Por mais que se queira, o resgate de um mundo mais justo, igualitário em todos os sentidos e dimensões, ainda demandará, mais que anos, décadas.
A B3 – que continuarei chamando até o fim de minha vida de Bovespa, recusamo-nos a falar essa bobagem B3 – fez uma pesquisa entre as empresas de capital aberto para aferir como se encontrava a presença de mulheres nas diretorias dessas empresas.
Melhorou um pouco, mas, muito pouco e segue vagarosamente.
Pelos resultados, o registro que apenas 11% das empresas de capital aberto possuem mais de duas diretoras em seus quadros. Uma 28%, e nenhuma 61%. Ou seja, de cada cinco empresas de capital aberto, três não possuem nenhuma mulher em sua diretoria.
Não existem mulheres em condição de integrarem os conselhos das empresas? Sim, existem e em quantidade.
Assim, e se não houver uma decisão interna em cada uma das empresas que isso precisa acontecer, de verdade, o resgate de um equilíbrio mínimo, necessário e essencial, continuará devagar quase parando.
Não podemos mais seguir convivendo com um mundo repleto de discriminações e desigualdades, apenas pelo fato de que sempre foi assim.
Sim, foi um equívoco, mas, jamais deveria ter sido.