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Negócio

No digital não existe conversa a dois. Sempre, e no mínimo, três!

De repente todos mais que encantados com a economia de dados, com a eficácia na comunicação comercial a partir dos serviços das redes sociais, e com índices espetaculares e inimaginados de retorno sobre o investimento. Lembram, “dados é o novo petróleo…”. E é assim mesmo. Uma espécie, de “jogo roubado”. Onde um terceiro tem acesso às cartas dos adversários, e dos amigos, também, e vende essa informação a um terceiro interessado. Tudo bem, se você não quiser, se dispuser de tempo, paciência, saco, e resistir à tentação de já sair usando antes de tomar todas as milhares de medidas preventivas, poderá evitar que vendam seus dados. Mas, menos de 0,01% das pessoas se dão a esse trabalho. A tentação é maior, e as pessoas não têm a mais pálida ideia de como seus dados escancarados serão usados. A maioria das pessoas, por exemplo, e nas redes sociais, entopem suas páginas de fotografias que, mais de 90%, ficam disponíveis e acessíveis para quem quer que seja. Não existe conversa a dois no digital. Todas as conversas são, no mínimo, a três. Você, sua mãe, seu marido, seu namorado, seu amigo… e a rede social a quem você escancarou sua vida. Apenas isso. Isso posto, mais que na hora de nós, mundo, decidirmos o que queremos daqui para frente. Navegarmos em redes sociais com nossos dados escancarados – e essa é a essência econômica das redes para quem nossos dados valem ouro e vendem –, ou, colocarmos x em todas as trancas possíveis e imagináveis, ou nos comunicarmos por códigos, ou, abrirmos mão da modernidade e só falarmos pessoalmente. Ao menos, os assuntos que até ontem chamávamos de confidenciais ou particulares. Ou veremos nossas fotos nas situações mais absurdas possíveis, e esposas grávidas sendo abraçadas pelos maridos a quem ainda não tiveram tempo de contar a novidade, porque já receberam a notícia através de um vendedor de bercinhos… É isso, amigos. Chega de inocência, e, ou, revolta e indignação. Escancaramos nossas vidas por adesão a regras que jamais lemos ou leremos. Lembre-se da sabedoria do digital e da vida, “quando é de graça, o produto é você”. Notícia desta semana da Reuters revela que a Meta – leia-se “Feice”, WhatasApp e Facebook – foi notificada pelo TJUE – Tribunal de Justiça da União Europeia – sediada em Luxemburgo, e que precisa restringir o uso de dados das pessoas coletados através de suas redes sociais e que usa para publicidade direcionada… Na decisão o TJUE diz, “Uma rede social online não pode usar todos os dados pessoais obtidos para fins de publicidade direcionada, sem restrição quanto ao tempo e sem distinção quanto ao tipo de dados…”. É isso, amigos. A decisão é nossa. Os incomodados que se retirem, ou que passem horas colocando todas as proibições e impedimentos nas redes sociais que usam e depois de consultarem e entenderem todos os regulamentos. E já se preparando porque o número de mensagens que recebem e acabaram se acostumando cairá a próximo de zero… Como de hábito, e como sempre, e continuará sendo assim enquanto nós, sociedade, não decidirmos o que queremos para nossas vidas e dados, a Meta defendeu-se, dizendo, “Todos os que usam nossas redes sociais têm acesso a uma ampla gama de configurações e ferramentas que permitem que as pessoas gerenciem como usamos suas informações…”. É verdade, mas, você chega aos parques da Disney disposto a passar os primeiros dois dias lendo regulamentos e preenchendo formulários, ou já quer dar uma volta na Space Mountain…? Precisamos decidir urgente que tipo de mundo e sociedade queremos… Enquanto isso, e como sempre são, no mínimo, três em todas as conversas, Eu, Você e a Rede Social… nossos eventuais segredos e confidências estão escancarados ao mundo. Nas redes sociais não existe o “no privado…” É tudo escancarado! Por enquanto esse é o jogo. Funciona assim. Não gosta, não quer mais. Desligue o smartphone, sai das redes, e mergulhe na solidão e isolamento. Em pouco tempo, dias, quem sabe horas, descobrirá que se converteu num ilustre desconhecido e ignorado, esquecido nos matos da modernidade, uma espécie de o Novo Faquir de Franz Kafka… Por falar nisso, aproveite o abandono e solidão para mergulhar nos livros, começando pela leitura do conto de Kafka…
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Negócio

Marcos Galperin

“Mentiram para você durante 80 anos e te disseram toda a verdade em 10 minutos” Com essa declaração, Marcos Galperin, o hoje mais rico dos argentinos, criador e todo poderoso do Mercado Livre, declarou seu apoio a Javier Milei. Dias atrás, e em valor de mercado, o Mercado Livre, 24 anos completos, superou a Petrobras. No portal do Mercado Livre a foto histórica, onde aparece Galperin com seus quatro companheiros de jornada. Galperin estudava na Stanford University. Hoje 24 anos depois, presente em 18 países, Galperin explica, talvez, a principal razão do sucesso de sua empresa: “Jamais perdemos a essência e a alma de startup”… e, conclui, “Essa cultura empreendedora está em nosso DNA e seu efeito multiplicador escreve a história de nosso crescimento. É o espirito que move a missão do Mercado Livre, de democratizar o comércio eletrônico e os serviços financeiros na região para transformar a vida de milhões de pessoas na América Latina”. Em tempo de normalidades, feitos como os do Google, Amazon, Facebook, Nvidia, e muitos outros mais, são, apenas e simplesmente impossíveis. Em tempos de disrupção, onde o chão do conhecido e da tranquilidade se desfaz, e as oportunidades se multiplicam, nada é impossível. As empresas tradicionais, bem-sucedidas, serão as últimas a acreditar no que está acontecendo, e, por decorrência, as últimas a tentarem reagir… e, assim, morrem. Todas essas novas empresas de monumental e surpreendente sucesso, para muitos, e sensíveis a oportunidades decorrentes de tsunamis, como é o tecnológico de hoje, inserem-se nas lições de Jean Cocteau – “Como não sabia que era impossível, foi lá e fez…”. Ou, de Al Ries – “O que nos trouxe até aqui não nos levará mais a canto algum”. Ou, de Peter Drucker, “Antes de colocar todos os novos e revolucionários gadgets nas velhas molduras que temos em nossas cabeças, jogar a velha moldura fora”. Ou, de Milton Berle, “Se a oportunidade não bater construa uma porta”. Ou, e ainda, sobre a lição definitiva de Gertrude Stein, para todos aqueles que ainda não se deram conta da dimensão e destruições estratosféricas do Tsunami Tecnológico. Apenas, e simplesmente, “Não existe lá mais ali”. Se alguém um dia, 30 anos atrás, dissesse para você que um Argentino que estudou nos Estados Unidos invadiria o Brasil e 17 outros países, e destruiria, para sempre, o tradicional, consagrado, e mais que consolidado comércio analógico, as grandes e tradicionais e gigantescas empresas do varejo, você acreditaria, ou, daria de ombro, talvez expressasse um sorriso de ironia… Acabou, Gertrude acertou na mosca, “Não existe lá mais ali…”. Na sexta, 2 de agosto de 2024, o valor de mercado do Mercado Livre alcançou os US$90 bi. Enquanto, a Petrobras, US$ 85 bi.
Negócio

De quatro cadernos, quase 100 ou mais páginas, a quatro pequenos anúncios…

Domingo, Estadão, 9 de junho de 2024. Vou aos Cadernos de Empregos. Não tem mais. Tudo o que restou foi 1/16 de página com 4 pequenos anúncios. Definitivamente, acabou… Minha mãe, saudosa e querida mãe Julieta Madia de Souza, destinou minha vida num anúncio do Estadão, de agosto de 1966. Lá estava escrito, no título, uma palavra estranha. Marketing. E assim se passaram 58 anos e nunca mais fiz outra coisa na minha vida. Neste mesmo Estadão deste domingo outra crônica de nova morte anunciada. Página B12, Caderno Link, em manchete, e com a fotografia do Zuckerberg, diz, “Facebook passa a atrair os mais jovens” e diz para que: “Plataforma digital de venda de itens de segunda mão transforma-se em concorrente dos gigantes do comércio na internet, como a Amazon… E pensar, também, que muitas outras páginas do Estadão dos domingos dos anos 1970, 1980, 1990, eram ocupadas pelos classificados… Os números dos “Classificados do ‘Feice’” são patéticos, para dizer o mínimo. De seus 3,07 bilhões de usuários mensais, e segundo a plataforma, 1,2 bi são usuários ativos e que compram no marketplace. Desbancou todos os demais portais especializados, e hoje já ocupa a segunda colocação, perdendo, por enquanto, e apenas, para o Ebay… E a razão do sucesso monumental do “Feice” no varejo das quinquilharias é o Já Quê… Já Quê estou lá, Já Quê é legal, Já Quê é fácil de usar, fico por lá mesmo e faço minhas compras… E aí as pessoas comentam, o “Feice” é velho e decadente… será? Depende de, e para quê… Seu irmão mais novo, o Insta, é melhor para muitas outras coisas, mas, o “Feice”, ainda e seguirá imbatível para muitas mais coisas… E até mesmo a Geração Z que torce o nariz e faz biquinho para o “Feice”, na hora de comprar ou vender quinquilharias… É isso, amigos. Paro por aqui. A mudança de lugar de classificados de empregos e usados mais que consumada. Fica a pergunta, qual será a próxima mudança…
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Diário de um Consultor de Empresas – 17/07/2024

BIG TECHS consideram produzir seu próprio conteúdo…
Negócio

Sheryl Sandberg partiu. O “Feice” nunca mais será o mesmo

A notícia já vinha sendo aguardada há alguns anos. Consumou-se. Em 2022, Sheryl Sandberg, depois de 14 anos, deixou o “Feice”, e, Zuck. Pretende, dependendo de como as despedidas evoluírem, seguir no conselho das empresas de Mark Zuckerberg. Razão principal, e mesmo jovem, pretende dedicar os próximos anos de sua vida à filantropia. Sheryl sempre foi considerada uma espécie de voz de consciência do “Feice”. A ela, os demais e jovens executivos referiam-se como “uma adulta na sala”. Ao comunicar a saída de Sheryl, Zuck escreveu, “É incomum que uma parceria de negócios dure tanto tempo… Sheryl arquitetou nosso setor de anúncios, contratou ótimas pessoas, forjou nossa cultura de gestão e me ensinou como administrar uma empresa”. Em síntese, e até hoje, Zuck revela, Sheryl fez praticamente tudo. E reforça ao dizer, forjou uma cultura de gestão. A cultura Facebook! Em maio de 2016 Sheryl concedeu uma entrevista a Filipe Vilicic, no exato momento em que seu livro era lançado no Brasil pela Companhia das Letras – Faça Acontecer – Mulheres, Trabalho e a Vontade de Liderar. Separamos para compartilhar com vocês os três momentos que mais chamaram nossa atenção. As razões de procurar-se ter mais mulheres em cargos de liderança Segundo Sheryl, “Não existe um único país em todo o mundo que tenha 5% de suas empresas sob o comando de mulheres. Na América Latina o percentual é menor ainda. Menos de 2%. Mas, e como é do conhecimento de todos, temos um pouco mais de mulheres do que homens no mundo. Certa feita, brincando, mas falando sério, Warren Buffett atribuiu parcela expressiva de seu sucesso ao fato de ter sempre competido com metade da população, a masculina. Imaginem se homens e mulheres trabalhassem por igual…”.Como mudar essa situação – “Num determinado momento minha geração começou a sentir que o trabalho estava completo. Não estava, a batalha apenas tinha começado. Por infinitas razões, especialmente de ordem cultural, homens sentem-se mais confiantes no trabalho do que as mulheres. Sempre se sentam ou no centro ou na ponta das mesas. Já as mulheres sempre em posições secundárias ou desfavoráveis. Nas reuniões homens falam mais alto e são mais ouvidos. Daqui para frente as mulheres sempre devem se sentar nos melhores lugares, e, se enquanto estiverem falando forem interrompidas, apenas parar de falar…”.Se mulheres devem largar a carreira para se dedicar a família “Mulheres têm de ter o poder de decidir sobre suas vidas. Se querem seguir trabalhando devem fazê-lo. Se optam por cuidar da família, idem. Se querem fazer as duas coisas, sigam em frente. Chega de estereótipos. Mulheres podem trabalhar e alcançar a liderança. Homens devem ter a opção de abandonar a carreira e cuidar da casa. Ou, ambos dividirem as responsabilidades…”. Neste exato momento, um dos ícones do mundo moderno, prepara-se, ela, Sheryl Sandberg, para mergulhar de cabeça na filantropia. Deixa sua marca.
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Diário de um Consultor de Empresas – 01/03/2024

O SECOND LIFE ficou pelo caminho. O METAVERSO prevalecerá?
Negócio

Vale e pode tudo

Hoje, em tempos de disrupção radical, sequelas da pandemia, desgovernos e um país que tem uma Justiça que passa a quase totalidade do tempo concedendo-se benefícios, e um governo que paga viagens para réus condenados para reuniões no Ministério da Justiça, sim… Pode tudo! Portanto, nessa selva em que vivemos nada mais surpreende, e, as big techs todas, em menor ou maior intensidade mesmo porque são incapazes de fiscalizar tudo o que passa por seus escaninhos e corredores, continuam possibilitando que contraventores de toda ordem trafeguem, anunciem e vendam, através de suas plataformas. Contando com a cumplicidade, complacência, preguiça ou omissão dos algoritmos. E aí O Globo, claro, sentindo-se mais que prejudicado, decidiu denunciar. E nem precisou de muito esforço para encontrar um monumental oceano de irregularidades. Vamos lá, denuncia O Globo, “Mesmo depois de ter entrado na mira do Ministério da Justiça, a Meta, dona do “Feice”, Insta e WhatsApp, segue veiculando em suas plataformas anúncios com indícios de que são usados para cometer crimes no Brasil. O Globo identificou peças publicitárias que divulgam de golpes financeiros aplicados a partir de programas do Governo Federal e ofertas da Black Friday ao jogo do bicho. O caso expõe as dificuldades das big techs em moderar conteúdos, inclusive aqueles que são impulsionados e, em tese, estão sujeitos à fiscalização mais rigorosa antes de entrarem no ar…”. E conclui O Globo, “Nos últimos dois dias, mais de 200 impulsionamentos de postagens que divulgam o jogo do bicho foram localizadas pela reportagem na própria Biblioteca de Transparência de anúncios mantida pela Meta. A prática é proibida no país e enquadrada como contravenção penal…”. Segue e intensifica-se a guerra entre as Novas Plataformas, e as Plataformas Clássicas e Convencionais. Curto e grosso. Mesmo as rainhas dos algoritmos, da inteligência artificial, da tecnologia, são incapazes de controlar tudo o que passa sob seus olhos vesgos e ouvidos moucos… Num país onde chefe de quadrilhas são recebidos com honras e homenagens, passagens e estadias pagas, no Ministério da Justiça, tudo, não deveria poder, mas, pode…
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Diário de um Consultor de Empresas – 26/12/2023

O Tempo de ajustes, correções de Conduta e Multas, das BIG TECHS, CHEGOU.
Negócio

“Curtir” era uma armadilha

Jamais nos esqueçamos: Toda vez que algum internauta se encantava com algum post no Facebook e “curtia”, a caixa registradora do “Feice” soava fortemente. E assim, no ano de 2012, e na medida em que não pediu licença e nem tinha autorização, o “Feice” começou a ser processado por essa prática deletéria. E agora, e finalmente, o processo chega ao fim e o “Feice” devidamente condenado a pagar US$ 90 milhões de indenizaçóes aos bisbilhotados e que tiveram suas curtidas vendidas. Uma ninharia, mas, finalmente a condenação. As partes acordaram com o valor da multa, mais o compromisso do “Feice” de deletar todas as informações, faltando apenas a aprovação do juiz do processo. Em verdade, camuflado, em baixo do botão Curtir, tinha toda uma programação que rastreava cada usuário depois da curtida. Para onde iam, o que consultavam, como procediam, e se eventualmente e até tomavam alguma decisão. Os primeiros 20 anos do digital foram um vale tudo pornográfico. Onde as big techs de hoje deitaram, rolaram, e entrilhonaram-se em dólares. De 2020 para cá as coisas, finalmente, começaram a mudar. O tempo do descobrimento do digital começa a perder o vigor. E as big techs terão que passar por um rigoroso e radical programa de regulação, de um lado, e de se auto educarem, de outro. Já era tempo. Finalmente descobrimos que de “grátis!” não tinha absolutamente nada. Em verdade, o produto éramos nós…
Negócio

Aplicativos têm vida própria…

Assim como os filhos, depois que crescem, decolam, e revelam-se, os novos aplicativos vão ganhando forma e dimensão quase sempre nada a ver com suas razões e motivos iniciais. Adaptando o que dizia Joelmir Beting, na prática, e pela prática, outros desígnios se revelam… Tudo o que Jeff Bezos queria com sua Amazon era vender livros pela internet. Passou uma semana viajando de carro com sua esposa na época, Mackenzie, planejando. Ela na direção, ele no note. O que aconteceu com o passar dos anos todos sabemos. E hoje é uma megacorporação que, além dos livros, converteu-se num dos maiores marketplaces do mundo, e desfruta de uma posição e participação de mercado invejável nas chamadas “nuvens”. Quando Mark Zuckberg e seus amigos de universidade decolaram com o “Feice” tudo o que queriam era merecer a adesão de universitários. Jamais imaginou alcançar, como tem hoje, quase 3 bilhões de contas ativas, incluindo as 109 milhões só no Brasil. E já acelerado para integrar o “Feice”, Insta, Zap, mais outras novidades, na Meta. Lembram então do LinkedIn? Que chegou para arrumar emprego para as pessoas, e para as empresas lançarem profissionais? E do TikTok que era só para as tais dancinhas…? Ou seja, mais que demonstrado que no admirável mundo novo, onde pontificam verdadeiras e novas empresas, sempre se sabe por onde começa, mas, jamais quando e como termina, e se ainda prossegue mais adiante. Portanto, tudo o que se disser e prever sobre o Threads é precário, ou válido por meses. Assim como sempre aconteceu com nossas vidas, temos a obrigação, dever e necessidade de rabiscar um plano minimamente consistente, mas, o que vai acontecer mesmo, a resposta encontra-se na música cantada por Doris Day no filme “O Homem que sabia demais”, vencedor do Oscar de 1957, e de autoria de Jay Livingston e Ray Evans; lembra? “Que sera, sera / Whatever will be, will be / The future’s not ours to see / Que sera, sera / What will be, will be…! Sempre foi assim, muitos podem estar querendo perguntar. Não, definitivamente não. Nos últimos 500 anos dos negócios, depois do Renascimento, com um mundo definido e amadurecendo, a previsibilidade era total. Muito especialmente quando vivíamos 40 anos, estudávamos até os 20, gastávamos tudo nos 20 anos seguintes, e, partíamos… Hoje não mais e tão cedo não será. Enquanto a disrupção não concluir seu curso ─ sabe-se lá quando isso vai acontecer ─, tudo o que se pode fazer é definir um planejamento pelos próximos três a cinco anos no máximo. E, depois, bem depois e depois, e aí prevalece o ensinamento de Gasset adaptado às empresas, “cada negócio é cada negócio, mais todas as circunstâncias de cada um deles…”.