Talvez, provavelmente, certamente, com certeza, muitas decisões, em especial as que mexem com a essência da empresa a partir de sua denominação, deveriam ser tomadas passado o vendaval das conquistas e celebrações.

Em situação de calma, normalidade, consciência plena, e lucidez. Mas, não necessariamente é assim que acontece.

Recentemente testemunhamos a derrapada monumental da Mondelẽz, não pelo valor que despendeu, mas pela escolha que fez de suportar todo o seu investimento num trocadilho pífio e irrelevante: MorumBis, enfatizando da pior maneira possível um de seus produtos e marca legendário. A decisão foi tão tola, para não dizer o mínimo, que em muito pouco tempo, hoje, meses depois, as pessoas retomaram a forma de falar a denominação do estádio do São Paulo. Apenas, e como de verdade é, Morumbi.

Agora, e no mês de maio, diante de um grande negócio, da fusão da Arezzo&Co com o grupo Soma, outra decisão precária que brotou em momento de forte emoção.

Conforme o noticiário da imprensa, “O novo nome, Azzas 2154 SA, faz alusão ao mantra recitado por Alexandre Birman controlador do grupo nas reuniões – Arezzo Rumo A 2154, pensando na perpetuação da empresa…”.

Definitivamente, e em algum momento, a denominação será reconsiderada. Ou não, mas, deveria.

A duplicidade de ZZs remete a outras e trágicas recordações, e 2154, além de absurdamente distante, e até por isso, não quer dizer nada.

Na medida em que é o controlador do grupo, não havia necessidade de defenestrar uma marca conhecida e consagrada, e assim, Arezzo deveria ter permanecido. Talvez com o tempo isso acabe acontecendo.

Mas, em meio a fortíssimas emoções, muitas vezes não consegue se respirar fundo, conter o entusiasmo, e tomam-se decisões que só deveriam acontecer em momentos de absoluto equilíbrio e total lucidez.

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One thought

  • Acho que eu nunca tinha visto um erro tão absurdo como esse.
    Gostaria de saber, ou melhor se pudesse ser invisível e ter visto como se desenvolveu uma besteira dessa.
    Isso cheira a carinho do dono com segunda ou terceira gerações. Digo isso porque presenciei, na minha carreira um absurdo parecido

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