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A invasão chinesa, não obstante o coronavírus

Nosso país, passou, no correr de cinco séculos por sucessivas invasões estrangeiras. Até mesmo os chineses pontificaram de forma mais consistente por aqui, nos anos 1950, mas eram… Os velhos chineses da velha China. Nada a ver com os novos chineses da nova, instigante e revolucionária China, que se converteu no maior parceiro comercial do Brasil. Da virada do milênio para cá, os novos chineses começaram a chegar. Muito especialmente na cidade de São Paulo. Hoje já são mais de 300 mil chineses só na capital paulista, que vieram para fincar raízes e participar da reconstrução de nosso país. Gradativamente vão se organizando, somando, e querendo pontuar sua presença em nosso país, a partir de São Paulo, mediante gestos e movimentos institucionais. Assim, e por ocasião do aniversário da cidade no último 25 de janeiro, e que coincidiu com a celebração do ano novo chinês, o ano do rato, uma série de manifestações aconteceram. Muito especialmente, a de plantar as raízes de uma Chinatown na cidade, e como acontece em algumas das principais cidades do mundo. Em todos os próximos anos sentiremos, e superada a coronacrise, e a cada novo mês, uma presença maior de imigrantes chineses entre nós. E com a chegada pra valer, dos grandes players chineses do território da tecnologia, a “invasão” ganhará nova e maiores dimensões. Dos integrantes da primeira leva, início dos anos 1950, e em matéria de O Globo, a manifestação do médico Wong Chiu Ping, cardiologista de 83 anos, que aqui desembarcou em 1951, com a família, e após uma viagem de 83 dias de navio, fugindo da revolução comunista. O Dr. Wong é um dos expoentes e pioneiros da comunidade chinesa no Brasil, tendo comandado a área de cardiologia do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, e depois de trabalhar no Sírio Libanês… Diz o Dr. Wong: “Finalmente, a comunidade está muito mais aberta e participativa… e isso é bom para os brasileiros e para os chineses…”. Isso posto, amigos, nunca estivemos tão próximos da China, embora geograficamente muito distantes, do que nos encontramos hoje. E quem sabe, o que nasceu mais como uma brincadeira de economistas e jornalistas, décadas atrás, e formalmente encampada pelo Goldman Sachs, o Brics, acabe se revelando na prática, e definindo a segunda ou primeira força da economia mundial. Brics, que começa com B de Brasil, segue com R de Rússia, I, de Índia, e C de China… E com a admissão recente – 14 de abril de 2011 – da África do Sul, e com muitos e outros importantes candidatos na fila aguardando para aderirem. Como, Coreia do Sul, e México. Assim, amigos, os 2021 dentre outras novidades e revelações, institucionalizarão uma aproximação inimaginável, e finalmente, entre Brasil e China. E fazem muito bem as instituições que deixaram de esperar e passaram a agir. Como um Colégio São Bento que hoje é o preferido de parcela expressiva dos filhos de chineses que moram em São Paulo. Muitos, que já nasceram aqui. Quem diria, 30% dos alunos do tradicional São Bento são de origem chinesa. Há 20 anos, se alguém dissesse que um de seus filhos levantou a possibilidade de estudar mandarim, você provavelmente recomendaria uma consulta médica. Hoje, milhares de famílias correm atrás de escolas de mandarim, e milhares de crianças da cidade de São Paulo iniciam-se no aprendizado. 2021, Brasil-China. China-Brasil. Podem apostar, uma das principais características e componentes que reconheceremos, no futuro, quando olharmos e pesquisarmos sobre como foram os anos 2021. Os anos que agora começamos a viver. Brasil-China, China-Brasil.