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Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 19/10/2023

Empresas Tradicionais Convertendo-se, também, em BRECHÓS. Não vai dar certo…
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Diário de um Consultor de Empresas – 21/09/2023

Agora todos BISBILHOTAM nossas vidas e comportamento com as MELHORES DAS INTENÇÕES… SERÁ?!!!
Negócio

O pai da Barbie, a ignorância do Nobel, e a inteligência natural

ATENDENDO A PEDIDOS, o artigo do MADIA publicado no PROPMARK, na edição com data de capa de 30 de janeiro de 2018. Como muitas coisas na vida, um artigo escrito 5 anos antes do tempo certo. Richard Thaler, 72 anos, professor da escola de negócios da Universidade de Chicago, recebeu o Prêmio Nobel de Economia, por seus estudos sobre a economia comportamental. Segundo as agências noticiosas, à Academia Real Sueca de Ciências de Estocolmo, Thaler destacou a importância dos traços de personalidade dos indivíduos, em seus comportamentos de consumo: “Thaler incorporou hipóteses psicologicamente realistas na análise das tomadas de decisões”. Ou seja, fez em anos recentes, guardadas as devidas proporções e a infinidade de recursos hoje existentes, muito menos do que o verdadeiro precursor do behaviorismo aplicado à economia, aos negócios, ao marketing, ao branding e à comunicação, Ernest Dichter, fez e anunciou ao mundo nos anos 1950. E por que Dichter não mereceu a distinção, perguntarão alguns? Por dois motivos. O primeiro, absolutamente impossível, uma vez que o Nobel para Ciências Econômicas só passou a existir em 1968. E o segundo é que suas descobertas e conquistas mereceram críticas truculentas e improcedentes de supostos intelectuais da época. Ernest Dichter foi contemporâneo de Peter Drucker, também nasceu em Viena, no dia 14 de agosto de 1907. Graduado em psicologia, aluno e companheiro de Paul Lazarsfeld, um dos fundadores do behaviorismo. Morreu no ano de 1991, em Peekskill, Nova York. É considerado o criador e pai da Pesquisa Motivacional, que, dentre outras conquistas e consequências, mudou radicalmente a publicidade, o marketing, o branding, os negócios e a comunicação em todo o mundo. De família pobre, judeu, para custear seus estudos foi trabalhar com seu tio como vendedor de uma loja de departamentos, e decorador de vitrines nas horas vagas. De 1924 a 1927. Seu pai era caixeiro viajante, vendendo tecidos e armarinhos. No início da Segunda Guerra, decide sair da Europa, por questões de sobrevivência, e muda-se com sua mulher, Hedy Langfelder, pianista clássica, para New York City. Durante os anos 1940 e 1950, passou parte do tempo tentando convencer as grandes organizações de que faziam publicidade de forma equivocada. Que jogavam dinheiro fora. Até que um dia, de tanto insistir, a Procter lhe concedeu uma oportunidade com Ivory… Mais adiante o casal dono da Mattel contratou seus serviços para definir como deveriam ser as novas bonecas… Entrevistou 191 meninas e 45 mães… E concluiu: “suas mães querem as bonecas tradicionais, de antigamente; as meninas querem bonecas que traduzam o que gostarão de ser quando crescerem; “Long Legs, Big Breasts, Glamorous… Barbie, um dos dez melhores cases de todos os tempos”. O sucesso das descobertas sobre Ivory, para Procter, lhe garantiu um segundo job. Para Ariel… Mais adiante decodificou para a Chrysler como os homens relacionavam-se com automóveis. E criou a plataforma de comunicação perfeita para diferentes modelos de automóveis. Para a Esso, recomendou o statement: Put a tiger in your tank… Para Betty Crocker, identificou o truque que daria vida às massas para bolos que esbarravam no sentimento de culpa das mulheres. Descobriu que os praticantes de golfe voavam com as bolinhas; que os praticantes de boliche colocavam suas vidas ao arremessar as bolonas em direção aos pinos, às frustrações, aos desafios e aos inimigos… Muito antes, e infinitamente mais importante, do que o vencedor do Nobel de 2017, Richard Thaler. Mas, a vida é assim. Certamente a Academia Real Sueca de Estocolmo desconhece as contribuições de Dichter. Deixo aqui, portanto, esse reparo essencial. Questão ou dever de consciência. Sobre ele, Ernest Dichter, o pai da Pesquisa Motivacional. Em tempos de inteligência artificial, nada como reverenciar quem resgatou e enalteceu a verdadeira inteligência. A humana.
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Negócio

Car: The dream is over

O sonho, se ainda não acabou por completo, reduziu-se e em muito. Durante décadas o sonho do brasileiro era ter seu fusquinha, seu Fiat, sua Kombi. E ainda, Romiseta, Gordini, Chevette, DKW, Monza… E assim, meses antes de completar 18 anos já tomava todas as providências para tirar a carteira de motorista. Com 18 anos, alguns segundos, minutos, dias. Há 10 anos a constatação nos Departamentos de trânsitos das capitais de Estado que os 18 foram virando 19,20,21,22,23,24 e hoje aproximam-se dos 27 anos. Na média, não mais de tirar carta aos 18 e sim, e quase, ou, a partir, dos 27… No início da década passada, e feito todos os planos, baseados na retrospectiva dos últimos anos e décadas, é que o Brasil alcançaria em 2019/2020, a produção e venda de sete milhões de unidades. Essa previsão foi realizada precisamente no mês de dezembro de 2013, mas, a cada dezembro seguinte foi revista para baixo, e chegamos ao final de 2020 produzindo, segundo a ANFAVEA – Associação Nacional de Fabricante de Veículos – 2.014 milhões de veículos – automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus – ou seja, menos de 1/3 do que estimado em 2011… E desde o início desta década, antes e depois da pandemia, novos hábitos vão se consolidando, o que joga mais para baixo ainda as perspectivas da indústria automobilística brasileira. Desde uma atitude mais racional e objetiva do brasileiro que não sonha mais com o automóvel como acontecia 20/30 anos atrás – Automóvel ocupava a primeiro lugar disparado no sonho de consumo dos jovens, e hoje já não figura nas 10 primeiras posições – os que sonham em meio a pesadelos tiram carta com 27 e mais anos, e no pós-pandemia e com a adesão crescente das empresas ao home office, trabalho a distância, o carro vai despencando na prioridade das famílias… Ou seja, por razões conjunturais e estruturais o automóvel vai despencando na lista das prioridades e sonhos, e o Brasil, que um dia disse ter um potencial de produção e vendas de sete milhões de veículos ano, quem sabe agora, nem mesmo 2 milhões seja esse potencial. Por essa razão, e outras mais, e não obstante a falta de componentes eletrônicos, os pátios das montadoras que sobreviveram estão abarrotados, e muitas concedendo antecipação de férias… 12 das 17 fábricas decidiram interromper a produção por um prazo ainda não definido, e de olho numa eventual melhora nas vendas… Que nunca mais irá ocorrer de forma consistente… Fim de um ciclo. Os automóveis, como sonho de compra e uso dos brasileiros segue despencando na lista dos sonhos e prioridades. E quando excepcionalmente uma pessoa ou família sentirem necessidade, muito provavelmente não comprarão. Alugarão por um final de semana ou uma semana, no máximo 10 dias, ou se por alguma necessidade com alguma eventualidade, recorrerão ao CAAS – Car As A Service – carro por assinatura… Isso posto, Car, The Dream Is Over. Hoje, as indústrias de automóveis analógicas e do tempo da gasolina, encontram-se na situação descrita pelo poeta e compositor Paulo Leminski, “Acordei e me olhei no espelho ainda a tempo de ver meu sonho virar pesadelo”. Em verdade, verdade mesmo, temos uma única e derradeira exceção. Aquela que dá sustentação à regra. O ser humano mais criativo da face da terra, em termos de business, Elon Musk, e sua Tesla. Que fechou o ano de 2021 com um valor de mercado de US$800 bilhões – mais que todas as demais montadoras “analógicas” – da geração gasolina – somadas: Volks, Toyota, Honda, GM, Fiat, Chrysler, Mercedes, Nissan, Peugeot, Renault e Kia. Tesla que vai completar 20 anos no dia 1º de julho próximo, e que promete produzir e vender a partir de 2030, 20 milhões de carros por ano… Da geração dos elétricos…