Tag: #Aliexpress

Negócio

Mercado Livre, ainda um oceano de distância

Não obstante o ensandecimento de parcela expressiva de empresas que entram na reflexão tosca do Já Que: “já que faço isso, faço aquilo e aquilo outro também”, e decidem ser marketplaces genéricos e universais, vendem de tudo para todos, hoje, o ranking dos marketplaces de verdade e consistência em nosso país, envolve sete players. Líder absoluto, destacado, a quilômetros de de distância, com muitas vezes mais sellers na região da América Latina, mais que a soma de seus seis outros concorrentes, o Mercado Livre. E, depois, e não necessariamente pela ordem, vem, Luiza, Americanas, Via, e as asiáticas AliExpress e Shopee, e ainda a Amazon. Todas mais que se movimentando na tentativa de diminuir a descomunal distância e vantagem que o Mercado Livre tem hoje, na expectativa de que a partir da segunda metade desta década consigam aproximar-se mais do marketplace líder. Neste momento, por exemplo, e tentando recuperar o tempo perdido por não ter vindo rapidamente para o Brasil, a Amazon inicia o oferecimento de uma série de serviços e vantagens financeiras para os sellers que preferirem ou utilizarem, não necessariamente, em condição de exclusividade, sua plataforma. Como temos comentado com vocês, o fator decisivo de sucesso nas compras a distância, no e-commerce, é o “QE” – Qualidade da Entrega. E no indicador “QE”, o Fator Tempo, tem peso 5. E os restantes cinco divididos entre tudo o que aconteceu entre a compra e a entrega, passando pela embalagem, pelo “unboxing”, pelos maiores graus de correspondências entre o que foi comprado e o que foi recebido em termos de expectativas. E as chances de um “QE” 10 aumentam exponencialmente quando todo o processo é confiado a um único e mesmo player, não obstante quem seja o seller, o vendedor. Assim, os principais marketplaces, e como sempre procurou fazer o Mercado Livre a partir do momento que ganhou consistência, procurando sensibilizar seus sellers a se preocuparem especificamente com o produto e delegarem todas as demais funções ao próprio marketplace. E é o que neste momento, e em sua campanha de crescimento no Brasil, a Amazon vem procurando fazer. Conseguir mais sellers, mas sellers que confiem a guarda, entrega, e até mesmo eventual devolução do produto a seus cuidados. O grande desafio da Amazon, e de todos os marketplaces, é o de convencer seus sellers que nunca mais farão o que era comum nos primeiros anos dos marketplaces. Boa parte dos marketplaces copiavam, descaradamente, os produtos de maior sucesso de seus sellers, e passavam a concorrer com os mesmos. É esse, amigos, o momento dos marketplaces no Brasil. Em tempo, dentre as métricas que vem ganhando espaço e posição no comércio eletrônico, vai prevalecendo a NPS – Net Promoter Score, criada por Fred Reichheld, – pela sua simplicidade, facilidade de aplicação, e qualidade dos resultados. A primeira vez que Reichheld anunciou a NPS foi num artigo publicado na revista da Universidade de Harvard, no ano de 2003, “The One Number You Need to Grow”. A NPS consiste em uma única pergunta, ou na pergunta final de todo um processo de avaliação de compra e que é: “de 0 a 10 o quanto você indicaria nossa empresa a seus amigos?” Soma-se os CPs, clientes promotores, os que deram notas 9 e 10, e soma-se os CDs, clientes detratores, de 0 a 6, ignorando para efeito da nota os indiferentes, passivos e neutros, notas 7 e 8. O NPS é o resultado da conta de diminuir dos CPs, clientes promotores, dos CDs, clientes detratores. Reichheld é de Cleveland, 1952, escritor e palestrante de sucesso, e notabilizou-se por seu artigo de 2003, e que se transformou no livro “Ultimate Question”, e que é a que leva a obtenção do NPS – Net Promoter Score.
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 25/11/2022

Mais cedo ou mais tarde iria acontecer. A RECEITA FEDERAL decidiu enquadrar, de vez, os MARKETPLACES globais que invadiram o Brasil.
Negócio

O tamanho do Alibaba!

Anos atrás um grupo de empresários brasileiros foi à China e fez o tal do roteiro das visitas às principais empresas daquele país. Visitando o Alibaba, descobriu que há anos, mesmo não estando fisicamente presente em nosso país, mesmo tendo o desafio de uma logística que começa do outro lado do mundo, já ocupava a primeira colocação por aqui e dentre todos os marketplaces. Agora, e finalmente, mais que revelados, os números são escancarados. Um momento do mundo, do comércio eletrônico, onde os principais players resolveram revelar quem tem, e quanto tem, de verdade, e como diz o Ratinho, café no bule. Em entrevista histórica ao Meio & Mensagem, Yan Di, chinês de nascimento, brasileiro de coração, que foi o primeiro idealizador e presidente da Abria – Associação Brasileira de Inteligência Artificial, e da ABO2O – Associação Brasileira de Online to Offline, que presidiu por seis anos o Baidu em nosso país, e trabalhou ainda 12 anos na Huawei, e hoje comanda o Aliexpress por aqui, não escondeu absolutamente nada. Vamos conferir, na síntese e nos comentários. Aliexpress “O Aliexpress pertence ao Grupo Alibaba, maior player do varejo online de todo o mundo. Vendas brutas praticamente o dobro da Amazon globalmente, e no Brasil, também. Operamos há 11 anos em mais de 220 países. Temos 150 milhões de usuários ativos com uma característica interessante e que não se faz presente nos clientes de nossos concorrentes: 60% têm menos de 35 anos, acabaram de constituir família, gasta R$1,9 mil por mês no e-commerce. No chamado cross-border, compras em outro país, somos líderes com 32,6% de share, contra 15,1% da Amazon”.Segredo do Sucesso “Em nosso ecossistema estão plugados 8,7 milhões de vendedores chineses, em sua maioria fabricantes, e vendendo a preço de fábrica. Trazemos coisas da China por um preço de fábrica. Quem mais consegue fazer isso…?”.A Importância do Brasil “O Brasil é um dos cinco maiores mercados internacionais para a empresa e tem a taxa de crescimento mais acelerada entre 220 países. É um mercado extremamente estratégico para nosso futuro. Na China, o e-commerce faturou o ano passado US$ 1 trilhão. No Brasil, US$ 15 bilhões. 65 vezes menos. Claro que a população da China é quase sete vezes maior, mas o Brasil tem muito a crescer. Na China 50% de tudo o que se vende é pelo e-commerce. No Brasil, 10%.”Razões do Sucesso no Brasil “Os brasileiros são os consumidores mais exigentes do mundo. Querem preço e serviços. Querem comprar em conta e receber imediatamente. Todas as semanas embarcamos quatro aviões da China para o Brasil. Entregamos todas as compras aqui em até 12 dias. Temos aqui uma equipe humanizada e que fala o português. Não gostou, devolve a compra num endereço no Brasil e fazemos o reembolso…”.Offline ou Online “O que se revelar melhor para o cliente. Queremos oferecer a melhor experiência, sempre pelo melhor preço. As pessoas querem que o produto comprado chegue às suas casas com rapidez. Nunca paramos de fazer contatos estudando a parceria com grandes players do offline. Poderemos ter nossa própria estrutura ou abraçar algum parceiro…”. Todos sempre souberam que os números da China são superlativos. Mas, e agora, escancarados, impactam ainda mais.
1
Negócio

Alibaba, mesmo do outro lado do mundo, reage

Como temos comentado com vocês, para 80% de todas as compras pelo e-commerce, o fator mais importante na decisão é o tempo de entrega dos produtos comprados. E, em comentário recente, falávamos sobre o Rappi Express que promete entregar, em determinadas áreas da cidade, em até 1 hora. Nos últimos dois anos, o marketplace que vinha fazendo a cabeça dos brasileiros, muito especialmente das brasileiras, o Alibaba começou a sentir uma perda consistente em suas vendas, na medida em que demorava para entregar. Anos atrás, o prazo médio de entregas do Alibaba, do outro lado do mundo, era de 60 dias, mas alguns produtos chegavam a demorar quatro meses ou mais. Providências foram tomadas no meio do caminho, melhoras significativas da desafiadora logística de produtos que se encontram a milhares de quilômetros de distância, como, construção de entrepostos mais próximos, passar a trabalhar com estoque nesses entrepostos de produtos campeões de venda, e, gradativamente, com aperfeiçoamento nos sistemas, conseguir que os prazos de entrega fossem se reduzindo. Mas, e mesmo assim, insuficiente. E no ano passado o Alibaba comprometeu-se a entregar a maioria das compras em até 12 dias. Compras em até 12 dias começaram a ser oferecidas para os clientes da cidade de São Paulo, e gradativamente a oferta foi se estendendo para as demais cidades. Esse prazo, segundo o Alibaba, vale para a maioria dos produtos, incluindo eletroeletrônicos. Em entrevista ao Valor, e anunciando as novidades, Yan Di, diretor-geral do Ali Express no Brasil enfatizou a melhoria no relacionamento de seu marketplace com seus clientes, e disse, “A interação com os clientes melhorou substancialmente. Temos uma equipe de atendimento que fala português, simplesmente fundamental para todos os brasileiros que gostam de um atendimento humano e humanizado. Melhoramos a logística reversa no caso de algum erro, e ainda ampliamos as possibilidades de financiamento…”. Fantástico, mas, será que isso será suficiente? Reduzir de quatro meses para 60 dias e agora para 12 é sensacional. Mas, como competir num mundo onde algumas empresas já começam a se comprometer na entrega a prazos inferiores a uma hora? Provavelmente, e se quiser permanecer competitivo por aqui, o Alibaba terá que proceder a uma revisão radical em sua operação em nosso país. 12 dias é sensacional, é espetacular, para quem se encontra do outro lado do mundo, mas é insuficiente. Para quem compra, uma espera insuportável.
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 15/02/2022

MERCADO LIVRE, A UM OCEANO DE DISTÂNCIA NA LIDERANÇA DA AMÉRICA LATINA. E todos os demais, muito especialmente a AMAZON, correndo na tentativa de diminuir a diferença.
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 12/11/2021

HOJE, DOIS COMENTÁRIOS: A ALIEXPRESS instalando-se “full” no Brasil e escancarando-se para os SELLERS BRASILEIROS, e a briga pelo ISS entre os municípios segue a toda a velocidade aumentando o CAOS TRIBUTÁRIO BRASILEIRO.
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 07/10/2021

Finalmente revelados alguns números do maior MARKETPLACE do mundo, o ALIBABA. E a importância do Brasil frente aos demais países.