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Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 18/01/2022

O SPIN-OFF DAS BIG TECHS COMEÇOU PELA CHINA. E até meados desta década em todas as BIG TECHS do ocidente.
Negócio

O antes e o depois mataram o durante

E aí nasceram os aviões. E tudo – mercadorias e pessoas, literalmente voariam. Num céu aberto, sem barreiras de qualquer ordem, e fazendo em menos de um dia o que os navios levavam semanas ou mesmo meses para conseguir. E durante décadas reinaram absolutos. As vantagens eram tão grandes que os desenvolvimentos foram reduzindo de velocidade. Uma das últimas e trágicas tentativas, o maravilhoso e fascinante avião, quase pássaro, chamado Concorde, que recebeu milhares de encomendas e só conseguiu fabricar cinco, criou rombos monumentais nas finanças da Inglaterra e da França, e foi, de forma patética, descontinuado. E na sequência novos aviões, mais e novos aperfeiçoamentos, e os voos foram ficando mais confortáveis, acessíveis, e, de longe, a melhor solução para as pequenas, médias e grandes distâncias. Passaram-se décadas, as principais metrópoles do mundo onde encontram-se os principais Hubs da aviação comercial foram se adensando, e o avião seguia soberano no durante, mas, no antes e no depois foi perdendo terreno. As pessoas, em mais de 50% dos voos, talvez 80%, perdiam mais tempo nos trajetos até os aeroportos, nas salas de espera para o embarque, e depois para saírem dos aviões e aeroportos e finalmente chegarem aos destinos, do que, claro, nos voos, que levavam minutos ou poucas horas. O trânsito, o antes e o depois, ressuscitaram outros meios de transportes. E hoje, 114 anos depois do voo de Santos Dumont, no 14 BIS, e com as limitações das distâncias dos aeroportos, do trânsito, das decolagens, dos desafios e dependências do tempo, quem diria, o mundo começa a reconsiderar outros meios de transportes para a curta e média distância. Da virada do milênio para cá, os trens – agora balas – ressuscitaram e hoje prevalecem no país mais avançado do mundo, a China. E no Japão, também, e começam a crescer em outros países. E antes desta década encerrar-se, um dos queridos malucos da atualidade, Richard Branson, o senhor Virgin, colocou em prática o projeto do outro maluco e criativo, Elon Musk. O Hyperloop. O meio de transporte que reverte à suposta lógica da energia propulsora. Sustenta-se, como os carros de corrida nas ultrapassagens, no vácuo. Não se sustenta em trilhos… Como nos milagres, levita. O veículo não é impulsionado, é sugado. É isso, amigos. A tal da lógica da impulsão, da energia propulsora, que era dominante nos transportes, começa a se despedir, ou, no mínimo, a dividir o terreno com o vácuo. Durante esta década, Musk, Branson, Bezos e outros malucos e seguidores investirão bilhões na reinvenção dos sistemas de transportes em todo o mundo. E as gerações que começarão a chegar ao mundo nos ano 2050, terão enorme dificuldade de entender o apreço que tínhamos por carros, aviões, navios…
Negócio

Uma visão equivocada sobre a China

O festival de tolices de um mestre de Harvard, com graduação e pós em Oxford, Cambridge, e, Stanford. Uma daquelas pessoas acostumadas a olhar para o futuro através do retrovisor… Difícil… Meses atrás, a revista Veja publicou em suas páginas amarelas uma entrevista com Niall Ferguson, que, e nas palavras da entrevistadora, Luisa Purchio, “é dono de um curriculum invejável”. E é, frequentou as melhores escolas – Oxford, Cambridge, Stanford, hoje membro sênior da Harvard, ele, Ferguson, o historiador escocês, da cidade de Gasglow. Mas, esqueceu-se de frequentar um bom oftalmologista, e corrigir seus olhos que permanecem parados no passado. Dentre as impropriedades que disse, a maior dentre todas é a visão equivocada, esclerosada, míope que tem em relação à China. Perguntado sobre o fato de que até o final desta nova década e em termos de PIB a China vai superar os Estados Unidos e assumir a posição número 1 dentre todos os países do mundo, Ferguson respondeu: “Em termos de PIB a China está alcançando os Estados Unidos pela simples razão que sua economia cresce mais rápido que a americana. Mas difícil prever-se onde estaremos em 10 anos. Em algum momento veremos uma redução na taxa de crescimento chinês. País tem problemas sérios como envelhecimento de sua população e a grande dívida do setor privado…”. Melhor não ter dito nada. Definitivamente não entendeu o modelo chinês de crescimento, e que sua base está totalmente consolidada na medida em que converteu-se no maior fornecedor do mundo de componentes de tecnologia, e a dependência dos demais países e economias – especialmente a americana – é total… Mas, não parou aí sua mente embolorada e carregada de ranços e preconceitos. Perguntado se com o avanço do dinheiro digital, se a hegemonia do dólar estava ameaçada, respondeu, “O dólar é a moeda dominante do planeta, não só em termos de reservas dos bancos centrais, mas também em termos de transações internacionais. A maior parte do comércio é feita em dólar e não existe uma moeda rival por enquanto…”, e destilando sua miopia, Festival de Lugares Comuns, e, preconceito, referiu-se ao que disse o amigo dele, Lawrence Summers, ex-secretário do tesouro americano: “Você não pode substituir algo por nada”. Assim, não há nada para substituir o dólar quando o Japão é um lar para idosos, a Europa é um museu, e a China uma prisão. “E o bitcoin ainda é um experimento…”. Definitivamente, o lamentável e degradado Niall Ferguson, um poço de ignorância e insensibilidade, não tem a mais pálida ideia do que aconteceu no mundo. Não levou em consideração a disrupção e o tsunami tecnológico. E assim, segue projetando o futuro a partir de uma linha que começa no passado, passa pelo presente, e… Não vai a canto algum. Continua enxergando o velho futuro que morreu sem mesmo ter nascido. Em menos de 10 anos constatará os absurdos que disse. E a sua absoluta incompreensão da consistência e velocidade das conquistas da China, assim com da energia adormecida na Europa, e da competência do Japão. Não percam tempo na leitura da entrevista. É surpreendente chocante como pessoas supostamente esclarecidas caminham pela vida absolutamente insensíveis e negando as novas realidades.
Negócio

The days of Wine and Roses

Uma das mais bonitas canções de Henry Mancini, Dias de Vinhos e Rosas, é o melhor fundo musical para caracterizar a década que se encerra, anos 2011, e anunciar a década que se inicia, anos 2021. Na canção de Mancini, a saudade dos tempos de vinhos e rosas, de alegrias e comemorações, onde tudo era permitido, e que agora fazem parte e exclusivamente das recordações. Mas esses dias de vinhos e rosas só valeram para um tipo de empresa. As da nova economia. Para todas as demais, foi a pior década das últimas 20. Assim, foi “A Década” que agora se encerra, e como temos comentado com vocês, e exclusivamente, para as empresas da nova economia. Aquelas que já nasceram tecnologicamente modernas, surpreendendo o mundo e o ambiente formal. E, como para essas empresas, nada era proibido, supostamente, tudo era permitido. Com todos os olhos, energia, pensamento, voltados exclusivamente para o futuro, e sem contas a acertar nem com o presente, e muito menos com o passado. Pé no acelerador com tudo! Enquanto as empresas da velha economia mergulhavam em profunda crise, as da nova cresciam e prosperavam, e ainda, a maior parte delas, roubando uma fatia substancial das empresas da velha economia, sem nenhum recurso próprio ou legal para se defenderem ou reagirem. Na síntese da origem das leis e regulamentos, dois caminhos distintos. As leis que são produzidas nas câmaras legislativas dos países, que muitas vezes nascem da cabeça de representantes do povo e de setores de atividade, e que procura atender as reivindicações desses grupos. É o chamado direito positivado. E o chamado direito consuetudinário, que vai se formando naturalmente a partir do comportamento da sociedade no correr dos anos, décadas, séculos. Nenhum dos dois caminhos contemplou e considerava a ruptura que ocorreu no mundo, a partir de 1971, com a chegada do microchip, e dando origem ao 4º ambiente, a Digisfera. O primeiro pelo despreparo dos legislativos diante de uma nova e desconhecida realidade. E o segundo, o dos costumes, porque faltavam e ainda faltam anos ou décadas para que se revelem de uma forma mais compreensível e melhor. Conclusão, nas duas últimas décadas, todas as novas empresas que se apoiaram nas conquistas do novo ambiente, não se defrontaram com qualquer tipo de barreira legal ou regulatória. Tudo era e ainda segue permitido. Como comentamos com vocês, semanas atrás, esses dias de vinhos e rosas estão aproximando-se do fim. Do lado de cá do mundo, com o cerco que as chamadas big techs começam a sofrer das diferentes esferas e mecanismos regulatórios que, e finalmente, acordaram. E agora, vem a notícia, o mesmo está acontecendo do lado de lá, na China. Semanas atrás, e às vésperas daquele que seria talvez o maior IPO de todos os tempos, as autoridades chinesas suspenderam o ingresso nas bolsas de Shangai e de Hong Kong do Ant Group, o braço financeiro do Alibaba. Depois de sucessivas acusações e reclamações dos concorrentes, finalmente as autoridades da China também decidiram dar uma ordem na bagunça e no tal do “pode tudo”. Durante anos o Alibaba exercia uma política de monopólio exigindo que quem quisesse vender através de seu marketplace teria que conceder exclusividade e não vender por outros portais. E agora, uma série de outras acusações começam a ser investigadas. No início da década que se encerra, as big techs e outras empresas internacionais que prosperavam no mercado chinês sofreram severas restrições, e muitas decidiram pular fora. Claro, não todas, diante da dimensão do mercado. Agora, e sentindo que as maiores ameaças a economia da China vem sendo cultivadas pelas big techs chinesas, as autoridades locais decidiram dar um basta à orgia. Em editorial publicado meses atrás, o Partido Comunista dizia, “se monopólios forem tolerados, e empresas expandirem-se desordenadamente, a indústria não se desenvolverá de maneira saudável…”. É isso, amigos. Chegou a hora da verdade. E assim, a primeira metade da década que agora começa será dedicada a ajustes e regulações da nova economia, muito especialmente das responsabilidades e possibilidades das big techs. Do lado de cá, e do lado de lá do mundo. Para elas, empresas da nova economia, os dias de vinhos e rosas, finalmente, chegando ao fim.
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 07/10/2021

Finalmente revelados alguns números do maior MARKETPLACE do mundo, o ALIBABA. E a importância do Brasil frente aos demais países.
Negócio

China, a grande vencedora

Para todos aqueles que acreditam e difundem uma espécie de teoria de conspiração, e de que a China teria provocado propositadamente de forma consciente e planejada a pandemia, o resultado final é o tal do argumento perfeito. Antes de continuarmos com este comentário, reiteramos não acreditar nessa hipótese de forma alguma. Acreditamos, inclusive, tão ruim como considerá-la, por um único instante que seja, admissível. Agora vamos aos estudos que o Fundo Monetário Internacional acaba de concluir e divulgar. Independente de tudo o que aconteceu no terrível ano de 2020, a China ainda conseguiu terminar o ano com um crescimento positivo. O último estudo do FMI apontava para um crescimento de 1,9%, uma merreca em relação aos anos anteriores, mas um crescimento espetacular face ao que aconteceu com os demais países, muito especialmente os Estados Unidos. E que, pelo mesmo estudo retrocedeu, voltou para trás. Conclusão, a distância entre as duas economias do mundo encurta-se ainda mais, e a previsão que a China só passaria os Estados Unidos em meados da década dos 2030, agora, e em decorrência da pandemia, e alcançar essa proeza impossível sobre todos os ângulos análise e projeções realizadas na virada do milênio, vai acontecer nesta década dos 2020. Mais especificamente, no ano de 2028. Apenas recordando, quando a China taxiava na pista preparando-se para a uma recuperação vigorosa e decolagem, sua economia era 15 vezes menor que a dos Estados Unidos. E, também recordando, o PIB da China naquele momento era menos de 2% do que é hoje. Existe uma outra medida para se aferir o progresso e desenvolvimento de um país. E que é o que os economistas globais chamam de PPC – Paridade do Poder de Compra – um índice que pondera o poder de compra de seus cidadãos, levando-se em consideração os diferentes câmbios dos países. Pelo PPC a China não ultrapassará os Estados Unidos em 2028. Já ultrapassou em 2017… É isso, amigos. Cá entre nós, e como a dimensão do PIB de um país se enaltece e consagra-se na medida em que se traduza no progresso e desenvolvimento de seus cidadãos, preferimos o PPC, do que o PIB; de certa forma, o PIB é uma medida genérica e burra. Assim, a economia da China não vai superar a economia americana em algum momento do futuro. Já superou! Pelo PPC, e não pelo PIB, a China é de longe a principal economia do mundo. Desde dias atrás… Mais precisamente, 2017…
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Diário de um Consultor de Empresas – 13/07/2021

ACORDA BRASIL. O futuro que nos aguarda será duvidoso e precário se continuarmos na dependência da CHINA e dos EUA, e dos produtos da terra.
Negócio

A última fotografia, ou, nada é para sempre…

A última e derradeira fotografia é a pergunta que se faz sobre a frota de veículos dos países, incluindo o Brasil, e muito especialmente, em relação aos automóveis. Última foto de um período da história, desde que Henry Ford, há mais de 100 anos, conseguiu fazer seu Fordinho preto rodar em termos econômicos. Especificamente em relação ao tamanho da frota, o Brasil hoje possui 38 milhões de automóveis em circulação. E no conjunto dos veículos de quatro ou mais rodas – automóveis, caminhões e ônibus –, a frota é de 46 milhões, a sexta maior do mundo. E a grande mudança no tocante à relação entre veículos e pessoas acontecerá com os automóveis, mesmo porque caminhões, caminhões leves e ônibus, as mudanças serão muito mais na melhoria e aperfeiçoamento dos veículos do que na relação. Repetindo, batendo nos 46 milhões, o Brasil tem a 6ª maior frota mundial. Perdendo para os Estados Unidos – 264 milhões, China – 172 milhões, Japão – 77 milhões, Rússia – 51 milhões, e a frente de uma Alemanha – 8 milhões. O melhor momento desta década que está terminando, foi o ano de 2012. Talvez a derradeira fotografia de uma suposta prosperidade, onde as montadoras construíram seus planejamentos e investiram muitas dezenas de bilhões de reais, e que foi quando Dilma decidiu escancarar as porteiras, reduzindo juros e aumentando prazos artificial e irresponsavelmente, na patética e constrangedora nova matriz econômica, fazendo com que se vendesse 3,7 milhões de automóveis no Brasil. E assim, e naquele momento, as empresas olharam para 2020 e cravaram, vamos produzir e vender sete milhões de automóveis. E desde então quedas atrás de quedas até culminar com 2020, onde se pensava em sete milhões de unidades, e bateu nos três milhões. Menos da metade do previsto… Assim, os sete milhões dos sonhos ficaram para trás, e até mesmo os 3.160 milhões da previsão de março não foram alcançados… Portanto amigos, não seria exagero afirmar-se ser essa de agora, a derradeira fotografia de uma indústria automobilística que cumpriu um longo ciclo de mais de 100 anos, e que agora mergulha em uma revisão, mais que revisão, reinvenção radical em busca da sobrevivência. Em maiores ou menores proporções, e na medida em que ingressamos num mundo absolutamente novo e desde a criação do microchip, no ano de 1971, todos os setores de atividades, todos os negócios, todas as empresas, mais dia ou menos dia, mergulharão inexoravelmente num processo de renovação, reposicionamento, ou reinvenção mesmo, radical. É o tal do ciclo da vida, como nos ensinou O Rei Leão…
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Diário de um Consultor de Empresas – 09/02/2021

Francisco Madia comenta sobre THE DAYS OF WINE AND ROSES. Os dias de “vinhos e rosas” só valeram para poucas empresas da nova economia; no Brasil e no mundo, também. Já para a quase totalidade ou maioria das empresas vivemos a pior década dos últimos 200 anos em nosso país.
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Diário de um Consultor de Empresas – 02/02/2021

Francisco Madia comenta sobre o festival de tolices de um mestre de Harvard, com graduação e pós em Oxford, Cambridge, e, Stanford. Uma daquelas pessoas acostumadas a olhar para o futuro pelo retrovisor…