informados e alertados sobre o número de acidentes e mortes, o número de acidentes crescia em 4,5 vezes…Conclusão, as placas ou luminosos, ao invés de diminuírem, aumentaram os acidentes no TEXAS para 2.600 acidentes por ano, 16 mortes decorrentes, e um prejuízo de US$377 milhões.Semelhantes estudos e reflexões deveriam ser feitas de maneira recorrente nas empresas, e muito provavelmente se chegaria a semelhantes ou piores conclusões.Por melhor que sejam as intenções – e se verdadeiramente forem –, e como diziam, nossos avós, é o que mais se encontra no inferno. Lembram dos pitos que levávamos: “O inferno está cheio de boas intenções”.Todo cuidado, calma, sensibilidade, e acima de tudo procurar-se entender além dos riscos aparentes os subjacentes, também, é pouco. 7 – UM NOVO CICLO? Aparentemente, as novas empresas de sucesso têm um ciclo de vida bem mais curto. Se não conseguir inovar se reinventando a cada 10 anos, terá imensas dificuldades em completar os 20.Uma das melhores empresas das últimas décadas, uma lição espetacular de inovação, competência, capacidade de realização, a NETFLIX, encontra-se neste momento numa encruzilhada, ou encerrando seu primeiro ciclo. Depois de 23 anos de existência, chegou no mês de outubro de 2020 a ser a 23ª maior empresa do mundo.Lá atrás apostou numa possibilidade decorrente das conquistas da tecnologia, o STREAMING, o que nenhum dos BIG PLAYERS ousara fazer, e para chegar lá financiou-se recorrendo a locação convencional de DVDs, entregues casa a casa nos ESTADOS UNIDOS. Deu certo, decolou, criou um novo mercado, gol de placa daqueles verdadeiramente espetaculares.Como mais que previsto, todos vieram atrás, e ingressou na nova década cercada por todos os lados. E ainda, coisa que poucos vem comentando, pela revanche dos piratas. Mais adiante nesta análise falo sobre isso.O fato é que pela primeira vez e no primeiro trimestre de 2022, a NETFLIX confessou que sua base de clientes começa a derreter. Pela primeira vez em sua história, embora permaneça na liderança destacada com mais de 200 milhões de assinantes, agora já vê a AMAZON PRIME encostando em seu calcanhar, com os demais concorrentes em seguida. E assim, e confessando publicamente que o modelo precisa ser revisto, que não consegue mais sustentar a liderança só com assinaturas face a ação de mais de uma dezena de concorrentes – sem falar das revanches dos piratas – decide ter uma opção de assinatura grátis com venda de publicidade. Ao comentar a primeira queda no número de assinantes, o criador e líder da NETFLIX, REED HASTINGS, declarou, já antecipando novidades e mudanças: “Pense em nós como bastante abertos a oferecer preços ainda mais baixos com publicidade…”.De verdade, mesmo, o grande desafio da NETFLIX e de todas as demais plataformas de streaming é a REVANCHE DOS PIRATAS.Antes da NETFLIX e demais plataformas de streaming, os piratas deitavam e rolavam vendendo cópias piratas dos filmes, shows e demais espetáculos, por todas as principais esquinas do mundo.Aí chegou o streaming, e as pessoas gradativamente foram abandonando as cópias piratas. Com o mesmo dinheiro de duas ou três cópias piratas faziam uma assinatura da NETFLIX e recebiam em suas casas conteúdos de ótima qualidade, numa quantidade mais que suficiente para ocupar as horas disponíveis para o lazer. E assim em poucos anos, os piratas viram seu ex-próspero negócio cair a níveis insignificantes.Mas, não descansaram. E voltaram com uma espécie de versão streaming da pirataria.Por menos de US$ 10,00 por mês, ou R$ 50,00, oferecem milhares de filmes, documentários, o conteúdo das principais plataformas de streaming, filmes em lançamento nos cinemas, novelas e séries de TV, canais de pay-per-view, e muito mais. E o número de piratas da geração streaming cresce numa velocidade maior do que os piratas da geração DVD.É isso, amigos. Não apenas a NETFLIX encontra-se numa encruzilhada. Todas as demais plataformas, também. E assim e a partir de agora, começaremos a assistir uma nova caça aos piratas que, caso não sejam contidos, poderão inviabilizar não apenas a líder NETFLIX, como todas as demais. 8 – UMA LIDERANÇA DE MAIS DE 250 ANOSLUDWIG VAN BEETHOVEN nasceu o dia 17 de dezembro de 1770, na cidade de BONN, e despediu-se aos 56 anos, na cidade de Viena. JOHANN SEBASTIAN BACH é da cidade de EISENACH, 31 de março de 1685 e despediu-se em LEIPZIG, 28 de julho de 1750.Já WOLFGANG AMADEUS MOZART é de SALZBURGO, 27 de janeiro de 1756, despedindo-se em Viena no dia 5 de dezembro de 1791.E FRÉDERIC FRANÇOIS CHOPIN, o último dos quatro grandes compositores clássicos, sem desmerecer os demais, foi o que chegou depois. Da Polônia, cidade de ŻELAZOWA WOLA, 22 de fevereiro de 1810, despedindo-se em Paris, 17 de outubro de 1849.Assim, os quatro viveram num período que vai de 1685 a 1849, aproximadamente 150 anos. E o sucesso alcançado por todos, tem muito a ver com aquele momento do mundo, o clímax de alguns reinados e monarquias, as cortes, e a invenção do piano, documentada no ano de 1711, no GIORNALE DEI LITTERATI D´ITALIA, quando apresentado ao mundo na cidade de FLORENÇA por seu inventor BARTOLOMEO CRISTOFORI.O piano teve para música um impacto e uma disrupção comparável ao que o computador vem tendo para pessoas e empresas. Sem o piano não conseguiríamos fazer este comentário, mesmo porque não sei se conheceríamos a genialidade dos quatro grandes compositores.Mas, e além da referência à disrupção provocada pelo piano na história da música, meu comentário refere-se, também, a pesquisa realizada pela BBC, com 151 dos principais maestros do mundo, procurando conhecer qual composição gostavam mais de reger.E deu BEETHOVEN na primeira colocação com a SINFONIA de número 3 e mais conhecida como EROICA, vindo na segunda posição, também BEETHOVEN, com a 9ª em ré menor, empatado com MOZART, com a 41ª em ré maior, mais conhecida como JÚPITER e do ano de 1788.Ou seja, e na preferência dos maestros, BEETHOVEN ocupa a primeira colocação.Na relação completa da BBC, nas escolhas das 20 preferidas de 151 dos principais maestros do mundo, BEETHOVEN aparece 5 vezes com 5 composições diferentes. Na sequência BRAHMS com 4. MAHLER com 3. MOZART e BRUCKNER com 2. E com 1 BERLIOZ, TCHAIKOVSKY, SIBELIUS, SHOSTAKOVICH.Talvez, e a essas alturas do nosso comentário muitos de vocês devam estar se perguntando porque estamos falando tanto, e volta e meia referimo-nos a música clássica e principalmente a orquestra sinfônica e aos concertos.Porque aprendemos com nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER ser a orquestra sinfônica o melhor BENCHMARK para todas as empresas e sempre.A referência em que todas e sempre deveriam se inspirar.Sem uma partitura de qualidade – um planejamento –, nenhuma empresa chega a canto algum. Apenas produz ruídos e barulhos… 9 – QUERIDA, APEQUENEI A CASAE assim, e na constatação que já não precisamos de discos, revistas, jornais, livros, panelas, fogões de 4 e 6 bocas, geladeiras grandes, de garagem, e tudo o mais, podemos morar na metade do espaço em que sempre moramos. Isso de um lado.De outro, e já que o Brasil se encontra parado há quase duas décadas, e o dinheiro encurtando pela inflação, agravada por um estado que não para de crescer e avançar, decidimos não ter filhos – um no máximo – compensando com um pet – de preferência um cão, e morar estrategicamente na melhor localização. Decidimos morar em minis ou microrresidências. Mais ou menos esse o manifesto de uma geração não necessariamente agrupada pela idade, mas pelo pensamento e ação.E assim, 250 mil lançamentos de pequenos, minis e microimóveis pontuaram o mercado imobiliário do Brasil nos últimos anos. E onde a grande referência em termos de incorporadora, destacada e a perder de vista de todos os demais competidores, é a MRV. E aí aconteceu a pandemia. E muitos dos milhares e vendidos e embora prontos, seguiam desocupados, e agora começa uma grande marcha na chegada das famílias.Nos próximos anos todos aprendendo a morar em prédios de corredores gigantescos, muitas portas lado a lado, barulho vazando pelo drywall, e filas nos elevadores nos horários de pico. Uma espécie de novos infernos nas torres. As pessoas terão que se acostumar com essa nova realidade… Conseguirão? 10 – A SOLUÇÃO SERIA AUMENTAR O DESAFIO? POUCO PROVÁVEL!Até hoje, dentro de critérios tradicionais e consagrados, o QUINTO ANDAR é uma empresa que ainda não se provou. Segue distante de qualquer vestígio de lucro. Embora um de seus fundadores, em entrevista a DINHEIRO tenha dito, quando perguntado se a empresa é rentável… Depende…“Depende do ponto de vista. Temos uma métrica para avaliar se cada transação que fazemos está contribuindo com o faturamento. Queremos captar esses benefícios hoje, ou podemos esperar pelos mesmos mais no futuro? Vamos crescer, temos benefícios de escala, os negócios são lucrativos e usamos isso para financiar coisas novas…”.Ou seja, não respondeu e a resposta é NÃO!O que conta é a última linha e a última linha segue num vermelho vivo quase roxo… E já que o modelo original não consegue trazer resultados, dar lucro, revisão no modelo e um primeiro enxugamento de pessoal.Agora e depois do reposicionamento a ideia é fazer do QUINTO ANDAR um grande MARKETPLACE nacional de imóveis, ou seja, outro business.Segundo GABRIEL BRAGA, o fundador que concedeu a entrevista, “Sozinhos não conseguiremos agregar todos os imóveis em cada canto do Brasil. Os sites gigantes de comércio eletrônico, para serem lojas que têm tudo precisam de parcerias com lojas off-line para disponibilizar os mais diversos produtos. Da mesma maneira, os imóveis não precisam estar só com a gente…”.GABRIEL esqueceu-se que IMÓVEL não tem nada a ver com os demais produtos que os marketplaces comercializam. E assim, o usar-se o mesmo raciocínio é no mínimo superficial e inconsistente.Segue o UNICÓRNIO QUINTO ANDAR em busca de uma solução… A pergunta que todos se fazem é se existirá o tempo necessário para encontrá-la… Se é que existe?! DRUCKER´S MONTHLYNa lição e ensinamento deste mês, de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER, o resgate do conceito de “AUTÊNTICA ALEGRIA” introduzido por BERNARD SHAW.“No correr de minha trajetória, criei e acrescentei algumas palavras ao ambiente corporativo: descentralização, trabalhador do conhecimento, gestão por objetivos, privatização… Esses termos deverão continuar sendo usados por muitos anos, como disseram quando me foi concedida a Medalha Presidencial da Liberdade. Mas a fama não é a única medida de uma vida. Assim, pretendo seguir fazendo o que fiz até agora e muito mais.” Um dos textos que mais me motivou, do Prêmio Nobel de Literatura, George Bernard Shaw, tratava disso. É o em que fala sobre a AUTÊNTICA ALEGRIA. Diz BERNARD SHAW: “Exaurir-se a um propósito que você reconhece como poderoso, essa é a autêntica alegria da vida. Ser uma força da natureza e não um torrãozinho febril e egoísta de aflições e queixumes, reclamando que o mundo não conspira para a sua felicidade. Acredito que minha vida pertença ao mundo e enquanto eu viver é meu dever fazer pela minha vida tudo o que puder. Pretendo exaurir-me por completo até morrer, pois quanto mais trabalho, mais vivo. A vida não é uma vela curta e fugaz. É uma tocha maravilhosa da qual me apoderei por instantes, e pretendo fazê-la brilhar intensamente e pelo maior tempo possível, para depois entregá-la às futuras gerações.”Esse nosso adorado mestre, citando BERNARD SHAW, e falando do sentido da vida.Todos nós o tempo todo preocupados e cuidando do legado para todas as gerações que vierem depois.
butnews

Outubro 2022

BUT PRESS 017 – OUTUBRO 2022 Síntese mensal das principais movimentações, acontecimentos, registros no ambiente de negócios do Brasil e do mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados, análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing ― a única empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior dos mestres da gestão e dos negócios, Peter Ferdinand Drucker. 1 – AMBEV, MARKETPLACE VERTICAL, OU, BEBIDAS MAIS DERIVADOS OU ANEXOS E aí deu vontade de beber uma cervejinha. Dentre as visitas, duas que preferem uma caipirinha ou um outro destilado.E para acompanhar é preciso da batatinha, do pistache, do queijo, e um chocolatinho para arrematar… É exatamente aí que a NOVA AMBEV pretende atuar. Anunciando o reposicionamento da empresa, com uma pequena e consistente ampliação de foco, JEAN JEREISSATI, presidente da AMBEV, detalhou todas as novidades. Justificando, disse, “Falar que somos uma empresa de bebidas já não nos representa mais inteiramente… O mundo foi para o varejo online, se digitalizou e estávamos preparados quando a pandemia aconteceu…”. Hoje a AMBEV já tem parcerias fechadas com a BRF, M. DIAS BRANCO, PERNOD RICARD, BEAM SUNTORY, e vende junto com suas cervejas o salaminho, o biscoito e a vodca… Tudo bem, uma ampliação dentro de seu negócio e com produtos afins, e serviços complementares, mas, se todos os cuidados não forem tomados, brevemente cairá em tentação, e ingressará no território de vender TUDO PARA TODOS… E aí, e definitivamente, não vai dar certo… 2 – COMO MAIS QUE PREVISÍVEL, QUINTO ANDAR CAI NA REAL 20% dos 4.000 foram desligados. Muito provavelmente novos cortes virão na sequência. A mágica que supostamente a QUINTO ANDAR teria alcançado não se traduz na prática, e agora descobre das razões e motivos pelos quais esse mercado sempre foi de grandes desafios e baixa rentabilidade, além de contar com a força de vendas – corretores de imóveis – que trabalhavam de forma independente e sem remuneração. Imaginava que tinha reinventado o business, mas não tinha, não. Apenas flutuava numa nuvem de suposta inovação e que agora vai ficando pelo caminho. Em todas as notícias que divulgou até hoje desde sua criação não conseguimos encontrar, em qualquer uma delas, a palavra LUCRO… Parece tratar-se de uma instituição de benemerência, assim como parcela expressiva das empresas da NOVA ECONOMIA. E também não estão num campeonato de elegância. Ao contrário. Esmeram-se para ver quem engorda mais! 3 – MAKRO, ATO FINAL Depois de 50 anos, a rede de atacado MAKRO, uma das pioneiras no território, prepara-se para sua despedida do País. Depois de vender 28 lojas para o CARREFOUR em 2020, ficou com 24 lojas, todas no estado de São Paulo, e que já se encontram à venda desde o final do ano passado. Em verdade, organização emblemática e pioneira no atacado, acomodou-se a um País que imaginava hibernado e sonolento, e não se deu conta de uma nova concorrência, os ATACAREJOS, que ofereciam tudo o que o ATACADO vinha oferecendo, e, muito mais. Demorou para mudar e perdeu relevância. Quando decidiu se reposicionar, em 2018, migrando gradativamente para o ATACAREJO, era tarde demais. Novos e poderosos concorrentes já tinham tomado conta do mercado. Assim, e agora, prepara-se para seu último ato com a venda do que sobrou das lojas. E, se conseguir concluir o processo de venda, 2022 marca a despedida definitiva do MAKRO no BRASIL. Fundada no ano de 1968 pela SHV HOLDINGS, Amsterdã, investiu e cresceu no Brasil até 2020, momento em que decidiu jogar a toalha e dar-se por vencida. Chegou a ter 62 lojas por aqui, com presença em 23 estados, mas perdeu o tempo, errou o compasso, tropeçou no ritmo, e assim, e como mais que previsto, prepara-se para seu ato final, para sua despedida. 4 – VOO DE GALINHA Conforme mais que previsto, a ITA – ITAPEMIRIM TRANSPORTES AÉREOS – bateu asa, voou mediocremente como fazem as galinhas ­–, cancelou todos os voos previstos, ressarciu os que acreditaram em sua aventura no pior sentido, e agora informa ter sido vendida para uma empresa de consultoria, a BAUFAKER CONSULTING. Verdade, ou, “BAUFAKER?” Lembrando, CARNAVAL de 2020, JOÃO DORIA embarca com comitiva para DUBAI, enquanto a COVID invadia o Brasil, e na quarta-feira de cinzas, dia 12 de fevereiro, participa de uma reunião preparatória para a presença brasileira na EXPO DUBAI 2020 e que começaria no mês de outubro daquele ano, com uma duração prevista de 6 meses. Na volta da comitiva, e com as notícias da COVID já ocupando todas as plataformas, anuncia o maior negócio feito por sua comitiva. Um empréstimo de US$ 500 milhões para um empresário montar uma nova empresa aérea. SIDNEI PIVA, presidente da ITAPEMIRIM. Que ao chegar anunciou a ITA, com 35 aeronaves BOMBARDIER já encomendadas, prometendo a integração do transporte aéreo com o transporte rodoviário, e através dos ônibus da empresa. Permaneceu no ar com sua empresa aérea durante o período de 17 a 31 de dezembro de 2021, fazia 40 voos diários, e ao comunicar falta total e absoluta de caixa e determinando que seus aviões permanecessem em solo, deixou de honrar o compromisso das passagens vendidas a 47.887 passageiros. Ou seja, a ITA fez o mais trágico e lamentável VOO DE GALINHA jamais alçado por qualquer empresa aérea em toda a história da aviação. E agora, joga a toalha de vez, e informa ter sido vendida para uma empresa de consultoria, a BAUFAKER, — repetimos, será verdade, ou BAUFAKER? — é o que muitos se perguntam. Uma vez mais a ANAC, agência que regula o setor revela-se uma piada, e o negócio de AVIAÇÃO COMERCIAL, coisa pra empresários malucos e que adoram o risco total e definitivo. O índice de mortalidade de empresas aéreas, em 10 anos é de mais de 20%; em 20, mais de 40%. Em 30, mais de 60%; e em 50 anos, mais de 90%. E as que sobrevivem, definham… Mas tem empresário que ainda alimenta o sonho de ter uma empresa aérea. Vai entender? PS. Este comentário já estava concluído quando o ESTADÃO noticiou: “SEDE DA NOVA DONA DA AÉREA ITA ABRIGA NEGÓCIO DE CERCAS ELÉTRICAS…”. O ESTADÃO designou um de seus jornalistas para conferir e descobriu que a nova proprietária de uma “galinha” — suposta empresa aérea — é uma sala comercial de um cowork onde existe uma pequena empresa de segurança eletrônica. Mesmo assim, ainda tentou contato com a empresária responsável, ARETA HONDA BAUFAKER, e ouviu dos vizinhos da sala jamais terem visto essa senhora por lá. Prevalece, e agrava-se ainda mais, a conclusão que chegamos. A ANAC — Agência Nacional da Aviação Civil — criada para regular e fiscalizar as atividades da aviação civil e a infraestrutura aeronáutica no Brasil, instituída em 2005 e começando a atuar no ano de 2006 em substituição ao DAC — Departamento de Aviação Civil — é uma piada de péssimo gosto. Se os passageiros de avião do Brasil dependessem do rigor, competência e responsabilidade da ANAC jamais deveriam considerar subir em um avião. Em seu portal diz ser sua MISSÃO “garantir a segurança e a excelência da aviação civil”, e, autorizou, uma aventura no pior sentido. Autorizou uma empresa dizer-se EMPRESA AÉREA, e sair vendendo passagens para os desavisados, desprotegidos e enganados cidadãos brasileiros. Apenas lembrando, constrangidos e envergonhados todos nós brasileiros, e acima de tudo revoltados, ao se manifestar sobre essa piada supostamente empresa aérea, o presidente da ANAC, na sexta-feira, 17 de dezembro, JULIANO NOMAN, declarou: “Nós fomos pegos de surpresa. Não esperávamos que a companhia fosse parar…”. Quando o presidente de uma agência reguladora dá uma declaração patética e criminosa dessa, em tese uma instituição que jamais, em hipótese alguma, por sua missão e função, poderia SER PEGA DE SURPRESA, só resta aos brasileiros rezar e fazer promessas antes de cada embarque. Definitivamente, GOL, AZUL, e LATAM, não merecem ser regulada por essa instituição de quinta categoria. Que se autorregulem e gerenciem, em benefício de seus passageiros, e da continuidade do negócio. 5 – BOM DIA, SEKS A SEKS, finalmente, chegou e toma conta. SEKS. S de SHARING, E de ECONOMY, K de KNOWLEDGE, e S de Society. Economia SHARING, COMPARTILHA, NA FORMA. E, KNOWLEDGE, no CONHECIMENTO. Usamos, finalmente e mais, o que temos dentro de nossas cabeças, CONHECIMENTO — e nos somamos, mas aproveitando com graus maiores de eficácia os recursos disponíveis e dominados. Materiais e humanos. Por essa razão, que, JEREMY RIFKIN escreveu, e a M.BOOKS, do acadêmico do marketing, MILTON ASSUMPÇÃO, publicou e lançou no Brasil, no ano de 2015, o espetacular livro SOCIEDADE COM CUSTO MARGINAL ZERO – THE ZERO MARGINAL COST SOCIETY. Faltava um grande teste. E, doloroso em si, a PANDEMIA DA COVID, mais que comprovou que já ingressamos na SEKS. Economia que se organiza de forma compartilhada tendo como base o conhecimento. Se vivo, DRUCKER diria, A EFFICACY ECONOMY. A ECONOMIA DA EFICÁCIA. Finalmente chegamos lá. Semanas atrás TIM HARFORD publicou artigo da maior oportunidade no FINANCIAL TIMES, que VALOR e sua revista EU & FIM DE SEMANA teve a inteligência e generosidade de traduzir e publicar. Quem assina, a propósito, a ótima tradução, é a tradutora RACHEL WARSZAWSKI. O que nos revela TIM HARFORD. Vamos procurar fazer uma rápida síntese. HARFORD começa falando como era OXFORD, LONDRES, no apocalíptico mês de abril de 2020: “Não se encontrava nas ruas ensolaradas de OXFORD viva alma. Portas fechadas, um ou outro pedestre solitário ou desavisado ousava sair de casa… Esse era o clima, a cena. – O QUE EXISTIA POR TRÁS DAS PORTAS FECHADAS… Surpresa, “uma economia surpreendentemente resiliente. Na constatação dos economistas JANICE EBERLY, JONATHAN HASKEL, e PAUL MIZEN, a produção em termos de diminuição do que produzido nos locais de trabalho caiu em 23%; porém a produção real, caiu 13%! A constatação da existência de uma resiliência naturalmente embutida nas economias modernas. E onde reside e se fortalece essa resiliência? Na capacidade que milhões de pessoas encontraram de realizar suas tarefas — no todo ou em parte — de suas casas. A – Compartilhando suas conexões e competências via internet; B – Antes mais usadas para conversar, jogar e comprar, agora e também para trabalhar.- CAPITAL POTENCIALO trio de economistas definiu essa constatação e/ou descoberta de CAPITAL POTENCIAL. Que se manifestou 10 anos antes, onde as pessoas começaram a utilizar de forma inteligente e eficaz suas conexões em rede para melhorar o sistema e as formas de transporte, ocupar espaços ociosos, facilitando a vida de todos pelo compartilhamento. O fato de isso já ter acontecido, e encontrar-se em processo de escalabilidade e adesão, de certa forma, atenuou positivamente as decorrências mais que devastadoras que a pandemia teria. Não obstante a abordagem extremamente positiva dos três economistas e de TIM HARFORD, a pergunta que não quer calar, e que TIM coloca com alguma apreensão, é: Será que diante de um novo evento de semelhantes dimensões como vem sendo a COVID-19, a economia mundial ainda dispõe de algum CAPITAL POTENCIAL para resistir bravamente como acaba de acontecer? Muito especialmente agora que ingressamos no período de regulação de todas as infinitas e alvissareiras novidades da SEKS – Knowledge na/da Sharing Economy? É o que saberemos no correr desta década. 6 – TROPEÇOS NA LINHA DE CHEGADA Acidentes de percurso sempre podem acontecer. Revestem-se de maior gravidade quando acontecem próximos da linha de chegada. Onde empresas planejam-se, organizam-se e produzem praticamente durante todo um ano para uma data promocional, e, às vésperas da data, são flagradas como se costuma brincar, dizendo, com “batom na cueca”. Isso acabou de acontecer com a FERRERO, que dias antes da Páscoa teve que se defrontar com uma notícia procedente do exterior da contaminação de seus produtos infectados pela bactéria salmonela. Imediatamente a empresa veio a público para dizer que todos esses produtos, e que são fabricados em sua fábrica na Bélgica, jamais foram importados e comercializados no Brasil. Mas, e mesmo assim, a desconfiança mais que plantada na cabeça dos consumidores brasileiros, e prejuízos fortes muito especialmente em seu best-seller, os OVOS KINDER, que sempre brilharam mais na Páscoa, e que se caracterizam e diferenciam pela surpresa que trazem dentro, e que se revela no abrir. Mesmo sabendo que esses produtos jamais chegaram ao Brasil, como medida de segurança a ANVISA suspendeu a venda dos produtos KINDER importados. Ou seja, não suspendeu nada mesmo porque não são importados, mas foi a forma como a ANVISA encontrou para alertar as pessoas. Mesmo vindo a público e reiterando que os produtos KINDER vendidos no Brasil não procedem de sua unidade na BÉLGICA, os prejuízos ainda não contabilizados, certamente serão grandes. O que fazer-se em crises como essa, e que acontecem a poucos metros da linha de chegada? Grosso modo, nada em relação a efeméride e data promocional. Respirar forte e engolir o prejuízo, mas, na sequência e rapidamente aferir o grau de contaminação da MARCA, e executar um plano de recuperação e resgate da imagem e da marca. Tipo, operação, dependendo da dimensão dos estragos, tipo, BRANDING AFTERMATH, mais conhecida no Brasil como OPERAÇÃO RESCALDO… 7 – QUEM PRETENDE ESCALAR NÃO INVESTE EM MERCADO DE NICHO Lemos no ESTADÃO uma matéria de meia página falando sobre a adesão de novas marcas ao negócio de XAMPUS EM BARRA. Isso mesmo, como se fossem sabonete. Um dos primeiros movimentos com maior consistência, mesmo porque se fez presente em shopping centers e lojas de rua em lugares onde se constroem marca, como, e por exemplo, a OSCAR FREIRE, em São Paulo, foi a LUSH que se posicionava como FRESH HANDMADE COSMETICS. E que encerrou suas atividades no Brasil, no dia 31 de agosto de 2018, por uma suposta briga entre acionistas, mas que, e em verdade, o negócio não parava em pé economicamente diante da ambição de seus investidores e baixa receptividade pelo custo do produto no Brasil. No anúncio dizia: “Um enorme agradecimento a todos os nossos clientes apaixonados pela marca”. No título, e, no texto: “Desde que anunciamos o encerramento da LUSH no Brasil, recebemos muitas mensagens carinhosas e milhares de pedidos de compra em nosso site. Você poderá continuar comprando seus produtos favoritos e saber mais sobre nós pelo site uk.lush.com…”. Isso posto, xampu em barra segue sendo um negócio de nicho, e insere-se no território da chamada CAUDA LONGA. Assim, quando o ESTADÃO diz que “os xampus e condicionadores em barra já estão literalmente na cabeça dos brasileiros”, comete, no mínimo, um exagero. Deveria acrescentar a palavra poucos, na cabeça de poucos brasileiros e seguirá sendo um negócio de nicho. Onde pequenas empresas podem sobreviver. Prosperar e converter-se num BIG BUSINESS, jamais. 8 – RELÓGIO ERA PARA HORAS, CELULAR PARA VOZ… A forma, a localização, a portabilidade, redefiniu radicalmente a função. E assim, relógios que prestavam exclusivamente os serviços das horas, eventualmente contabilizando segundos e minutos, e celulares que eram para João falar com Maria, converteram-se em plataformas monumentais de prestação de serviços. Mas, os resistentes insistem e assim seguirão até o final. Assim como e ainda em algumas solenidades, tipo Academia, seus membros usam fardões, em algumas festas exige-se a presença do smoking e do vestido longo, de ternos, de roupa social, mas, na quase totalidade, mais de 90%, desde que não vá pelado, cada um vista-se da melhor maneira que julgar e decidir. Mas, as mais tradicionais marcas de relógios do mundo, tentam resistir não fazendo a menor concessão. Mergulham sem possibilidade de retorno e sobrevivência mais adiante, na chamada CAUDA LONGUÍSSIMA, e frequentada pelos milionários velhos — não apenas de idade, mas, e principalmente de cabeça. Na última feira de relógios de GENEBRA, SUÍÇA, a mais tradicional dos velhos e tradicionais relógios de pulso, isso mesmo, aqueles que continuam sendo vendidos por milhares de dólares para exclusivamente informarem as lojas contra os que são vendidos por US$ 20 a 30 e salvam vidas pelas infinitas informações que fornecem, além das horas, as novidades — todas — são na direção de um mergulho ainda mais profundo em direção ao fim. Em matéria de O GLOBO sobre o evento, com material fornecido pela FRANCE PRESS, o relato do evento diz, “Diamantes de laboratório, resíduos plásticos ou impressão 3D foram algumas das inovações apresentadas no mês de março no mais tradicional evento do setor”. Segue a matéria que termina dizendo, “A TAG HEUER, do grupo de luxo LVHM, dono da LOUIS VUITTON, usou diamante cultivados em laboratório num de seus modelos mais emblemáticos. As pedras obtidas em processos químicos, foram usadas para criar uma textura com formas únicas que permitem a criação de jogos de luz no centro do relógio. Preço, a partir de US$ 380 mil… Enquanto isso, no e-commerce da AMAZON BRASIL, o anúncio do relógio ZODVBOZ, inteligente, masculino, desportivo, à prova d’água, rastreador de atividades com monitor de frequência cardíaca, tela sensível ao toque, chamada de bluetooth nos sistemas iOS, Android, entrega grátis, por R$ 125. Um relógio que, mais que fornece os serviços das horas, salva vidas. Mais ou menos, US$ 25. Que mundo! 9 – DIVERSIFICAÇÃO CONSISTENTE Ao apresentar seus dados referentes ao ano passado, 2021, a MRV&CO revela sua principal virtude: DIVERSIFICAÇÃO CONSISTENTE. Rigorosamente dentro de um mesmo território. IMÓVEIS. Originalmente dependente exclusivamente de seu desempenho, hoje a MRV vê 49% de seus ótimos resultados decorrentes dos novos negócios originados e no mesmo território de atuação: AHS, URBA, LUGGO, SENSIA. Assim, e fechados os números de 2021, a MRV&CO não ostenta mais e apenas a coroa de MAIOR INCORPORADORA E CONSTRUTORA DA AMÉRICA LATINA, no território da habitação popular, mas converte-se na única plataforma habitacional multinacional e de origem brasileira. Uma empresa brasileira que foi em busca de novas conquistas em terras distantes, como faziam os navegadores portugueses, e, venceu. Na análise dos dados referentes a 2021, alguns pontos merecem especial destaque: – No conjunto das empresas, a MRV&CO alcançou um lucro líquido em 2021 da ordem de R$ 914 milhões; – PROGRAMA CASA VERDE E AMARELA, o programa original da empresa, foi responsável por 46% dos R$ 8,1 bi negociados pelo grupo de empresas; 66% maior que no ano anterior; – AHS RESIDENCIAL, incorporadora que trabalha o mercado dos Estados Unidos, presente em 19 cidades e 3 estados daquele país (Flórida, Geórgia e Texas), com um landbank avaliado em R$ 11,4 bi, teve um lucro de R$ 343,5 milhões, 19 vezes maior que o do ano anterior. – A URBA, loteamentos residenciais, vendeu 149% mais em 2021 em relação a 2020, totalizando um VGV de R$ 456 milhões. – E, ainda, a LUGGO, voltada para a locação de imóveis construídos especificamente com essa finalidade, que prepara-se para celebrar parcerias com grandes fundos estrangeiros. – E a SENSIA, com imóveis voltados para as faixas médias de renda… Ou seja, e hoje, para a surpresa de muitos, a MRV&CO é a grande referência do negócio de imóveis em nosso país, e um exemplo do que é uma DIVERSIFICAÇÃO ou AMPLIAÇÃO DE FOCO, sob total controle e com relevância. 10 – ESPECIALIZAÇÃO, E/OU, GENERALIZAÇÃO? Nos últimos três anos, onde o FESTIVAL DO “JÁ QUE” tomou conta de parcela expressiva de empresas em meio à euforia do DINHEIRO FÁCIL E EM GRANDE QUANTIDADE, boa parte, para não dizer a quase totalidade delas, perdeu o senso e saiu misturando especialização com generalização. Como nos ensinou e lembra nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER, cair-se nessa tentação costuma não dar certo. Diz o mestre:“Uma organização é eficaz somente quando se concentra em uma tarefa. A diversificação destrói a capacidade de desempenho de um estabelecimento, seja comercial, sindical, de ensino, hospitalar, comunitário ou religioso. A sociedade e a comunidade devem ser multidimensionais: são ambientes. Uma organização é uma ferramenta — e como tal, quanto mais especializada, maior sua capacidade de desempenho numa função específica”.OU,“Diferentemente da comunidade, da sociedade, ou da família, as organizações são formadas com um propósito e sempre serão especializadas. A comunidade e a sociedade são definidas pelos vínculos que unem todos os seus integrantes, como, idioma, cultura, história, localidade. Uma organização é definida por sua missão. A orquestra sinfônica não tenta curar doentes; toca música. O hospital é quem cuida de doentes, mas não se arrisca a tocar Beethoven”. Num final de semana deste segundo semestre de 2022, JEANE TSUTSUI, presidente do mais que tradicional e respeitado GRUPO FLEURY, deu, numa mesma entrevista, as seguintes declarações. Ao ESTADÃO, e à jornalista FERNANDA GUIMARÃES: A – “Estamos fortalecendo nosso posicionamento em MEDICINA DIAGNÓSTICA…” Perfeito, esse é a gênese do FLEURY. Irretocável, nota 10 com louvor, Mas, na sequência, e não resistindo as tentações da “SÍNDROME DO JÁ QUE”, diz: “Estamos fortalecendo nosso posicionamento em MEDICINA DIAGNÓSTICA, e, indo além… criando outros serviços para o paciente se manter engajado em sua jornada de saúde…”. WHAT? Agora o FLEURY é, também, ortopedia, oftalmologia, e tudo o mais que se revelar ótima oportunidade de investimento…?! E a isenção, como fica? Como a mais importante marca de LABORATÓRIO do País, agora também faz diagnósticos — não estamos contestando a qualidade — que, se os resultados definirem necessidade de tratamento oftalmológico ou ortopédico podem ser também atendidos por outra empresa do GRUPO FLEURY? Pior ainda. Diz JEANE, como se isso fosse certo do ponto de vista convencional da medicina, e não fosse um monumental equívoco em termos de business. “No caso da clínica de ortopedia, o grupo passou a oferecer uma consulta integrada com o diagnóstico, para não haver “tantas idas e vindas’, além da própria fisioterapia e da cirurgia, quando necessária. Isso possibilita uma melhor experiência como reduz o desperdício do sistema…”. Se o mais que competente e legendário LABORATÓRIO FLEURY fizer um competente e acurado exame no próprio FLEURY detectará, de forma inequívoca, uma quantidade preocupante do vírus do “JÁ QUE” correndo em suas veias e invadindo seu cérebro. DRUCKER´S MONTHLY E finalizando, a lição e ensinamento deste mês, de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER: “Uma organização é eficaz somente quando se concentra em uma tarefa. A diversificação destrói a capacidade de desempenho de um estabelecimento, seja comercial, sindical, de ensino, hospitalar, comunitário ou religioso. A sociedade e a comunidade devem ser multidimensionais: são ambientes. Uma organização é uma ferramenta — e como tal, quanto mais especializada, maior sua capacidade de desempenho numa função específica”. É isso, amigos, uma organização é uma ferramenta. E mais eficazes revelam-se as ferramentas, quanto mais especializadas forem… Que muitas das empresas que comentamos neste BUSINESS TRENDS PRESS, reflitam sobre…