Dentre os 100 produtos farmacêuticos, os tais de remédios mais consagrados, Nebacetin, do laboratório Takeda, merece uma posição de destaque.
Não chega a ser nem um Bombril, nem uma Aspirina, mas é um santo remédio para algumas das patologias relacionadas à pele.
Desde a lei dos genéricos, e com algumas farmacêuticas oferendo nova versão com o mesmo princípio ativo, e por um valor menor, não sobrou outra alternativa para o Takeda que proceder a uma revisão para baixo e sensível em sua política de preço.
Independentemente dessa nova variável, o fato é que anos atrás a Cimed decidiu brigar de frente com o Nebacetin, e batizou sua alternativa como Nebacimed, uma espécie do Nebacetin da Cimed. E aí começa uma longa batalha judicial do Takeda contra a Cimed, e que terminou finalmente, em decisão do Superior Tribunal de Justiça, e que julgou improcedente a ação pela gênese da denominação do Takeda, e que se inspira no princípio ativo, “sulfato de neomicina e bacitracina zíncica”.
Conclusão, muito dinheiro e muito tempo perdido.
Tudo o que o Takeda deveria ter feito, ao invés de perder tempo, energia e dinheiro batendo às portas da Justiça sem sucesso, era recorrer a todas as ferramentas do marketing e do branding, blindando completamente sua marca, e seu santo remédio, do ataque medíocre de todos os seus demais concorrentes.
Como ao que a Cimed, também equivocadamente, recorreu e procedeu.
Mas não tem jeito, quando baixa a tal da “criatividade espertalhona” de um lado, e do outro ao invés da sensibilidade, inteligência e sabedoria, prevalece a emoção e a raiva, dá no que deu. Perda de tempo, energia e dinheiro para as duas partes. Fizeram por merecer, e fica a lição para todas as demais empresas.
Lembram do velho provérbio, “mais vale um bom acordo do que uma longa, absurda, insuportável e desgastante contenda”.
É por aí…