O mundo das latinhas decola entre a 1ª e 2ª Grande Guerra.
Depois de 300 anos de pesquisa, a American Can Company chegou a tal da latinha. Não obstante todas as pesquisas, latinha pronta e aprovada, mas ainda prevalecia a lei seca. E, assim, a primeira cerveja em lata chega ao mercado no ano de 1935. A Krueger Beer…
No Brasil demorou algumas décadas a mais. E decola via Skol, 1971, uma lata meia boca em que o esmalte de dentro misturava com o líquido e produzia uma gororoba. Que teve que ser recolhida. Mais adiante, tudo se resolveu e as latas decolaram pra valer, passaram a ser de alumínio, e preparam-se agora para invadir outros e novos territórios.
Os fabricantes das latinhas fazem-se presentes e representados por diferentes associações. Talvez, a mais importante seja a Abralatas. E que metrifica e divulga os dados do business das latinhas. 2019 fechou com 29,6 bilhões de latas vendidas no Brasil, faturamento de R$ 14,3 bilhões, 142 latas por ano para cada brasileiro, e um exército de 800 mil catadores de latinhas pelo País, possibilitando um dos grandes feitos do negócio de latas em todo o mundo: um índice de reciclagem da ordem de 97%. E vem mais lata pelo caminho.
Hoje, e do total de latas produzidas e envasadas com bebidas, o domínio é o das cervejas, 84% (70% do total de cerveja vendida no Brasil é em lata). Refrigerantes, 10,7%. E os restantes 5,3% com diferentes produtos, e onde os fabricantes de lata concentram neste momento sua maior atenção.
Tentando sensibilizar produtores e convencer consumidores que outras bebidas são igualmente “boas para latas” como vinho, água, e diferentes tipos de mixes… E esses deverão ser os próximos capítulos da história do mundo das latas. No Brasil, e, também, na maioria dos países.
Isso posto, qual o caminho do business de todas as bebidas daqui para frente? Gradativamente, ir migrando do caminho longo e pesado da solução atual, para duas alternativas.
Primeira, a solução cápsula, e onde as bebidas, ‒ boa parte delas ‒, passam a ser produzidas nas casas e empresas, em porções individuais, através de cápsulas. E a segunda, onde todas as demais embalagens vão abrindo espaço para o prevalecimento das latas. Nas duas alternativas, o mundo alivia-se de seu maior desafio. O peso para o transporte das embalagens atuais.
É isso, amigos. Em direção a um novo mundo no qual 80% das bebidas virão encapsuladas, para o preparo em casa ou nas empresas, ou, enlatadas, para consumo imediato.
One thought
Madia, interessante reflexão.
Mas v. nem mencionou os sucos em lata, talvez ocupem o 3o lugar atrás dos refrigerantes. Tudo bem. Porém quanto as cápsulas, certas bebidas como café (no caso em pó) refrigerantes ou sucos podem vir de forma concentrada, onde só se adiciona a água. No caso dos refrigerantes, a água precisa ser gaseificada, o que acontece nos dispensers.
Porém quanto as cervejas… Acho que não vai acontecer. O fator primordial na fabricação destas é a água, não vejo possibilidade de cerveja concentrada para se adicionar mais água. Enfim, o tempo dirá, certo?
Abraços, Otavio