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Conclusões precipitadas, ou, o futuro a Deus pertence…

Lembram-se dessa frase? “O futuro a Deus pertence”? Valia tanto para os crentes como para os agnósticos. A partir de um determinado ponto, e diante das pessoas, empresas, organizações terem esgotado todas as possibilidades, crentes entregavam a Deus, e os agnósticos à sorte e à fortuna. E aí veio a pandemia. Superado o pior momento, todos os dias em todas as publicações, supostos especialistas que se sentem à vontade para dizer como será o futuro. Sobre alguns comportamentos e manifestações é possível formular-se algumas hipóteses. Sobre todas as demais, especulações precárias, pretenciosas, arrogantes, e acima de tudo, burras. Assim, que ninguém conclua o que quer que seja por enquanto. Todos os novos comportamentos e manifestações decorrentes da crise precisarão de um ou dois anos, para conferirmos se vieram pra ficar, ou são apenas resíduos que o tempo elimina. Só depois de superada definitivamente a crise, para aferirem-se suas eventuais e possíveis consistências. Se vieram para ficar, ou foram apenas brisas de verão, ou, soluços da pandemia. Mas, desocupados de todo o gênero desenvolvem as teorias mais irrelevantes possíveis, e desprovidas de qualquer grau de consistência. Tipo, por decorrência do que afirmam com a convicção dos medíocres, a morte dos carrinhos dos supermercados… Meses atrás muito se comentou sobre as tais das “Novas Certezas” sobre tudo e todos. Coisas do tipo, “Novos produtos sem toque é o must daqui para frente…”. Meu Deus, tudo o que queremos e fazemos naturalmente é tocar, pegar nas coisas, nas pessoas, na vida, e agora teremos que comprar todos os produtos apenas olhando: de perto e de longe? Ou, “Provadores virtuais”. Socorro! Simulação de provadores no digital, um horror, mas, ok. Nas lojas, qual o sentido de se ir a uma loja se não pode tocar o produto, provar o sapato ou o vestido, sentir o cheiro do perfume… Nessa linha patética de raciocínio, muito brevemente, essas mesmas pessoas que preveem e advogam essa estupidez nos recomendarão visitar os restaurantes apenas para olhar as comidas, e irmos aos supermercados só para matar a saudade dos tempos em que víamos, mas podíamos pegar e colocar no carrinho, os produtos das gôndolas. Mais ainda, profetizam o fim dos carrinhos! Ou, e ainda, que lojas vão se converter em minicentros ou terminais de distribuição. Esquece, provisoriamente, diante da fragilidade dos Correios, as lojas aproveitam algum espaço vazio para quebrar esse galho, mas, quem comprar a distância, vai querer receber seus produtos em casa, e quem comprar presencialmente, compra e leva consigo na sacola ou saco, ou recebe em casa dias depois como são nas compras de geladeira, fogão, televisores e assemelhados. Loja é loja, e terminais de entrega são serviços completamente diferentes e antagônicos. Ou, agora as pessoas vão trabalhar nas lojas… Parece que não ouvimos ou lemos direito… Mas, é isso mesmo, está em matéria recente no Estadão, “Além de oferecer a oportunidade para o consumidor experimentar produtos, a loja física também pode ser um local para o cliente ter acesso a serviços, como conserto de bicicleta, ou espaço de trabalho com internet ultrarrápida disponível…”. Talvez fosse melhor trabalhar nas árvores, nos galhos mais altos… Sem comentários. Pior que a pandemia da Covid-19, é a pandemia de estultices e ignorância para a qual nem existe e nada se faz para uma vacina urgente. Para ontem.
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Bom de classe, é, também, bom de vídeo? Nem por milagre…

A pandemia, como temos comentado com vocês, escancara o que funciona bem em tempos anormais, em relação ao que funcionava bem nos tempos da chamada normalidade. Lembram, nas comidas por delivery o que alguns chefes de cozinha descobriram e nós comentamos com vocês? Que alguns pratos funcionavam bem para viagem, e outros literalmente eram um desastre e convertiam-se numa gororoba. Os tais pratos bons para viagem… Esse tipo de constatação com o passar das semanas foi revelando-se em todas as demais coisas, e em decorrência das mudanças compulsórias. Ou se passava a fazer de uma forma nova e possível, ou pura e simplesmente não se fazia. E isso impactou fortemente no ensino. Saltamos do ensino presencial direto para o ensino a distância, que apenas e ainda e timidamente engatinhava, em tudo e para tudo como se esse milagre fosse possível. Bons professores em classe revelaram-se e revelam-se lamentáveis e entediantes no a distância. Mas, como não havia tempo, Zé virou José que virou Mané que virou Menelau… No início, e diante da surpresa e necessidade, todos os alunos, dos pequenos aos mais velhos foram engolindo. Poucas vezes com prazer, algumas vezes com água e extrema boa vontade, e na maioria das vezes com raiva e revolta. Como se diz no popular, já que não tem Zé vai com Zezé mesmo, e conscientes que não adiantava reclamar, nem com os pais, nem os mais velhos com as escolhas, nem com o mundo e muito e menos ainda com Deus, os alunos decidiram proceder aos ajustes por conta própria. E assim foram desenvolvendo diferentes formas de tragar o intragável. Conclusão, cada aluno passou a gerenciar o conteúdo que recebia a distância de acordo com sua disposição temporal e emocional. E uma nova prática foi prevalecendo. A de tentar corrigir em casa, as deficiências das aulas e dos professores. E milhares de alunos desenvolveram a técnica de acelerar aulas. Como assim, perguntará você, o que é acelerar as aulas? Enquanto pelas limitações da pandemia a vida desacelerava-se, pelas chatices de muitos professores – heróis não têm culpa, não foram preparados e nem levam jeito – as aulas e o ensino virou uma espécie de bit acelerado, como cantava a música. Nas pesquisas realizadas muito especialmente com os jovens, a justificativa, ou, defesa… “A decisão de assistir as aulas no modo acelerado possibilita em primeiro lugar manter a atenção, e por decorrência, poupar tempo, e evitar, especialmente, o tédio, o sono, e que muitos terminassem as aulas do dia roncando com a cabeça sobre o teclado do computador…”. Dentre as reportagens sobre o tema, uma espécie de metrificação do tempo, e dos supostos ganhos dos alunos. O depoimento de uma estudante de psicologia, Carolina Canellas, à Bruna Atimathea do Estadão. Declarou Carolina: “Fico muito ansiosa para acabar as coisas logo, então adianto as minhas aulas para acabar rápido. Comecei acelerando o vídeo em 1,25x. Agora tem aula que assisto em até 2x. Acelerar em duas vezes significa que faço uma aula de uma hora em trinta minutos. Já quando a velocidade é 1,25x, uma hora dura 48 minutos…”. É isso, amigos. Os novos Inocentes do Leblon, como um dia celebrou Carlos Drummond de Andrade, e que não viram o navio entrar… Os Novos agora acreditavam que era só trocar a roupa de professor por ator que tudo estaria resolvido, e aproveitando os mesmos roteiros e comportamentos do tempo das aulas presenciais. Armava a câmera, e dona Terezinha, querida professora de Taubaté, virava Fernanda Montenegro no ato… Cora Coralina dizia “feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”. Em condições normais e verdadeiras é por aí mesmo. “No atual momento o que constatamos são professores tristes e contrariados porque não conseguem transferir o que sabem e, por decorrência, não aprendem o que ensinam…”. Assim, o ensino presencial vai voltar. E o a distância concentrando-se não mais no aprendizado, mas na especialização e atualização. E já é muito. Ensino a distância, na formação e capacitação, só faz sentido se for absolutamente impossível o presencial. Assim, só em caráter excepcional e de tragédia ou calamidade. Se em termos de qualidade de ensino e no último ranking mundial de educação, o PISA (Programme for International Student Assessment) – o Brasil registrou um dos 10 piores desempenhos do mundo em matemática, e atrás de outros 50 em leitura, o Brasil despencou em ciência… Imaginem se o ensino fosse exclusivamente a distância… Chega de passar vergonha.
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Diário de um Consultor de Empresas – 21/07/2021

TESTE A CEGA, ou, TESTE CEGO DE PRODUTOS. WHO CARES? Mas, continuam sendo feitos…
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Agropecuária? Sem ilusões!

Jamais poderemos negar e muito menos depreciar a importância da terra na vida de nosso país, mas, sem exageros, sem perder de vista que mesmo sendo grande sua importância, seu peso no conjunto é bem menor do que as manchetes e discursos que seus agentes econômicos repetem em suas falas de todos os dias. Dentre os economistas brasileiros, Luís Eduardo Assis é um dos mais consistentes, e que merece maior atenção e respeito, pelos fundamentos e qualidade de suas manifestações. Foi diretor de política monetária do Banco Central, e economista chefe do Citibank, HSBC, e presidente da Fator Seguradora. Professor de economia da PUC-SP e FGV. E segundo Luís Eduardo Assis, todas as tendências, pela forma como o mundo evolui, e como a tecnologia invade a agricultura e a terra, a tendência é que sua importância relativa caia, e extensões gigantescas de terra revelem-se antieconômicas. Não estamos distantes de, em determinadas culturas, a cidade virar campo – com o prevalecimento das culturas verticais. Em recente artigo no Estadão, e traduzindo com incomum propriedade a importância relativa da lavoura em e para nosso país, Luís Eduardo Assis chama a nós todos à realidade, e à luz dos números. Vamos repassar esses números agora… Segundo os últimos dados oficiais disponíveis, e do IBGE, a participação do setor agropecuário no PIB do Brasil no ano retrasado, 2019, foi de 4,4%. Com a evolução de todos os demais setores, essa participação, mais que cair, vem despencando. Há 60 anos, 1960, essa participação era de 17,7%, portanto reduziu-se em 4 vezes! Todos os países que deram um salto nesse período, que cresceram bem acima da média dos demais países, foram no início através do setor industrial, e mais recentemente, últimos 20 anos, através dos serviços. Assis faz outra comparação da maior importância. Os cinco países onde a agropecuária tem a maior participação no PIB, registram uma renda per capta média da ordem de US$ 1,6 mil. Já os cinco onde a agropecuária tem menor participação, a renda média é de US$ 80.242. Conclusão, a agropecuária é tão mais importante quanto mais pobre for um país. E com a invasão da tecnologia na agropecuária, até mesmo uma de suas maiores virtudes, a da geração de empregos, vem despencando no correr dos anos. Na última medida, oito milhões de brasileiros trabalhavam na agropecuária, 9,8% do total, em processo de queda sistemática em todas as últimas décadas. Assim, amigos, sem grandes ilusões. Vamos continuar agradecendo, homenageando e reverenciando a agropecuária do Brasil. Mas de forma sensível e conscientes que o futuro não necessariamente pode e deve ser, nem mesmo em nossas cabeças, ancorado nessa atividade. Agro é the best, mas longe de ser tudo e de conseguir ser a redenção do Brasil. Com as conquistas tecnológicas, e com os avanços dos aperfeiçoamentos e correções decorrentes da genética, muito rapidamente, até mesmo os países com pequena dimensão territorial terão, potencialmente, a possibilidade de tornarem-se autossuficientes na agropecuária. Da mesma maneira que as novas fontes de energia vêm alertando os países produtores de petróleo que os anos de ouro aproximam-se do fim. Ou seja, e repetindo, vamos continuar reverenciando a agropecuária, mas jamais colocarmos nosso futuro exclusivamente dependente de seus progressos e evoluções. Sob a luz de todos os números e análises, a importância relativa da agropecuária hoje para nosso país é bem menor do que já foi, e muito menor ainda do que muitos alardeiam. Menos emoção, mais pragmatismo, e melhores perspectivas futuras.
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Diário de um Consultor de Empresas – 23/06/2021

PICS – PLATAFORMAS IMPRESSAS DE COMUNICAÇÃO – EM SUAVE E GRADATIVA DECADÊNCIA. Em domingo recente a FOLHA publicou uma grande matéria, com a seguinte chamada de capa, “FOLHA É O JORNAL MAIS NACIONAL E O DE MAIOR AUDIÊNCIA E CIRCULAÇÃO…” A verdade atrás dos débeis números…
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Diário de um Consultor de Empresas – 10/06/2021

CONTIGO EM LA DISTANCIA SÓ É BOM NO BOLERO. Numa matéria de meses atrás no ESTADÃO a história do novo CEO de importante empresa global do território da moda que foi contratado à distância e assim permanece 12 meses depois… Ainda não disse “BOM DIA” pessoalmente, nem para o manobrista do estacionamento…
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Vídeo 10

Hoje o décimo episódio desta série de 41 ANOS da MADIA onde convoco a todos para a construção de nosso legado. Para deixarmos para os que darão sequência a história do BRASIL, um país moderno e infinitamente melhor. Hoje falo sobre a PRIORIDADE ZERO. Mais que possível, e que já deveríamos ter realizado há no mínimo 10 anos.
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Vídeo 08

Hoje o oitavo episódio desta série dos 41 anos da MADIA, onde, pretendo contar com adesão de todos vocês no processo de construção de nosso legado. De deixarmos para nossos descendentes, um BRASIL NOVO. Um BRASIL DE VERDADE. Hoje, infelizmente, voltamos a comentar sobre a pedra gigantesca e tóxica que impede termos um país melhor e mais justo. A lamentável, injusta e corrupta JUSTIÇA brasileira. Como lembrou a todos nós nesta semana o jurista e acadêmico JOAQUIM FALCÃO, “CHEGA DE ADIAR O BRASIL!”
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Diário de um Consultor de Empresas – 29/04/2021

Francisco Madia comenta sobre A TOLICE DOS “TESTES CEGOS”. Você coloca máscaras nos olhos para beber vinho? Você apaga as luzes para tomar vinho? Os tais dos críticos e supostos especialistas acreditam que sim…
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Vídeo 05

Hoje o quinto episódio da série MADIA41ANOS. Onde juntos refletimos sobre todas as possibilidades de construirmos, e, finalmente, um NOVO BRASIL. Hoje faço uma retrospectiva sobre o que aconteceu com nosso país depois da 2ª Grande Guerra, as mudanças na economia, o crescimento absurdo do Estado brasileiro, referindo-me a música COMO NOSSOS PAIS, de BELCHIOR.