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Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 13/12/2023

No ano passado, algumas empresas tradicionais do varejo, decidiram ser brechó, também. Perda de foco, tempo, e, dinheiro.
Negócio

Lição elementar de branding

Jamais escolha para marca de seus produtos e serviços, muito especialmente para a sua empresa, uma palavra, por mais memorável, engraçada, impactante que seja, que tenha conotação negativa. O castigo virá em dobro. A vítima será seu produto, serviço, empresa. São marcas que pegam fácil, no dia seguinte todos já estão sabendo e ninguém esquece, mas carregam um sentindo que causará contrariedades, arrependimentos, e, muitas vezes, inviabilizando um negócio. Isso posto, jamais, em hipótese alguma, brinque com seu naming, a vítima inexoravelmente será sua empresa. Já contamos para vocês sobre dois filhos de um mesmo casal. Dois homens. A um foi dado o nome de Douglas, e ao outro, Orofonzio. Douglas é um médico bem-sucedido, Orofonzio era motorista de táxi, ridicularizado o tempo todo, e que acabou morrendo na pandemia. Neste momento, todos os aplausos, matérias e celebrações para um marketplace de usados. E que decidiu batizar-se de Enjoei. Na mosca! Traduz exatamente qual sua proposta – venda de usados – e encantou mercado e investidores. Em pouco tempo conseguiu 614 mil vendedores ativos e 660 mil compradores ativos (boa parte dos vendedores também vira comprador), ações valorizando-se e subindo, e hoje, pelas cotações da semana passada, valendo R$ 3 bi. Mas, chama-se Enjoei… E remete a enjoo, saturação, cansaço, eventualmente, náuseas… Não vai dar certo. Se conseguir se preservar, como negócio, o mais rápido possível deveria corrigir seu nome. Não se trata de um bom lastro. É uma âncora pesada e mais que desproporcional e que, mais cedo ou mais tarde, levará todo o navio para o fundo. Muitos anos antes do que se espera, os atuais frequentadores e compradores do Enjoei, enjoarão… Lembram-se do movimento de triste memória “Cansei…”?