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Retail Media. O nome é novo; a prática, secular

Centenas de brasileiros voltaram encantados da última NFR, a de 2024, o primeiro grande evento do varejo de cada ano, no início de janeiro. Quase sempre voltam empolgados com mecanismos e possibilidades consagrados. Que já existem há anos e por aqui mesmo. Mas, sabe-se lá por quais razões, e para a perplexidade dos demais, descobrem sempre uma grande novidade que já existe há muitos e muitos anos entre nós. E com o melhor exemplo, aqui mesmo, no Brasil. A novidade deste ano foi a Retail Media. A denominação é nova, em inglês, e entusiasma desinformados, neófitos e poucas práticas. Trata-se de uma das mais antigas formas de comunicação utilizadas há séculos pelas empresas, comerciantes e mercadores. A comunicação no ponto de venda. Mas, e agora, a velha e boa comunicação em gôndolas, vitrines, bancas, e tudo o mais, a penúltima hora, minuto, segundo, antes da decisão final de compra das pessoas, rebatizada de Retail Media, causou sensação. E aí os comentaristas de ocasião derretem-se em previsões apocalípticas afirmando que em poucos anos os investimentos em Retail Media irão superar os investimentos nas TVs tradicionais. Vamos aos fatos. Retail Media é uma das mais antigas e eficazes formas de comunicação. Que acabou enfraquecendo-se e perdendo-se com o tempo pela multiplicação dos pontos de vendas, ou, pontos de compras, e a relação mais próxima e eficaz com os consumidores foi tornando-se mais difícil e cara para as empresas. De anos para cá, no entanto, com as conquistas da tecnologia, com a construção e implantação de novas e poderosas plataformas de marketing de relacionamento, a mais, ou, uma das mais tradicionais e eficazes forma de comunicação, foi resgatada. Anos atrás, a grande novidade da NFR foi o tal de omnichannel. E que ao dar o melhor exemplo que conhecia, o palestrante referiu-se a uma empresa no Brasil denominada Polishop. Hoje o tal de Retail Media é uma realidade há mais de uma década no Brasil. Pelos serviços que uma empresa especializada, já vem prestando a algumas das mais importantes indústrias do país, e de diferentes setores de atividade. A ZDBA – Zicard Digital Business Agency, que mergulhou nesse caminho, décadas atrás, com trabalhos memoráveis para a Ambev, Ipiranga, Cacau Show, e L’Oreal, dentre outros. Criando um mecanismo que rentabiliza e maximiza o poder da Retail Media, fortalecendo a relação das pessoas com suas marcas de preferência. Pessoas, total e merecidamente recompensadas. Suportados por uma plataforma proprietária da Zicard, a Tracking & Sales, testada, aprovada e comprovada, e já em sua 3ª geração. Mas, Retail Media encantou neófitos e desavisados, como de hábito. Definitivamente, não padecemos da síndrome de vira-lata que só descobre a qualidade e competência de soluções locais depois que viajam e ouvem lá fora que a melhor solução já existe em nosso país. Trata-se do preconceito inaceitável de profissionais de marketing inseguros que precisam, urgente, livrarem-se dessa burrice monumental, decorrente de inaceitável preconceito, e aproveitar para suas empresas e produtos, conquistas do marketing brasileiro de excepcional qualidade, mais que testadas, comprovadas, e com dezenas de exemplos de total sucesso. Será que na próxima NFR vai acontecer de novo? Uma espécie de Esqueceram de Mim, 3?
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 03/10/2023

O dia em que a FOLHA ignorou o LÍDER. E o NATAL ficou INCOMPLETO…
Negócio

Uma nova Kopenhagen

A semana passada, conforme amplamente noticiado, a Nestlé comprou a quase centenária Kopenhagen. Criação do casal David e Anna Kopenhagen, comprada em 1996 pelo Grupo CRM – Celso Ricardo de Moraes, e que celebrou um acordo societário em 1º de outubro de 2020 com a Private Equity Advent International. Nesse período todo, preservada, fortalecida e multiplicada pela competência e talento de Renata Moraes Vichi, e que, segundo informações da Nestlé, seguirá no comando executivo da empresa. Mesmo traumatizada pela compra da Garoto, que depois de mais de 21 anos conseguiu, finalmente, ver aprovada mediante acordo com o CADE, a Nestlé decidiu dar mais um passo adiante, e assim, e de certa forma, ocupar todas as faixas e territórios do negócio do chocolate em nosso país. Nos chocolates mais populares e de entrada, Garoto, nos de valor agregado e intermediário Nestlé, e nos segmentos top, Kopenhagen. E ainda um acordo que a Kopenhagen do Advent tinha com a Lindt e que não se sabe se irá continuar. Antes da compra da Garoto, no mês de julho, a Nestlé anunciava R$2,7 bi de investimentos em suas marcas de chocolates e biscoitos em nosso país, e até o ano de 2026. Na ampliação de três fábricas, e, maior ênfase no programa de sustentabilidade de produção de cacau. E agora, e depois do acordo com o CADE para encerrar a novela Garoto, a compra da mais legendária marca de chocolates de nosso Brasil, um país que definitivamente ama chocolate, a Kopenhagen. No mais recente levantamento realizado pela ABICAB, Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas, em parceria com a KPMG, um mercado/consumo que não para de crescer: 9,8% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo trimestre de 2022. Ano em que o consumo per capita foi de 3,6 kg, contra os 3,2 kg de 2021. Mais que óbvio que o espaço que disponho para meus comentários é absolutamente insuficiente para falar sobre a importância, dimensão, e valor do negócio de chocolates no Brasil. Mas, o suficiente para importantes registros e observações: 1 – Dois jovens brasileiros mudaram a história do chocolate em nosso país. Alexandre Costa, Cacau Show, e Renata Moraes Vichi, Kopenhagen e Brasil Cacau. 2 – Na medida em que Alê e Renata investiram na popularização e disseminação do hábito, multiplicando, de forma monumental, o número de pontos de venda, fizeram pelo chocolate em nosso país, o que as gigantes jamais consideraram fazer. 3 – Com a estratégia de multiplicação de pontos de venda de chocolate, e a partir de um determinado momento, o café foi junto fortalecendo o acesso e o hábito dos brasileiros tomarem café. 4 – A partir de um determinado tamanho e dimensão, ao menos até esta semana, as grandes corporações globais chegam e compram, minimizando eventuais riscos. Como aconteceu um dia com a Lacta, com a Garoto, agora com a Kopenhagen, e quem sabe, um dia, com… todas as demais que fizerem a trajetória espetacular de Renata Moraes, e, Alê Costa… Portanto, sem surpresas!
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