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Atacarejo reinventa o hipermercado. Não vai dar certo!

Atacarejo é atacarejo não é hipermercado. Com o nascimento dos atacarejos, os hipermercados ingressaram em contagem regressiva. Classes A e B cada vez mais privilegiando os supermercados e varejos especializados, e comerciantes, ambulantes e vendedores em geral comprando nos atacarejos – foi para isso que nasceram. Mas, com a crise, e crescente falta de dinheiro, além dos comerciantes, outros tipos de clientes passaram a frequentar os atacarejos. Por outro lado, e com as mudanças radicais porque passa o varejo, os supermercados enfraqueceram-se com muitos marketplaces oferecendo os mesmos serviços, com entregas no mesmo dia, e poupando as pessoas do deslocamento físico. E aí, com a pandemia, uma desarrumação geral na economia do mundo, a inflação volta a crescer, milhões de desempregados, milhares de negócios fechando as portas, e o recorrer-se aos atacarejos, com todos os seus desconfortos na medida em que foram concebidos para atender os comerciantes, e não famílias e pessoas físicas, os Atacarejos, esquecendo-se de sua natureza e história, celebrando o sucesso momentâneo, perdem o juízo e resolvem converterem-se em, isso mesmo, Hipermercados! Nos jornais de um final de semana do ano passado a informação que algumas organizações do Atacarejo decidiram mudar a vestimenta, agregar penduricalhos, e atrair as classes A e B. Daniele Madureira, começa sua matéria na Folha, dizendo, “Lojas com ar-condicionado, bem iluminadas, com pé-direito alto, espaço para adega, fatiamento de frios, açougue e cafeteria, luxos tão comuns aos super e hipermercados, começam a fazer parte dos atacarejos – espaços de vendas espartanos, em que empilhadeiras e pallets dividem espaço com clientes nos corredores…”. Socorro! Atacarejo fazendo-se passar por Hipermercado não vai dar certo. A menos que fosse para desfilar no Comic-Com, como Cosplay, evento que retornou com tudo em dezembro do ano retrasado, no SP Expo. Atacarejo travestido de Hipermercado é, simplesmente, patético. Vai constranger os frequentadores do Comic-Com, e debilitar um negócio vencedor, o Atacarejo, desde que respeitada sua índole, cultura, propósito e missão.
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Quando bate o desespero

Bateu o desespero… Até mais que compreensível em micro e pequenas empresas, mas, no mínimo estranho, em grandes corporações. Revelam-se perdidas, e sem saber o que fazer e muito menos por onde tentar recomeçar… E aí lançam mão de tudo. Os tais de filtros de viabilidade, realidade, sentido, cultura, afinidade, provisoriamente foram descartados ou esquecidos, e assim, vale tudo. Lemos, por exemplo, a entrevista do presidente da rede de hotéis Accor na América do Sul, Patrick Mendes, a Fernando Scheller e Mônica Scaramuzzo no Estadão. Os números são desesperadores. Segundo Patrick, a rede Accor está presente em 110 países, e assim, tem um termômetro consistente sobre como as diferentes economias vão reagindo. Segundo os dados que passou para o Estadão, e especificamente na região, América do Sul, a rede Accor possui 400 hotéis sendo que desses, 300 estavam fechados até meses atrás. No Brasil, país com maior número de hotéis, são 300 dos quais 270 encontravam-se fechados. E dentre as alternativas e experiências que vinham fazendo com alguns de seus hotéis, a de uma unidade do hotel Ibis na cidade de São Paulo, que retirou as camas dos quartos, transformando os quartos em escritórios de uso temporário… Em Coworks… Não vai dar certo… Assim como os melhores restaurantes passaram a fornecer quentinhas… Rede Globo vendendo seus espaços a granel… E por aí vai… O vírus invadiu e tomou conta da cabeça dos gigantes. E que saíram alucinados praticando uma espécie de cosplay reverso. Gigantes travestindo-se de anões, ou, e ao invés de Cinderela, Madrasta por um dia… Simplesmente patético… Jamais nos esqueceremos que durante a pandemia do covid-19 algumas empresas precisaram recorrer a respiradores… Grandes empresas…
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