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Um novo capítulo na reinvenção da saúde

Era uma vez os médicos, os profissionais da saúde, os prontos socorros, os hospitais, os ambulatórios, as ambulâncias, a vida. E aí chegou a tecnologia, começou a disrupção, os planos de saúde rapidamente foram se adequando as novas realidades, as farmácias agregando serviços, e o não pode foi perdendo a razão de ser, e, prevalecendo, o pode tudo, desde que signifique mais serviços e mais vantagens para quem paga a conta ‒ nós, clientes. E aos poucos, hospitais consagrados passaram a ter seus planos de saúde, mais de 100 novos planos nasceram contemplando nichos específicos, as redes de farmácias foram se consolidando e nos grandes centros com uma frequência quase igual a quantidade de bares, e os laboratórios além dos exames passaram a oferecer outros serviços, e a inteligência artificial garantido um acompanhamento em tempo real de cada um de nós e nossas doenças e antecedentes, e a medicina a distância ou telemedicina, e, para não ficar falando por mais duas horas sobre toda a revolução, a segunda maior rede de drogarias do país, a DPSP – Drogarias Pacheco e São Paulo, e respondendo a maior, a Raia Drogasil, convertendo-se em marketplace de saúde. E onde pretende atender 10 milhões de clientes, e oferecer os serviços de 150 mil médicos… Hoje, a DPSP tem em seu comando Jonas Laurindvicius. Formado pela FEI, e com passagens pelo Duty-Free, Riachuelo, C&A, e, Pernambucanas. Sob sua responsabilidade colocar em pé o marketplace, que terá como denominação Viva Saúde, e onde se farão presentes, em um único e mesmo ambiente, médicos, laboratórios, hospitais, planos de saúde, e, muito especialmente, nós, clientes. Em paralelo, as unidades físicas, as farmácias serão fortalecidas. Todas as farmácias da rede terão salas de atendimento farmacêutico. Para medicações, curativos, consultas remotas. Laurindvicius sintetiza toda essa movimentação afirmando, “Queremos sair da guerra do desconto no balcão. Vamos oferecer serviços num formato de omnicanalidade, e não apenas e tão somente seguir vendendo remédios”. Uma vez mais, o exemplo. Pode? A grosso modo, respeitados os hábitos e costumes que prevaleceram até ontem, e ainda as regulamentações caducas mais em vigor, não pode. Mas, em tempos de disrupção e transformação radical, para a maior parte das situações não existem nem mesmo tempo para perguntar se pode…
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Negócio

As novas farmácias

Esbarrando em regulações, costumes, impedimentos, finalmente as farmácias cansadas de esperar pelo verde dos sinais das autoridades da saúde, e aproveitando-se das brechas e imprevisibilidades da legislação, vão avançando o sinal. Assim, muito rapidamente, a realidade das tradicionais farmácias em nosso país será completamente diferente do que foi até hoje. E parcela expressiva do atendimento médico genérico das chamadas doenças prosaicas ou do cotidiano, resolva-se com o médico de farmácia. Todos nós teremos um Dr. Antônio, Terezinha, Martha, Edson, que será o nosso médico de farmácia preferido. Ou, de confiança. O que a pandemia, de certa forma ajudou a entender e por decorrência acelerar, é que se as farmácias permanecerem na expectativa da autorização, num país onde legisladores sentam-se sob projetos e tribunais quando acionados vão colocando no final da fila, é que muitas vezes é melhor arriscar e correr os riscos inerentes do que permanecer esperando. Assim, e a chamada telemedicina, que patinava no mesmo lugar há duas décadas, com poucos meses de pandemia decolou de vez, e de forma irreversível. O mesmo vai acontecer com as farmácias e quem deverá sair na frente é a líder dentre as redes, a RD – RaiaDrogasil – com estudos e movimentos superavançados nessa direção. Com a ajuda da pandemia que, de certa forma disse a todas as pessoas: na maioria das situações os riscos seriam significativamente menores se as pessoas fossem atendidas nas farmácias do que nos hospitais. Ou seja, e de alguma forma, a farmácia vai migrando para se constituir num dos mais importantes braços da medicina preventiva. Outra tendência que vai prevalecendo, assim como acontece no território da alimentação com as Dark Kitchens, cozinhas fechadas ao público que só cozinham para o delivery, algumas redes estão optando pelas dark pharms em seus planos de expansão. Farmácias que só existem no digital e para entrega domiciliar. Uma das maiores redes, a 3ª e que só perde para a RD – RaiaDrogasil, e para a DPSP – Drogaria São Paulo e Pacheco – desistiu de expandir seus tentáculos em regiões onde não está presente através da abertura de novas farmácias, e preferiu migrar para as dark pharms. Assim, pretende fortalecer sua liderança no Norte e Nordeste do País com mais farmácias nas ruas e avenidas, e atacar com as dark pharms no Centro, Sudeste e Sul. Depois de todas as movimentações, e com as redes consolidadas, existe mais que a expectativa, a certeza que as grandes redes americanas voltarão ao Brasil com apetite redobrado. Muito especialmente a CVS que equivocadamente comprou uma pequena farmácia, arrependeu-se e deu marcha à ré. Esse erro, segundo seus dirigentes, não cometerá mais. Por outro lado, e com a chegada da Amazon no território das farmácias, talvez a CVS deixe seus planos para depois, na tentativa desesperada de defender seus territórios, e em seu país de origem, Estados Unidos da América.