Tag: e-commerce

Negócio

Jamais diga impossível; não subestime a força das circunstâncias

E aí veio a pandemia. E o que muitos afirmavam impossível, jamais, agora mais que possível, e, quem sabe, sempre. Por uma série de razões, em muitos territórios os plásticos eram imbatíveis. O papel sempre, economicamente, revelava-se inviável. E aí veio a pandemia e aconteceram algumas coisas que produziram uma revisão radical nesse entendimento. A primeira, a visual. Com a pandemia, milhões de famílias começaram a ver – isso mesmo – ver, a montanha de lixo plástico que produziam. Em recente matéria para o jornal O Globo, o diretor de negócios de papéis da Klabin, disse, “A pandemia foi uma virada de chave. O e-commerce impulsionou a procura por embalagens recicláveis e os consumidores puderam ver o volume de plástico acumulado em casa com o delivery…”. A consciência de um lado, e o aumento substancial na demanda de descartáveis – a segunda razão – viabilizou economicamente a adesão a novas tecnologias. A Klabin, por exemplo, e desde a chegada da pandemia, já lançou seis tecnologias diferentes em papel que emulam competências e qualidades que levavam a indústria a preferir o plástico. Na matéria, Deganutti explica uma das seis tecnologias, que se traduz na solução Klamulti. Diz, “A Klamulti é uma celulose microfibrilada – espécie de cabelo descabelado – que torna o papel-cartão 10% mais leve e já vem sendo utilizado em embalagens multipack de cerveja. Nos primeiros três meses essa solução em celulose já foi usada na produção de mil toneladas de papel cartão…”. A consciência que gradativamente o papel será o substituto do plástico determinou a decisão da Klabin de realizar o maior investimento de toda a sua história. O projeto Puma II que implica num investimento da ordem de R$12,9 bilhões com a criação de duas novas unidades fabris no Paraná. Não obstante e ainda todas as dificuldades, bom saber que a pandemia, além de toda a devastação e sequelas, acabou se convertendo no empurrão que faltava para seguirmos na substituição em maior velocidade do plástico pelo papel. Lembram do ideograma chinês com dupla leitura: Crise e Oportunidade. É por aí mesmo.
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Diário de um Consultor de Empresas – 30/06/2023

Com o DIGITAL, e-COMMERCE, milhões de brasileiros descobriram-se, SELLERS!
Negócio

Em busca de carrinhos abandonados

O maior desafio do comércio eletrônico em todo o mundo, e mais especialmente no Brasil, são os carrinhos abandonados. Por mais experiente em compras que nós – na condição de internautas – sejamos, qualquer movimento estranho, passo em falso, vacilada do computador, qualquer coisa que aconteça durante a navegação é mais que suficiente para largarmos o carrinho e pularmos fora. Muitas vezes e com o coração batendo… Quase saindo pela boca! Dos que estão fazendo compras pela primeira vez, então, menos de cinco conseguem chegar até o final. No conjunto dos compradores, de cada 10, sete não chegam até o final e os carrinhos carregados de produtos vão ficando pela digisfera, numa espécie de almas penadas… Além do medo, da falta de prática, e muito mais, erros de conta são, talvez, a segunda principal razão do abandono dos carrinhos. E o erro de contas pode acontecer em diferentes situações. Desde compras que não alcançam um valor mínimo para não existir cobrança de frete, ou as pessoas se esquecendo de que teriam que pagar o frete, ou cálculos errados e no final as pessoas descobrem que compraram mais do que deviam, e depois, e na sequência, quando o prazo de entrega das compras é muito longo, quando nenhuma das opções de pagamento é viável para os compradores, quando dá o chamado “pau” na plataforma, ou outros acidentes de percurso. O fator pandemia atenuou um pouco o abandono de carrinhos. Como em muitas situações era a única alternativa que a pessoa tinha para realizar a compra, acabou esforçando-se mais, contornando problemas, dúvidas e inseguranças, e concluiu a compra. Ao invés de pular fora e desistir, por necessidade, insistiu, e, chegou lá. Fez a compra! Assim, e durante a pandemia, a participação do e-commerce no conjunto das vendas subiu de 5% para 9%. Quase o dobro. E os carrinhos abandonados caíram de quase nove em 10 para sete em 10. Em números mais precisos, de 86,9% de pessoas que desistiam de realizar suas compras antes da pandemia, esse percentual caiu para 66% durante a pandemia. Os carrinhos que deixaram de ser abandonados no digital, agradecem…
Negócio

Mamões furados

Nas festinhas das famílias brasileiras de antigamente, e dentre os salgadinhos preferidos, um que chegava às mesas, espetado em mamões, melancias, e, mais recentemente, e poupando as frutas, espetados em bolas de isopor. Era conhecido por diferentes denominações, mas sempre prevalecendo a de espetinhos para festas. É o que vem acontecendo hoje nos diferentes setores de atividade. Os grandes bancos brasileiros, por exemplo, que viviam num mar de tranquilidade, num oceano azul de proporções descomunais, e que dividiam de forma bucólica e amiga todo o mercado em cinco pedaços, 90% do mercado, agora vão virando base para infinitos espetinhos. Centenas e milhares de fintechs que vão se dependurando em partes dos territórios dominados pelos bancos, e ocupando espaço. De certa forma, idêntico comportamento vem ocorrendo na cabeça, ou corpo principal das principais cadeias de valor. Com a tecnologia, internet, e-commerce e delivery, instituições tradicionais vão recebendo em seu corpo dezenas ou centenas de espetinhos que começam tirando uma casquinha, depois um pouco mais, e finalmente levam um razoável pedaço. Em muito pouco tempo, tudo o que se compra nos supermercados, por exemplo, poderá ser comprado sem sair de casa ou do escritório de empresas especializadas num item específico. Vamos ficar para efeito de entendimento no território das bebidas. Nos últimos 10 anos, pelo Brasil inteiro, nasceram empresas que vendem exclusivamente bebidas. Tem aplicativo, tem maior variedade, fazem mentoria orientando os clientes, entregam mais rápido, e, quase sempre tem um preço melhor. E se geladas, muitas vezes, geladíssimas! É isso, amigos. Essa é uma das características mais consistentes desse período de travessia do velho para o novo mundo. Centenas de negócios e empresas líderes nas diferentes categorias de produtos e serviços, sendo espetadas por milhares de novos players. Cada um dos novos players vai roubando um pedacinho… Por mais que resistam, no mínimo vão sangrar. Muitas já estão sangrando. Algumas, dentre essas, caminham inexoravelmente para hemorragias irreversíveis. Depois de meses ou anos de anemia, perderão por completo sua sustentabilidade, e, partirão…
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Diário de um Consultor de Empresas – 30 e 31/10, 01, 02 e 03/11/2021

VENDEDORES AO INFINITO. Um dia todos seremos vendedores? Ou, melhor, SELLERS? Parece que sim…
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Diário de um Consultor de Empresas – 20/07/2021

DE CADA 10 CARRINHOS DE COMPRAS NO DIGITAL, 7 SÃO ABANDONADOS NO MEIO DO CAMINHO POR COMPRADORES ASSUSTADOS. Na pandemia, e diante da necessidade, uma pequena queda nesse número.
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Diário de um Consultor de Empresas – 20/01/2021

Francisco Madia comenta sobre HOSPÍCIO GERAL, OU, NÃO É BEM ASSIM… Quem era não é mais e apenas como era, mas é também com não era de uma nova forma modificada enquanto procura ser de uma forma que garanta como era e preserve a forma de ser como poderia ser, mas considera… é isso, amigos, todos atirando em todas as direções, ou, MERCADO LIVRE: CORREÇÃO DE ROTA?