Tag: #cauda longa

Negócio

Lo-Fi… Tem quem goste

Escreve-se Lo-Fi e pronuncia-se “Low Fai”… As pessoas estavam na sala, queriam conversar, mas queriam algum tipo de música que não interferisse e muito menos interrompesse, e menos ainda, prendesse a atenção delas. Claro, para não atrapalhar o papo. Queriam apenas um suave e quase imperceptível fundo musical. E nasceu o Lo-Fi, Low Fidelity, oposto a velha e boa Hi-Fi, alta fidelidade, precursora dos “sonzãos”!!! Hoje, muito especialmente no YouTube, e com a vantagem de imagens paradas ou rodando, tem Lo-Fi para tudo. Para conversar, para descansar, para meditar, para dormir, e está virando um business dentro da chamada cauda longa, ou seja, um negócio de nicho. Nossos consultores recorrem ao Lo-Fi todos os finais de semana quando recebem a visita de amigos, enquanto a conversa segue animada. Enquanto falam, e com uma imagem estática de uma lareira, ou de um bar, ou de uma casa, ou de neve, enfim, tem para todos os gostos, uma música de fundo que não interrompe, apenas complementa, segue tocando, indefinidamente. Fica o registro. Tem gente que usa o Lo-Fi para estudar, para trabalhar, para conversar, para dormir… Como business, repetimos, irrelevante. Mais um daqueles negócios da chamada long tail, cauda longa, negócio de nicho, com pouca perspectiva de receitas e resultados. Assim, e se você pretende empreender nesse novo business, jamais se esqueça tratar-se de negócio de nicho, inserir-se na chamada cauda longa, ou seja, sem maiores e muito menores das supostas “grandes ambições”. Mais pra diversão do que para business.
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 13/01/2023

Como, e de certa forma premonitoriamente anunciado por PETER BOGDANOVICH em seu filme A ÚLTIMA SESSÃO DE CINEMA, as salas escuras vão se despedindo…
Negócio

Casas nas árvores

Nosso saudoso e querido amigo Zé Rodrix mais que queria uma casa no campo. A maior parte das pessoas, também. Mas, uma casa na árvore, quem quer? Numa de suas últimas apresentações Zé, e antes de partir, fez o show de conclusão de uma das turmas do curso Madia Marketing Master da Madia Marketing School. Nos últimos 12 meses, quase tudo passou pela cabeça de quase todas as pessoas. A maioria, a certeza/torcida para que a pandemia acabasse no dia seguinte de manhã. De preferência, bem cedinho… Para uma boa parte, a dor infinita do desconhecido. Para uma minoria no desespero, considerações sobre o abreviar à vida. Quase todos, sem exceção, e no mínimo, sonharam. E o sentimento de algumas ou muitas perdas é geral. O sonho faz parte da condição humana. Como lembrou o maior dos poetas da língua portuguesa, Fernando Pessoa, “Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho – diz Pessoa – é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso…” Também no mundo dos sonhos, existe a tal da long tail, da cauda longa. Pequenos prazeres ou delírios de poucas pessoas. E assim, e na pandemia, e para ocupar as páginas das publicações, e o tempo de pessoas trabalhando de suas casas, a imprensa foi atrás de alguns desses sonhos. E descobriu que para algumas ou poucas pessoas, e dentre sonhos e maluquices, ter uma casa numa árvore é uma das manifestações mais recorrentes. A explicação tem várias componentes. Mas e talvez, a mais forte e recorrente dentre todas, a possibilidade de morar acima do chão, e, mais próximo do céu. Um quase levitar. Assim, e dentre as matérias inusitadas da pandemia, várias sobre casas nas árvores. E a descoberta de que existem arquitetos e construtoras especializados nessa possibilidade. Fomos conferir e achamos no portal Tua Casa, e segundo o texto de Carolina Franco, “Confira 40 casas na árvore apaixonantes”. E lá estão as 40 casas. E tem de tudo. Retangulares, quadradas, redondas, duplas, em formato de disco voador, e muito mais. Mergulhamos um pouco mais fundo e descobrimos uma série de hotéis e pousadas que oferecem acomodações em casas nas árvores. No mar, Ubatuba, na montanha, Monte Verde, em lugares místicos, Alto Paraíso, e muito mais. Qual o sentido dessas supostas maluquices?! Em nosso entendimento, consultores da Madia, nenhum. Mas, alguns empresários do território da hospitalidade transformam essas maluquices em diferenciais de atração ou exclusividade. Muito especialmente voltados não para os frequentadores habituais, mas para hóspedes eventuais. Que querem realizar, ao menos por um dia, dias, semana, um sonho de criança, ou possibilitarem as suas crianças, e durante horas, viverem o que assistiram em filmes na televisão. Assim, lição e aprendizado, se você é um dos que pretendem atrair pessoas em busca de emoção, aventura e realização de sonhos estranhos, e trabalha no território da hospitalidade, ter uma casa na árvore em seu hotel ou pousada é uma boa alternativa. Inconveniente, os que comprarem esse tipo de hospedagem vêm uma vez, matam a vontade, e não voltam nunca mais. Sendo otimista, de cada 100, um volta uma vez. Agora, se você é desse mesmo território da hospitalidade, e quer conquistar e ter clientes para sempre se esmere nos serviços básicos da hospitalidade. E que passam por conforto, limpeza, simpatia, acolhimento, e entrega de felicidade… De cada 100 pessoas, no mínimo 20, voltarão. Mais de uma vez…
Negócio

Brechósworld

O raciocínio, que sustenta a oportunidade, é o seguinte. Durante anos, últimos 50, foi se consolidando e crescendo, uma classe média em nosso país. Que foi comprando, estocando, e guardando todos os tipos de produtos. Muito especialmente os do dia a dia. Pela dificuldade ou preguiça de vender os produtos que não usavam mais, esses produtos foram se amontoando. Roupas, utensílios, discos, DVDs, Cds, e muitas outras coisas mais. E aí dois fatos aconteceram, simultaneamente. O primeiro é que as novas gerações são adeptas do simples e do desapego. Adoram mochilas. E em paralelo, com o digital, a oportunidade de se desfazer das tralhas, quinquilharias, velharias, sem muito trabalho, e através de plataformas especializadas. Conclusão, neste momento, os e-brechós crescem e prosperam. E assim seguirão por mais algum tempo. Em verdade, um bom tempo, 10 anos, em função do estoque de velharias que habita as residências pelo Brasil. Depois desses 10 anos, esses e-brechós terão sua atividade sensivelmente reduzida, pela razão que no mundo do desapego, as pessoas irão deixando de comprar e passarão a alugar ou assinar. Assim, a curto e médio prazo ter ou ser um e-brechó pode ser um business interessante. Mas, a médio e longo prazo, voltarão para o mesmo grau de importância que sempre tiveram: apenas uma manifestação da chamada cauda longa. Como sempre foram os brechós do ambiente analógico. E nada mais…
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 25/02/2022

LO-FI, MAIS UM DOS NEGÓCIOS DA CHAMADA CAUDA LONGA. As pessoas estavam na sala, queriam conversar, mas gostariam de algum tipo de música que não interferisse e muito menos interrompesse, e menos ainda, prendesse a atenção delas…
Negócio

Festival da Cauda Longa

Cauda Longa, termo criado pelo genial Chris Anderson, em inglês The Long Tail, fala de um novo fenômeno ‒ na época, e a partir da virada do milênio ‒, de uma série de produtos que uma vez superados foram ficando pelo caminho, mas minimamente resistindo na paixão dos nostálgicos e saudosistas. Uma quantidade mínima e insuficiente pra produzir vendas e sucessos consistentes, mas o suficiente para preservar acesa uma pequena chama, tipo vela. Em momentos como o que estamos vivendo, trancados em casa, saindo pouco, emotivos, saudosos, as plataformas de comunicação mais que aproveitam e tentam fisgar uma lasquinha desse saudosismo. Numa edição da revista Veja de 2021, três momentos Cauda Longa. A primeira quando alardeia uma suposta mudança de hábito nas compradoras das chamadas marcas de luxo. Que compram agora suas bolsas, vestidos, sapatos, relógios, pela internet. Não, não compram. No máximo usam o mecanismo facilitador para realizar uma compra que decidiram visitando lojas, conversando com seus vendedores de confiança dessas marcas, e só depois, fazendo a compra de uma forma mais prática. Apenas isso. Se existir alguma pessoa seguidora de uma marca que eventualmente tenha passado a adotar esse tipo de comportamento, não é uma seguidora de verdade. Nas páginas seguintes, outra manifestação no mesmo sentido e direção. Mulheres arrependidas dos peitões que colocaram, e nessa onda de pentimento, ‒ arrependimento ‒ voltando aos mesmos cirurgiões para resgatar os peitinhos perdidos. De novo, uma bobagem. As que fizeram e realizaram seus sonhos de forma madura e consciente, seguem com seus peitões abrindo caminhos e iluminando a paisagem. Todas as demais, que foram na base da emoção, arrependidas, mesmo porque em boa parte dos casos os peitões começaram a arriar, e assim, e sem outra alternativa… E ainda na sequência ‒ Veja caprichou na apologia a manifestações cauda longa, fala de uma suposta volta das músicas em fitas, isso mesmo, as tais das fitas cassetes. Essa suposta cauda longa é mínima. Dispensa comentários. Mesmo porque os maiores compradores de música, ainda os jovens, não têm a mais pálida ideia do que foram os discos e as fitas cassetes. Não têm e muito menos precisam. Tem no celular acesso a toda musicografia dos últimos 100 anos, e que acessam com um simples toque em uma ou duas teclas. Outro dia a adorada netinha do Madia, a Victoria perguntou se ele ainda tinha algum disco guardado. E o Madia respondeu, perguntando, “Victorinha, de alguma música ou cantor específico?”, “Qualquer um, vô, é para decorar a parede do meu quarto…”. É isso, amigos. Mas com pessoas trancadas em casa, assunto esgotado, certamente Veja conseguiu fornecer assunto para algumas conversas. Que terminadas, ninguém nunca mais vai tocar no assunto. Nem mesmo lembrar-se que falou a respeito…