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No negócio de automóveis, a virtude segue no meio!

Segundo o filósofo Aristóteles, “virtus in medium est”. Complementado por Confúcio que repetiu, sim, “A virtude está no meio. Quem o ultrapassa não logra mais que os infelizes privados de alcançá-lo…”. Ou sintetizado no provérbio português, “Nem tanto ao mar, nem tanto à terra”. Números e estatísticas confirmam e é o que vai prevalecendo. Nem só elétricos, nem só combustíveis fósseis. As pessoas vão preferindo as virtudes das duas alternativas. E assim, os híbridos, tomam a dianteira. Aparentemente, já cruzamos a linha da tal da Síndrome de Experimentação. Que mais que cansou de acontecer com milhares de produtos em seus lançamentos. Entre 5% e 10% das pessoas, não resistem aos apelos e tentação da novidade. E colocam-se na fila para serem os primeiros a comprar, experimentar, ter. Os tais Novidadeiros. E foi o que aconteceu com os elétricos. Sinalizando, falsamente, como já aconteceu com dezenas de outros produtos, repito, que os elétricos defenestrariam para sempre os carros a gasolina e outros combustíveis fósseis. Passando a sensação que o futuro eram os elétricos, e que isso era fato consumado. Não só não era como a outra Síndrome, a do arrependimento, vai batendo nos chamados First Movers, os primeiros a comprar. Um dia Al Ries e Jack Trout erraram bisonhamente. Na primeira das “22 Leis Consagradas do Marketing” afirmaram, “Mais vale ser o primeiro do que o melhor”. Errado, o primeiro mandamento, escrito corretamente e mais que validado pela realidade, é, “É Bom Ser o Primeiro, Mas Sempre é Melhor Ser o Melhor”. E, pelos dados, estatísticas, manifestações de aprovação dos que experimentaram as novidades, a virtude está no meio, leia-se, Híbridos. E agora, os números vão comprovando. Por sinal, híbridos que chegaram ao mercado há mais de 100 anos… No legendário Salão de Paris, do ano de 1901, ele, o genial Ferdinand Porsche, em parceria com a empresa americana Lohner, causaram sensação com o modelo Semper Vivus – com dois motores elétricos embutidos nas rodas dianteiras. Um motor central conectado pela embreagem a um motor a combustão que movimentava as rodas… Antes da virada do milênio, em New York City, o lançamento do Prius da Toyota. Causando um frisson monumental em todas as pessoas que tiveram acesso à novidade. Em 2003 o Prius ganha sua segunda versão, e finalmente, e aprovado e consagrado, ganha o título de Carro do Ano na Europa em 2005, e passa a ser fabricado, além do Japão, na China e USA. Mas, vamos aos números… Conforme matéria do The New York Times de 19 de janeiro, assinada por Lawrence Ulrich, “Hybrid Cars Enjoy a Renaissance as All-Eletric Sales Slow” – Híbridos voltam a brilhar e elétricos caem nas vendas… Nos primeiros anos, e alimentando o apetite dos que sofrem da Síndrome de Experimentação, Tesla e demais elétricos ocuparam a cena. Enquanto o pioneiro das últimas décadas, via suas vendas despencarem, o Prius. Agora, nos últimos anos, uma nova realidade. Mesmo tendo comprado 1,2 milhão de veículos elétricos em 2023, com um aumento de 46% nas vendas, e participação de mercado de 7,6%, a grande surpresa foi a performance dos híbridos, que cresceram em vendas em 65%, ultrapassaram os elétricos, aumentando a participação de mercado de 5,5% para 8,0%. Nos comentários sobre os acontecimentos diferentes razões e motivos. Mas, esqueceram-se da principal. Terminada a tal da Síndrome de Experimentação, a compulsão dos que não resistem a uma novidade, estamos ingressando em velocidade cruzeiro. Reencontro com a realidade. Na manifestação dos chamados especialistas, o preço segue sendo a maior barreira dos elétricos, seguido pelas dificuldades e desafios da recarga, e, resistências culturais outras. De verdade, verdade mesmo, todo o contingente de novidadeiros mais que matou sua curiosidade, e a grande maioria das pessoas e famílias que ainda ou querem, ou precisam de um automóvel, decidiu dar um tempo… Enquanto isso, e para alinharem-se junto aos consumidores conscientes e responsáveis, conformam-se com os híbridos. E a produção dos elétricos, despenca… Assim, e por enquanto, Aristóteles vai prevalecendo: “virtus in medium est…”.
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The long and winding road das montadoras

Uma das mais celebradas canções dos Beatles, The Long And Winding Road, diz, “The long and winding road that leads to your door / Will never disappear / I´ve seen that road before…”. Se no território dos amores e das paixões essa é uma possibilidade, nos negócios, nada a ver. Quando o cenário é outro, a realidade nova, inusitada e radicalmente diferente, todas as estradas e caminhos desaparecem. Mesmo porque, e se permanecessem, não levariam mais a canto algum. Isso é o que acontece hoje com todos os setores de atividades e todas as empresas, mais que precisando de uma ação radical, imediata e definita, já. Revolucionarem-se, reinventarem-se. Mudou o cenário, mudou a realidade, como nos lembra Al Ries, “O que nos trouxe até aqui não nos levará mais a canto algum”. A indústria automobilística que anda por aí, que mudou a história das pessoas, cidades, países, mundo, está mais que ferida de morte. Precisa morrer, e renascer. Não é suficiente renovar-se ou reinventar-se. Precisa colocar um ponto final no que a trouxe até aqui e não a levará mais a canto algum, e começar do zero. Descontaminar-se, blindar-se da cultura antiga, esquecer as glórias e conquistas do passado, e olhar exclusivamente para frente, para não virar estátua de sal como a mulher de Ló. E assim, e cada vez mais nos depararemos com notícias como as desta semana. A General Motors, onde um dia, 1943/1944 nasce o verdadeiro marketing, LAB do gênio Alfred Sloan Jr. e sensibilidade e ourivesaria de Peter Ferdinand Drucker, aquela que durante 70 anos foi líder mundial do mercado de automóveis, propõe mais um programa de demissões voluntárias para seus empregados no Brasil. Programa mais que rejeitado porque esses empregados sabem que o emprego acabou, e precisam, também se reinventarem, serem preparados, para retornarem a campo não mais com a camiseta de EMP – Empregado, e sim com a novíssima camiseta de PEM – Profissional Empreendedor, e de se oferecerem para a celebração de parcerias muitas e simultâneas, com empresas e outros profissionais empreendedores. Um dia a velha indústria automobilística no auge da prosperidade e delírio acreditou que em 2020 bateria nos 7 milhões de automóveis fabricados e vendidos no Brasil. No tal do clímax sonhado e delirado, dezembro de 2020, somados e computados todos os dados, nem mesmo nos 2 milhões de automóveis chegou. Menos de 1/3 das previsões… Repito, novamente. As empresas, setores de atividades completos, continuam tratando a crise monumental que estamos vivendo e tentando superar e atravessar como se fosse conjuntural, tipo, resfriado forte. Não, não é, é estrutural, uma fenda infinita abriu-se diante de nós, e o mundo em que nascemos e prosperamos até ontem chegou ao fim. Al Ries e Jack Trout, recomendavam, “Repositioning Or Die”. Não é suficiente. É Revolutioning Or Die. Isso mesmo, começar de novo, do zero, em todos os sentidos. Nos próximos dois anos todas as montadoras, além da GM, com poucas ou nenhuma exceção, farão rigorosamente o mesmo que a GM faz agora. Tentar empurrar goela abaixo de seus funcionários um Plano de Demissão Voluntária. Que, claro, não será aceito, porque todos não tem a menor ideia do que farão depois. Num mundo onde deixam de existir empregos e todos terão que se converterem em empreendedores individuais, e aprenderem a trabalhar no formato Sharing, mediante a celebração de PARCERIAS com outros profissionais e empresas. Como diz Neymar, todos, “parças…”. Lembram das historinhas que ouvíamos de nossos pais e avós, e poucos repetiam para seus filhos, e onde no final ouvíamos: “Acabou-se a história e morreu a vitória…”. É por aí…
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De mudança para as nuvens

Quem mora nas nuvens é um “nuvático”? Acho que é. Se quem anda pelo mundo da lua é lunático, os habitantes de Marte, Marcianos, desde o dia 02 de janeiro de 2023 viramos, nós sete sobreviventes da Madia, “nuváticos”. Quem sabe “nuvianos”. Não importa. Decidimos nos mudar para as nuvens. Sete sócios e associados. E infinitos, sempre e quando os desafios demandarem. Nossa empresa nasceu no dia 01 de setembro de 1980. Começamos pequenos, três pessoas, na rua Maranhão, em frente a padroeira dos profissionais de Marketing, Santa Terezinha. E seguimos crescendo em resultados e gente. De três saltamos para oito na rua Capote Valente, 12 na av. Angélica, 28 na rua Marques de Itú, quase 60 na rua Bela Cintra. Não havia outra forma de suportar o crescimento que não fosse com mais mesas, cadeiras, divisórias, máquinas, fax, pessoas e muito mais. Com a chegada da tecnologia foi possível reduzir a equipe pela metade e voltamos para 30 na rua Padre João Manoel, 20 na av. Angélica, 12, na Aracaju, e agora, 2023, sete. Acabamos de nos mudar para as nuvens. Terceira nuvem à direita de quem olha em direção ao pôr do sol. Mais cedo ou mais tarde você e sua empresa farão o mesmo. Mergulhamos de cabeça, coração e alma na SEKS – Sharing Economy e Knowledge Society. Onde o capital é o conhecimento, que carregamos em menos de dois quilos em nossos cérebros, e trabalhamos daqui para frente, como a maioria das empresas e negócios, no formato sharing. Por compartilhamento e com infinitos profissionais empreendedores e independentes tecendo parcerias. 10,100,1.000, 1 milhão se necessários. Somos em sete. Mas para cada projeto novo temos centenas ou milhares de parceiros. Aqui ou em qualquer canto do mundo. Enfim, deixamos a terra e migramos para mais próximo do céu. Repito o novo endereço, terceira nuvem à direita de quem olha em direção ao pôr do sol. O e-mail continua o mesmo. Não foi fácil decidir. Mas veio a pandemia e… As ferramentas disponíveis como, por exemplo, um Teams da Microsoft é ótimo para a galera de tecnologia. Mas para os demais humanos um tédio. Falta alma, humanidade, emoção, criatividade, ludicidade, paixão. Por enquanto, é o que temos enquanto as novas e radicalmente lindas e irresistíveis plataformas estão sendo desenhadas e construídas em diferentes lugares do mundo. Plataformas para seres humanos que passarão a trabalhar a distância e exigem sentir a mesma ou maior sensação de calor, alegria, empolgação, companheirismo, amor. Amor a distância é possível? Sim. O presencial, o toque, o abraço são inegociáveis, mas há duas décadas, todos os dias, muitas vezes ao dia, trocamos cargas substanciais e generosas de amor com as pessoas que amamos. Através e na digisfera. Um dia cruzo com Gertrude Stein, saindo do Algonquin NYC, 50W 44th St. estava com câncer. Veio a morrer dois anos depois. Olha pra mim e diz, Madia, acabo de chegar de Paris, na segunda jantei com Picasso, Matisse, Hemingway, Fitzgerald e Joyce. O tema era tentar enxergar o futuro. A mim coube a última palavra. Disse, “Não existe lá mais ali”. Meses antes me encontrara com o adorado mestre, Peter Ferdinand Drucker. Desabafou, “diga aos meus amigos do Brasil que antes de colocar todos os novos e revolucionários gadgets nas velhas molduras que as pessoas carregam em suas cabeças, jogar a moldura velha fora…! Dê um abraço forte no Salibi…”. Saindo de um Casino em Las Vegas, onde palestrou numa convenção, Al Ries desabafa, “Querido amigo, o que nos trouxe até aqui não nos levará mais a canto algum”. E, enquanto preparava a mala para o regresso Milton Berle me liga e faz sua derradeira recomendação. “Se a oportunidade não bater, construa uma porta”. Ao chegar no Brasil a notícia da morte de duas queridas e iluminadas personalidades. Zygmunt Bauman que, poucos dias antes de morrer, declarou em entrevista, “Vivemos o fim do futuro”. E como as pessoas fizeram beicinho e cara de tristes foram consoladas por Chico Xavier, “Já que não podemos voltar atrás e construir um novo começo podemos caprichar na saída e fazer um novo e digno final”. É isso, amigos. Acabou o velho e começa o novo. Mudar-se para a “Metasfera” é uma inevitabilidade. Tomamos a decisão e mudamos no último dia de 2022. Deixamos a Terra e nos reunimos e trabalhamos em plataformas, e quando necessário, escolhemos queridos e deliciosos lugares no mundo real e descemos para reuniões e reencontros físicos e presenciais. Estamos aprendendo a tomar café a distância. Mas, sempre que possível, repito, carregados de emoção e amor, damos uma descidinha e abraçamos os amigos. Todos. Como é bom… E você, está esperando o que?
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Costela, a importância da especialização

Al Ries e Jack Trout diziam, empresas estão mais para laser do que para sol. A energia do sol é infinitamente maior e mais poderosa do que a miséria que é a energia do laser. Acontece que a energia do sol, infinitamente maior, é difusa, e com um bom protetor e um guarda-sol passa-se um dia inteiro na praia sem qualquer queimadura. Já o laser, com aquela merreca de faixo de luz, mas, concentrada, fura o dedo de uma pessoa em questão de horas; quem sabe, minutos… E aí veio a crise, e o empresário e chef Celso Frizon que vem construindo sua imagem de autoridade em costela, isso mesmo, aquela carne, supostamente de segunda e gordurosa, adorada pela maior parte dos apreciadores de carne do Brasil, com uma campanha regular e sistemática nas redes sociais no correr dos últimos anos, decidiu se reinventar. E criou a costela assada na brasa e ultracongelada. Que, segundo ele, e com seu método e inovação, preserva o aroma, a maciez e a suculência da carne, depois de meia hora em banho-maria, como se tivesse acabado de sair da churrasqueira. Isso significou saltar de 200 quilos para duas toneladas de costela por semana. Hoje, Celso virou a autoridade máxima em costela do Brasil. Quem deu esse título a ele? Ninguém! Ele construiu, fez por merecer pela consistência de sua comunicação. Hoje, o Dr. Costela fornece porções prontas de suas costelas para 25 boutiques de carne da cidade de São Paulo, e neste ano abre novas unidades de seu restaurante na cidade. Jamais quis ser sol. Apenas, laser. Quando nos pedem um exemplo de consistência de foco, e a partir de agora, e dentre outros, sempre responderemos, e com louvor, o Dr. Costela.
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Evidências

A campeã dos karaokês completou 30 anos. Início dos anos 1990, Milton Assumpção – o Miltão – procura a Madia e diz, “Madia, o Al Ries e o Jack Trout estão com um novo livro na gráfica”. E querem saber se temos interesse em lançar simultaneamente no Brasil. No original, “The 22 Immutable Laws of Marketing”, topa? Junto com a editora do Miltão, a Madia criou o que denominamos de Coleção Eficácia Empresarial. Durante 20 anos lançamos muitos dos principais livros de administração e negócios em nosso país. E assim decidimos lançar o novo livro de Ries e Trout e com o título em português de “As 22 Consagradas Leis do Marketing”. Decidido o lançamento, escrevemos comentando com o Miltão, “os dois consagrados autores estão cometendo um erro patético na primeira das leis”. Diziam… Lei da Liderança, “É melhor ser o primeiro do que ser o melhor”. E para defender a tese, exemplificavam… “A primeira pessoa a atravessar o Atlântico em voo solo foi Charles Lindbergh, todos sabem, já a segunda pessoa ninguém tem a mais pálida ideia…”, e desfilavam um rosário de exemplos com essa mesma característica. Todos conheciam e sabiam quem foi o primeiro, não tinham a mínima ideia sobre o segundo, que dizer-se, então, dos demais… Já naquele momento, o que a vida e a prática nos ensinavam é que é muito bom ser o primeiro, mas, sempre e para sempre, é melhor ser o melhor. O Google foi o 12º buscador, mas, de longe, o melhor. O “Feice” a quarta rede social, mas, a melhor. É bom ser o primeiro, repetimos, mas é melhor, muito melhor, ser o melhor. Quis o destino que naquele mesmo momento um dos melhores exemplos de como a 1ª Lei estava equivocada eclodia no Brasil. No mês de outubro de 1990, Chitãozinho e Xororó decidiram gravar o álbum de número 14. Para selecionar as músicas do novo álbum iam ouvindo pelas estradas, no trajeto entre um show e outro, as fitas dos compositores. Um dia, voltando de Campinas, ouvindo e saltando músicas, até que começa uma que dizia, “Quando eu digo que deixei de te amar é porque eu te amo…”. A música era do ano anterior, 1989, de autoria de Paulo Sérgio Valle e José Augusto, e fora grava pelo cantor Leonardo Sullivan – “mais vale ser o primeiro” lembram a primeira lei consagrada do marketing segundo Ries e Trout… Mas, não aconteceu nada… A música é até hoje considerada uma música perfeita. Ouve uma vez e gruda. Todos sabem cantar e poucos resistiram tentar a música num Karaokê. Nos principais Karaokês do Brasil é a única música que é cantada de 5 a 10 vezes todas as noites. E aí Chitãozinho e Xororó decidiram gravar… É importante ser o primeiro, mas, mais importante ser o melhor… E a gravação da dupla arrebatou corações e mentes de todas as idades, sexos, preferências, amores, paixões… Assim, a 1ª das 22 leis consagradas do marketing, dos mais que consagrados Al Ries e Jack Trout estava e segue errada. E Evidências, é, mais que uma evidência, uma prova incontestável desse equívoco. É bom ser o primeiro, mas é melhor, muito melhor e sempre, ser o melhor. As 22 Leis e Evidências acabam de completar 30 anos. E Evidências prova que Al Ries e Jack Trout estavam errados. Faz parte. Acontece. Nada capaz de tirar o mérito e as contribuições monumentais à administração moderna e sua ideologia, o marketing, dos dois consagrados autores. Os criadores do Marketing de Guerra, e, muito especialmente, os que anunciaram o 2º mais importante dos 13 “Ps” do Marketing, da Madia Marketing Matrix. Intuíram e criaram o Positioning. Está no livro de autoria da dupla, Positioning, the battle for your mind. Sem um positioning relevante, emblemático, encantador, não existe nenhuma possibilidade de construir-se uma marca com um mínimo de qualidade. E vocês quantas vezes já cantaram Evidências?
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Santander leva “a lambança da década”

No primeiro sábado de maio, dia 2, 2020, nossos consultores acordam com um anúncio do Santander encapando os três principais jornais do País. Já na primeira leitura mais que suficiente tratar-se de uma mega pataquada. Fruto de descuidos inaceitáveis dos que propuseram e dos que aprovaram a iniciativa. Indesculpável! Ato contínuo, o Madia escreveu seus comentários que envia para todos os empresários e profissionais que assinam a plataforma de Mentoria de Negócios, sob a responsabilidade do MadiaMundoMarketing: Perennials. Assim como, fez um post no Facebook. O Madia perguntou, “Santander, boa notícia pra quem?”. E continuou em seus comentários… “Não pergunte porque alguns bancos são assim, são assim mesmo. Mesmo nas maiores crises encontrando um jeito de ganhar mais dinheiro ainda, jeito esse camuflado das melhores intenções. Encapando os três principais jornais do País, hoje – Estadão, Folha, Globo – o Santander diz que banca o projeto que vai dar novas fontes de renda para mais de 400 mil bancas do Brasil. Fui conferir. E, não é bem assim. Financia, desde que… E aí uma sucessão de “desde quês”… De boas intenções o inferno, que também é vermelho, está abarrotado. Daquelas ideias “geniais” que alguém tem, aprova-se no açodamento e irresponsabilidade, e depois, e se der problema, corrige-se… Nada contra as resilientes, bancas de jornais do Brasil. Que por sinal, nem na época áurea dos jornais onde o Brasil tinha milhares deles – quase toda a cidade tinha seu jornal –, chegou a 10% das chamadas 400 mil que o Santander diz em seu anúncio… Em 1986, eram 23 mil; Em 2019, 12 mil; e, de verdade mesmo, não mais que 8 mil, hoje. Onde será que o Santander arrumou 400 mil…”. “Eu passei muitas horas de todas as semanas de toda a minha vida – continua o Madia – vasculhando bancas de jornais. Não vivo, não respiro, não acordo sem uma revista – muitas – um jornal – muitos, na minha frente, como acontece agora”, dizia eu no post, naquele sábado de manhã, 2 de maio de 2020, 9 horas… E além de todas as publicações que assino. Mas as razões da crise das bancas, dos jornais e das revistas são infinitamente mais profundas. Dentre outras, é que existe um novo mundo em processo de construção, provisoriamente interrompido pela coronacrise, onde outras e novas alternativas de acesso à informação prevalecem… “Lembram, Al Ries e Jack Trout com a famosa e 1ª das “22 Leis Consagradas do Marketing”. Onde a 1ª de todas, dizia, “Mais vale ser o primeiro do que ser o melhor” e que foi literalmente defenestrada pelo tsunami tecnológico. Agora essa 1ª lei precisou ser revista e passou a ter a seguinte redação, “é importante ser o primeiro, mas, mais importante, ser o melhor sempre”. E na cabeça dos jovens de 18 ou 88 anos, existem outras alternativas e soluções que prestam o mesmo serviço de informações melhor, na cabeça deles, repito, do que jornais e revistas. “Eu, Madia, vou até o fim. Diria que minha paixão pelas publicações não tem cura. Enquanto estiver vivo, quero ser o último assinante e leitor de jornais e revistas. Dos livros, também! Não resisto ao prazer e a componente de sensualidade de tocar nas páginas de jornais e revistas e livros de onde brotam as informações mais relevantes para saciar o apetite de meu capital de conhecimento. Assim, mega decepção! Pensei que o Santander ia bancar, de verdade, e não financiar, como é de seu hábito, prática e business. Mais ainda, não imaginaria que o Santander ia colocar os 5.500 municípios do país contra a parede, estimulando os sobreviventes e heroicos donos das bancas, a brigarem com as prefeituras desses municípios. E depois ficar rindo escondido… “Pior ainda, não imaginei que o Santander fosse defender um privilégio para as bancas sobreviventes, em detrimento aos “chaveiros, manicures, ateliês de costura, floriculturas e até assistências técnicas de celular”, que imagino alguns deles, talvez milhares, sejam clientes do Santander. E me pergunto, será que o Sergio Rial aprovou essa nova modalidade de financiamento do banco que dirige, modalidade cosplay tosca de ação de benemerência? Assinado, Francisco Madia, o último assinante de jornais e revistas, o último frequentador das bancas de jornais. Ou, um dos últimos… Tempos de coronavírus! Acho que o covid-19 bagunçou a cabeça dos profissionais do Santander…” – terminava o Madia. Dias depois, o Santander foi enquadrado pelo Conar por sua monumental lambança. Acatou a acusação da ANJ – Associação Nacional de Jornais – que a campanha do Santander deprecia a relevância dos jornais. Nos vídeos da campanha o Santander dizia, “nos últimos anos, mais gente comprava jornal para catar sujeira de bicho de estimação do que para ler…”, e, emendava… “ninguém mais compra jornal em bancas, todo mundo lê notícia pelo celular…”. No mês de maio de 2020, mas em tempo, o Santander arrebatou a taça da lambança da década.
Blog do Madia MadiaMM

Diário de um Consultor de Empresas – 30/12/2020

Francisco Madia fala sobre EVIDÊNCIAS. Quantas vezes você cantou EVIDÊNCIAS neste ano que vai embora? Um dos exemplos que derrubam de vez a 1ª. das “Consagradas e Imutáveis Leis do Marketing” de AL RIES e JACK TROUT. Diziam, “Mais vale ser o primeiro do que ser o melhor”. Agora, devidamente reescrita, é “É bom ser o primeiro, mas é MELHOR ser o MELHOR sempre, mesmo não sendo o primeiro”.