Tag: Bradesco

Negócio

Riscos do açodamento em momentos de pandemia

Com toda a pompa e circunstância, o banqueiro mais bem-sucedido e barulhento da nova geração – agora bem mais calmo e comedido – Guilherme Benchimol, anunciou em sua página no Linkedin, e em meio a pandemia, sua Villa XP! Uma réplica, décadas depois, da Cidade de Deus de Amador Aguiar e Lazaro Brandão de Mello, Bradesco. Estava lá escrito, sobre a obra que, em tese, estaria concluída em 2023… “A nossa Villa XP será́ construída em São Roque (km 60 da Castelo Branco). Será́ um ambiente inspirador, integrado com a natureza, autossustentável e conectado com o primeiro aeroporto executivo internacional da América Latina. Poderemos receber nossos investidores do mundo inteiro, diretamente no quintal da nossa casa. Isso sem considerar toda a estrutura do Catarina Fashion Outlet e o resort que será construído, poucos metros à frente. Obrigado JHSF. Será o projeto mais incrível de todos os tempos…”. Repito, em plena pandemia. 2022 entra na reta final, e, os primeiros sinais de que “O projeto mais incrível de todos os tempos…” ia desacelerando, quem sabe, parando, quem sabe reconsiderando, quem sabe… nunca mais! Nada de oficial, mas pessoas de dentro do XP mais que garantem: o Projeto está suspenso… quem sabe mais adiante revisto e reconsiderado… Em conversas privadas Benchimol segue dizendo, “Mudar a empresa para a Villa XP, para São Roque não está mais em nossos planos…”. Açodamento, muito especialmente em momentos de fortes e terríveis turbulências e emoções, como foi o início da pandemia costuma não dar certo… Não se parou com o necessário cuidado, discernimento e sensibilidade para aferir-se, de forma consistente, o sentido da decisão. Projetos demoram para ser feitos, licenciamentos não têm prazo certo para serem concedidos, relações se desgastam com fornecedores, e até a empreiteira responsável pelo projeto foi trocada… Assim é Guilherme Benchimol. E até agora esse seu jeito de ser, no balanço final, vem se revelando vencedor. Um vencedor. Mas… é bom não exagerar…
Negócio

Temos um 4º grande banco. E é 100% digital

Ao divulgar os resultados referente ao primeiro trimestre deste ano o Nubank revela números exuberantes, e qualifica-se, definitivamente, pela base espetacular de clientes que possui, a ingressar no mesmo ranking onde se digladiam Itaú, Bradesco e Santander. Vamos aos números. Um lucro no trimestre de quase 450 milhões de dólares, uma alta de 11,8% em relação ao quarto trimestre de 2023, e, um salto de 79,1 milhões de clientes para 99,3 milhões. Dias depois de anunciar os resultados, voltou à imprensa para informar já ter superado a casa de 100 milhões de clientes. Assim, e em número de clientes já é maior que o Santander, e encostou no Bradesco e no Itaú… Ainda distante da Caixa Econômica Federal com mais de 150 milhões de clientes… Bradesco, Itaú, Santander, Caixa, Banco do Brasil, levaram décadas ou séculos para chegarem onde se encontram hoje. O Nubank, exatos, 10 anos… Um exemplo clássico do ensinamento de Jean Cocteau. “Não sabendo que era impossível, David Vélez, Edward Wible e Cristina Junqueira, foram lá e fizeram… O que os demais grandes bancos do Brasil levaram, em média, um século para construir, o Nubank precisou de 10. Apenas isso. O impacto monumental e espetacular da tecnologia nos negócios.
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 21, 22 e 23/10/2023

PIX, talvez, um dos melhores “CASES” das Últimas Décadas. Mais que merecia um MARKETING BEST.
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 23/08/2023

A marca e a sombra de uma liderança espetacular, mesmo distante no tempo
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 20/07/2023

A VERDADE DOS NÚMEROS, ou, brasileiros malucos para abrir contas em banco…
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 15, 16 e 17/07/2023

O velho e único MERCADO PARALELO de MOEDAS também sendo disruptado pelo tsunami tecnológico.
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 12/07/2023

Os resultados dos bancos e o endividamento das famílias brasileiras. Quase todas.
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Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 11/07/2023

Mais BRASILEIROS seguem desistindo do BRASIL. E Você?
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Diário de um Consultor de Empresas – 08 e 09/06/2023

Sempre que possível, evitar de decidir em momentos de fortes emoções. O exemplo do XP e sua VILLA…
Negócio

O Sonho do Dr. Olavo Setúbal

Como sempre acontece todos os anos, existe uma grande expectativa em relação a balanço dos grandes bancos do País referente ao primeiro trimestre do ano, uma espécie de bússola ou astrolábio do que vem pela frente nos demais trimestres. E assim, os balanços foram publicados, e, sob a ótica do desempenho econômico, o Itaú, mais do que consolidar, disparou na liderança. Antes dos números, e buscando todas as notícias sobre o assunto, na quase totalidade das manchetes, o Unibanco desaparecendo da Marca. Nas manchetes, todos se referem ao Banco como Itaú. Em um ou outro texto das matérias aparece, excepcionalmente, o Itaú Unibanco. Em 1970, um pequeno exército Brancaleone foi contratado – 9 pessoas – para construir e dar início ao plano da conquista da montanha, leia-se, a liderança do mercado de bancos no Brasil. A primeira equipe de marketing de um banco no País. Coube a mim, Madia, o privilégio de montar e liderar, tendo como parceiros Alfredo Rosa Borges e Walter Geraldo Bueno. Respondíamos ao Diretor Geral de Desenvolvimento do Banco, nosso querido chefe, Alex Cerqueira Leite Thiele. Depois de me aprovar como pessoa e profissional para a missão, o Dr. Olavo me disse: “Madia, quero ver o Itaú América um dia fincar sua bandeira no topo da montanha…”. Em 30 dias apresentamos o Plano. Aprovado integralmente. 1 – Criar uma unidade num banco construído mediante fusões e incorporações. Ações, uma primeira convenção de gerentes, agosto de 1970, para os 300 gerentes das 300 agências no Cine Regina, da Avenida São João. Comunicação informal e regular para criar um human amalgam entre todos os profissionais do banco – solução, Itaú Semanal – publicação interna. Rever a marca Itaú América em um único movimento. Eliminar a marca – design – de autoria de Aloisio Magalhães, cortar o América, e deixar exclusivamente Itaú, sob a responsabilidade da DPZ e, em especial, de Francesc Petit. Impactar com uma primeira grande campanha publicitária: “AJUDE O ITAÚ A SER O PRIMEIRO, UM DIA O ITAÚ PODERÁ AJUDAR VOCÊ”. Chocar da maneira mais forte e positiva possível o capital humano, dando uma dimensão fenomenal a um banco de 300 agências, patrocinando pela primeira e única vez – nunca mais a Globo aceitou –, a mensagem de final de ano, “HOJE, É UM NOVO DIA”… E por último, mas não em último lugar, fincando a bandeira e a marca no topo da montanha. Tirando o Willys do relógio da Paulista, Conjunto Nacional, e colocando o Itaú para ser visto e admirado de todos os cantos da cidade. 53 anos depois, o Itaú registrou um lucro líquido de R$8,4 bilhões, 14,6% a mais que o primeiro trimestre de 2022, enquanto seus três principais concorrentes precisaram se somar para chegar a um quase empate: Bradesco R$4,2bilhões, BTG Pactual R$2,2 bilhões e Santander R$2,1 bilhões. De alguma maneira, esse desempenho consagra a nova gestão do Itaú, desde 2 de fevereiro de 2021, sob o talento e competência de Milton Maluhy. Se o mesmo se confirmar nos próximos semestres, e se não houver uma consistente reação do Bradesco, a disputada daqui para frente será mais em relação à segunda colocação, do que à liderança. O sonho de Olavo Setúbal, a liderança, consolidando-se. Em setembro de 1970, quando o Dr. Olavo decidiu criar uma área de marketing no Itaú, e me contratou, Madia, para montar a primeira área de marketing de um banco no Brasil, me disse de seu sonho de ser o maior banco do País, e que precisava de um planejamento estratégico sob a ótica do mercado – Marketing – que um dia possibilitasse alcançar esse objetivo. O plano foi feito, a marca revista e reposicionada, e, deu certo. Mas, levou mais de 50 anos para aquele banco de 300 agências, o Itaú América, chegar lá. Esse lá, tudo leva a crer, e finalmente, é hoje.
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