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Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 18/07/2024

As movimentações e revisão de estratégias não param no negócio da Saúde.
Negócio

Síndrome de Rip Van Winkle

Rip Van Winkle é um personagem criado por Washington Irving, e baseado na literatura germânica. Trata-se de um fazendeiro que decidiu, cansado de ouvir as reclamações de sua esposa que era vagabundo e não gostava de trabalhar, dar um passeio com seu cão a uma montanha próxima para esfriar a cabeça. Cruzou com um anão subindo a montanha carregando um barril pesado, ajudou o anão no transporte que lhe deu um gole da bebida. Rip acordou, procurou por sua arma e assustado constatou que estava enferrujada. Seu cão tinha desaparecido. Vai até sua casa e está toda destruída e abandonada. No bar encontra dois ou três amigos que sobreviveram. Aos poucos descobre que ficou na montanha dormindo por 20 anos. Essa é a sensação que muitas pessoas têm hoje diante das transformações radicais decorrentes do tsunami tecnológico. Em todos os setores de atividades, mas, com ênfase maior em alguns, como no da saúde. Semanas atrás o jornal Valor publicou mais um de seus estudos especiais, e referente ao território da saúde em nosso país. E a sensação que os leitores têm é que são uma espécie de Rip Van Winkle, que dormiram durante mais de 10 anos, e quando acordam, agora, descobrem as mudanças monumentais que aconteceram nesse território. Praticamente não existe um único negócio no território da saúde que não tenha se reinventado. Os que não passaram por esse processo não existem mais e foram comprados. Assim, e se há menos de uma década falássemos de grandes hospitais no Brasil, Sírio e Einstein eram as grandes referências. Hoje, o grande destaque é a Rede D´Or São Luiz. Laboratórios agregaram mais e muitos serviços, como o Dasa. Os hospitais tradicionais vão se convertendo em faculdades de medicina. A medicina a distância é uma baita e auspiciosa realidade. Apenas para citar algumas das quase que infinitas mudanças. Isso posto, existe um novo ranking em termos de maiores grupos do negócio da saúde no Brasil, tomando-se como medida o Número de Leitos. A liderança relativamente tranquila é da Rede D´Or São Luiz com 10.214. Vindo na sequência Hospital Vida, 7.134; Dasa, 3.707; Américas Serviços Médicos, 2.702, e, Mater Dei com 2.525. O número de fusões e aquisições que começou de forma tímida no início da nova década, 2010, com um total de 7, 8 anos depois foram 13, 9 anos 22, 10 anos, 25, e no ano de 2021, 32 fusões e aquisições. Em decorrência da Covid, todas as resistências que ainda haviam em termos de digitalização da saúde, e telemedicina, literalmente, desapareceram quase que do dia para a noite, Ou seja, amigos. Aconteceu! Se não foi da melhor maneira, com planejamento sensível e acurado, foi meio que aos trambolhões, e agora não tem mais retorno. Isso aconteceu em maiores ou menores proporções com quase todos os setores de atividade, mas, seguramente, o da saúde, se não foi o que passou por maiores reinvenções, foi um dos três deles. Difícil eleger os outros dois.
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Diário de um Consultor de Empresas – 07/03/2024

Diante do tsunami tecnológico, disrupção irreversível, algumas importantes empresas estão colocando “quase adolescentes” no comando.
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Diário de um Consultor de Empresas – 12/01/2024

Durante duas ou três décadas praticamente não existia concorrência na saúde. De 10 anos para cá… ótimo para todos.
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Diário de um Consultor de Empresas – 05/01/2024

Pós-Adolescentes no comando de grandes empresas; CERTO, OU, ERRADO?
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 12/04/2023

Todas as empresas que, de alguma forma, resolveram ressignificar-se, agora aceleram na busca de alcançar consistência e sustentabilidade. O FLEURY, por exemplo.
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 17/02/2023

No processo de disrupção da velha cadeia de valor da saúde em nosso país, e a construção uma nova e eficaz, a parceria de um grupo de ensino, ÂNIMA, e de um da saúde, DASA. E nasce a INSPIRALI.
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Diário de um Consultor de Empresas – 21, 22 e 23/01/2023

De certa forma, e hoje, parcela expressiva das pessoas sente-se meio como RIP VAN WINKLE, personagem criado por WASHINGTON IRVING…
Negócio

Pedro de Godoy Bueno, Empreendedor do Ano, CEO do Grupo Dasa, 32 anos

Um dia, o mais que querido amigo da Madia, Edson de Godoy Bueno, membro eterno da Academia Brasileira de Marketing, e fundador da Amil estava jogando tênis. Fevereiro de 2017, 74 anos. Dono da maior empresa de planos de saúde do Brasil, não dava muita importância a sua saúde. Cardiopata, sofre um infarto fulminante… “Como você pode imaginar, meu pai tinha acesso aos melhores médicos e hospitais… De certa forma foi uma das pessoas que criou um setor da saúde do jeito que é hoje, mas esse setor falhou com ele…”, disse Pedro, a Daniel Salles do jornal Valor. Pouco mais de um ano antes Pedro, 24 anos de idade, assumiu o comando do Dasa. Empresa fundada no ano de 2003, dona de uma soma de laboratórios – Lavoisier, Delboni Auriemo e Salomão Zoppi, mais 10 hospitais, e quinta maior rede diagnóstica de todo o mundo ‒ 247,6 milhões de exames e 973 mil atendimentos médicos em 2020. Em verdade, o negócio do pai do Pedro, Edson, era a Amil. Com a venda da Amil, em 2012, para a UnitedHealth, a família ficou megacapitalizada e, em 2014, arrematou 75% da empresa controladora do Dasa. Ao assumir o comando do Dasa, e com seu pai Edson ainda vivo, Pedro, formado em economia pela PUC-RJ, diz: “Meu pai era contra. Sempre quis que eu tivesse uma experiência executiva, achava que era um desafio muito grande para seu filho… Mas decidi encarar o desafio… Pensei, se tudo der errado, ninguém vai me culpar, porque tenho 24 anos. Vão culpar os loucos do conselho de administração que me colocaram aqui. Não tenho nada a perder… Ah, antes de aceitar a posição pedi carta branca a meu pai. Ele disse que daria, não acreditei, mas deu mesmo e de verdade…”. Hoje, mesmo ainda muito jovem, Pedro valoriza a trajetória que a vida e as circunstâncias determinaram a ele, “Você pode estudar gestão em Harvard, mas, na verdade, só aprende fazendo. É uma mistura de ciência e arte. Aprendi “on the job”. E por ter a clareza que estava em formação, desenvolvi a capacidade de ajustar a rota quando preciso. E deu certo…”. O que aconteceu com Edson, seu pai, e com um outro amigo, que de certa forma morreram podendo ter driblado a morte se fossem mais atentos aos exames, de certa forma definiu muito o reposicionamento do Dasa, e o nascimento da plataforma Nav, lançada em abril de 2021. Segundo Pedro, um dos desafios da medicina era, e ainda é, de certa forma, a fragmentação. Cada uma cumpre uma etapa e dá sua missão por encerrada. Por exemplo, feito um exame, tudo o que o laboratório tem a fazer é entregá-lo para o paciente… E assim muitos casos graves poderão permanecer adormecidos na memória de um computador, ou num exame não acessado… “Em nossa plataforma Nav pretendemos diminuir esse tipo de risco, essas fatalidades. Através da Nav e além de consultas on-line, agendar exames, ainda todos podem e devem consultar exames e compartilhar exames com médicos e parentes…”. “Nossos algoritmos, diz Pedro, conseguem detectar quando um paciente, por exemplo, está com câncer em estágio inicial e nos leva a tomar uma atitude. Podemos ir atrás do paciente ou do médico caso a caso, e oferecer o melhor tratamento a tempo, na hora certa… Hoje já são 450 mil pacientes cadastrados…”. E, Pedro lembra que o sistema de saúde – clínicas, hospitais, médicos – nasceu nas grandes guerras do século passado, e ganhava dinheiro tratando de doenças. Daqui para frente terá que se viabilizar prevenindo doenças – é melhor e mais eficaz em todos os sentidos impedir um pré-diabético de tornar-se diabético, do que lidar, mais adiante, com as consequências da doença… Quando Edson morreu, a Dasa não dispunha de nenhum hospital… “E aí nos deu o clique, diz Pedro. Tudo o que tínhamos vinha funcionando muito bem, mas isso não atendia na plenitude as necessidades e expectativas de nossos clientes, do usuário. Foi nesse momento que concluímos que nosso negócio não é fazer exame, é promover saúde…”. No final de sua entrevista, e olhando para o futuro, Pedro disse, “Daqui a alguns meses, em tese, a vacinação terá sido concluída. Mas o que vamos fazer com nosso país nos próximos 10 ou 20 anos? Falta uma narrativa para unir o país, e compete a todos nós escolhermos um novo líder para desempenhar essa missão…”. E pelo resultado das eleições, ainda não escolhemos o novo líder que nosso país mais que precisa. Quem sabe, na próxima. Depende de nós.
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Diário de um Consultor de Empresas – 28/10/2022

Dentre todos os setores de atividade, o da SAÚDE é o que se converteu no maior canteiro de obras do país. Reinvenção total!