Lá atrás, muito lá atrás, tinha uma música cantada por um conjunto chamado Quatro Ases e um Coringa e cuja letra dizia:

“Hoje / Hoje eu vi um leão / Leão, leão / E não era um leão / E o que era então? Não digo não! / Não digo não! / Não digo não!” E assim seguia a música até que no final vinha a revelação;

“Era a mulher do leão”.

No que vamos comentar agora, nem mulher do vinho era e é, é uma brincadeira, um derivativo grosseiro.

No embalo da pandemia, e com o aumento do consumo de vinhos, algumas iniciativas divertidas, de um líquido frisante com jeitão de vinho, em embalagens de cartonado e lata.

E que mereceu uma página dupla na coluna de Vinhos – uma heresia – o suplemento semanal do jornal Valor, Eu & Fim de Semana.

O artigo começa dizendo, “startups estão explorando a indústria de vinhos com soluções inovadoras de venda e distribuição”. Fake! O que estão fazendo não tem nada a ver com a indústria de vinho de verdade.

Trata-se de uma jogada oportunista e medíocre, de um derivativo tosco, e que por alguma razão decidiram denominar ou enquadrar supostamente como se fosse… Vinho.

É uma gororoba. Um suco de vinho gaseificado, quase groselha. Jamais deveriam posicionar-se no território do vinho. E sim, dos refrigerantes, refrescos, sucos, gaseificados, tubaínas em geral.

E aí e equivocadamente a matéria traz dados da indústria, do aumento consistente de consumo dada a obra monumental dos Clubes de Vinho de Verdade. E os incautos – merecem!– que leram e acreditaram na matéria, provavelmente no final da semana comentaram, tirando suas máscaras, sobre uma suposta inovação, ou revolução na indústria de vinhos do Brasil. E fazendo brindes e mais brindes com a gororoba…

Paramos por aqui. Uma bobagem. Depois a imprensa de qualidade reclama das “Fake News”. Dar-se dimensão absurda e desproporcional a futilidades, a brincadeiras inconsequentes e primárias, é um das formas de Fake News, mais primárias e medíocres…

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