Categoria: Negócio

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Cada um vê e enxerga o que quer, ou, nômades digitais

O Brasil, através de seus governantes, vê o advento dos nômades digitais como uma excepcional oportunidade para atrair para o país, milhares ou milhões de jovens que trabalham pelo mundo, de qualquer lugar do mundo, com mochila, celular, laptop e cérebro. A tal da mobilidade. No passado, na revolução industrial, todos sob um mesmo galpão trabalhando na linha de montagem e esmerando-se em tempos e movimentos. Mais adiante, e com a revolução dos serviços, pessoas trabalhando em escritórios, de forma mais confortável, melhores vestidas, e com algum tempo para confraternização. E aí veio a disrupção tecnológica, e o emprego como o conhecemos, tanto na indústria como nos serviços, começou a arrumar as malas para partir e nunca mais voltar. Corta para a virada do milênio. No país mais desenvolvido do mundo, Estados Unidos, e olhando pela janela, e advertindo o mundo pelo que vinha pela frente, Jeremy Rifkin, em um de seus livros emblemáticos, sentencia: “O Fim dos Empregos”, ano de 1995. E, dois anos depois, em artigo premonitório, que em seguida converte-se em livro, Daniel Pink anuncia o nascimento da Free Agent Nation, constituída pela quase totalidade dos novos profissionais, profissionais empreendedores que dão início a Sharing Economy – economia por compartilhamento, e onde o capital é o conhecimento Mobile, que carregam consigo para todos os lugares, devidamente guardados e protegidos em suas cabeças. Enquanto isso, chefes de família americanos contratavam contadores indianos, na Índia, aproveitando-se também da vantagem do fuso horário, do domínio do inglês pelos indianos, e por sua competência contábil, para prepararem suas declarações de rendas. Contadores indianos fazendo a declaração de renda dos americanos para posterior entrega ao fisco. E, simultaneamente, esses mesmos chefes de família americanos contratavam professores indianos para dar aulas particulares de matemática a seus filhos. Melhores professores, e pela metade do preço. Corta para 2022 e a presença dos nômades digitais – se bobearmos, toda uma nova geração, mais que disputados por países e cidades. Todos querem merecer suas preferências e que escolham essas cidades e países como base para os serviços que prestarão em todas as partes do mundo, e, a distância. E aí, países começam a criar condições especiais para conseguir suas preferências. E o Brasil, não fica atrás, e está certo. Essa é a nova realidade. O Conselho Nacional de Imigração do Ministério da Justiça acaba de criar uma regulação para um visto especial de permanência por um ano, prorrogável por mais um ano, sem a necessidade de vinculação de trabalho com empresas no país. Podem e devem trabalhar para empresas de fora. Quantas mais, mais valorizados serão… Faltou apenas enxergar o outro lado de toda essa linda e deliciosa história é que nômades digitais de todo o mundo e em todo o mundo estão acelerando o fim dos empregos que fatalmente aconteceria, em decorrência da nova forma de trabalhar e organizar das empresas. Mas não vejo uma única linha na imprensa, muito menos nas declarações de autoridades e políticos sobre o outro lado dos nômades digitais. A confirmação, a aceleração, a certeza, de que os empregos, tal como conhecemos um dia, chegaram ao fim, e todos os governos de todos os países, em maiores ou menores proporções não se prepararam para esse momento. Detalhe, hoje o Brasil já contabiliza um total de quase 10 mil nômades digitais brasileiros reversos. Que moram em outros países – Portugal, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra, China, Coreia do Sul, França, e que prestam serviços para as empresas brasileiras, acelerando o fim dos empregos para os que aqui moram…
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Uma nova Kopenhagen

A semana passada, conforme amplamente noticiado, a Nestlé comprou a quase centenária Kopenhagen. Criação do casal David e Anna Kopenhagen, comprada em 1996 pelo Grupo CRM – Celso Ricardo de Moraes, e que celebrou um acordo societário em 1º de outubro de 2020 com a Private Equity Advent International. Nesse período todo, preservada, fortalecida e multiplicada pela competência e talento de Renata Moraes Vichi, e que, segundo informações da Nestlé, seguirá no comando executivo da empresa. Mesmo traumatizada pela compra da Garoto, que depois de mais de 21 anos conseguiu, finalmente, ver aprovada mediante acordo com o CADE, a Nestlé decidiu dar mais um passo adiante, e assim, e de certa forma, ocupar todas as faixas e territórios do negócio do chocolate em nosso país. Nos chocolates mais populares e de entrada, Garoto, nos de valor agregado e intermediário Nestlé, e nos segmentos top, Kopenhagen. E ainda um acordo que a Kopenhagen do Advent tinha com a Lindt e que não se sabe se irá continuar. Antes da compra da Garoto, no mês de julho, a Nestlé anunciava R$2,7 bi de investimentos em suas marcas de chocolates e biscoitos em nosso país, e até o ano de 2026. Na ampliação de três fábricas, e, maior ênfase no programa de sustentabilidade de produção de cacau. E agora, e depois do acordo com o CADE para encerrar a novela Garoto, a compra da mais legendária marca de chocolates de nosso Brasil, um país que definitivamente ama chocolate, a Kopenhagen. No mais recente levantamento realizado pela ABICAB, Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas, em parceria com a KPMG, um mercado/consumo que não para de crescer: 9,8% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo trimestre de 2022. Ano em que o consumo per capita foi de 3,6 kg, contra os 3,2 kg de 2021. Mais que óbvio que o espaço que disponho para meus comentários é absolutamente insuficiente para falar sobre a importância, dimensão, e valor do negócio de chocolates no Brasil. Mas, o suficiente para importantes registros e observações: 1 – Dois jovens brasileiros mudaram a história do chocolate em nosso país. Alexandre Costa, Cacau Show, e Renata Moraes Vichi, Kopenhagen e Brasil Cacau. 2 – Na medida em que Alê e Renata investiram na popularização e disseminação do hábito, multiplicando, de forma monumental, o número de pontos de venda, fizeram pelo chocolate em nosso país, o que as gigantes jamais consideraram fazer. 3 – Com a estratégia de multiplicação de pontos de venda de chocolate, e a partir de um determinado momento, o café foi junto fortalecendo o acesso e o hábito dos brasileiros tomarem café. 4 – A partir de um determinado tamanho e dimensão, ao menos até esta semana, as grandes corporações globais chegam e compram, minimizando eventuais riscos. Como aconteceu um dia com a Lacta, com a Garoto, agora com a Kopenhagen, e quem sabe, um dia, com… todas as demais que fizerem a trajetória espetacular de Renata Moraes, e, Alê Costa… Portanto, sem surpresas!
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Virgin. Veio, não decolou, partiu, voltou e agora vai… Voar!

O ano era 2020. Quem diria o que estava por acontecer. Richard Branson ensaiou bastante, pesquisou mais ainda, antes de decidir trazer uma de suas mais de 100 empresas que levam o nome Virgin em sua denominação para o Brasil. A empresa aérea Virgin Atlantic. Mas, e finalmente, decidiu que a hora era chegada, 2020, e começou a se estruturar para um primeiro voo. Tudo preparado o primeiro voo seria no mês de março de 2020. Passagens começaram a ser vendidas, o tempo foi ficando encoberto, uma tal de Covid-19 foi tomando todo o espaço na mídia, e na vida das pessoas, e, dias antes da primeira decolagem uma espécie de circo montado pela Virgin, sem nem mesmo ter dado um primeiro voo, decidiu desistir, baixar a lona, e partir. Prometendo voltar um pouco mais adiante. E assim, a Virgin, e naquele momento, entrou para a história como a primeira empresa aérea que anunciou, vendeu passagens, instalou-se, e desistiu, sem realizar num único voo. No dia 17 de abril de 2020, e em release enviado à imprensa do país, a Virgin dizia, conforme publicado nos principais jornais, que, “a Virgin Atlantic desistiu de voar ao Brasil. Começaria seus voos em março, teve que adiar o lançamento devido à pandemia, e agora cancela em definitivo os serviços aéreos entre Londres e São Paulo. O primeiro voo previsto para 6 de outubro está cancelado”. E, falando pela empresa, seu porta voz disse, “Cancelar uma rota nunca é uma decisão fácil, e gostaríamos de agradecer a nossos clientes, nossos parceiros comerciais e de mídia, e acima de tudo nossa equipe em São Paulo por trabalhar tanto para nos apoiar nos últimos meses. São Paulo é uma cidade fantástica e estamos extremamente desapontados por não estarmos mais lançando o voo neste momento”. E, ato contínuo, desmontou “o circo”, e partiu, mas, prometendo voltar. Com um número 0800 para resolver o encaminhamento dos clientes que tinham comprado passagem para os primeiros voos. Corta para agosto 2023, e a Virgin, de novo, anunciando-se no Brasil, e com voos regulares para Londres: “São Paulo é muito importante para a estratégia da Virgin Atlantic e marca a entrada na América do Sul. Queremos nos firmar por aqui e crescer em outras regiões…”, Justin Bell, diretor responsável pela Virgin Atlantic em nosso país. Assim como todas as demais empresas aéreas, a Virgin foi ferida mortalmente pela Covid. O segredo de algum sucesso no quase impossível negócio da aviação comercial em todo o mundo é único e converteu-se em mantra: manter os aviões no ar e voando pelo maior tempo possível, ou, avião em terra é certeza de prejuízo. E durante a pandemia, e como é do conhecimento de todos, todos os aviões foram colocados de castigo, sem poder voar, por meses… E as empresas aéreas, todas, esvaindo-se em sangue pela impossibilidade absoluta de realizar qualquer tipo de receita, mas com as despesas mensais batendo à porta no final de cada mês, muito especialmente, as do leasing de suas aeronaves… Ao se despedir dos jornalistas, e confirmar os primeiros voos São Paulo-Londres, Bell informou que existe, finalmente, uma possibilidade de resultados econômicos positivos para 2024. Em 2022, já com a pandemia quase sob controle, a Virgin, assim como todas as demais empresas aéreas seguiu registrando prejuízos. Mais de £200 milhões… Assim, e finalmente, depois de desistir sem mesmo ter realizado um único voo, a Virgin retorna ao Brasil devendo decolar com seu primeiro voo no mês de maio de 2024. Voo diário, ligando Guarulhos SP ao Heathrow, Londres. Salvo prova em contrário, e suporte, ajuda e socorro dos governos, o negócio da aviação comercial segue sendo, de longe e dentre todos os demais, o mais arriscado. Mas, sempre algum maluco beleza, abarrotado de sonhos e alegria, como o genial Richard Branson, tentará provar o contrário… Boa Sorte, Virgin!
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A crise do petróleo chega às religiões

Não todas, apenas as que têm por hábito recomendarem a seus seguidores e devotos que acendam velas. Com a disparada do petróleo, o preço da parafina, derivada do petróleo foi junto. Em anos anteriores, e agora volta a acontecer… E assim, e nos últimos 12 meses, o aumento no preço da parafina – matéria-prima principal das velas – bate em mais de 100%. As famosas e tradicionais velas de 7 dias, saltaram de pouco mais de R$3 e agora já estão batendo nos R$8, em direção aos 10! Três vezes mais caras! Em alguns supermercados de São Paulo já são vendidas por mais de R$10. Conclusão, absolutamente distante da realidade, mas, e por falta de velas que caibam no bolso, muitos fiéis fazem suas preces e pagam suas promessas acendendo velas no… Digital. Em seus computadores, notebooks, e especialmente smartphones. Existem duas dezenas de aplicativos para Apple, e Android oferecendo velas virtuais de diferentes tamanhos, formatos e luminosidades. Um dos mais populares, o Vela para Android, e Vela Virtual HD para iOS, promete: “Você pode interagir com o fogo virtual de forma realista. A chama é viva e se movimenta o tempo todo, passível de ser controlada pelo movimento do celular e ainda, sua chama pode ser apagada se você soprar de forma sensível e respeitosa no microfone de seu aparelho…”. Já para os aniversários, a recomendação é usar velas antigas, já usadas e guardadas de recordação nas gavetas. As famosas velas “toco…”. Muito especialmente as com números. Comemora-se o aniversário e não se envelhece… Segue a vida…
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A borboleta, o sapo, a abelha

A borboleta. Um dia, 1960, Edward Lorenz, meteorologista do MIT – Massachusetts Institute of Technology registrou, mediante diferentes experiências e estudos, “O bater das asas de uma borboleta no Brasil pode gerar um furacão no Texas….”. Aconteceu o contrário, o bater das asas de uma borboleta no Texas gerou ventanias e chuvas no Brasil. Reserve a Borboleta. Chaos Theory. Chama o Sapo. Se você colocar um sapo numa panela cheia de água e for aquecendo aos poucos, o sapo não percebe e morre cozido. Agora, se você joga o sapo numa panela de água fervendo imediatamente salta e some no horizonte. Reserve o Sapo. BFS – Boiled Frog Syndrome. Chegamos na Abelha. Todas às vezes que uma abelha construía uma colmeia na casa do apicultor americano Lorenzo Langstroth, seus netinhos iam lá e derrubavam. Langstroth apiedou-se das abelhas e decidiu criar colmeias de madeira. A Langstroth Hive deu mais vida e conforto às abelhas e possibilitou a multiplicação e distribuição perfeita das colmeias, em quantidade e qualidade, no processo de polinização racional, econômica e otimizada das plantas. Seguramente, uma das mais importantes revoluções na história da natureza. Reserve a Abelha. Outro dia, numa palestra, alguém nos perguntou quais eram nossos bichinhos de estimação. Respondemos no ato. Borboleta, Sapo, Abelha. E, depois explicamos. É esse o mundo em que já estamos vivendo. Todas às vezes que o Sapo registra uma mudança no ambiente imediatamente salta pra frente. Eu disse, pra frente. Nem para o lado e muito menos para trás. A Borboleta bateu as asas no Texas, o movimento foi registrado no Brasil, e, imediatamente o Sapo saltou pra frente. Como se estivesse num aquário com água colocada pra ferver na chapa de um fogão. Enquanto isso, abelhas, confortáveis nas colmeias de madeira do reverendo Langstroth, e dispostas racionalmente por toda a plantação, deram início à polinização e multiplicação das flores, frutas e demais dádivas da natureza, eclodindo na primavera e no verão. Apenas isso, amigos. A Borboleta, o Sapo, e a Abelha. A borboleta bateu as asas que alertou o sapo milhares de quilômetros de distância, que saltou do aquário cheio de água e aquecendo, enquanto as abelhas cuidavam da polinização. A disrupção decorrente do bater – tsunami – de asas das borboletas, alertou os sapos no Brasil, que cuidaram de recorrer às abelhas para a polinização de suspects e prospects, conseguindo convertê-los, quase todos, em clientes. Sua empresa precisa permanecer atenta e sempre ao movimento dos ventos, das nuvens, bater das asas da borboleta, e como o sapo, reagir e saltar em tempo, posicionando-se da melhor forma possível para o aproveitamento de todas as oportunidades decorrentes. E acionar seu exército de abelhas, para procederem à comunicação de excepcional qualidade, convertendo, pela ordem, suspects em prospects, e prospects em clientes. É assim que se planejam e trabalham as empresas verdadeiramente modernas. Mais que atentas a qualquer e toda nova movimentação. Imediatamente saltam no sentido de identificar todas as oportunidades inerentes, desenvolver produtos e serviços capazes do aproveitamento, e permanecerem atentas ao momento certo. E quando chega o momento, acionando seu exército e plataformas e ferramentas, realizando todo o processo de comunicação com eficácia e consistência. Motivando, gerando desejo, experimentação, repetição de compras, e multiplicando clientes. Borboleta, Sapo e Abelha. Bater de asas, saltos para frente, e polinização. É assim que funciona o marketing de excepcional qualidade, na sociedade do conhecimento, onde predomina e avança a economia por compartilhamento. A SEKS – Sharing Economy, e Knowledge Society. Um dia perguntaram ao adorado mestre Peter Drucker, “por que Sociedade do Conhecimento?” E ele apenas respondeu, “O que e quanto você conhece? Quem e quantos você conhece? Quem e quantos conhecem você? Como e o quanto você é conhecido?”. E emendou, “no final tudo é branding… Ou você domina e gerencia o branding, ou, você não é…”. Com nossas melhores homenagens à borboleta, ao sapo, e a abelha. Nós, consultores do MadiaMundoMarketing. Referências essenciais de Marketing e Branding.
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O que aleja e mata, salva… O que vicia, cura…

Os exemplos na história da medicina curativa, isso mesmo, aquela que produz e industrializa remédios, são às centenas. Remédios, ou, princípios ativos devastadores, proscritos e proibidos, passam, diante de novas evidências, a serem prescritos e permitidos. Abençoados! No final dos anos 1950 a tragédia da talidomida é mais que referencial. Lançada e utilizada como medicamento sedativo, anti-inflamatório e hipnótico, acabou sendo receitada indiscriminadamente e causando má-formação ou ausência de membros em fetos em processo de formação. Até hoje, e em todo o mundo, milhares de pessoas nascidas naquele momento carregam as marcas da devastação. No total, mais de 10 mil crianças, hoje sexagenários, foram vítimas da talidomida. Mais recentemente, início do novo milênio, a talidomida foi parcialmente reabilitada considerando-se os bons resultados de seu uso em casos de eritema nodoso leproso, de mieloma múltiplo, inibidor do vírus do HIV, e muitas e outras pesquisas a caminho. Durante décadas o canabidiol foi desconsiderado pela comunidade científica pela sua filha mais conhecida, a maconha. No entanto, da virada do milênio para cá, o canabidiol vai se revelando um santo princípio ativo e passa a ser pesquisado como remédio em diferentes patologias e situações. Na década passada era raro o dia em que famílias na televisão não exigiam que o governo autorizasse a importação de remédios à base de canabidiol para o tratamento de doenças psiquiátricas e neurovegetativas – esclerose múltipla, esquizofrenia, Parkinson, epilepsia, ansiedade, e outras mais. E, a cada nova semana mais e muitas e positivas novidades sobre os benefícios do canabidiol. O filósofo Friedrich Nietzsche costumava dizer que “o que não mata, fortalece”. E a história tem provado no correr dos tempos, e agora com todas as conquistas da tecnologia, que acabaremos procedendo a uma revisão radical em todas as substâncias rotuladas durante décadas como venenos, e que, muito provavelmente, e em determinadas circunstâncias e situações se revelarão santos remédios… Mais ou menos o que se aprendeu com algumas lutas. Usar a força de supostos adversários a nosso favor… E o ex-adversário da vez, hoje, chama-se Canabidiol…
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Eficiência e Eficácia

Atendendo a pedidos voltamos a falar sobre as diferenças radicais, extremas, entre Eficiência e Eficácia. Não é raro, pessoas, jornalistas, escritores, políticos, continuarem usando as palavras eficiência e eficácia como se fossem sinônimos. São parecidas, têm a mesma etimologia, mas são antônimos, com significados completamente antagônicos como nos ensinou, nosso adorado mestre e mentor, Peter Drucker. O que todas as empresas, equipes, organizações, orquestras, times, conjuntos, deveriam perseguir obstinadamente, é a Eficácia – fazer certo exclusivamente as coisas certas. E, jamais, a eficiência, fazer certo todas as coisas. Pela simples razão que é impossível fazer-se certo todas as coisas. Quem tenta fazer todas as coisas jamais termina, ou, quando termina, o prazo foi mais que ultrapassado e a realização é inócua, irrelevante, inútil. No ano passado, por exemplo, e ao anunciar na primeira página de seu caderno de esporte a vitória do Palmeiras sobre o Flamengo, O Globo disse: “O Tri da eficiência. Mais eficaz, Palmeiras aproveita falhas e conquista a libertadores de novo.” Isso posto, o Tri jamais é o da Eficiência, e sim, e sempre, da Eficácia. Segue a vida, mas todos nós, empresários e profissionais temos que ter mais que presente sempre essa aula magna de Drucker para não permanecermos parados pelo caminho, vida, negócios, sucesso. Eficácia, sempre; eficiência, jamais. Repetindo, de que adianta fazer todas as coisas no mínimo detalhe e precisão, e perder o trem, o avião, o encontro, o negócio, a vida? Ser sempre eficaz. Fazer exclusivamente certo as coisas certas. Aquilo que é essencial. Isso posto, elimine a palavra eficiência de seu vocabulário, é uma inutilidade. Persiga obstinadamente a eficácia. Concentre todo o seu tempo, energia, competência, conhecimento em ser exclusivamente eficaz – fazer certo as coisas certas.
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Belezas perigosas, selficídios

O celular é um dos maiores assassinos dos dias que vivemos. Pessoas, no uso de seus celulares, esquecem-se do mundo e acabam com a vida. Com a própria vida, ou com a vida de inocentes. Na direção, ou não direção de automóveis, dando uma olhadinha no exato segundo em que um fato externo acontecera simultaneamente – a um outro carro em direção contrária, ou uma pessoa atravessando a rua –, e, aí, a tragédia mais que consumada. Ou, pura e simplesmente, pessoas andando pelas ruas, distraindo-se, tropeçando e se matando, caindo em buracos e se matando, ou atravessando e sendo atropeladas, de certa forma, e também se matando. Mas uma das formas mais absurdas de se morrer pelos celulares, é a modalidade do selficídio. Pessoas que se matam na tentativa de tirarem selfies emocionantes e em situação precária. Até agora, e conforme dados divulgados pela revista científica JTM – Journal Of Travel Medicine – 31 pessoas já morreram – ou se mataram sem querer – em todo o mundo, na tentativa de uma selfie memorável. Desde que esse acompanhamento começou a ser feito o ranking dos selfcídeos por países é o seguinte, 1 – Índia, 100 casos 2 – Estados Unidos, 39 3 – Rússia, 33 O Brasil aparece no quinto lugar de uma lista de 50 países com 17 casos de selficídeos. Muitos desses selfcídeos ocorreram em lugares emblemáticos da rota do turismo mundial. E dentre esses lugares, onde mais pessoas encontraram a morte quando tudo o que queriam era apenas uma selfie, destacam-se, as Cataratas do Niágara (USA), a Catarata de Mlango no Quênia, o Taj Mahal, os Montes Urais na Rússia, o Charco Del Burro na Colômbia, e a praia da cidade de Penha, Santa Catarina, Brasil, dentre outros. E, 78% dos “selfcidas”, pessoas entre a adolescência e os 29 anos, e do total, 60% de homens. Assim, e antes de uma selfie memorável, inesquecível, para impressionar parentes e amigos, pense em você. Na sua vida. Grite socorro pra você mesmo…
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E agora, como fica o Airbnb

Ainda não existe nenhuma decisão definitivamente transitada em julgado, mas o cerco ao Airbnb, e, por decorrência, ao chamado Aluguel por Temporada, vai se apertando. Meses atrás o Superior Tribunal de Justiça decidiu que convenções de condomínio podem proibir os proprietários de alugar seus imóveis por temporada. Prática essa que, antes do Airbnb, era uma prática usual da sociedade brasileira. Famílias alugavam suas casas de praia e campo e com isso conseguiam uma renda extra, ou, uma receita para atenuar parte das despesas de conservação e impostos inerentes a todo o imóvel. Trata-se de uma decisão complexa na medida em que de um lado envolve os chamados Direitos Fundamentais de Natureza Individual, a liberdade do proprietário alugar seu imóvel para quem quiser. E, simultaneamente, o direito coletivo, a segurança e sossego dos demais proprietários e condôminos, nos casos de propriedades coletivas. Absolutamente imprevisível arriscar qual decisão prevalecerá no final, uma vez que o Airbnb irá recorrer ao Supremo. O Airbnb é representado pelo ex-Ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, que defende seu cliente, alegando: “Só no ano de 2019, as locações realizadas na plataforma Airbnb, fizeram circular R$10,5 bilhões… Imaginem o desastre que seria com a proibição. Muitas famílias vivem dos aluguéis do Airbnb…”. No entendimento dos consultores da Madia não existirá uma decisão absoluta. Os imóveis serão organizados ou agrupados em diferentes categorias, e para cada uma existirá uma regulamentação. Mas, e ainda, vai levar tempo. Muito tempo. Enquanto isso, seguem os negócios, multiplicam-se os anfitriões…
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O novo, e, a vida das empresas encurtando

Tirar a bunda da cadeira, e, sempre. Era o que recomendava nosso adorado mestre e mentor Peter Ferdinand Drucker. Não ficar trancado em ambientes fechados, rodeado de puxa-sacos e bajuladores, acreditando que o futuro se revelará como que por milagre. Isso, segundo nosso mestre, era uma completa e total insanidade. Em diferentes momentos de seus livros e vida, dizia: “A melhor forma de um executivo obter informações relevantes, genuínas e significativas sobre o negócio é indo, lá fora, buscar. Não importa se os relatórios estão bons e nem o quanto é aceitável a teoria econômica ou financeira que os dão sustentação. Nada supera nem substitui a observação direta e pessoal”. Quando Drucker formulou e expressou essa reflexão “ir lá fora” era literalmente “ir lá fora”. Hoje continua sendo muito importante o “ir lá fora”, mesmo considerando-se que ainda a vida acontece muito mais no ambiente analógico do que no digital. Mas hoje também é recomendável valer-se de todos os recursos que a Inteligência Artificial oferece para fazer uma dobradinha perfeita. Checar nas redes sociais e na manifestação das pessoas, se as hipóteses formuladas a partir de seus comportamentos no ambiente real se confirmam. Quando assim se procede, a possibilidade de erros aproxima-se muito rapidamente de zero.