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Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 14/08/2024

A nova estratégia de algumas das empresas de perfumes.
Negócio

Boticário e Natura, ou, a tartaruga, e o coelho

Boticário era a denominação dos farmacêuticos de antigamente. Denominação escolhida por seu fundador, Miguel Krigsner, para uma pequena farmácia de manipulação. Nasceu em 1977, 8 anos depois da Natura, e para dar vazão aos milhares de frascos que Miguel comprou de Silvio Santos… Uma pequena farmácia na região central de Curitiba para colocar em pé os sonhos de Miguel, marca 100% brasileira com produtos de ótima qualidade tendo como tema o amor e o cuidado com as pessoas. Natura nasce dos sonhos e competências de Antônio Luiz da Cunha Seabra, apaixonado pelas virtudes e potenciais da cosmetologia, numa pequena loja na Oscar Freire, na cidade de São Paulo. E assim caminharam e prosperaram durante 3 décadas, ainda que por caminhos diferentes. O Boticário, a tartaruga, construindo passo a passo e dia após dia sua estratégia de crescimento e multiplicação via lojas próprias e franchising. Natura, o coelho, acelerando pelo marketing monolevel, e disparando na frente. Traço comum das duas empresas brasileiras: produtos de excepcional qualidade. E assim passaram-se os anos. Ingressando no novo milênio o Boticário fortalece sua estratégia agregando mais marcas e produtos, respeitando a espinha dorsal de sua comercialização, e absolutamente inflexível em sua cultura. Enquanto a Natura ia às compras e ganhava manchetes em todo o mundo, e elogios açodados por parte dos críticos, envenenando-se num mix de 3 novas culturas parecidas, mas, diferentes – Aesop, The Body Shop e Avon. Hoje, Boticário, a tartaruga, é a grande referência, e Natura, o coelho, e como na fábula, luta bravamente para superar sua crise de arrogância, prepotência e vaidade. Até o ano de 2018 as duas empresas seguiam lado a lado, com o prevalecimento por pouca distância da Natura. Mesmo assim, e naquele ano, o Boticário já revelava uma gestão mais madura e consistente, trabalhando com melhores margens. 21,1% no Ebitda, contra 13,8% da Natura, e uma margem líquida de 11,6% contra apenas 4,1% da Natura. Mas, e ainda assim, por razões e motivos diferentes, a Natura brilhava mais no sentimento da crítica e plataformas especializadas. Hoje, e como tenho comentado com vocês, a Natura luta para superar sua crise de açodamento, vaidade e apetite desmesurado, e o Boticário segue concentrado no foco, no ritmo e em sua natureza. Semanas atrás, sem jamais tripudiar sobre seu concorrente em gênero, Natura, o Boticário, nas palavras de Artur Grynbaum comemorava e celebrava o mote principal de sua empresa, de anos para cá, “A ecoeficiência virou o nosso modelo de gestão”, em entrevista a Sônia Racy, no Estadão. “Começamos em 1977, com uma farmácia de manipulação. Sempre tivemos um olhar atento para o negócio, mas, e também, para a sociedade… Daí, nasce a Fundação O Boticário de Proteção a Natureza, e, mais adiante, 2010, a Fundação Grupo Boticário… Hoje temos o principal programa de logística reversa do país são mais de 4 mil pontos de coleta, nas nossas lojas para recuperar as embalagens vazias, que vão receber tratamento, a separação adequada, e gerando renda para os que trabalham na coleta…”. O Boticário e Natura, crenças semelhantes. Caminhos e escolhas, diferentes. Natura, marketing monolevel, O Boticário, franquia e lojas próprias. O Boticário consistência entre missão, propósitos e ação. Natura, inconsistência. E deu no que deu… Duas empresas brasileiras de excepcional qualidade, que durante décadas converteram-se em referência, e inspiraram dezenas de novos empreendedores no Brasil e no mesmo território de atuação. Miguel resistiu às tentações e preservou o Phocus e o Positioning de O Boticário. Seabra e seus sócios caíram em tentação e resolveram atalhar… O coelho e a tartaruga. Escolha o ditado, você, leitor: “Quem tudo quer tudo perde”, “Devagar se vai mais longe e chega antes”, “Jamais subestime seus concorrentes”, ou, e contrariando Al Ries e Jack Trout, que diziam, “mais vale ser o primeiro do que ser o melhor”, uma vez mais comprova-se que “é bom ser o primeiro, mas é melhor ser o melhor”. Sempre!
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Diário de um Consultor de Empresas – 12 e 13/10/2023

Enquanto a NATURA & CO procura Sobreviver a sua crise de Excessos, o BOTICÁRIO segue em sua Política de Consistência.
Negócio

Marketplaces especializados

Finalmente começa a cair a ficha, e algumas empresas descobrem que o desafio de ser um marketplace pleno – vender de tudo e de todos para todos é uma missão quase que impossível para a maioria. E talvez, e exclusivamente, para meia dúzia de players. E, assim, penitenciam-se pelas tentações, e decidem mergulhar agora no território dos marketplaces, mas, por especialização. O exemplo mais consistente que acaba de ser anunciado passa a ser, talvez, a parte mais importante do planejamento estratégico do Boticário para os próximos anos. A partir dessa definição mãos a obra. Neste momento o Boticário segue nas compras de empresas do território da beleza e bem-estar, e à busca de profissionais de tecnologia. Em entrevista ao Valor, à jornalista Luciana Marinelli, Fernando Modé, CEO do Grupo Boticário, diz: “No mercado brasileiro tem gente muito competente se posicionando como marketplaces generalistas, onde a briga é grande e a escala elevada. Nós acreditamos na existência de espaços para trabalhar marketplaces especialistas…”. O primeiro passo foi dado no ano de 2019, quando o Boticário comprou o site belezanaweb, e “hoje, diz Fernando, a nossa presença no e-commerce é a maior do mercado brasileiro no recorte de produtos de perfumaria e cosméticos”. Segundo Fernando, neste momento o Grupo Boticário trabalha sobre três agendas. Duas por escolha, uma por necessidade. Por necessidade, enfrentar a pandemia. Por escolha, transformação digital, e mudança organizacional. E toda mudança organizacional para que não subsista a menor dúvida, começa pela cabeça. Assim, o primeiro movimento foi ele assumir o comando no lugar de Artur Grynbaum, que migrou para o conselho e hoje cuida mais do planejamento estratégico do grupo. É isso, amigos. Existem organizações com muitos anos de vida, e organizações experientes e sensíveis. Todas as decisões do Boticário revelam uma empresa madura, consciente de cada um dos passos que dá, e seguindo em sua trajetória de grande sucesso, e total segurança. Um benchmark essencial para a maioria das empresas que, na pressa, decidiram seguir a boiada dos grandes touros e tentaram converter-se, também e inutilmente, em marketplace de tudo para todos.
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Diário de um Consultor de Empresas – 09/09/2021

Finalmente, mas ainda em poucas empresas, o resgate do juízo. Aos poucos, desistem da ideia absurda de serem tudo, de tudo para todos, e optam por converterem-se em MARKETPLACES ESPECIALIZADOS.
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Diário de um Consultor de Empresas – 15/01/2021

Francisco Madia comenta sobre A 4ª GERAÇÃO DO BOTICÁRIO. QUASE 44 ANOS DEPOIS. Referência global em seu território de atuação o BOTICÁRIO faz os derradeiros ajustes para mais 44 anos de conquistas e sucessos. Com total merecimento. A pequena farmácia de manipulação de Curitiba converteu-se em benchmark para empresas de todo o mundo.
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Diário de um Consultor de Empresas – 03/12/2020

Francisco Madia comenta DOIS GIGANTES. BERÇOS SEMELHANTES. Pequenas farmácias de manipulação. Um na OSCAR FREIRE. Outro “numa portinha” como revela seu portal, “numa rua secundária da cidade de Curitiba”. Hoje, duas referências mundiais. Benchmarks obrigatórios para todos os players do negócio da beleza. Se em todos os setores de atividades tivéssemos BOTICÁRIOS e NATURAS seríamos um outro Brasil. Melhor, muito melhor! Hoje vamos conversar sobre O BOTICÁRIO.