Negócio

Chega uma hora cansa. Melhor assumir e realizar prejuízos do que persistir

Naquele momento, Warren Buffett, declarou, “Decidi vendermos todas as ações que possuíamos das quatro empresas aéreas…”. Depois de anunciar um prejuízo histórico de US$49,7 bilhões, justificou-se: “Durante anos evitei investir em empresas aéreas. Em 2016, não resisti e investi um bom dinheiro de nossos investidores em quatro empresas aéreas. Errei feio. Não deveria ter investido nem na American, Delta, United, Southwest e em nenhuma empresa aérea. É um risco gigantesco e desproporcional…”. Semanas atrás, uma decisão semelhante de um bilionário – o maior da França, Bernard Arnault. Bernard decidiu pular fora do Carrefour. A Financière Agache, empresa holding controlada pelo bilionário Arnault, detinha 5,6% do Carrefour. Essa relação começou 14 anos atrás, quando Arnault comprou essa participação, 2007, pagando €47 por ação. Semanas atrás vendeu tudo por €16 a ação. Realizando um prejuízo monumental. Conforme tenho comentado com vocês o Carrefour vai muito bem no Brasil e em outros dois ou três países. Em todos os demais, muito especialmente na França, é um desastre, e a tendência é afundar mais ainda. Apenas lembrando, no dia 30 de março de 2016 a Península, holding de Abilio Diniz, anunciou mais uma aquisição de ações do Grupo Carrefour, totalizando 8% de todo o capital do grupo. Aguardava-se para as semanas seguintes alguma movimentação da Península, diante da mudança de posição de Bernard Arnault. E aconteceu. Abilio assumiu o erro do investimento, realizou um gigantesco prejuízo, e, segue a vida. Como dizia a música cantada pela Elis Regina, e do Guilherme Arantes: “Vivendo e aprendendo a jogar Vivendo e aprendendo a jogar Nem sempre ganhando Nem sempre perdendo Mas aprendendo a jogar”. Uma vez reconhecido o erro, mudadas a situação e as circunstâncias, e diante de uma nova realidade, nenhum investidor deve vacilar e insistir no erro. Realizar o prejuízo – o mais rápido possível – pular fora, e ir em busca de novas, melhores e mais consistentes oportunidades. Como fez Warren Buffett, como fez Bernard Arnault, como fez Abilio Diniz.
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Diário de um Consultor de Empresas – 12 e 13/10/2022

EM BUSCA DA FELICIDADE. NA VIDA, NA MÚSICA E NO TRABALHO A busca pela felicidade sempre inspirou os melhores compositores e poetas de todos os países. Agora a certeza de que ser feliz no trabalho resulta em empresas potencialmente mais competitivas e melhores sucedidas.
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Diário de um Consultor de Empresas – 11/10/2022

A economia de um ou dois atendentes vale a pena? Não, definitivamente, não!
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Diário de um Consultor de Empresas – 08, 09 e 10/10/2022

O “NAMING”, e, BASTA! BRIONI, a elegância silenciosa e discreta de Marcas Legendárias.
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Diário de um Consultor de Empresas – 07/10/2022

AMBEV decide concorrer com seus principais clientes… Não deveria…
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Diário de um Consultor de Empresas – 06/10/2022

A HORA E A VEZ DAS BIGTECHS. Demorou, mas, chegou. Vem regulação e ordenamentos pela frente – MUITOS! Mas, discussões e aprovações atravessarão toda esta década.
Negócio

A pisada de bola do Itaú

Todo o cuidado é pouco. Ao se analisar alguma forma de comunicação considerar não apenas seu phocus – a pessoa ou pessoas a quem a comunicação se destina –, mas também todos os demais stakeholders para não chutar a canela desnecessariamente de quem não tem nada a ver com isso e muito menos merece. O fato é que o Itaú pisou na bola. Com os dois pés! Meses atrás… Colocou no ar uma campanha para valorizar os serviços que presta, e estupidamente desancou todo um setor de atividades – bares, restaurantes e os milhões de pessoas que trabalham nesses negócios. E ainda com a agravante que aquele era o pior momento das últimas décadas desse negócio, e de milhões de pessoas… Conclusão, revolta generalizada. O maior banco do país comportando-se como comportam-se os canceladores de plantão nestes tempos de pandemia. Itaú cancelador: inaceitável! Provocada a revolta, imediatamente, mais que retirar a campanha do ar, o Itaú conseguiu a proeza de sumir com a campanha. Depois de devidamente denunciado e cobrado pela Abrasel, Associação que representa o setor e em comunicado assinado pelo seu presidente Joaquim Saraiva, e onde, dentre outras coisas, diz, “Todos sabem do verdadeiro extermínio que sofre o setor de restaurantes no País devido a pandemia, centenas de milhares de pequenos empresários perderam suas economias, milhões de trabalhadores perderam seus empregos, fornecedores e prestadores de serviços foram atingidos pelas tenebrosas consequências, que ainda persistem, em meio a tormenta, os estabelecimentos, corajosamente, tudo fazem para sobreviver, pagar suas dívidas, trazer seus clientes de volta, tocar a vida e ajudar a reconstruir o País. Foi nesse cenário que todos puderam assistir a uma publicidade do Banco Itaú nas estações de TVs e mídias sociais, mostrando que funcionários dos estabelecimentos tratavam os clientes com negligência, estupidez, desrespeito, desgastando a imagem dos estabelecimentos, o que sabidamente não corresponde à verdade, em especial nos dias que vivemos, quando o atendimento do cliente é cercado de todo tipo de atenção. Ao contrário disso, são comuns nas agências do banco as filas de espera, inclusive de pessoas idosas. A imensa maioria dos estabelecimentos que tentaram obter empréstimos no banco durante a pandemia não o conseguiram e os que conseguiram foi por dar garantias e aceitar juros abusivos, graças aos quais o Itaú faz bilhões de reais de lucro, mesmo durante a pandemia.” Além de tirar a campanha do ar, de recolher todo o material, o Itaú publicou uma nota pífia nos jornais do dia 8 de junho, tentando fazer um anúncio criativo e cheio de graça, com o título, e tripudiando sobre milhares de seus clientes comerciantes que ofendeu: “bares e restaurantes: nosso pedido hoje é de desculpas” … Tudo o que conseguiu foi escalar e multiplicar por 10 a indignação dos donos de bares e restaurantes, assim, como das centenas de milhares de trabalhadores desse território. Tudo o que deveria dizer é, erramos, e estamos pedindo desculpas, encarecidamente, e garantimos que isso jamais voltará a acontecer. Além claro, de despedir os irresponsáveis pelo absurdo. Apenas isso.
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Negócio

Flexitarianos

Victorinha, adorada netinha do Madia, não é exclusivamente dos naturais, nem exclusivamente das carnes. Nem carnívora nem vegetariana. Nem vegana. É flexitariana. Não come todas as carnes, mas um franguinho vez por outra não recusa, e gosta de muita salada, frutas e vegetais. Assim, e como aconteceu em todos os processos de transição, e num mundo avesso a radicalismos, os flexitarianos, mesmo sem saber que tem essa denominação, vão prevalecendo. Por uma série de circunstâncias da vida e merecimentos, uma brasileira pilota uma das principais empresas desse aparentemente novo território, mas que já é constituído pela parcela expressiva das pessoas. Preside o segmento de Global Foods, da ADM. Que por sinal, e meses atrás, celebrou parceria com a Marfrig, já aprovada pelo Cade. Embora seja do conhecimento de poucos, a ADM é uma empresa mais que centenária. Nasceu no ano de 1902, por iniciativa de George A. Archer, e John W. Daniels, e que tinha como objetivo alcançar um dia a liderança global na alimentação humana e animal. George era tímido e calado, mas dotado de uma visão estratégica fenomenal. Cuidava do planejamento, Daniels nadava de braçada no comércio. Era uma espécie de rei da simpatia. Hoje, e rebatizada apenas de ADM, tem 38 mil empregados, 50 centros de inovação, fornece para 200 países, e seus acionistas recebem dividendos há 88 anos consecutivos. Em 2020 faturou US$ 65 bilhões. Em entrevista ao O Globo, Leticia Gonçalves, a brasileira que preside o Global Foods da ADM, explicou o que vem acontecendo no mundo, e, por decorrência, o que vem acontecendo com sua empresa: “A ADM está se convertendo de uma processadora de grãos para uma empresa de nutrição. Seremos, muito brevemente, Farm to Fork – Da fazenda ao garfo. Trabalhamos com soja, milho, trigo, castanhas, quinoa, e desenvolvendo novos produtos e em busca de sabor, textura, aparência, e componentes nutricionais e de saúde…”. Leticia falou também sobre a visão da ADM sobre o Flexitarianismo no Brasil: “Em recente pesquisa, a informação que 52% das pessoas que comem carne regularmente consideram novas alternativas como fontes de proteínas. De certa forma, idêntico comportamento encontramos na quase totalidade dos países. E mais agora, ainda, com a pandemia esse sentimento cresceu…”. Sobre o pioneirismo da ADM “A ADM foi a empresa a lançar o primeiro hambúrguer vegetal do mundo, na década de 1980. Era horrível! Mas hoje, e depois de muito investimento e tecnologia, e sucessivas pesquisas com sabores naturais, conseguimos atenuar ou mascarar sabores indesejáveis. E ainda agregamos novos nutrientes melhorando a performance nutricional, mais sabor, e ainda, mais textura. Mais adiante incluiremos aditivos de saúde, desobrigando as pessoas de tomarem vitaminas, por exemplo…” É isso, amigos. Assim, e a partir de agora, carnívoros de um lado, vegetarianos e veganos de outro, e no meio do caminho, e crescendo, os flexitarianos…
Negócio

As voltas que a vida dá

Uma marca datada em produto novo funciona? Esse é o desafio que uma das mais tradicionais fabricantes de relógio decidiu enfrentar. A Technos é de origem Suíça, criação da família Gunziger, 1900, portanto, empresa mais que centenária. Desde 1956 a marca é distribuída no Brasil pela importadora Centauro do empresário brasileiro Mario Goettems. Nos anos 1970, os relógios analógicos batem todos os recordes de venda, manifestações novas como a do Swatch eclodem, novas marcas surgem em paralelo, e o Brasil passa a ser o principal mercado para a marca em todo o mundo. O que leva a construção de uma fábrica em Manaus, inaugurada em 1984. Dez anos depois Goettems compra os direitos da marca, transfere a sede para o Brasil, e assim, Technos, converte-se em marca brasileira, por naturalização. Em 2008, seu controle é transferido para um fundo, em 2013 abre subsidiária na China, decola com novas marcas como Dumont e Condor, distribui marcas globais como Fossil, Diesel, Marc Jacobs, Armani, DKNY, Adidas, Michael Kors. Mas desde a década passada vê seu domínio ser contestado pelos smartwatches – relógios inteligentes ‒ ligados às empresas de tecnologia, além dos fabricantes chineses. E assim, e do dia para a noite, ganha a concorrência da Apple, Samsung, e de dois anos para cá do Fitbit, hoje uma empresa do Google. Curioso é que a marca de certa forma, e mesmo centenária, contempla em sua denominação Technology, Technos, mesmo sendo percebida e reconhecida como uma marca analógica. De qualquer maneira e agora o jogo é outro, em 2017 joga a toalha e reconhece a nova realidade, e lança seu primeiro Smartwatch, com a marca Technos Connect 3.0. Assim, e completado todo o ciclo, e trazendo de volta para o comando das operações o executivo Joaquim Ribeiro, que de forma precoce restringia-se ao conselho da empresa, lança e volta-se totalmente para o futuro, com o modelo Connect Sport, para venda em larga escala e brigar principalmente com os chineses. É isso, amigos. Depois de uma longa e centenária caminhada, e quem sabe, num dos maiores e mais absurdos “cases” de “Branding Premonition” de toda a história, a empresa que nasceu Technos há mais de 100 anos para vender produtos analógicos, agora se reencontra com o nome e tenta convencer todos que acreditaram em sua proposta, que a Technos é Technos no melhor, e mais abrangente e mais atual sentido da palavra. As voltas que a vida dá…
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Diário de um Consultor de Empresas – 04 e 05/10/2022

PORTO NÃO É NADA. Apenas a designação de um lugar onde atracam e de onde partem navios e embarcações. Já PORTO SEGURO é, ou melhor, era, a certeza de proteção e segurança. Não é mais…
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