Dá, sempre dá, claro, desde que se queira…

É comum e natural ouvimos falar, “Não dá, vamos precisar de no mínimo 10 anos e tudo o que temos são poucos meses…”. E o que a vida tem nos mostrado é que… “Dá… claro que dá… sempre dá… quando a necessidade fala mais alto…”.

Ronaldo Lemos é advogado, e um dos melhores pesquisadores e conhecedores das manifestações disruptivas que vem possibilitando a construção de um admirável mundo novo. Numa série de documentários para o Canal Futura, cinco temporadas, “Expresso Futuro”, compartilhou com seus seguidores as manifestações mais relevantes pelo mundo, tendo destacado-se por uma sucessão de matérias sobre a China.

Há dois anos, em sua coluna TEC na Folha, revelou o que um país em guerra conseguiu fazer, a Ucrãnia, mudando toda a sua base de serviços analógica para o ambiente digital. Para muitos, uma impossibilidade absoluta, mas, quando não existe outra alternativa tem que dar e deu.

Em seus comentários nos últimos anos, e quando Ronaldo se refere aos governos de todos os países, é taxativo, “todos os governos terão que se transformar em plataforma digital… governo que insistir em permanecer analógico perderá a capacidade de governar”. Tão simples e verdadeiro quanto. Dentre os países que fizeram a migração com sucesso, segurança e rapidez, os casos mais conhecidos eram, até ontem, os da Estônia.

País que criou uma Identidade Digital, unificou todos os serviços públicos em uma única plataforma ou portal passível de acesso de qualquer lugar do planeta. Hoje na Estônia só duas manifestações precisam ser feitas presencialmente: comprar um imóvel ou casar. Todas as demais, a distância. Enquanto todos falavam da Estônia eclodiu a Guerra Ucrânia/Rússia, e por total falta de alternativa, a Ucrânia teve que se virar nos 30 e mudar-se para as nuvens. Imagine mudar um país para as nuvens em meio a uma guerra. E… fez!

Hoje, em poucos meses, ucranianos se somaram, criaram o IT Digital Army, foram à luta, e realizaram a transformação. E aí vem a pergunta, e nós? Quando finalmente decidiremos migrar do velho para o novo, nos modernizar, criar o Brasil Digital, diminuir o peso do Estado a no máximo 10% do que é hoje, e canalizarmos todos esses recursos para injetar oxigênio e inovação em nossa economia.

Como temos dito para vocês, o Brasil não tem outra alternativa e está condenado inexoravelmente à transformação. Por bem, vontade própria, em no máximo 10 anos, ou arrastado, por todos os demais países, em 20 anos. Quem viver verá. Não existe outra possibilidade. Ou será que precisamos de uma guerra para criar vergonha.

Tags:

Deixe uma resposta