Tag: Canadá

Negócio

192 países numa longa fila na porta do Google

Trata-se, apenas, do começo. O Google e as demais big techs, e como temos comentado com vocês, em todos os próximos anos tentando curar e cicatrizar os supostos rombos que provocaram em cadeias de valor, e em plataformas analógicas e convencionais. Na semana passada uma decisão e um acordo, simplesmente catastróficos para o Google, com fortes e definitivas repercussões sobre as demais big techs, claro, em diferentes proporções. O Google fechou um acordo com o governo do Canadá, comprometendo-se a pagar, por ano, o equivalente a R$362 milhões para a chamada indústria de comunicação – leia-se, plataformas de mídia – pelo suposto uso de conteúdo… Mais que claro que no dia seguinte, e nos demais 192 países, rapidamente as associações das diferentes plataformas analógicas reuniram-se e exigem agora do todo poderoso Google, isonomia. Tratamento semelhante ao acordo celebrado no Canadá. Conclusão, todas as big techs, sem exceção, em maiores ou menores proporções iniciando um longo período de acordos e tentativas de atenuar os supostos estragos provocados nas demais plataformas de comunicação. Diferente do Google, e para não criar precedentes e ter que proceder da mesma maneira em outros países, a Meta deixou bem claro que não concorda com o Google, e assim não fará qualquer tipo de acordo… Isso posto, e enquanto as demais empresas na tentativa de resgatar um mínimo de competitividade tentam se desvencilhar das cargas de um passado que não faz mais o menor sentido, as big techs começam a se defrontar com os estragos de um passado recente, que acabará determinando uma mudança sensível de ritmo em suas avançadas, e, eventualmente, em algumas delas, levar a conviverem com números e desempenhos bem menos robustos que os alcançados nas últimas duas décadas…
Negócio

Avenues

No anúncio da escola Avenues, um retrato irretocável da realidade brasileira e da absurda e inaceitável desigualdade social. O anúncio da Avenues é perfeito e faz todo o sentido. O problema é a realidade do País. Por uma série de razões, no correr de 523 anos, o Brasil é e continua sendo um país absurdamente injusto e desigual. Num anúncio de meses atrás, publicado no jornal Valor, um retrato tristemente irretocável dessas desigualdades. Atenção: de forma alguma estamos criticando quem assina o anúncio, a escola Avenues, hoje talvez uma das mais importantes referências de ensino em nosso país. A Avenues está rigorosamente certa, e apenas procura documentar aos pais que confiaram seus filhos a qualidade de seu ensino, que está cumprindo o que combinou e prometeu. Preparando seus filhos para ingressarem em muitas das melhores escolas do mundo. Mas, e por outro lado, não deixa de nos estimular a refletir a dimensão da desigualdade social em nosso país, na medida em que as mensalidades da Avenues são maiores que muitas das principais faculdades do Brasil. O anúncio diz, Parabéns aos Nossos Primeiros Formandos. E no texto, que no mês de junho de 2021, finalmente, uma primeira turma de formandos pela escola. E que todos os formandos foram recebidos pelas melhores instituições de ensino superior do Brasil, Estados Unidos, Canadá, Europa e México. E em 2/3 da página a relação das escolas. São 10 Universidades e Faculdades do Brasil, 6 do Canadá, 1 da China, 5 da Espanha, 90 dos Estados Unidos, 2 da França, 3 da Holanda, 2 do Japão, 1 do México, e 9 do Reino Unido. Mais que uma razão para mudarmos de vez a história de nosso país. Para melhor, para infinitamente melhor do que é hoje. Melhorando, radicalmente, a qualidade de todas as escolas brasileiras. Públicas e privadas. Para que um dia todas as crianças e adolescentes do país possam integrar e ser o conteúdo de anúncios semelhantes ao que a Avenues acaba de fazer.
Negócio

O magneto irresistível

Se há 30 anos alguém dissesse que passaríamos a maior parte do dia olhando para a palma de nossas mãos, onde levaríamos um objeto irresistível, não conseguiríamos imaginar do que aqueles malucos estavam falando. Aconteceu, existe, chama-se celular ou smartphone, e ano após ano passamos mais tempo olhando em sua direção e fixados em sua telinha. A maior parte das horas de cada dia é o que acontece e como se comporta parcela expressiva dos humanos. Estudo que acaba de ser divulgado pela App Annie Inteligence, revela que apenas nos últimos três anos o tempo que as pessoas passam grudadas ao celular aumentou em 45%, e o Brasil ‒ e os brasileiros ‒ e de forma destacada assumem a primeira posição do ranking global, ultrapassando os indonésios. Em 2019, os brasileiros passavam 3,8h por dia no celular. Em 2020 esse número subiu para 4,8h, e em 2021 totalizou 5,4h. Neste final de ano de 2022 aproxima-se das 6h… Depois, e pela ordem, Indonésia 5,3h; Índia, 4,9h; Coreia do Sul, 4,8h; México 4,7h; Turquia 5,4h; Japão 4,4h; Canadá 4,1h; Estados Unidos 3,9h, e, Reino Unido 3,8h. E, como não poderia deixar de ser, o celular é hoje disparado a causa número um de acidentes, trombadas, atropelamentos, quedas, mortes em nosso país. Incluindo, e como já comentamos com vocês, uma quantidade inimaginável de “selfcídios”. Pessoas que na ânsia descontrolada e irracional de tirar um selfie memorável, ultrapassam todos os limites, despencam, e morrem… Alcançamos o clímax da estupidez.
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 08/02/2022

No anúncio da escola AVENUES, um retrato irretocável da realidade brasileira e da absurda e inaceitável desigualdade social. O anúncio da AVENUES é perfeito e faz todo o sentido. O problema é a realidade do país.