As duas faces de um mesmo chip…
Um dia, há mais de 50 anos, os japoneses da Busicom, fabricante de máquinas de calcular, bateram à porta da Intel em busca de uma pequena memória para suas calculadoras, evitando que seus clientes seguissem usando lápis e papel para anotar os resultados. Faziam uma soma, anotavam os resultados, voltavam a colocar o resultado na calculadora, para multiplicarem… Dois anos depois a Intel entregou o Microchip 4004, e nunca mais o mundo foi o mesmo.
No momento da entrega Gordon Moore, presidente da Intel, disse, “este microchip vai dobrar de capacidade a cada 18 meses, e ter seu preço reduzido pela metade”. Errou bisonhamente; o preço não para de despencar, e o aumento potencial de capacidade hoje, é quase, infinito.
Corta para dezembro 2024. “Em crise, Intel anuncia a saída de seu CEO”. E diz a matéria do The New York Times, “Pat Gelsinger, CEO da Intel, deixou o cargo após quase quatro anos… a perda de participação de mercado e a pouca competitividade no território da inteligência artificial determinaram uma queda no preço das ações apenas neste ano de mais de 50%”.
Enquanto isso, a Nvidia, que nem existia quando a Intel entregou o Microchip 4004 para a Busicom, liderada pelo gênio Jensen Huang, que tinha 6 anos quando isso aconteceu, desde a revelação e prevalecimento no território dos chips para Inteligência Artificial Generativa, segue batendo recordes de valorização.
Quase 200% no ano de 2024, e quase 1.000% desde janeiro de 2023. Na sexta-feira, 25 de outubro, a Nvidia alcançou o valor de mercado de US$3,53 trilhões, superando a até então empresa de maior valor, a Apple, US$3,52 trilhões…
Essas, as duas faces de um mesmo chip, desde sua primeira criação e primeira entrega no ano de 1971. Fabricado pela Intel, agora em grave crise, enquanto uma Nvidia, com apenas 31 anos de idade, acende a condição de empresa de maior valor do mundo.
De novo, nada é para sempre, e a qualquer momento, como diz o slogan da Band, tudo pode mudar… E, muda!