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Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 24/10/2024

Carro Popular, a repetição da tolice…
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Diário de um Consultor de Empresas – 19/10/2023

Empresas Tradicionais Convertendo-se, também, em BRECHÓS. Não vai dar certo…
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Diário de um Consultor de Empresas – 21/09/2023

Agora todos BISBILHOTAM nossas vidas e comportamento com as MELHORES DAS INTENÇÕES… SERÁ?!!!
Negócio

Car: The dream is over

O sonho, se ainda não acabou por completo, reduziu-se e em muito. Durante décadas o sonho do brasileiro era ter seu fusquinha, seu Fiat, sua Kombi. E ainda, Romiseta, Gordini, Chevette, DKW, Monza… E assim, meses antes de completar 18 anos já tomava todas as providências para tirar a carteira de motorista. Com 18 anos, alguns segundos, minutos, dias. Há 10 anos a constatação nos Departamentos de trânsitos das capitais de Estado que os 18 foram virando 19,20,21,22,23,24 e hoje aproximam-se dos 27 anos. Na média, não mais de tirar carta aos 18 e sim, e quase, ou, a partir, dos 27… No início da década passada, e feito todos os planos, baseados na retrospectiva dos últimos anos e décadas, é que o Brasil alcançaria em 2019/2020, a produção e venda de sete milhões de unidades. Essa previsão foi realizada precisamente no mês de dezembro de 2013, mas, a cada dezembro seguinte foi revista para baixo, e chegamos ao final de 2020 produzindo, segundo a ANFAVEA – Associação Nacional de Fabricante de Veículos – 2.014 milhões de veículos – automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus – ou seja, menos de 1/3 do que estimado em 2011… E desde o início desta década, antes e depois da pandemia, novos hábitos vão se consolidando, o que joga mais para baixo ainda as perspectivas da indústria automobilística brasileira. Desde uma atitude mais racional e objetiva do brasileiro que não sonha mais com o automóvel como acontecia 20/30 anos atrás – Automóvel ocupava a primeiro lugar disparado no sonho de consumo dos jovens, e hoje já não figura nas 10 primeiras posições – os que sonham em meio a pesadelos tiram carta com 27 e mais anos, e no pós-pandemia e com a adesão crescente das empresas ao home office, trabalho a distância, o carro vai despencando na prioridade das famílias… Ou seja, por razões conjunturais e estruturais o automóvel vai despencando na lista das prioridades e sonhos, e o Brasil, que um dia disse ter um potencial de produção e vendas de sete milhões de veículos ano, quem sabe agora, nem mesmo 2 milhões seja esse potencial. Por essa razão, e outras mais, e não obstante a falta de componentes eletrônicos, os pátios das montadoras que sobreviveram estão abarrotados, e muitas concedendo antecipação de férias… 12 das 17 fábricas decidiram interromper a produção por um prazo ainda não definido, e de olho numa eventual melhora nas vendas… Que nunca mais irá ocorrer de forma consistente… Fim de um ciclo. Os automóveis, como sonho de compra e uso dos brasileiros segue despencando na lista dos sonhos e prioridades. E quando excepcionalmente uma pessoa ou família sentirem necessidade, muito provavelmente não comprarão. Alugarão por um final de semana ou uma semana, no máximo 10 dias, ou se por alguma necessidade com alguma eventualidade, recorrerão ao CAAS – Car As A Service – carro por assinatura… Isso posto, Car, The Dream Is Over. Hoje, as indústrias de automóveis analógicas e do tempo da gasolina, encontram-se na situação descrita pelo poeta e compositor Paulo Leminski, “Acordei e me olhei no espelho ainda a tempo de ver meu sonho virar pesadelo”. Em verdade, verdade mesmo, temos uma única e derradeira exceção. Aquela que dá sustentação à regra. O ser humano mais criativo da face da terra, em termos de business, Elon Musk, e sua Tesla. Que fechou o ano de 2021 com um valor de mercado de US$800 bilhões – mais que todas as demais montadoras “analógicas” – da geração gasolina – somadas: Volks, Toyota, Honda, GM, Fiat, Chrysler, Mercedes, Nissan, Peugeot, Renault e Kia. Tesla que vai completar 20 anos no dia 1º de julho próximo, e que promete produzir e vender a partir de 2030, 20 milhões de carros por ano… Da geração dos elétricos…
Negócio

LAS – Life As a Service

No ADMIRÁVEL MUNDO que está nascendo, onde o capital é o CONHECIMENTO, onde a reputação / marca / branding é o segredo do sucesso e da prosperidade, onde o sharing, e as sharing companies são o novo formato de se organizar e trabalhar, e onde, e finalmente, existe o entendimento que todos estão no negócio de serviços, e que o produto existe pelos serviços que prestam e não pelo produto em si, o processo de migração das empresas segue de forma consistente, crescente e irreversível em direção a uma new life, a uma nova realidade. A da LAS – L, A, S – Life As a Service. Como a Toyota já tinha feito, quem anunciou semanas atrás sua empresa de locação de carros foi a Fiat Chrysler. Nasceu a Flua! Existiam milhares de alternativas melhores para o naming, mas, preferiram, Flua! Fábio Siracusa, diretor da nova empresa, assim define o propósito da Flua!: “Uma empresa de mobilidade que vai dar a opção ao cliente de locação de carros por assinatura, com liberdade de escolher o modelo, cor e opcionais que deseja. Carros zero-quilômetro, e, depois que realizar o pedido digitalmente, poderá acompanhar todo o tempo e processo de produção…”. Inicialmente a Flua! decola nas cidades de São Paulo e do Paraná, e em 32 concessionárias que participam do lançamento. O cliente poderá optar por contratos que preveem uma franquia mensal de 1,2 ou 3 mil quilômetros. E no valor da assinatura estão incluídos seguro, manutenção preventiva e assistência 24 horas. O cardápio inicial do Flua! contempla oito modelos diferentes da Fiat e dois da Jeep. O maior argumento que as revendas Fiat estão usando para convencer os ex-compradores de automóveis e a partir de agora locadores, é que no segundo seguinte que um carro novo comprado sai da revenda ou loja, seu valor cai entre 20% a 30%. Assim, um carro de R$ 80 mil de segundos atrás, ao colocar os pneus na rua vale menos R$ 24 mil. Exatamente o que custa um pacote de um sedã básico por um ano. É isso, amigos, a mudança começou. Gradativamente, em todos os setores de negócios veremos as empresas irem migrando de fabricantes de produtos para prestadores de serviços. E, assim, dia após dia, começamos a viver a novíssima e dominante LAS – Life As a Service… Quem diria! E pensar que Theodore Levitt quase foi “linchado”, décadas atrás, quando afirmou que “as pessoas não compram produtos, e sim, os serviços que os produtos prestam…”.
Negócio

Despertares, ou, devagar quase parando…

E assim, e aos poucos, de forma lenta e precária, algumas atividades começam a despertar. Dois business tentam estimar a dimensão do rombo, estrago, prejuízos. Automóveis e aviões. Algumas das montadoras de automóveis, com quase 50 dias de paralização total, retornaram aos poucos e apenas com parte dos trabalhadores. A Fiat reabriu suas fábricas em Betim (MG) e Goiana (PE), assim como a Mercedes em São Bernardo (SP) e Juiz de Fora (MG). Falando à imprensa, na semana anterior e no reinício das operações, Antonio Filosa, presidente da Fiat Chrysler, disse: “Na semana passada acompanhei pessoalmente todos os passos da nova jornada dos empregados, desde a viagem no ônibus até a volta para casa… Seguiremos vigilantes para garantir que a produção seja restabelecida dentro das melhores e mais rigorosas condições de segurança e saúde…”. Já na Mercedes, apenas metade dos funcionários voltou ao trabalho. Pouco mais de 2 mil dos 4,5 mil. E para o retorno foi montado um laboratório de campanha no pátio da unidade do ABC Paulista, com 30 médicos, enfermeiros e atendentes.. Já no business de aviões o efeito é muito mais devastador ainda. Em artigo no New York Times as previsões são as piores possíveis: “Serão necessários anos, para as empresas sobreviventes, voltarem a operar o mesmo volume de voos de 2019…”. No final de 2019, as grandes empresas aéreas americanas, e, finalmente, respiravam aliviadas. Tudo corria em céu de brigadeiro. Uma Delta Airlines exibia em seu balanço um lucro de US$ 1,6 bi com 90 mil funcionários. Hoje, 15 meses depois, com menos de 20% dos voos que fazia em dezembro passado, e ainda assim com uma média de 23 passageiros por voo, registra um prejuízo diário da ordem de US$ 300 milhões, em decorrência de uma folha de pagamento dos tempos de prosperidade, mais pagamento de aluguel e manutenção de aeronaves. Nos Estados Unidos, metade dos 6.215 aviões de todas as empresas aéreas encontram-se no solo há mais de 90 dias. Pior ainda. Além de um momento terrível, esperanças zero quanto ao retorno das empresas nas próximas semanas, e o novo comportamento das pessoas em relação às viagens aéreas. Não mais medo de avião. Medo de contaminação presas em espaços fechados durantes horas… E ainda à sombra das lições do passado. As maiores empresas aéreas do mundo, supostamente inexpugnáveis, tombaram de forma inimaginável diante de crises de menores proporções. Foi o que aconteceu com uma Pan Am e com uma TWA. A mais emblemática de todas as empresas americanas, a Southwest Airlines, e que jamais soube o que fosse prejuízo em seus 47 anos de existência, hoje perde US$ 35 milhões a cada novo dia. J.Scott Kirb, presidente da United, traduziu a situação da seguinte maneira: “Hoje, todas as empresas aéreas dos Estados Unidos e do mundo, continuam esperando pelo melhor, mas, preparando-se para o pior…”. Em nota, divulgada semanas atrás pela Iata, Associação Internacional de Transporte Aéreo, a previsão de que as viagens de avião terão um aumento inicial médio no preço das passagens da ordem de 50%. Será que algum dia nós voltaremos a voar em negócios, ou, em férias…? É o que muitos se perguntam na escuridão da crise… Claro que sim, o difícil é conseguirmos dizer quando isso acontecerá, e quais empresas aéreas permanecerão vivas. Aconteceu. Nada a fazer. Juntar os cacos e recomeçar novamente.