Tag: Big Techs

Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 12/10/2021

TODO CUIDADO COM OS NÚMEROS DOS TAIS “INFLUENCIADORES” É POUCO. E, números, são apenas o ponto de partida. Muitos e outros filtros precisam ser utilizados antes de eventual contratação. E, mesmo assim, um elevado risco envolvido.
Negócio

O fim das grandes sedes das corporações

Em grande matéria meses atrás, no The Washington Post, a dúvida que não para de crescer sobre qual o sentido e o futuro das sedes das grandes corporações. Não, a matéria não se referia a organizações da velha e tradicional economia. Grandes indústrias, varejo, bancos. Referia-se a sede dos gigantes do digital, das big techs, como e, por exemplo, a emblemática sede “big disco voador” da Apple. E, também, a sede das demais big techs. Essas empresas, novas no que fazem, dizem e comportam-se, erraram bisonhamente e revelaram-se mais medíocres que as empresas tradicionais, em pensarem em qual seria o melhor formato para suas instalações. Pensaram de forma tacanha, medíocre e ultrapassada – quem diria – em como fazer um terno ou um vestido para o corpo que têm, e não em como embalar minimamente aquilo que fazem, e os serviços que prestam. Revelaram-se preocupadas em fazer bonito e causar inveja aos concorrentes, e esqueceram-se do que é melhor para seu capital humano e clientes. Enfim, comportaram-se como crianças com cabeça de velhos. Esclerosados! Isso posto, não será surpresa se muito rapidamente o big disco voador da Apple converter-se em museu, ou coisa do tipo, assim como a sede das demais big techs. E o mesmo vírus faz-se presente em muitas empresas no Brasil. Como, por exemplo, o supostamente disruptor XP, e referindo-se a que Amador Aguiar e Lázaro de Mello Brandão fizeram há 66 anos – 1953 – anunciou no ano passado uma nova sede, construída sob medida, e fora da cidade de São Paulo. Para quê? Em síntese, amigos, as pessoas são capazes de pensar o futuro com mais facilidade, quase naturalidade, e se organizarem para, e no fluxo dos serviços que prestam, mas não na pele ou casca com que se embalarão, ou aprisionarão, na sequência. De novo, o não pergunte por que as pessoas são e pensam assim. São, pensam e agem assim mesmo. É de causar perplexidade, mas é assim mesmo.
Negócio

O “baile da ilha fiscal” das big techs, ou, os dias de “Wine and Roses” chegaram ao fim…

No dia 9 de novembro de 1889, um sábado, decidiu-se prestar uma homenagem aos oficiais do navio chileno Almirante Cochrane. Decidiu-se por um grande baile na Ilha Fiscal. Mal sabiam os homenageados, e todos os demais que participaram que aquele seria o Último Baile da Monarquia. Dias depois, 15 de novembro, sexta-feira seguinte, veio a Proclamação da República Brasileira. De certa forma 2020, o ano da pandemia, foi uma espécie de Baile da Ilha Fiscal das Big techs. Pode ser até que ainda demore mais de um ano, mas, dois, três… Em hipótese alguma. Assim, e como era de se esperar, as big techs, mais abençoadas ainda pela pandemia, racharam de ganhar dinheiro em 2020. Google, Amazon e “Feice”, para ficarmos apenas em três, juntas, fizeram um lucro em 2020, de mais de US$ 200 bilhões. Apenas a título de ilustração o desempenho de algumas das big techs. A Amazon ganhou – lucro líquido – US$ 21,33 bi, o equivalente a 84% a mais que no ano anterior. Uma Netflix, ainda uma das menores big techs, mas representativa do território que não para de crescer e que é o streaming, alcançou um lucro de US$ 2,76 bi, contra US$ 1,87 bi do ano anterior, 2019. E até a mais emblemática e mais recente das big techs, a empresa de Elon Musk, a Tesla, que em 2019, ainda nadava num vermelho vivo, com um prejuízo de US$ 862 milhões, saiu do vermelho e encaminha-se para um lindo azul: um lucro de US$ 690 milhões. O Google bateu num lucro de US$ 40,51 bi, 25% a mais que o lucro de 2019. E o “Feice” chegou nos US$ 29,15 bi, um crescimento de 18%. A Microsoft, a vovó das big techs, pelo espetacular desempenho de suas nuvens, alcançou um lucro de US$ 44,28 bi, 13% a mais que em 2019. E fechamos com aquela que ainda e com total merecimento, por sua beleza, é a mais cortejada dentre todas, a Apple, com um lucro de US$ 57,4 bi, 20% a mais que em 2019. É isso, amigos, a farra de crescer e prosperar num território de pouca ou nenhuma regulamentação, e dar mordidas generosas e substanciais em cadeias de valores tradicionais, possibilitou às big techs uma década de fartura e riquezas. Muito provavelmente seguirão ganhando um bom dinheiro nesta nova década. Mas jamais como nos dias, como dizia a música, de Wine and Roses, de alegrias, felicidade, prosperidade e sucesso. Lembram, “The days of wine and roses Laugh and run away Like a child at play Through the meadowland toward a closing door A door marked “Nevermore” That wasn’t there before…”. “Dias de vinhos e rosas, de felicidades e alegrias, como de crianças a brincar… Agora uma porta fechando, Com uma placa escrita nunca mais… E que não estava ali antes…”. Ou como respondia o Corvo na poesia monumental de Edgard Allan Poe… Quando as big techs voltarão a rachar de ganhar dinheiro…? E o corvo responde, nevermore… Acabou. Ou melhor, está acabando…
Negócio

Fake news existem de verdade? Onde tudo começou… Precisamos de censura e tutela?!!!

Da virada do milênio para cá, e em todo o mundo o tema é fake news. De uma forma cínica e enviesada, discute-se apenas as fake news que têm impacto na política. Todas as demais, com os mesmos ou maiores graus de perversão e crime, permanecem à margem. Em verdade, fake news sempre existiram. Porque pessoas de péssima índole e criminosos fazem parte da história da humanidade. Pessoas para as quais os fins mais que justificam os meios e mandam ver. A versão moderna das fake news na política tem uma pré-história, e o atual momento. A pré-história aqui em nosso país vai da redemocratização do Brasil, até o advento da internet, e o florescimento das redes sociais. E a partir das redes sociais, eclodem as tais das fake news. Com a redemocratização, e a volta das eleições, pessoas desqualificadas, ou até mesmo competentes e talentosos profissionais de marketing adeptos do “tudo por dinheiro”, decidiram colocar seus préstimos e competências a serviço de poucos e bons políticos, assim como de outros políticos bandidos e criminosos. Os tais marqueteiros… Esses bons profissionais ética zero passaram a recorrer às piores formas de crimes, na tentativa de alavancarem seus candidatos, mas sem dispor, naquele momento, de uma ferramenta para escalarem nas mentiras. Com a internet e as redes sociais, tudo o que faziam exclusivamente no analógico, migrou para o digital, e chegamos ao atual momento. Até aqui a introdução. Vamos entender, agora, como tudo começou depois da www. Gianroberto Casaleggio No dia 12 de abril de 2016, uma pequena comoção nas redes sociais e nos internautas mais ligados. Morria Gianroberto Casaleggio, que durante anos trabalhou na Olivetti, e foi contratado na virada do milênio para comandar a empresa de consultoria no ambiente digital, Webegg. Em três anos a empresa amargava um prejuízo de € 20 milhões, e Casaleggio foi substituído em 2003, por Giuseppe Longo. Decidiu então empreender com sua empresa de consultoria digital a Casaleggio Associati e prosperou. Em 2005, tornou-se editor do blog Grillo. Mesmo tendo morrido relativamente jovem, com 61 anos, deixou sua marca e criou o caminho para a adoção irrestrita de práticas tóxicas no ambiente político de muitos países. Com sua empresa de consultoria prosperando, associou-se ao humorista Beppe Grillo, criando o M5S – Movimento 5 Estrelas – que acabou se convertendo numa das principais siglas da direita na Itália. Se Beppe era barulhento e aparecia, Casallegio era o cérebro, e ficava distante dos refletores. Mas de sua cabeça nasceram algumas das iniciativas que passaram a pautar o marketing político no ambiente digital. O sucesso do M5S que em poucos anos converteu-se na terceira maior força política e no maior partido individual da Itália, e acabou inspirando outras lideranças e movimentos pelo mundo. Dentre outros, o Método de Casaleggio, de monumental sucesso no M5S, foi rapidamente assimilado pelo populista britânico Nigel Farage, e possibilitou, para a perplexidade do mundo, a vitória do Brexit. Rapidamente adotado por Steve Bannon, na campanha de Donald Trump, e replicado no Brasil pelo exército Brancaleone do Messias, que conseguiu o supostamente impossível. Eleger um pangaré, sem recursos, sem tempo de TV, que o Datafolha na sua infinita incompetência garantia que perderia para todos os demais candidatos no segundo turno, e ignorado e desprezado por todos demais políticos: O Método Casaleggio elegeu ele, Jair Messias Bolsonaro. O que é como funciona o Método Casaleggio? Seu objetivo é criar a sensação de movimento ou tendência, de forma planejada e organizada, no ambiente digital. Apenas isso. Vamos explicar. Toda vez que um tema é colocado em discussão e muitas pessoas se interessam, organiza-se um pequeno grupo de uma espécie de “Pastores de Rebanho”. Meia dúzia de pessoas que irão se apossar e dirigir o debate. Cada uma dessas pessoas trabalha com aproximadamente 50 contas falsas. Muitas vezes, se existirem recursos econômicos, utilizam robôs. E aí, e diante de uma enxurrada de opiniões convergentes de supostamente diferentes autores numa mesma direção, todos os demais participantes vão aderindo, numa espécie de efeito manada, ou, e para usar a linguagem da covid-19, uma espécie de contaminação de rebanho. Ou seja, amigos, manipulação da grossa. Crime. Como se fazia antes também, mas, e sem a possibilidade da escalabilidade fulminante, em curtíssimo espaço de tempo. E que só revelou-se possível nos primeiros anos do digital, pela absoluta falta de regulamentação. Assim, e hoje, e neste momento, e em que se discute em todo o mundo e no Brasil, também, as tais de fake news, estabelece-se a maior confusão. Na tentativa de acabar com o Método de Casaleggio, aproximamo-nos de práticas lamentáveis e sem o menor sentido; combater-se o veneno com um veneno maior, o de censura tosca e inaceitável. Pior ainda, em nosso país, sobre o patrocínio burro, criminoso e escatológico do Supremo, que se apequena e defeca, na maior e pior manifestação em relação às leis e aos costumes. Que literalmente caga, anda e sapateia sobre o que tem por obrigação e jurou defender, a Constituição. Aliás, e a bem da verdade, não se apequena, finalmente reduz-se às dimensões que sempre teve. De Supremo não tem nada. É insignificante, mínimo, desprezível. E aí você dirá, coberto de razões, e o que se faz? O que se faz, então, perguntamo-nos todos? Jamais proibir, apenas transferir o ônus de quem possibilita a prática desse crime de manipulação pública, as big techs, às grandes redes sociais. Como diz o ditado popular, quem pariu Mateus que o embale. Quem pariu e ganha montanhas de dinheiro com Mateus, as plataformas sociais, que as coloque em seu devido lugar e responsabilidade. Da mesma maneira que as demais plataformas de comunicação são responsáveis pelo que publicam e disseminam, que o mesmo aconteça com e dentre outros, o rei das redes sociais, Mark Zuckerberg, e com todas as demais plataformas que possibilitam essa manipulação deletéria da realidade. São as estradas, trilhas, caminhos, por onde multiplicam-se as fake news… O caminho por onde trafega a droga. Por outro lado, é um crime monumental contra a democracia proibir ou ameaçar a manifestação espontânea das pessoas e suas opiniões sobre diversos assuntos, evitando acontecimentos históricos e verdadeiros, que mudaram para sempre e para melhor a história da democracia ou sistemas políticos de diferentes países… Como aconteceu com as manifestações de junho de 2013 aqui no Brasil, com a Primavera Árabe, com o Occupy Wall Street, e dezenas de outros mais em todo o mundo. De 2019 para cá e finalmente, e no Congresso Americano, as big techs começam a ser chamadas à realidade. Ainda que tardiamente, mas, finalmente, a hora da verdade de Google, “Feice”, Apple, Amazon está chegando. E nos primeiros depoimentos, e uma vez mais as big techs tentaram tirar os delas da reta. Mentira que não tenham condição de resolver o problema que criaram na obsessão compulsiva para ganharem todo o dinheiro do mundo e converterem-se em empresas trilhonarias em dólares. Todas, sem exceção, são absolutamente dotadas das mais avançadas ferramentas de Inteligência Artificial. Inteligência que consegue rastrear, segundo a segundo, não o que sabemos que queremos, mas e até mesmo o que não imaginamos que iremos querer, mas que já se revela presente em todas as nossas movimentações. E assim, todas as big techs possuem ferramentas em excesso capazes de filtrar tudo o que flui através de suas plataformas. E dirigir de forma racional as mensagens certas para os lugares certos, e endereçar o lixo, as tais das fake news, para o lixo. De permitirem o fluxo do sangue para o cérebro e o coração, e destinarem a merda para o devido lugar. Portanto, mais que na hora de todos acordarmos. Não precisamos de regulamentação para o que quer que seja. Precisamos apenas que os irresponsáveis, as big techs, sejam devidamente enquadradas, e limpem a sujeira que fizeram e deem uma ordem na bagunça criminosa que patrocinam para entupirem-se de dinheiro. Censura nunca mais. Assim como tutela nem pensar. Portanto, mais que na hora das big techs dizerem ao que vieram, se vão assumir suas responsabilidades, ou são apenas uma espécie de novos hackers de colarinho branco. Bandidos fantasiados de mocinhos. Tirando proveito do encantamento e perplexidade da quase totalidade dos habitantes da terra. Tudo o mais é circo tosco e repugnante protagonizado por 11 prepostos de políticos da pior qualidade, fantasiados com mantas pretas às semelhanças dos urubus, defecando sobre a dignidade do Brasil e dos brasileiros. E ainda ousando nos tutelar… O lamentável, escatológico e repugnante Supremo. Sinteticamente, essa é a origem e o histórico das tais das fake news…
1
Negócio

Não me engane que eu nem gosto, não quero, e muito menos aceito. A hora da verdade das redes sociais chegou

O boicote ao Facebook e demais redes sociais continua e cresce. A cada novo dia mais e grandes empresas vão aderindo. A primeira pergunta que todos se fazem, é, o quanto esse boicote impacta nas receitas das redes sociais, muito especialmente, as receitas do Facebook? Bastante, mas não o suficiente para inviabilizá-las. Grosso modo, as grandes empresas, os grandes anunciantes, respondem por uma parcela correspondente a, exagerando, 30% de tudo o que um Facebook fatura. 70% ou mais vêm de milhões de pequenos anunciantes – pessoas jurídicas, prestadores de serviços, e até mesmo pessoas físicas – em todo o mundo. Mas, o constrangimento social é muito forte, e vai, finalmente obrigar, que as big techs, os gigantes do ambiente digital, parem de escalar sem limites num mundo que não os previu e, portanto não os regulamentou – escalabilidade sem limites – e comecem a assumir e arcar com suas responsabilidades. E é o que começa a acontecer agora. E já que param para a necessária e essencial revisão de suas práticas, as grandes empresas anunciantes, começam a mergulhar na efetividade dos resultados dos caminhões de dinheiro que investem nas redes sociais. Ou seja, não será surpresa se, em no máximo 10 anos, aconteça com as redes sociais, o mesmo processo de degeneração que começou a acontecer com as mais que prósperas Listas Telefônicas, dos anos 1960, 1970 e 1980… E que praticamente acabaram na maior parte das cidades brasileiras. Ou as big techs assumem suas responsabilidades, se autorregulam de verdade, enquanto o estado balofo não as enquadra, ou começam a ingressar em perigosa e irreversível contagem regressiva. E do ponto de vista da factibilidade de se autorregularem, não apenas no papel, na prática, não tem desculpas. A mesma inteligência artificial, com a mesma qualidade que rastreia o comportamento dos bilhões de pessoas na rede, tem todas as condições e mais ainda de rastrear o que vem de seres humanos, e o que vem de robôs. Para as redes sociais isso é bico! É suficiente programar e treinar a inteligência artificial para essa missão. Mas como isso não dá dinheiro, as big techs, desviam o assunto, e continuam insistindo na tese absurda da impossibilidade. Esquecem-se da sabedoria popular, “pau que bate em Chico bate em Francisco”. Chegou a hora dessa gente bilionária mostrar seu valor e cumprir com suas obrigações. Assim, jamais aprovarmos ou adotarmos uma legislação hipócrita e burra que se diz preocupada em evitar as fake news, e que as redes sociais, que as traficam, e têm todas as condições de, encarreguem-se dessa missão. De colocar ordem no galinheiro em que se transformaram. Quem pariu Mateus que o embale. Quem pariu os robôs, que impeça que continuem destruindo reputação e trabalhem para o mal. Aprovar esse absurdo que hoje tramita sob emoção tóxica e deletéria no congresso é punir os inocentes pela irresponsabilidade das big techs. Não, à censura.
Negócio

Delirius Digital Tremens

Supostamente o beato Antonio Conselheiro teria previsto, que, “o sertão vai virar mar, o mar vai virar sertão”. Quando olhamos no que se apresenta, e vemos a Nestlé e a Unilever atropelando desembestadas a cadeia de valor e vendendo direto ao tal do consumidor final, leia-se, nós, pelo Facebook, começamos a sorrir de nervosismo. Quando do dia para a noite os grandes bancos são atacados por milhares de bichinhos chamados fintechs, e que até ontem eram lojas, sites, farmácias, barracas de feira, sorveteiro da esquina e todos os Zé Manés possíveis e inimagináveis, abrimos um sorrisão, mas nossas mãos tremem. Quando as casas de leilões de móveis, geladeiras, fogões, tapetes, recusam-se a receber mercadoria porque não têm mais onde literalmente enfiar, tão grave é a ressaca da coronacrise já não conseguimos nem mesmo esboçar um sorriso. Quando João Doria e Jair Bolsonaro se estapeiam na disputa de uma luta de boxe só programada para novembro de 2022, começamos a nos coçar e ter vontade de espancar os irresponsáveis. Mas, de repente, e quando chegamos mais perto, o Doria que tem uma casa de um quarteirão nos Jardins e um Palácio no Morumbi, de dedo em riste, cuspindo fogo pelos olhos e de chicote nas mãos manda os miseráveis trancarem-se em seus barracos e cubículos, e Bolsonaro, em sua tosca normalidade, manda demitir todos os que os cercam exclusive e tão somente seus santos filhos começamos a colocar em dúvida nossa sanidade mental. Onde foram parar as almas abençoadas e generosas? As pessoas de boa-fé, dotadas de imensa compaixão e infinita empatia? O gato comeu? Em 20 anos cinco empresas, as tais das big techs apoderaram-se do mundo. Incomodava-nos, antes, vizinhos bisbilhoteiros que sempre encontravam um jeito de invadirem nossas vidas. E palpitarem… Hoje, sorrimos de felicidade, entregamos tudo, numa boa, de uma forma mais absurda do que os índios encantados com pentes e fivelas. E quando circunstancialmente, assim como no filme Awakenings, temos breves despertares e esboçando alguma reclamação, as top five nos mandam calar a boca mesmo porque elas não têm nada com isso, mesmo porque e quando perguntados se aceitávamos, dissemos, açodados e excitados, Sim! Sim! Sim! As top five são capazes de prever com uma margem de erro inferior a 1% o que vamos comprar nas próximas horas, quando soltaremos o próximo pum, e se as eleições fossem hoje, com absoluta certeza e precisão o nome dos vencedores. A AI – Artificial Intelligence – mais que encontrar todas as respostas é capaz de fazer perguntas que somos incapazes de formular, e assim, descobrir coisas sobre os carneirinhos, nós, que jamais consideramos. Mas um dia… Diminuímos na bebida e nos intoxicamos nas redes sociais. DDT – Delirius Digital Tremens! Assim, e na primeira metade desta década, o mundo passará por uma geral, acionando um megafreio de arrumação. Joana I, rainha de Nápoles e condessa da Provença, estipulou os estatutos dos bordéis de Avinhão. E notabilizou-se por ser a proprietária da casa mais famosa do mundo, a Casa da Mãe Joana. E que é onde hoje estamos todos, provisória e precariamente, morando. Assim, chegou a hora do pit stop. Para uma água, regulação, antes de seguirmos em frente. E das big techs voltarem à Terra, respeitar incautos, ingênuos e inconsequentes, e, como dizia o Pequeno Príncipe, serem responsáveis pelos tontos que cativaram com muita tralha, bugigangas, e coisas extraordinárias e espetaculares.
Blog do Madia MadiaMM

Diário de um Consultor de Empresas – 26/02/2021

Francisco Madia comenta sobre as BIG TECHS NO PAREDÃO. Não tem do que reclamar… NADA ERA PROIBIDO! Pela simples razão que nada existia. E assim, as BIG TECHS deitaram, rolaram e escalaram. Mas, recusaram-se a assumir qualquer responsabilidade.Isso posto, e finalmente, irão comer o pão que o diabo amassou. A orgia, finalmente, chegou ao fim. Até que demorou muito…