Os velhos e tradicionais hospitais, como a maioria continua sendo até hoje, ocupavam um prédio central ou em lugar de fácil acesso, prédio esse que, no correr dos anos, ia ganhando ampliações, compra dos terrenos vizinhos, novos prédios, e assim foi durante décadas.
Aqui, na cidade de São Paulo, essa é a história do Einstein, Sírio, Oswaldo Cruz, Samaritano, 9 de Julho e praticamente todos os demais hospitais que nasceram no século passado. Não cresciam para novas distâncias e lugares. Cresciam a partir e em torno da base. Nas tabuletas lia-se, “obras de expansão de nossas instalações…”.
E aí veio a tecnologia, a mobilidade, e tudo e todos passando por releituras radicais diante das novas realidades e se recriando, mais que reformando. Recriando mesmo.
Não do zero mesmo porque uma boa parte continua fazendo sentido e pode ser aproveitada, mas recriando em termos de metodologia de planejamento, e visão estratégica.
A mais que saudável descoberta que não se faz mais planos para o futuro olhando e projetando o passado. Exatamente o contrário. Primeiro se define o que e como se quer ser em 2040. E, depois, o planejamento é um caminho que se constrói de frente para traz até chegar-se aos dias de amanhã.
Não pensando em como foi e é até agora e depois ir se modernizando. Mas olhando mais adiante, pensando como terá que ser, e só depois, considerando tudo o que tem que ser feito.
Assim como as novas farmácias, que começam a brotar nas áreas centrais das grandes cidades brasileiras, os mais tradicionais e respeitados hospitais de nosso país seguem em processo acelerado de recriação.
Que em verdade começou a acontecer a partir da virada do milênio. Em São Paulo tinha o Sírio, por exemplo, que ficava numa única e tradicional unidade, quase na 9 de Julho. Hoje o Sírio sob diferentes formatos e novas formas de prestação de serviços vai se espalhando pela cidade.
Tinha o Beneficência, apenas Beneficência, que foi expandindo, reinventando-se e multiplicando. O mesmo aconteceu com o Samaritano, com o Oswaldo Cruz, e com o Einstein. Como com todos os demais, em maiores ou menores proporções.
Semanas atrás, o Einstein, que não para de crescer e se multiplicar, anunciou mais uma novidade. Começa a atender em aeroportos.
Uma medida que já constava de seus planos, e agora num mundo onde os viajantes muito provavelmente terão que correr atrás das vacinas, muitas vezes nas horas que antecedem a uma viagem, e mais todos os atendimentos que se fazem necessários num local por onde passam milhares de pessoas todos os dias, nasce o Einstein GRU, Guarulhos. E, no ano que vem, nasce o Einstein Galeão. E não nasce pequeno.
Desde o primeiro dia oferece os serviços de testes do Covid-19, com resultados em 4 horas, e evitando que esses passageiros cheguem ao lugar de destino e passem 15 dias trancados em quarentena obrigatória. O Einstein GRU nasce com 65 profissionais entre médicos, enfermeiros e clínicos de laboratório.
É isso, amigos. Enquanto as farmácias assumem mais e maiores responsabilidades ao lado de nossas casas, com muitos e novos serviços, o mesmo acontece com os principais hospitais que nos fazem companhia e agora e também, no chamado bota-fora.
Lembram-se da música “Nos Bailes da Vida”, que o Milton Nascimento canta, “todo artista tem de ir aonde o povo está”. É o que prevalece no mundo novo em processo de construção.
Ir, presencialmente, ou, garantir o acesso, pelo digital, mais delivery.
Agora somos assim.