O dia da vergonha
Na sexta-feira, 27 de agosto de 2021, milhares de clientes do Banco do Brasil passaram vergonha. E o que aconteceu com o Banco do Brasil e seus clientes pode acontecer a qualquer momento com os clientes de qualquer instituição financeira quando saem às compras.
Durante algumas horas, os 54 milhões de clientes da instituição ficaram sem acesso aos serviços de seus cartões de crédito.
Seguiram tentando fazer transferências e não conseguiam. Passaram vergonha. Milhares deles, nas lojas e nos supermercados, terminavam suas compras, passavam pelo caixa, enfiavam o cartão na maquininha e… Nada…!
A quase totalidade, óbvio, sem dinheiro no bolso, carteira ou bolsa para pagar as contas. E assim, e além da vergonha pelo constrangimento nos caixas, tinham que voltar pelas gôndolas dos supermercados recolocando os produtos. Fazendo uma espécie de reload…
As primeiras reclamações começaram a chegar ao Banco do Brasil às 14h44, e seguiram num crescendo até o final da tarde. Os serviços só voltaram à normalidade depois das 21h.
Fatos como esses serão cada vez mais comuns em nosso país. Com sistemas de transmissão sobrecarregados, com morosidade em todos os processos de implantação do 5G, com a multiplicação das possibilidades de transferências e pagamentos com o PIX. De certa forma, os bancos, muito especialmente os grandes bancos, deveriam ter um sistema para avisar toda a sua clientela no ato, assim que o sistema registrar quedas e debilidades em seu funcionamento.
Segundo o Código de Defesa do Consumidor, os clientes que passaram por esse constrangimento podem exigir indenizações pelos prejuízos causados, tempo perdido, e “assédio moral passivo”.
Agora é assim, tempos modernos!