Categoria: Negócio

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New York , State of mind, é inovar-se permanentemente

Se Inovar, permanentemente, é o tal dos segredos da eterna juventude, ou de se alcançar a imortalidade, não conhecemos nenhum outro exemplo melhor em todo o mundo que não seja NYC. Mesmo sendo – Manhattan, um pequeno terreno de 3 km de largura por 21 km de comprimento, é um espaço live, vivo, pulsante, instigante, em processo permanente de mudança. De longe, o maior museu de arquitetura moderna a céu aberto do mundo. Como dizia Tom Jobim, uma cidade para se visitar deitado na maca de uma ambulância com teto solar… Como nos ensinou na mais emblemática das canções que falam sobre a ilha Billy Joel, “New York State Of Mind”. Assim, mais uma ousadia foi dada como concluída meses atrás. A Steinway Tower, “The most slender skyscraper in the world”. Portanto, e antes de assistir qualquer filme ou série, hoje a noite, ou, depois, para relaxar, entre no YouTube e confira mais essa deliciosa maluquice e irresponsabilidade dela, NYC. Dezenas de reportagens documentando o evento. E, provavelmente, você vai querer ver mais de um… A esbelteza da Steinway deixa nervosos e inquietos alguns dos melhores arquitetos do mundo. Uma relação altura-largura de tirar o fôlego, e em termos de altura só perde na ilha para o One World e para o The Central Park Tower. E não para por aí. Mais e muitas novidades a caminho na cidade que nunca dorme. NYC, benchmark obrigatório para todos os nossos negócios. Inovar ou morrer, ou, o preço da sobrevivência é a permanente inovação. Assim como, e por assim ser, repetimos, a cidade que nunca dorme.
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Makro, ato final

Depois de 50 anos a rede de atacado Makro, uma das pioneiras no território, despediu-se do Brasil. Vendeu 28 lojas para o Carrefour em 2020, ficou com 24 lojas, todas no estado de São Paulo, e que também foram colocadas à venda. Em verdade, organização emblemática e pioneira no atacado, acomodou-se num país que imaginava hibernado e sonolento, e não se dando conta de uma nova concorrência, os Atacarejos, e que ofereciam tudo o que o Atacado vinha oferecendo, e, muito mais. Demorou para mudar e perdeu relevância. Quando decidiu se reposicionar em 2018, migrando gradativamente para o Atacarejo, era tarde demais. Novos e poderosos concorrentes já tinham tomado conta do mercado. Assim, realiza seu ritual de passagem com a venda do que sobrou das lojas. E sem conseguir concluir o processo de venda, 2022 marcou a despedida definitiva do Makro no Brasil. Fundada no ano de 1968 pela SHV Holdings, Amsterdã, investiu e cresceu no Brasil até 2020, momento em que decidiu jogar a toalha e dar-se por vencida. Chegou a ter 62 lojas por aqui, com presença em 23 estados, mas perdeu o tempo, errou o compasso, tropeçou no ritmo, e assim, e como mais que previsto, partiu. Makro, era uma vez…
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Chegamos lá; deveríamos?

Matéria na Veja de semanas atrás, e decorrente das monumentais conquistas dos últimos 20 anos, com a construção e domínio do Genoma Humano e de quase todas as demais espécies, anuncia a possibilidade de aqueles que viram partir, mais que emocionados, seus animais de estimação, os terem de volta mediante réplica, em tese, perfeita. Dentre as empresas que nasceram e prosperam a partir das conquistas da genética, só possíveis pela criação do microchip e da disrupção tecnológica de onde decorrem a capacidade quase que infinita de se fazer pesquisas e processar dados e informações, pontua a ViaGen. E, como os consumidores de droga costumam dizer, é o que sua denominação sugere e diz, uma Viagem… O que faz a ViaGen e outras empresas que oferecem semelhante serviço. Os cientistas dessas empresas coletam amostras do pet em vida, depois cultivam as células em laboratórios por meio de processos artificiais até que evoluem e convertem-se num embrião. Depois de algum tempo de gestação nasce uma cópia supostamente 100% igual ao pet que partiu. Para clonar um cachorro a ViaGen pede 8 meses. Já gatos precisam de 12 meses… em tese, são mais inteligentes, e por isso, demoram mais para serem clonados… Ainda no início, e assim, tendo que suportar todos os custos das pesquisas, um pet clonado sai em torno de R$200 mil. Mais adiante, em 10 anos, menos de 10 mil… Isso posto, encaminhamo-nos para uma quase imortalidade do ser humano, e das demais espécies. Dentre os dois caminhos possíveis, este agora revelado que é o da clonagem, e o outro, da medicina corretiva, que corrige os eventuais erros que a natureza comete, tornando as espécies imortais, me agrada muito mais a segunda alternativa. Em nosso sentimento, Consultores do MadiaMundoMarketing, uma alternativa natural. A que acaba de ser anunciada, a clonagem, uma alternativa que, no mínimo, constrange e causa desconfortos éticos e emocionais.
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Etna – nascimento, vida e… De uma empresa que jamais revelou consistência…

A Etna abriu as portas de sua primeira mega loja no dia 11 de agosto de 2004. Ao completar 18 anos, onde supostamente alcançaria a maioridade, era um organismo em decomposição… No dia 25 de março 2022 fechou as portas. Sob a liderança de Nelson Kaufman, Grupo Vivara, que visitou 7 países em busca de inspiração. Durante poucos anos a Etna deu algum sinal de vida. Depois estacionou e muito rapidamente mergulhou em decadência irreversível. Talvez, as tais das mega lojas, com a aceleração monumental do e.commerce, tenham perdido ainda mais a razão de ser. As grandes livrarias, todas, naufragaram – Cultura, Saraiva, Laselva – e a Tok&Stok procede revisão radical em seu modelo e parte para lojas de porte médio, com menos de 1000 metros quadrados. No Estadão, matéria a da Coluna Broadcast, antecipando o fechamento, trouxe uma sucessão de interrogações. Uma atrás da outra. Textos do tipo, “Fechando lojas desde o ano passado a Etna vive um momento melancólico de sua operação física. Em seu site uma relação desatualizada de suas lojas, sem canais de comunicação oficial, e por aí vai…” Ou seja, o sintoma, ou, os sinais eram, de abandono total. Aparentemente, a família Kaufman jogara a toalha e esperava por alguém interessado em arrematar o que sobrou. Não apareceu. A Etna, se tivesse analisado o mercado a fundo, teria descoberto e constatado que o momento em que decidiu decolar, era o momento que os demais players consideram a retirada e revisão radical do modelo. Nem lições como as da FNAC que já agonizava quando a Etna decolou, foram suficientes para chamar a atenção dos investidores para o desatino. Pela dimensão da loja, e o foguetório no lançamento, a Etna em sua loja de 12 mil metros quadrados – equivalente a dois campos de futebol – era o grande comentário da cidade de São Paulo durante alguns e poucos finais de semana. De tão grande, muitas famílias deixavam para conhecer a nova loja no sábado ou domingo. Terminada a fatídica Síndrome da Experimentação, o esvaziamento aconteceu no mesmo ritmo e velocidade. No portal o Mundo das Marcas, a última atualização sobre a Etna é de fevereiro de 2020, vésperas da pandemia. Naquele momento ainda mantinha 13 lojas e comércio eletrônico. Meses atrás, nem mesmo os funcionários remanescentes da Etna sabem responder quantas eram as lojas. Mas, e no máximo, talvez, restassem 5, com produtos faltando nas prateleiras… Dentre os grandes equívocos da história do varejo no Brasil, a Etna merece um capítulo especial. E, triste. O otimismo dos fundadores era de tal ordem que decidiram escolher como denominação do novo negócio, a mesma do maior vulcão da Europa. Etna. Originário do grego, da palavra Aitna seu significado é “Eu Queimo”. Exatamente o que aconteceu com a Etna.
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Tem gente que gosta

Tem pessoas que gostam de viver num mundo de fantasias. E assim batem o ponto todos os anos em um dos parques da Disney, que a Disney decidiu torná-los felizes para sempre. Começa a construir bairros planejados, tematizados, e climatizados no Jeito Disney de Ser. Essas pessoas, ao invés de uma semana ou quinze dias por ano, agora poderão passar os 365 dias morando em casas do estilo das de Branca de Neve, cruzando com Mickeys e Patetas todos os dias, e vivendo momentos de emoção com os Piratas do Caribe. O primeiro desses empreendimentos que, na sequência, serão replicados em diferentes lugares, incluindo uma possibilidade no sul do Brasil, levando em consideração a quantidade de brasileiros que comprou uma casa e mora em Orlando, será na cidade de Cotino, em Rancho Mirage, California. O primeiro dos DTNs – Disney Themed Neighborhood – está sendo construindo em terreno com 250 hectares onde serão edificadas 1900 casas. O Neighborhood terá centro comercial, restaurantes, espaço para divertimento e recreações, hotel, um Mini Park Disney, claro, tudo devidamente climatizado. Jamais Walter Elias Disney, da cidade de Hermosa, Chicago, Illinois, 5 de dezembro de 1901, poderia imaginar que sua primeira criação, Mickey, o levasse a um business dá dimensão que hoje alcança e segue crescendo. Em verdade, mais que um big business, definiu um posicionamento, construiu uma narrativa irresistível, e tudo o mais foi e segue decorrente…Simples assim. Mas, e por enquanto, e mesmo sendo simples assim, só ele Walt Disney foi capaz da proeza.
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Marcas em risco

Arezzo e Grupo Soma, decidiram somar-se. Tudo de bom?! Do lado da Arezzo marcas como Schutz, Anacapri, Carol Bassi e Reserva. Do lado do Soma, Animale, Farm, Dzarm e Hering. Segundo os dados disponíveis, a nova empresa nasceu com um faturamento de R$11,7 bi. Sinto dizer, nosso sentimento, consultores do MadiaMundoMarketing não é dos melhores. Praticamente impossível preservar e fazer crescer ainda mais MARCAS que deixam de ter um território específico e próprio, e passam a viver num coletivo, num espaço comum, por maiores que sejam os cuidados e providências. Nas primeiras horas o mercado reagiu positivamente, as ações das duas empresas subiram mais de 10%… Do ponto de vista financeiro, e no curto prazo um sucesso. Já no tocante ao Branding, riscos gigantescos e desproporcionais. Praticamente impossível conseguir oferecer, a cada uma das marcas, um cantinho, território, espaço específico, com todos os cuidados necessários, para, e no mínimo, preservá-las. Já vimos esse filme e o final é triste. Como um dia nos ensinou o arquiteto Ludwig Mies van der Rohe, “God is in the details”, ou, “Dieu est dans les détails, ou, no português, mesmo, “Deus está nos detalhes”, assim como a virtude, a sensibilidade, o respeito, o domínio, a gestão… Branding é ouriversaria. Bijoux de marque, ou, branded jewelery… O que uma Reserva, por exemplo, e depois de uma trajetória irretocável, vai fazer agora? Assim como uma Farm, ou a centenária Hering? Já a Boeing… Poucas vezes em toda a história da administração moderna e dos negócios assistimos uma Crise Cultural das dimensões que hoje vive a Boeing. Como diz a música gravada originalmente por Orlando Silva, e depois por João Gilberto, de autoria de Marino Pinto e Zé da Zilda, “Aos pés da Santa Cruz, você se ajoelhou, em nome de Jesus um grande amor jurou…” e foi o que fez a Boeing. Após a queda de dois Boeings 737 Max com centenas de mortos, e se ver obrigada a determinar às empresas aéreas clientes que mantivessem os aviões que compraram estacionados sem dar um pio e nem imaginar bater as asas, a Boeing prometeu que se emendaria e nunca mais submeteria seus queridos clientes a uma vergonha dessa dimensão, e prejuízos que certamente levaria muitas a falência. Juramento falso. Voltou a fazer o mesmo, e os compradores do novíssimo e supostamente a prova de todas as lambanças, Boeing 737 Max 9, todos, semanas atrás, foram obrigados a deixar seus pássaros estacionados, aguardando por uma solução. E que veio semanas depois, mas, com restrições!!! Socorro! A marca Boeing, nos últimos 6 anos, mergulhou de cabeça e segue perdendo sustentação. Desde a queda de 2 737 Max em 2018, e agora com os 170 737 Max 9 permanecendo muitos dias estacionados e a espera de inspeção. A credibilidade da Boeing se não chegou a zero está muito próxima de. E quando sabem que o voo é num Boeing as pessoas não conseguem sorrir. A Boeing, vive hoje a pior das crises que pode acometer qualquer empresa. Perdeu, o pouco que tinha de uma Cultura de Qualidade. A primeira vítima do 737 Max 9, a Alaska Airlines, que viu a porta de um de seus aviões despencar em pleno voo, e depois que a NBC noticiou ter a empresa encontrado muitos parafusos soltos em toda a frota de 737 Max 9, manifestou-se na pessoa de seu CEO, Ben Minicucci, “Minha pergunta para a Boeing é, o que pretendem fazer internamente para melhorar seus programas de qualidade?…”. E muitas empresas que compraram o Max 10, que por sinal está com seu cronograma de fabricação e entrega atrasado, reconsideram a decisão. E pensar que um dia, quando pretendíamos elogiar uma pessoa, ou um produto, dizíamos, ”É um Boeing…”.
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Pets, segredo do sucesso, ou, tem empresas que realizam uma venda e comemoram, e outras, poucas, que começam a construir um negócio…

Dentre as empresas do território dos Pets, empresas que comercializam produtos e serviços para diferentes tipos de animais, com forte concentração em cães, e, depois gatos, a Cobasi sempre foi a mais conhecida e respeitada; mas, de 10 anos para cá, e comendo por fora, a Petz descontou a distância, e converteu-se, agora, na referência em seu território de atuação. Muitos se perguntam, como conseguiu essa proeza? Pela adoção das ferramentas do ambiente digital? A resposta é sim, parcialmente, mas só conseguiu acelerar, exponenciar, e avançar no mercado, porque se preparou antes, pelo que fez, antes da dose substancial de tecnologia que agora vem injetando no negócio. Em entrevista ao Meio & Mensagem, ao jornalista Fernando Murad, Sérgio Zimerman, fundador e CEO da Petz, revelou… “A Petz tem uma história diferente. Muitas empresas começam a ter acesso a dados quando vão, também, para o online. Nossa história é diferente. Há 20 anos, quando começamos, e éramos apenas um pequeno Pet Shop, desde o primeiro dia, tínhamos a disciplina de cadastrar todos os clientes. Já em nossa primeira loja, os clientes cadastrados tinham o benefício de um desconto de 3% em suas compras. Em 2008 lançamos o “Programa Vale a Pena ser Fiel”, de certa forma, um programa de Cashback, que para parcela expressiva de empresas é como se fosse uma novidade. …Hoje, anos depois, 80% de todos os nossos clientes estão identificados e se identificam em nossas lojas. E com o online chegamos a 100%. Assim, sempre tivemos acesso a uma base de dados. …Mas, e melhorando sempre, meses atrás lançamos o Programa Minhas Ofertas. Minhas, de cada cliente. O grau máximo em termos de customização. Cada cliente recebe ofertas de acordo com o Pet que tem, devidamente considerando seu comportamento de compras. Em síntese, ter começado assim hoje nos possibilita ter quase dois milhões de transações mensais com identificação superior a 80% de nossos clientes…”. 10! Um exemplo a ser considerado e refletido por todos. Tem empresas que realizam uma venda e se dão por satisfeitas. Tem empresa que realizam uma venda e começam a construir um negócio. Essa, a história da empresa líder no trade do Pet Market do Brasil.
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Talvez, a maior das bilionárias brasileiras, mega empreendora, referência global: Cristina Junqueira

Seguramente, e na última década, Cristina é, de longe, um dos melhores exemplos de empresários de sucesso. Em verdade, a partir desta década, na medida em que o IPO de sua empresa, o Nubank, foi um sucesso absoluto, e, em paralelo, e simultaneamente, revela-se, também, uma mais que amorosa e dedicada mãe de família. De Ribeirão Preto, SP, setembro de 1982, foi pequena para o Rio de Janeiro onde estudou no Santo Inácio, e veio fazer faculdade na USP, engenharia de produção. Durante um curto período de tempo trabalhou com Luiza Trajano, no LuizaCred, antiga operação de financiamentos do Magazine Luiza. Com MBA em business pela Northwestern University – Kellogg School Of Management, voltou ao Brasil indo trabalhar no Itaú, e próxima de completar 30 anos juntou-se a dois sócios na montagem do Nubank. Desistiu do Itaú porque seus superiores a consideravam chata, provocativa, questionadora… De certa forma, e em sua entrevista para o jornal Valor, ao jornalista Álvaro Campos, Cristina refere-se a sua passagem no Itaú quando diz, “Ninguém tem o poder de te humilhar se você não se sentir assim…”. Em verdade, parafraseando uma declaração de Eleanor Roosevelt, primeira dama dos Estados Unidos, entre 1933 e 1945 que dizia, “Ninguém pode fazer com que você se sinta inferior sem o seu consentimento”. Separamos para nosso melhor conhecimento sobre uma das mais importantes empreendedoras de nosso país, quatro de suas manifestações na entrevista. Sobre atitude a tomar em relação ao machismo, Cristina disse… “Vivi em ambientes machistas em minha época de banco, mas não deixei isso me afetar. Sempre tive uma visão objetiva dessas situações. Se a regra era essa, ou você fazia o que era exigido, ou, ia embora. Por muito tempo fiz, mas, depois, fui embora e abri minha própria empresa. Não adianta falar que não é justo e ficar esperando virar justo…”. Como é a presença da mulher no Nubank – “Nossos números nunca foram ruins. Sempre tivemos mais de 40% da equipe formada por mulheres. Hoje temos 45% de mulheres que ocupam 43% dos cargos de liderança”. Como conciliar trabalho e família – “É preciso ter muita clareza sobre quais são suas prioridades. Eu e meu marido sempre fizemos tudo em casa e só fomos contratar uma babá agora que a terceira filha nasceu. Para algumas mulheres a família pode não ser prioridade. Repito, o importante é ter clareza das prioridades e ser consistente em relação a isso…”. Sobre a queda nas ações do Nubank depois do IPO… “O preço das ações vai ser o que for. Só vou prestar atenção a isso no longo prazo, daqui a cinco anos… Não vejo quando sobe, não vejo quando cai… Nosso foco é no longo prazo, repito. Minha cabeça está focada no cliente e no que precisa ser feito no negócio…”. E no final da entrevista Cristina Junqueira fala sobre sua visão de o Nubank ter agências, e onde discorda um pouco de seu sócio e CEO do banco, David Vélez… “Quando Vélez afirmou que um dia poderíamos abrir agências, estava dizendo que o que o cliente precisar, e valorizar, nós vamos fazer… A Amazon abriu lojas físicas, mas, agora, começou a fechar. Nós podemos testar, se todas as evidências apontarem nessa direção. Porém sou mais cética que o Vélez nesse entendimento. Por exemplo, um dos argumentos mais comuns nesse tema diz respeito aos idosos. No entanto, já ouvi de muitos de nossos clientes que apresentaram o Nubank para suas mães ouviram delas a pergunta se o aplicativo fora feito para elas de tão fácil e simples de usar… De verdade, o que as pessoas querem é não ter dor de cabeça… só diante de algum problema que vão lá para esganar o gerente… Não estamos no business de gerar problemas… A propósito, quem quer sair de casa para ir a uma agência bancária…?”. Essa, Ela, Cristina Junqueira, CEO do Nubank.
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O desvastador negócio da aviação comercial

Neste preciso momento assistimos, perplexos, uma queda de braço entre o governo brasileiro e as aéreas. O governo fazendo todos os malabarismos e dando todas as desculpas para não socorrer as aéreas. E as aéreas repetindo que se encaminham para uma quebradeira geral. E, desgraçadamente, a realidade é essa. Se em tempos de céu de brigadeiro e tudo dando certo na vida as aéreas já não é fácil, na medida em que 80% de suas vidas depende das chamadas variáveis exógenas, sobre as quais não tem nenhum controle – tempo, chuvas, preço do combustível, judicialização especificamente no Brasil – e muitos outros complicadores a mais. Depois de uma pandemia que condenou todos os aviões a permanecerem estacionados por meses, não há milagre capaz de resgatar o mínimo da saúde econômica dessas empresas. Assim, e mesmo reconhecendo que governos jamais deveriam intervir e ajudar empresas privadas, sem a menor dúvida, o negócio da aviação, em momentos de calamidade como é o caso, não existe outra alternativa. Ou o governo apoia, ajuda, assume sua responsabilidade, ou ficaremos literalmente a ver navios, na medida em que as aéreas encerrarão suas atividades. Isso mesmo, no popular, quebrarão. Não existe milagre natural capaz de salvar Latam, Gol, Azul. E isso é tudo. Para os de curta memória, e para lembrar das fragilidades do setor, é suficiente resgatar o ranking das aéreas em nosso país no mês de junho de 2001, 23 anos atrás. A líder tranquila era a Varig com 39,1% do mercado, vindo a TAM na segunda colocação com 27,7%, seguida pela Vasp com 13,8%, Transbrasil, 9,1%, Gol na quinta posição com 5,2%, e outras 5,2%. Como é do conhecimento de todos, Varig, Vasp, Transbrasil despediram-se para sempre, TAM virou Latam para sobreviver, e Gol engatinhava e agora definha. A novidade é uma Azul, hoje, completamente desbotada. Sem ironias. Essa é a realidade. Aviação, como business, é para desequilibrados. Atenção, 2001, o ano das duas torres. Os aviões ficaram parados por duas semanas. Imaginem agora, pandemia, onde ficaram parados por meses… A Transbrasil quebrou em 2002, a Vasp em 2005, e a Varig ingressou em recuperação judicial em 2005, e. nunca mais se recuperou… No mês de abril de 2020, dois meses depois do início da pandemia, Gol, Latam e Azul praticamente jogaram a zero seus voos. Sendo mais preciso, a Gol cortou em 92,6% sua capacidade de transporte, a Latam em 91%, e a Azul em 89%. Considerando-se que qualquer perspectiva de resultados positivos começa em 80% de ocupação, claro, com aviões no céu… E até hoje não se recuperaram, mesmo porque, e também por causa da pandemia e o trabalho a distância institucionalizando-se, perderam – para sempre – parcela expressiva de seus melhores passageiros – profissionais e executivos em viagem de trabalho. É isso, amigos. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Ajudar ou não ajudar as aéreas? Um país como o Brasil, de dimensões continentais, pode se dar ao luxo e a irresponsabilidade de abrir mão de suas aéreas, por mais debilitadas que se encontrem?
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O ninguém mais faz escova no cabelo, e nem vai ao Méqui…

O que Jeremy Rifkin levou 5 anos para pesquisar e escrever no livro Sociedade de Custo Marginal Zero, Léa Valle da Costa, dona do salão Pé, Mão e Muito Mais, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, traduziu de forma precisa e irretocável: “Ninguém mais faz escova no cabelo”. Em matéria mais que reveladora no O Globo de final de semana, assinada pela sensibilidade e competência da jornalista Cássia Almeida. Depois de 5 anos Rifkin concluiu que pelo tsunami tecnológico e todas as decorrências, o preço de produtos e serviços tendiam a zero. Claro, não chegariam a ser de graça, mas despencariam. E é o que vem acontecendo nas últimas décadas. O problema é que à medida que os preços vão despencando, a receita das empresas idem, e com isso começam os cortes de salário, inicialmente, e de empregos, depois. E cá entre nós, o mundo não se preparou para esse momento, por mais que sejamos adeptos e usuários de todas essas fantásticas novidades. Na espetacular matéria de Cássia Almeida, contando o que aconteceu com Léa Valle da Costa, e seu Salão Pé, Mão e Muito Mais, a luz que, de um lado esclarece quase tudo que muitos estamos sentindo, e adverte sobre o que nos aguarda. A história é a seguinte. Antes da pandemia, Léa faturava R$20 mil todo mês. E retirava R$10. Hoje fatura R$25 mil e retira, quando retira, R$3 mil. Explica Léa, “Costumava fazer um reajuste significativo uma vez por ano. Agora, faço dois por ano, insignificantes, para não afastar os clientes… Tive que demitir empregados com carteira assinada… Contrai um empréstimo na pandemia para arcar com os custos da rescisão… Os que aceitaram continuar hoje são parceiros… A demanda voltou, mas não mais para todos os serviços… para os cuidados com os cabelos o movimento está em 30% do que era antes da pandemia… hoje ninguém mais faz escova, e maquiagem diminuiu muito…”. Retrato perfeito, irretocável, do que vem acontecendo com a maioria dos negócios. Que as pessoas sentem, mas têm uma dificuldade compreensível e humana de reconhecer e se adequar, desde que possível, a essa nova realidade, decorrente do tsunami tecnológico, da tal da Sociedade de Custo Marginal Zero, de Jeremy Rifkin… Simultaneamente, pessoas deixando de ir ao Méqui… O cenário, se não chega a ser desesperador, é tétrico. Nas principais cidades do mundo milhares de imóveis comerciais que, anos atrás, valiam uma fortuna, cobravam luvas elevadíssimas, abandonados. Mais ou menos o que aconteceu com os telefones, lembram. Famílias investiam em telefones, investidores chegaram a ter uma carteira entre 200 a 500 linhas, uma linha em Alphaville custa US$ 20 mil, e poucos anos depois, zero… De certa forma, é o que vem acontecendo com o comércio. E assim não surpreende mais ninguém, apenas os desatentos e desavisados, quando abriram O Globo do domingo, 25 de fevereiro de 2024, e deram de cara com Rogério Barreira, CEO da Arcos Dourados no Brasil, leia-se McDonalds, afirmando, apenas, e que, “As vendas digitais já representam 61% do total”!!! Ficou perplexo? É de ficar. O impacto do tsunami tecnológico, aditivado pela pandemia, é, simplesmente apoteótico em alguns setores de atividades. Rogerio entrou no Mc há 40 anos como atendente. Hoje comanda a operação. E revelou-se, também, surpreso: “Nós achávamos que, depois da pandemia, os pedidos via delivery fossem cair, mas não foi isso que aconteceu. Em verdade, é onde registram-se os maiores crescimentos. Mesmo podendo optar pelo drive-thru, pelo balcão dos Mcs, usar o totem, ou adiantar o pedido pelo smartphone e passar para retirar, vai adensando a quantidade dos que preferem pedir de e receber em casa… Lembram do tempo que era um programa ir com a família ao Mc… E de fazer escova nos cabelos. Acorda amigo, o mundo velho vai ficando para trás… Está esperando o que para iniciar a travessia?