Kopenhagen, perdas e danos pandêmicos, e o empoderamento de uma líder
Criada na década de 1920 por um casal de imigrantes, Anna e David Kopenhagen, a Kopenhagen estabeleceu a régua sobre chocolate de qualidade produzido no Brasil. Todos os demais se referenciaram na Kopenhagen, e algumas marcas de fora, com participações simbólicas de mercado ganharam alguma expressão.
No ano de 1996, o empresário e investidor Celso Ricardo Moraes compra a empresa e muda sua sede para Barueri. Nos últimos 20 anos foi preparando e transferindo o comando homeopaticamente para sua filha Renata Vicchi, e a transição concretizou-se quando a pandemia engatinhava no Brasil, início de março.
E, meses atrás, a empresa anuncia ter transferindo o controle para a gestora Advent, com Renata permanecendo no comando da organização.
Nesses 20 anos muita coisa aconteceu na vida da Kopenhagen do grupo CRM, mas, muito especialmente, o amadurecimento e a capacidade de gestão de Renata.
Comentando pela imprensa a decisão de transferir o controle para o Advent, fez ponderações de maior sensibilidade e sentido. Por exemplo, e quando perguntada da razão de terem aceito a proposta, respondeu:
“Costumava dizer que estávamos receptivos a um parceiro desde que não mexesse na Nhá Benta”.
Ou seja, um parceiro que agregasse valor e acelerasse o crescimento daqui para frente, sem tentar rever as bases e essência da marca. Disse, “Não há necessidade de mexer no que nos trouxe até aqui”.
Dando sequência sob seu comando e gestão, e agora com um novo sócio majoritário, Renata disse ter que proceder pequenos ajustes nos planos de investimentos e crescimentos previstos para este ano em função da pandemia, mas, e mesmo assim, e ao invés de abrir 100 novas unidades, abrirá 70. Já o plano de dobrar o tamanho da empresa nos próximos cinco anos permanece.
Muitos e mais anos de vida para Kopenhagen, mais que capitalizada para crescimento, aquisições e expansão, de forma segura e competente sob a liderança de Renata Vicchi.
E sem permitir que, quem quer que seja, tente mudar a receita do Nhá Benta, e, acrescento, e em nome da Renata, a do Língua de Gato, também!