Nosso adorado mestre e mentor Peter Ferdinand Drucker aproximava-se de completar 60 anos de idade. E falar sobre o futuro passou a ser pauta permanente de suas palestras, entrevistas, artigos, manifestações.
Num período de 24 meses produziu reflexões da maior importância sobre o tema, e das quais separamos cinco para compartilhar com vocês, hoje.
A primeira, diz, “Aqui estou eu com 58 anos de idade e sem saber o que farei quando crescer”. Imagino que sejam aqueles momentos da vida em que paramos para refletir, diante da total ignorância e escuridão sobre quantos anos a mais teremos de vida pela frente.
A segunda, diz, “Apenas preparar-se para o amanhã é insuficiente. Comece descartando tudo o que não faz mais sentido, que não é produtivo, e que definitivamente em nada contribui para os objetivos”. O tal do desapego. Com o passar dos anos vamos acumulando uma série de inutilidades pela vida. Físicas, materiais, intelectuais. Quando nosso prazo de validade vai terminando chegou a hora do descarte. Ou para nos descobrirmos mais leves e aproveitar mais os anos que nos restam, ou para desocupar espaço mesmo em nossas cabeças, como informações e conhecimentos, que temos total consciência que não nos conduzirão a canto algum.
A terceira, diz, “Tudo o que sabemos sobre o futuro é que será diferente; e já é o bastante”. Não perder tempo em tentar descobrir tudo antecipadamente, mesmo porque não conseguiremos. É tocar em frente, a partir do que se sabe…
A quarta, diz “Mudanças são inevitáveis; tal como a morte e como os impostos. Você pode até postergar por algum tempo, mas, mais cedo ou mais tarde, vai ter que se haver com as mudanças”. Chega de enrolar, chega de procrastinar. Mãos à obra… Ontem!
E a quinta, diz “Você pode prever o futuro tanto quanto dirigir à noite numa estrada, com faróis apagados, e olhando no retrovisor.” Parar com essa mania tola de prever como será. Lembrando sempre do outro ensinamento mais que consagrado do mestre:
“A melhor, ou única maneira de prever o futuro e sem erros é, construí-lo…”.
Por outro lado, sempre importante não nos esquecermos da música que foi a trilha sonora do filme, O Homem Que Sabia Demais, com James Stewart e Doris Day, de outro grande mestre Alfred Hitchcock lembram, Que Sera, Sera, no original, Whatever Will Be, Will Be…, e que dizia,
“When I was just a little girl / I asked my mother, ‘what will I be?’
Will I be pretty, Will I be rich? Here´s what she said to me…
Que sera, sera, / Whatever will be, will be,
The future is not ours to see / Que sera, sera / What will be, will be…”
O que tiver que ser, será…
É isso, amigos ou como nos ensinou, Ortega Y Gasset, “somos nós mais as nossas circunstâncias…”.
Segue a vida!