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Concorrência genérica e concorrência específica

Grosso modo, e sem maiores refinamentos, no marketing e na vida nos defrontamos com dois tipos de concorrência. A genérica e a específica. Na genérica, todos concorrem com todos. O dinheiro da viagem, é o mesmo dinheiro que poderia dar entrada numa casa, num carro, mobiliar o quarto do casal, comprar caixas de uísque e vinhos. Já a específica, é quando concorrem dois produtos que prestam o mesmo serviço. Comprar um carro da GM ou da FORD, ou da BYD, ir nas férias para a Bahia ou Caxias, comprar um sapato novo, ou, um tênis. E foi assim, entendendo que grosso modo tudo concorre com tudo, e que o dinheiro das apostas de hoje, e que não para de crescer, é o mesmo dinheiro que respondia por parte do sucesso de milhares de negócios e empresas. E assim, despertando de um suposto pesadelo, mas que é real, todos agora começam a se dar conta do preço que já estão pagando pelas marcas de Bets nas camisas dos clubes de futebol, no patrocínio de campeonatos, na chuva torrencial de propaganda nas diferentes plataformas. Até mesmo os bancos que finalmente se dão conta que os investimentos estão sendo devorados pelas Bets. E daí? Daí que o cofre já foi arrombado e as perdas, mais que significativas, consumadas. E o pior ainda está por vir, na medida em que a partir deste ano, com a regulamentação, é que o fluxo de investimento em publicidade deve ser multiplicado por muitas vezes. Por enquanto, cálculos otimistas, dizem que apenas 1% do PIB foi desviado das compras e dos investimentos para as Bets. Mas muitos calculam que em pouco tempo esse 1% será multiplicado, no mínimo, por 3. É isso, amigos. Concorrência genérica e específica. Muitas vezes aquilo que te dá prazer, diversão, alegria, e até algum ou muito prejuízo como os jogos, pode estar acabando com o seu negócio e contando com sua adesão e cumplicidade. Assim, nunca mais se esqueça. Tudo concorre com tudo. Em tempo: água, luz e gás concorrem com as Bets, ou, vice-versa. Segundo pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, 11% das pessoas deixaram de pagar essas contas para jogar nas bets… Presidente da Febraban propõe a proibição do uso dos cartões de crédito para pagar as Bets… Caiu a ficha! E estamos apenas no começo…
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Quem diria…poder não pode, mas, dá-se um jeitinho… Ou, nas crises vale tudo… Vale?

Tempos de pandemia, e agora, tempos de guerras, ainda que localizada. E assim, como mais que presumível, a economia mergulhando na bagunça e no caos. Um péssimo ótimo exemplo do caos em que estamos mergulhando foi a decisão recente da Ford, americana, já que não há mais nada a fazer: de entregar certos modelos faltando peças não essenciais, e que depois serão colocadas nos carros, quando o fornecimento se normalizar. Durante anos, ou décadas, ou sempre, acreditava-se que um automóvel jamais poderia ou deveria ser produzido ou rodar sem todas as peças previstas no projeto. De novo, mais ou menos, quando a crise engrossa, e dentro de certos limites, pode sim! Em matéria da CNN, NYC, meses atrás, vem a informação que a montadora alertou todos os seus revendedores para que esclareçam os compradores de seu modelo SUV Explorer que, eram capazes de rodar, mesmo inacabados! Assim começou a fabricar o modelo sem os controles dos bancos traseiros para ar-condicionado e aquecimento. É isso, amigos. Tem muita coisa que em hipótese alguma pode, ou, de outra forma, tem muita coisa que definitivamente não pode. Mas, dependendo do tamanho da crise, dá-se um jeitinho. Nada é absoluto e muito menos definitivo. Tá certo?
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Diário de um Consultor de Empresas – 12/05/2023

A necessidade imperiosa e inadiável de reindustrializar o Brasil. O CUSTO BRASIL é insuportável. As empresas estão desconsiderando, ou, desistindo de nosso país…
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A nova Caoa. DC, depois do Caoa

Nem melhor, nem pior, diferente. E se maior, só o tempo dirá. Mas em pé e pulsante. Viva! A liderança de Carlos Alberto de Oliveira Andrade, que faleceu na madrugada do dia 14 de agosto de 2021, um sábado, e foi enterrado no Cemitério do Morumbi, criou enorme expectativa em relação ao desempenho do Grupo que leva suas iniciais, Caoa, em todos os próximos anos. Uma certeza, não seria igual. Caoa era único. E assim, e agora sob o comando de seus filhos e executivos, a expectativa, mais de ano depois, segue muito grande. De alguma forma, e como uma espécie de derradeira homenagem ao empresário que se notabilizou por seu desempenho no complicado e concorridíssimo negócio de automóveis, nos jornais da semana seguinte a seu passamento, um anúncio descrevendo a performance da Caoa em seu mercado de atuação. Carlos Alberto despediu-se vendo sua empresa subir mais um degrau no ranking das marcas. Em três anos foi superando algumas das principais marcas do mundo em nosso país. Em maio de 2018 ocupava a 20ª posição, com 0,26% de participação de mercado. Em julho/2018 ultrapassou Kia, Volvo e Land Rover, chegou a 17ª posição, com 0,41%. Um mês depois, agosto, superava a Mitsubishi, Mercedes e Audi, passa a deter 0,52% de participação e ocupa a 14ª posição. No mês seguinte passa a BMW, setembro, e chega a 13ª posição com 0,58%. No mês de março de 2019, salta para a 12ª posição com 0,83% de mercado, e supera a Peugeot. Já no mês de setembro de 2019, ultrapassa a Citroën, com 0,98% de mercado e passa a ocupar a 11ª posição. Março de 2021, supera a Ford, e assume a 10ª posição com 1,73% de mercado. E poucos dias antes da partida de Carlos Alberto ficava claro que a Caoa ganharia mais uma posição. E assim aconteceu. Contabilizados os dados de agosto de 2021, a Caoa saltou em participação de mercado para 3,93%, superando num salto só Chevrolet e Nissan com quase 4% de participação de mercado. E aí partiu Carlos Alberto. Ficou o desafio para seus sucessores e herdeiros. Filhos e profissionais. A trajetória dele, Dr. Caoa é recheada de histórias, acusações, e infinitas conquistas. Enquanto nenhuma das acusações converter-se em condenação, prevalecem seus feitos que são muitos e, simplesmente, espetaculares, monumentais. Um vencedor partiu. Salvo prova em contrário, um grande vencedor. O maior vendedor de automóveis que o Brasil conheceu.
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Diário de um Consultor de Empresas – 23/08/2022

Em tempos de crises, até mesmo entregar-se automóveis zero faltando peça… não deveria poder… mas, pode!
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Negligência e omissão

Quase o nome de um filme… Dentre as marcas mais citadas por péssimas razões no ano passado figura nas primeiras colocações Takata. Isso mesmo, a Takata com seus airbags assassinos. Airbags esses que foram colocados em 4.352.428 veículos fabricados no Brasil e mais de 100 milhões em todo o mundo. Praticamente todas as principais montadoras eram clientes da Takata e de seus airbags assassinos. Dentre outras, Honda, Toyota, Nissan, Mitsubishi, Mazda, Subaru, BMW, Ford, GM, Fiat Chrysler, Volks. Airbags assassinos que em determinadas situações explodem como se fossem granadas e em situações excepcionais podem até mesmo matar as pessoas dentro dos automóveis. No Brasil, o último dado disponível e comprovado falava de 39 casos de explosão, com uma morte e 16 feridos. Os airbags possuem uma peça de metal chamada de deflagrador e que contém um elemento químico gerador de gás. Essa pecinha é que faz com que o airbag expanda-se imediatamente diante de qualquer acidente. Em algumas situações de colisão, o deflagrador defeituoso mais que liberar o gás, literalmente explode, rompe a bolsa e lança centenas de estilhaços de metal em alta velocidade contra os ocupantes do carro. E aí, cada uma das montadoras a seu jeito, e dependendo da qualidade de seus cadastros de clientes, e da relação que mantém com seus clientes, foi convocando para a troca, para o recall. Mas menos da metade dos proprietários de automóveis em risco atendeu à convocação. E de tempos em tempos, alguma montadora, advertida por seus advogados procura sensibilizar os proprietários para que agendem a substituição e reparo. No primeiro semestre de 2021, e no desespero, a GM deu início a uma promoção, diante do insucesso de iniciativas anteriores, tentando sensibilizar os proprietários dos 144.272 sedãs Classic, e 91.573 hatchs compactos Celta, que até aquele momento não tinham atendido a convocação, e para fazê-lo o mais rápido possível. E para tanto ofereceu a todos que atendessem o recall um vale combustível de R$ 500, e ainda concorriam ao sorteio de três carros zero-quilômetro. O hoje chamado “Affair Takata”, é, de longe, o maior cochilo jamais cometido por qualquer indústria. Todas as montadoras que compraram os airbags da Takata para seus diferentes modelos agiram, no mínimo, com negligência. E assim, e enquanto um último modelo continuar rodando com os airbags potencialmente assassinos, essas montadoras não dormirão tranquilas. Como era mais que esperado, a Takata não resistiu o tamanho da lambança, e declarou-se falida, e vendeu o que restou aproveitável de suas máquinas em instalações para a Joyson Safety Systems, uma vez que a marca não valia mais nada. E um documentário está sendo finalizado neste momento — Ticking Time Bomb – The Truth Behind Takata Airbags ou “Bomba relógio – a verdade por trás dos airbags da Takata”, onde revela-se, assim como aconteceu durante décadas na indústria de cigarros, os executivos da Takata sabiam dos elevadíssimos riscos que seus airbags representavam. E, mesmo assim, seguiram vendendo… Ou seja, o documentário deveria chamar-se negligência ou omissão. Melhor ainda, crime culposo. No dia 26 de junho de 2017, a Takata ingressou com pedido de falência. Seus airbags até hoje seguem ferindo gravemente, e até mesmo matando…
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A dança das cadeiras

O mundo vive hoje uma espécie de dança global das cadeiras, lembram? Aquela brincadeira que se fazia nas casas de família, e nos programas de televisão, onde sempre tinha uma cadeira a menos do que o número de participantes. E quando a música parava todos tinham que sentar. O que permanecesse em pé pela falta da cadeira, estava desclassificado. De certa forma, hoje, o mundo vive uma grande dança das cadeiras. A música começou em ritmo de valsa lenta, foi acelerando, hoje já esta entre samba canção e bossa nova, e muito proximamente vai virar frevo. E o número das cadeiras nos territórios convencionais cada vez mais diminuindo. Nos novos territórios infinitas cadeiras a serem descobertas e conquistadas, mas, nos tradicionais, as cadeiras estão terminando. É o que acontece hoje no mundo. Onde o mundo velho vai encerrando suas atividades, o número de cadeiras – mercado – diminuindo, e muitas empresas descobrindo-se em pé e perdidas, e, retirando-se. Essa dança já começou em nosso país e vai se acelerando. Das grandes e tradicionais empresas três já não tinham mais cadeiras para sentar, perderam mercado, relevância, competitividade, e, como na canção de roda ciranda cirandinha, “por isso Dona Chica entre dentro dessa roda, diga um verso bem bonito diga adeus e vá embora.” E assim partem Ford, Mercedes e Sony. Hoje, no Brasil, milhões de compradores dos produtos Sony muito preocupados. Como proceder em relação aos produtos que compraram nos últimos anos, meses, semanas, se der problema… E aí, como era de se esperar, estabelece-se o conflito e multiplicam-se as opiniões. Segundo alguns, e lastreados no Código de Defesa do Consumidor, as empresas permanecerão responsáveis por seus produtos de acordo com a vida útil prevista para cada um deles. Pergunta, quem vai determinar qual era a vida útil prevista? Já outros dizem que toda a cadeia de valor é responsável. E não apenas os fabricantes. Assim, e em caso de questionamentos na Justiça, respondem não apenas os fabricantes como os revendedores de automóveis, o varejo de produtos, e outros agentes econômicos da cadeia de valor. Tentando prevenir todas as contendas que certamente acontecerão nos próximos meses e anos, o Procon de São Paulo vem procurando compor-se com as empresas retirantes estabelecendo uma espécie de pacto de relacionamento com os consumidores de boa-fé que compraram seus produtos. Com a Ford, por exemplo, o Procon SP celebrou um acordo em que a Ford compromete-se ao fornecimento de peças enquanto seus automóveis seguirem rodando… E agora tenta fazer o mesmo com a Sony. Ou seja, amigos, nas despedidas, vão-se os vínculos emocionais, e exacerbam-se as dúvidas, inseguranças e questionamentos. Quando uma empresa fecha, ou retira-se, todos perdem. Uma empresa, mais que propriedade de dono, donos, ou acionistas, é um bem da sociedade.
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O sistema é clausura

O ambiente econômico em nosso país é muito mais que inóspito, é estúpido, patético, diabólico, boçal. Décadas atrás Billy Blanco compôs a música Piston de Gafieira. Que traduz com incomum precisão o momento que vivemos no ambiente dos negócios em nosso país. Neste exato momento, vivemos o que acontece na música de Billy Blanco, quando o pau começa a comer: “A porta fecha enquanto dura o vai não vai. Quem está fora não entra, quem está dentro não sai”. Os custos financeiros, de tempo, de burocracia, de taxas e impostos, de nervos, de sofrimento, são de tal ordem que só um idiota alucinado arrisca empreender no Brasil. Ou seja, e como na música de Billy Blanco, “Quem está fora não entra”. E por que chegou a essa situação? Porque o Brasil tem um Estado monumental. De longe o maior do mundo. E que não para de crescer. A cada novo mês precisa de mais ração, Leia-se, dinheiro, e as vaquinhas leiteiras, empresas privadas e pessoas físicas, nós, vão sendo esfoladas ano após ano. Muitos dirão, mas Madia, os impostos de pessoa física não aumentam há muitos anos. Sim aumentam. Todos os anos. E qual o truque a que o monstro estado recorre. A não corrigir a tabela – o que é de seu dever e obrigação – e como deveria ter feito nos últimos 24 anos. Assim a defasagem na tabela do IR de pessoa física é de 113,09%. Desde 01 de janeiro de 1996, que a tabela não é atualizada. Na medida em que não é corrigida, em termos práticos significa que está sendo aumentada. Em 113,09%! Em duas décadas, e independente da faixa de nossos rendimentos, pagamos hoje mais do dobro do que pagávamos 20 anos atrás. Durante a campanha presidencial Bolsonaro disse que iria ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda das pessoas físicas. E corrigir uma parte desse absurdo. Nem vai ampliar, e nem vai corrigir o que quer que seja. O rombo nas contas públicas – leia-se Estado – que não parava de crescer, com a pandemia escalou e o buraco que já era grande agora é descomunal. Ou seja, se alguém ainda pretende empreender e continuar morando no Brasil, recomendo empreender nos países vizinhos, muito especialmente o Paraguai. Todo esse comentário sobre a primeira parte do verso do Billy Blanco, quem está fora não entra. Ou, se tiver juízo, jamais deveria entrar. E agora, o quem está dentro não sai. Não sai não porque não tenha essa possibilidade. É porque para encerrar qualquer atividade por aqui é tão difícil e caro quanto para abrir e começar. Ocupando todas as manchetes semanas atrás o encerramento de atividades de mais uma montadora. A FORD, que deixa o Brasil depois de mais de 100 anos. Assim, e nos primeiros dias, e como era natural, toda a preocupação com os funcionários da empresa em suas fábricas que perderão o emprego e ainda vão discutir os valores de suas dispensas. Agora a imprensa e as pessoas descobrem que montadoras têm rede de revendedoras. A FORD, por exemplo, tem 285 no Brasil, e, pela legislação vigente, a chamada Lei Renato Ferrari, a menos que a FORD se declare falida, terá que indenizar todas as revendedoras. Ou seja, fechar é complicado, em termos de burocracia, e custa caro, muito caro. Pela Lei Renato Ferrari, cada uma das revendedoras tem direito a uma indenização correspondente a um determinado percentual sobre o faturamento anual de cada revenda, e um valor adicional para cada cinco anos de contrato. É isso, amigos. Quem está fora não entra a menos que seja maluco de pedra, e quem está dentro, não consegue saltar fora. Enquanto não recriarmos – não adianta reformar o tal do Estado Brasileiro – a maneira de regular e organizar nosso mercado, chances zero de construir-se qualquer Brasil com um mínimo de atratividade para empresários e empresas de qualidade. Chegamos ao fundo do poço e ainda queremos, insistentemente, e ao recusar e negar a realidade, mergulhar mais fundo ainda.
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Diário de um Consultor de Empresas – 01/12/2021

PARTIU CAOA, COMO FICA A CAOA? Com o passamento do fundador, que deixou sua marca presente em todos os movimentos, ações, história e datas da empresa, a pergunta que fica é, COMO SERÁ A NOVA CAOA?
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Julho 2021

BUT – BUSINESS TRENDS 04/2021 – JUL2021. Síntese mensal das principais movimentações, acontecimentos, registros no ambiente de negócios do Brasil e do mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados, análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing, a única empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior dos mestres, PETER FERDINAND DRUCKER. 1 – FINALMENTE, A RIACHUELO De todos os grandes varejos do País, um dos que andava mais silencioso era a RIACHUELO. Mas, agora, FLÁVIO ROCHA decidiu falar, e apresentar a visão estratégica de sua empresa. Vamos procurar sintetizar o posicionamento da RIACHUELO daqui para frente, e que, em nosso entendimento, é de grande relevância e maior consistência. – A RIACHUELO caminha na direção de converter-se em poderoso MARKETPLACE tematizado, ou especializado. No território da moda, complementos e derivativos. Ao contrário de muitos dos players do varejo que se posicionam como um MARKETPLACE genérico, e que se posicionam frontalmente combatendo a AMAZON, MERCADO LIVRE, LUIZA, AMERICANAS, dentre outros. Assim traduzido nas palavras de FLÁVIO ROCHA, em entrevista à MÔNICA SCARAMUZZO de VALOR: “A pandemia precipitou a consolidação do setor e do novo papel do varejo. Mas a gente acredita num ecossistema temático, não generalista… e o setor de moda é FIGITAL, uma combinação entre o analógico/físico, e o digital…”. Preparando-se para eventuais fusões e aquisições – comenta-se muito no mercado do interesse da RIACHUELO pela C&A – à venda há 3 anos – e também pela  MARISA. Nesse sentido, acaba de criar uma área de fusões e aquisições… Mas FLÁVIO diz que algumas providências precedem em importância: “Queremos neste momento concentrar nossa expansão em logística e distribuição para poder avançar no digital e crescer como marketplace tematizado”. Até o final deste ano a RIACHUELO MARKETPLACE já deverá contar com mais de 200 “sellers”. Segundo FLÁVIO, “Mais adiante o cliente não vai ter 300 aplicativos no celular… terá no máximo um ou dois e é esse espaço que pretendemos dominar… Temos uma área de TI com 700 colaboradores e o nosso marketplace está sendo desenvolvido internamente…”. No ano passado, 2020, o ano da pandemia, a RIACHUELO encerrou com uma receita de R$6,2 bi, uma queda de 20% sobre 2019, e um prejuízo de R$27 milhões… Ou seja, amigos, e diferente de outros players que querem conquistar o mundo, vendendo de roupas a sapatos, e passando por chuchu, goiaba, berinjela e tomate, e ainda móveis, computadores e automóveis, o MARKETPLACE da RIACHUELO quer concentrar-se em moda e tudo o que gravita ao redor e decorre de… É a melhor decisão. 2 – CAVALERA, A PRIMEIRA DE MUITAS A situação de grande parte das chamadas médias empresas brasileiras é de imensa dificuldade. Começa com a chamada década perdida, a última, de 2011 a 2020, onde a economia do Brasil, em termos reais, voltou para trás. Nosso país amanheceu no dia 1º de janeiro de 2021, o primeiro da nova década, muito menor do que foi dormir no dia 31 de dezembro de 2010. Em termos reais. Em toda a década, um crescimento pífio na casa dos 1%. E assim, quase todas as empresas, muito especialmente as ligadas às atividades onde sempre é possível para seus clientes adiarem compras, como é o caso da moda, ingressaram no ano de 2020, o último da década perdida, mais que debilitadas, e não aguentaram o tranco. Técnica e financeiramente estão derretendo. Se faltava um exemplo mais que emblemático, o da CAVALERA, que acaba de ingressar com pedido de recuperação judicial. A CAVALERA é uma empresa relativamente jovem, nasceu no ano de 1995, em decorrência da sociedade de um empresário da moda e político, ALBERTO HIAR, mais conhecido como TURCO LOCO, e um dos irmãos fundadores do conjunto SEPULTURA, IGOR CAVALERA. Anos depois, IGOR deixou a empresa, mas a denominação seguiu devido a seu grande sucesso, e a qualidade e consistência na narrativa contida e imaginada pelas pessoas no código CAVALERA. No correr de seus 25 anos a marca contou com algumas das melhores revelações de fashion designers. Nos dados oficiais atualizados pela empresa no WIKIPEDIA, última atualização, refere-se a uma produção de 500 mil peças ano, 20 lojas próprias, dezenas de franquias, e presença em 800 pontos de vendas multimarcas em todo o Brasil. E aí veio a pandemia, e o que estava ruim rapidamente mergulhou no pior. A começar pelo fechamento da mais que emblemática loja da CAVALERA, na rua BEST – BRAND EXPERIENCE STREET –  OSCAR FREIRE, a rua das FLAGSHIPS das principais marcas, muito especialmente no território da moda. E, agora, a notícia da recuperação judicial. Decorrente da crise da economia brasileira em toda a década passada, acrescida por uma briga no controle e comando de uma empresa familiar. Ainda 10 anos atrás, e falando à imprensa, o cofundador da CAVALERA, ALBERTO HIAR – o TURCO LOUCO – ex-deputado estadual pelo PSDB de São Paulo, explicava uma das razões do sucesso da marca: “A CAVALERA se reinventa quatro vezes por ano, a cada estação”. E sempre recorria a manifestações inovadoras e emblemáticas como lançamento de coleções no RIO TIETE, na GALERIA DO ROCK com a presença de PAULO MIKLOS, mais MUSEU DO IPIRANGA, MINHOCÃO e muito mais. Na recuperação judicial ora em curso, e que envolve as empresas K2 Comércio, K2 Consultoria, JIB e FAZ, a presença dos mesmos controladores, família HIAR. No pedido de recuperação a confissão de R$ 34 milhões em empréstimos e financiamentos, e segundo pessoas próximas da empresa, com dívidas fiscais superiores a R$ 60 milhões. De uma receita líquida no ano de 2018 de R$ 40 milhões, para pouco mais de R$ 20 milhões em 2020, e um prejuízo de R$ 36 milhões apenas no ano de 2018… E ainda, a informação de que “as divergências entre as sócias VALERIA e JOANA HIAR em relação ao comando da empresa e nos últimos 10 anos, trouxe instabilidade à gestão”. No processo, a informação, “ O conflito de aproximadamente 10 anos influenciou de forma negativa a atividade das empresas…”. De certa forma essa situação, em maiores ou menores proporções, é muito semelhante a de milhares de empresas, e, em especial, às ligadas à moda e à beleza. Que vieram sobrevivendo e rolando dívidas durante toda a década, e quando acreditavam estar próximas da salvação, viram a situação piorar com a paralização da economia em função da pandemia. Todas as pessoas que, por alguma razão, deixaram de passar pelas principais ruas dos jardins nos últimos 2 anos, quando retornarem nos próximos meses não reconhecerão. Na LORENA, OSCAR FREIRE, HADDOCK LOBO, BELA CINTRA, AUGUSTA, dezenas de lojas fechadas, e lojas franco-atiradoras, que as pessoas jamais imaginaram encontrar um dia naquela região. Algumas empresas e lojas mais consistentes aproveitam o momento e a oportunidade, e passam a figurar com suas marcas na BEST – BRAND EXPERIENCE STREET – , a OSCAR FREIRE, como fez A GRANADO, que passou a ocupar um ótimo ponto comercial na OSCAR FREIRE, com a GRANADO no térreo, e sua outra marca, PHEBO, no piso superior. Mas a pandemia deixa, por muitos anos, quem sabe para sempre, uma marca definitiva dos estragos em muitos setores de atividade. No caso do comércio, na OSCAR FREIRE e ruas vizinhas, talvez, uma das mais duras marcas dessa devastação. E que tem no fechamento da loja da CAVALERA, e de outras grandes lojas e marcas também, um triste exemplo. TNG, LE POSTICHE e outras redes médias de varejo também recorreram ao instituto da Recuperação Judicial. 3 – QUANDO OS INVESTIDORES ENJOARÃO? Talvez, com um dos mais infelizes “namings” de todos os tempos, que remete ao ruim e negativo, e que mais adiante predispõe e recomenda aos que acreditaram como se sentir, e por decorrência, rejeitarem, saltarem fora, o fato é que o brechó online, ENJOEI, sabe-se lá por quais razões e motivos, conseguiu convencer gestores de fundos a aportar recursos. E não foram poucos. Em oferta encerrada numa sexta-feira, 9 de dezembro de 2020, o ENJOEI informou ter captado R$ 986,7 milhões com a venda de 96,3 milhões de ações por R$ 10,25 a ação… Corta para o primeiro balanço do ENJOEI após a abertura de capital. No ano anterior à abertura, 2019, o prejuízo foi de R$ 20,7 milhões. No primeiro balanço depois da abertura, o prejuízo aumentou em quase 50%: 31,1 milhões. Fatos como esse nos lembram da explicação que os supostamente entendidos costumavam dar para os que iam ao cinema ver algum filme da NOUVELLE VAGUE e não entendiam absolutamente nada. Com um olhar de fastio e desprezo, os tais dos entendidos apenas diziam, “não é para entender, é para sentir”. Os que vêm investindo nas tais das novas empresas produtos da tecnologia encontram-se em situações semelhantes. Investindo às cegas, e acreditando na visão de seus gestores de investimentos. Talvez um dia descubram que seus gestores de investimentos eram míopes… 4 – OS GRANDES LÍDERES, A NOVA ECONOMIA E VIDA PESSOAL Antes de qualquer outra manifestação, pouco provável que pessoas que mergulharam tão fundo em busca da realização empresarial, tivessem conseguido dividir com igual sensibilidade seu tempo com a família. E assim, quando damos uma conferida ainda que superficial na vida pessoal de alguns dos grandes líderes da atualidade, a vida pessoal não necessariamente é um oceano azul, tranquilo e calmo. Talvez, a última das ilusões ou esperanças fosse BILL GATES, que dividia uma fundação com sua mulher MELINDA, – FUNDAÇÃO BILL E MELINDA GATES  –, mas que neste ano acabaram separando-se. Assim, e apenas a título de curiosidade e conhecendo um pouco mais alguns de nossos benchmarks e referências no plano empresarial do mundo moderno, vamos começar pelo talvez mais audacioso e criativo dentre todos.  – ELON MUSK, sul-africano, fundador, CEO e CTO da TESLA MOTORS, NEURALINK, SOLARCITY, SPACE X dentre outras, nascido na cidade de PRETÓRIA, 28 de junho de 1971, caminhando para disparar como o homem mais rico do mundo. Filho de ERROL e MAYE MUSK, foi casado com JUSTINE MUSK – 2000 a 2008, TALULAH RILEY – 2010 a 2012, com que voltou a se casar e se separar, 2013 a 2016. Neste momento encontra-se casado, como define sua relação, com a cantora canadense GRIMES, e com quem tem um filho, X AE A-12: (ex – exe – ei – twelve) – significado, X (matemática), AE amor, inteligência, A12 – ARCANJO 12… Recentemente revelou ter a SÍNDROME DE ASPERGER. Foi no programa SATURDAY NIGHT LIVE, em que desempenhou o papel de apresentador, e, disse, “Estou fazendo história esta noite como a primeira pessoa com ASPERGER a apresentar o SATURDAY NIGHT LIVE…”. Síndrome de ASPERGER, ou autismo, pessoas com dificuldade de interpretar a linguagem verbal e não verbal, precisando de mais tempo para processar informações. Talvez, seu autismo, seja o gatilho de sua infinita criatividade… Existem algumas equipes de cientistas, neste momento e em diferentes lugares do mundo, pesquisando sobre essa possibilidade. – JEFF BEZOS, o todo poderoso da AMAZON, BLUE ORIGIN, THE WASHINGTON POST, da cidade de ALBUQUERQUE, NOVO MÉXICO, 1964, até dias atrás casado com sua parceira e sócia MACKENZIE BEZOS, de quem se separou no ano de 2019 e retomou seu nome de solteira, SCOTT. Hoje vive com LAUREN SANCHEZ, jornalista, e MACKENZIE casou-se com DAN JEWETT, professor de química com quem os filhos dela e de JEFF estudaram. Jeff e Mackenzie têm 4 filhos. 3 biológicos, e a mais nova, adotada na China.  – RICHARD BRANSON – de Blackheath, Londres, 1950, mais velho de três filhos, gago, e em quem os pais não apostavam nada. Já colocou em pé mais de 300 negócios, todos com o naming VIRGIN. Primeiro casamento KRISTEN TOMASSI, de 1972 a 1979, e, segundo, JOAN TEMPLEMAN, de 1989 até hoje. Dois filhos, uma mulher HOLLY, e um homem, SAM. Junto com JOAN tiveram uma filha chamada Clara e que morreu com dias. – BILL GATES, Microsoft, WILLIAM HENRY GATES III, 1955, até dias atrás casado com MELINDA, com quem segue no comando de uma fundação de benemerência. Permaneceram casados de 1994 a 2021, e têm 3 filhos, RORY, JENNIFER e PHOEBE… Como aconteceu nas últimas semanas a separação, ainda muitas histórias, e por mais algum tempo, permanecerão em segredo. – TIM COOK – 1960, CEO da APPLE, e sucessor de STEVE JOBS, jamais abriu mão de sua privacidade, e solitário convicto, mas, no dia 29 de outubro de 2014 assumiu sua homossexualidade em uma matéria na BLOOMBERG BUSINESSWEEK. Escreveu, “Eu tenho orgulho de ser gay e eu considero que ser gay é um dos maiores dons que Deus me deu…”. – SATYA NADELLA, hoje o número 1 da Microsoft, agosto de 1967, indiano de Hyderabad, na Telangana, casado com ANUPAMA desde 1992. 3 filhos, ZAIN, DIVYA e TARA NADELLA. – MARK ZUCKERBERG – de 1984, WHITE PLAINS, condado de WESTCHESTER, estado de Nova Iorque, filho de KRISTEN, psiquiatra, e, EDWARD, dentista. Casado com PRISCILA CHAN, 2012. É isso, amigos, procuramos construir um miniperfil de 7 dos 20 mais importantes empresários que comandam a NOVA ECONOMIA do lado de cá do mundo, e de quem espera-se as maiores e melhores contribuições na construção do Admirável Mundo Novo. É o que testemunharemos nos próximos anos, e no correr desta e da próxima década. 5 – MANCHETE DE MATÉRIA DA FOLHA: “POR JOVENS, VINHO NACIONAL VESTE ROUPA NOVA”. E no texto a explicação. “Startups e vinícolas tradicionais apostam em latas, caixas e linguagem moderna para mudar a imagem da bebida”. Nós, consultores da MADIA afirmamos, PERDA DE TEMPO TOTAL. VINHO é em garrafa de vidro e ponto. O resto é derivativo pífio, gambiarra medíocre, bobagem desprezível. Matéria assinada pela jornalista FLÁVIA PINHO que rendeu-se aos argumentos dos que brincam de fazer vinhos e abre sua matéria afirmando: “Quem encara os vinhos em lata ou em caixa bag-in-box como modismo passageiro precisa urgentemente rever o conceito. A tendência que começou pela mão das novidadeiras startups e já está consolidada no exterior, começa a ser adotada por tradicionais vinícolas brasileiras – e promete ter vindo para ficar…”. Começa que essas trágicas novidades não têm absolutamente nada a ver com as startups.  São tentativas e ações de mais de 50 anos. Por outro lado, e ingressando no mérito, vinho que não seja em garrafa de vidro, com rolha de cortiça, e todos os demais fundamentos que caracterizam a bebida é qualquer outra coisa menos vinho: refrigerante, refresco, sangria, tubaína… Vocês da Madia entendem de vinho? Não, não entendemos. Quem entende são, e dentre outros, nossos amigos e integrantes da Academia Brasileira de Marketing, BONI e MILTON ASSUMPÇÃO. Mas, e para não perder muito tempo discutindo essa brincadeira de péssimo gosto – deveriam batizar essas coisas com outra denominação menos vinho. Vamos nos ater a um dos pequenos detalhes que fazem grande diferença. A ROLHA. Segundo uma das publicações especializadas em vinho, a revista ADEGA, “Boas rolhas são insubstituíveis. Nos espumantes, por exemplo, podem durar por décadas preservando o vinho estável e, principalmente, tendo a elasticidade necessária para serem colocadas numa máquina e empurradas para dentro do gargalo e imediatamente se ajustarem e ele não deixando nenhum espaço livre…”. E o saca-rolhas e as rolhas são apenas uns dos itens que fazem do vinho, vinho! Isso posto, sentimos muito, por jovens, ou demais pessoas, vinho que é vinho de verdade veste-se e abriga-se em garrafas de vidro, com rolha de cortiça, rótulo de qualidade, narrativa tangível, e jamais tem vergonha de sua cor, e se esconde atrás de cartonados ou latas. Beber vinho em lata, ignorando taças adequadas, é pior e mais ofensivo, para os verdadeiros produtores, que xingar a mãe… 6 – INVESTIMENTOS ONDE O RISCO NÃO É O DE APENAS GANHAR POUCO. É DE AINDA TER QUE TODO MÊS PAGAR O RATEIO DAS DESPESAS A expectativa não era de ganhos espetaculares, como se pode ter quando se especula com commodities ou ações, mas nem também de ganhos mínimos como na Poupança. A ideia ou perspectiva era de ganhos razoáveis com pouco risco. Mas veio a pandemia, e o mínimo de risco virou risco total na medida em que não existe rendimento, e sim, despesas mensais rateadas. Essa a situação de momento da maioria dos empreendimentos mais conhecidos como condo-hotéis. Onde as pessoas são donas de uma unidade ou quarto para hóspedes dos hotéis, e confiam o hotel todo à gestão de uma administradora. No Brasil, e dentre as maiores, o GRUPO ACCOR, e a ATLANTICA. Sintetizando a situação. Esses condo-hotéis, para ameaçarem dar algum resultado a ser dividido entre os proprietários das unidades, precisam ter, no mínimo, uma ocupação de 40%. Durante alguns meses da pandemia a ocupação foi ZERO, e nos últimos meses, 20%. Ou seja, chega no fim do mês as receitas são insuficientes para cobrir as despesas, e assim, os proprietários das unidades são convocados para cobrirem o rombo. Ao invés de uma renda mensal, passaram a ter mais uma despesa mensal. Os mais machucados e sem ter de onde tirar dinheiro na medida em que investir em condo-hotéis era o único investimento que possuem, saem no desespero colocando à venda suas unidades. E assim, com uma avalanche de ofertas, o preço de uma unidade que dois anos atrás rondava entre R$ 300 e R$ 400 mil, hoje está na faixa dos R$ 30 a R$ 40 mil… Em, entrevista  para JULIANA SCHINCARIOL, do jornal VALOR, um investidor declarou, “Estou há quatro anos sem nenhum rendimento. Não consigo trocar um quarto por um carrinho de pipoca…”. Para quem sofre ou é claustrofóbico, definitivamente não se recomenda investir em condo-hotel. Vai morrer no desespero… 7 – ADEUS, FORD! No dia 24 de abril de 1919, a FORD recebeu autorização para iniciar suas operações em São Paulo, Brasil. O dinheiro para começar, US$ 25 mil, veio da unidade da empresa na Argentina, onde se instalara anos antes. No exato momento em que comemorava 100 anos da efeméride, a FORD tocou o primeiro sinal. Vendeu sua fábrica de São Bernardo do Campo e tentava, inutilmente, resistir, numa ação lancinante de reinvenção, com mudanças sensíveis em sua linha de produto. Não foi suficiente. Jogou a toalha. No dia 11 de janeiro de 2021, com quase 102 anos, a FORD anunciou que estava despedindo-se do Brasil. A chamada década mais que perdida, a pior das últimas 20, a de 2011/2020, foi devastadora para a FORD, outras montadoras, e infinitas empresas. Uma década em que, e em números reais, o Brasil regrediu, voltou para trás. Agora, e num trabalho da agência REUTERS, os números da despedida. Nos últimos 8 anos, e em cada carro que vendeu, a FORD perdeu R$ 10 mil, ou quase, US$ 2 mil. Na década, as perdas acumuladas foram em torno de US$ 10 bi ou R$ 61 bi. E agora, e no fechamento de tudo, na melancólica, trágica e brutal despedida, mais US$ 4,1 bi de indenizações e prejuízos, para honrar seus compromissos e sair dignamente, mais ou menos um desembolso de R$ 22 bi. Não há vencedores em finais de casamentos. Na vida, e nos negócios. Ainda que tenham durado mais de 100 anos. 8 – AMOR PELA CIDADE No ano de 1954, com alguns amigos de faculdade, o designer MILTON GLASER fundou o PUSH PIN STUDIOS, uma espécie de fortaleza assumidamente influenciada por toda a história visual da humanidade. Já em 1967, criou, para o hoje octogenário BOB DYLAN, o pôster histórico de sua coletânea de hits. Em 1968, – o ano em que o mundo velho começa a despedir-se –, cria a revista da cidade, em que se espelharam centenas de revistas de cidades pelo mundo, a NEW YORK MAGAZINE. GLASER nasceu no BRONX, recebeu a MEDALHA NACIONAL DAS ARTES das mãos de BARACK OBAMA, e morreu no dia 26 de junho de 2020, no mesmo dia em que nasceu, de derrame cerebral, aos 91 anos de idade. Mas sua obra maior, talvez, e que segue mais viva do que nunca, a conotação de amor que emprestou à cidade, quando criou a monumental logomarca I LOVE NEW YORK, Um I, mais um coração vermelho, mais NYC, no ano de 1977, quando a cidade enfrentava sua maior crise: decadência, violência, insegurança, e tentando trazer de volta os turistas. De certa forma a semente multiplicou-se e assim, bilionários apaixonados, procuram sempre oportunidade para investir e valorizar a ilha/cidade. Um ano antes da pandemia, num dos maiores investimentos de todos os tempos, foi inaugurado o projeto HUDSON YARDS, um investimento de US$25 bilhões, hotéis, edifícios, shopping centers, tendo como centro o THE VESSEL, uma torre de observação no formato de vaso voltado para o céu com milhares de degraus. Agora, numa sexta-feira, dia 21 de maio, um novo empreendimento foi aberto ao público, também bancado por um bilionário apaixonado pela cidade. LITTLE ISLAND, um novo parque flutuante sobre o RIO HUDSON, ancorado em 132 enormes tulipas de concreto, com caminhos, flores, anfiteatro, vista deslumbrante, espaços para os que visitam ou moram na cidade tomar sol e fazer piqueniques, outra criação do arquiteto inglês THOMAS HEATHERWICK, o mesmo que criou o complexo HUDSON YARDS. Ou seja, amigos, a sementinha plantada por MILTON GLASER, I LOVE NEW YORK, frutificou. Mais que plantada, e de certa forma traduzida porque anos antes muitos americanos já manifestavam seu amor pela cidade, com obras monumentais como o ROCKEFELLER CENTER, O CHRYSLER BUILDING, o EMPIRE STATE BUILDING, e muitas outras mais. 9 – PREMONIÇÃO Se dentre as empresas e empresários de sucesso da atualidade existe algum e alguma que já nasceu olhando para frente, pensando e realizando o futuro, essa empresa é a POLISHOP e esse empresário é o JOÃO APPOLINÁRIO. Em entrevista histórica e onde resgata os primeiros 21 anos de uma empresa que já nasceu no futuro, realizada pela jornalista JANAINA LANGSDORFF, JOÃO APPOLINÁRIO sintetiza da seguinte maneira: “A POLISHOP nasceu em 1999 já digital, com e-commerce e televisão, apoiados pelo call center e compras realizadas através do e-commerce. Desde o primeiro dia, nosso entendimento era o de que o futuro do varejo traduzia-se em atender o cliente onde estivesse – digital, analógico, ou qualquer canal possível. Lançamos os canais digitais em 2001 e simultaneamente a catálogos e revista. No ano de 2003, inauguramos as duas primeiras lojas e começamos o canal de televisão porque entendíamos que a nossa mídia era importante. Começamos simultaneamente com um primeiro estúdio junto ao escritório. Enfim, a POLISHOP nasceu com o posicionamento da multicanalidade…”. APPOLINÁRIO fala do erro generalizado que vem acontecendo com a maior parte das empresas do e-commerce: “O e-commerce vem tomando um caminho errado no mundo inteiro. Deveria ser uma plataforma de serviços e comodidade para a pessoa que ou não vai à loja, ou, se vai, quer chegar informada, muito especialmente nas lojas onde acontece o autoatendimento. O que constatamos hoje é que o caminho escolhido foi exatamente o oposto. Ao invés de oferecer comodidade, optou pela destruição de valor e só chama a atenção pela concessão de descontos. Não sei por quanto tempo mais essa prática é sustentável. Em síntese, hoje assistimos um festival de aquisições e, com raríssimas exceções, as empresas perdem dinheiro no e-commerce…”. A POLISHOP E A PANDEMIA Dentre as diferentes revisões que a POLISHOP precisou fazer e adotar durante a pandemia, talvez a mais difícil tenha sido proceder a LOGÍSTICA REVERSA dos estoques. Diz, APPOLINÁRIO: “Com as lojas fechadas, tivemos de fazer a logística reversa, das lojas para nosso centro de distribuição, pois 60% de nosso estoque estava nas lojas físicas. Estamos presentes em todo o Brasil, e todas as nossas 268 lojas fecharam. Mais do que isso, todas não podiam funcionar aos sábados e domingos, nossos principais dias de vendas…”. Essa é a POLISHOP, esse é APPOLINÁRIO, a empresa e o brasileiro que intuíram como seria o comércio muito antes que todos os demais. Uma referência mundial. 10 – NÔMADES DIGITAIS E aí, existia uma correlação absoluta e completa entre moradia e trabalho. As pessoas, mais de 90% delas, trabalhavam na cidade onde moravam. Alguns prestadores de serviços, no entanto, mesmo antes da internet e do digital, prestavam serviços para empresas de todo o país, e muitos, de todo o mundo. Na medida em que o digital foi avançando, essa possibilidade cresceu, e assim, e por exemplo, boa parte dos contribuintes americanos confiam a especialistas na Índia a realização de seus impostos de renda, assim como muitos estudantes americanos têm aula particular com professores indianos, e a distância. Muitas empresas de tecnologia no Brasil trabalham com programadores na Índia. De qualquer maneira, isso aconteceu num primeiro momento do digital, e com a chegada da internet. De 10 anos para cá a consciência da mobilidade foi crescendo, os gadgets aperfeiçoando-se, as conexões melhorando, e assim, milhares de jovens profissionais decidiram, além da mochila, colocarem um notebook a tiracolo e partirem pelo mundo sem deixar de prestar serviços a empresas. São os chamados NÔMADES DIGITAIS, que vêm crescendo de forma acelerada nos últimos anos, fazendo com que alguns países, e principalmente cidades que sempre atraíram muitos turistas, desenvolvam programas especiais voltados para eles, nômades digitais. Neste ano, e pegando carona na forte atração que exerce em todas as pessoas de todo o mundo, o RIO DE JANEIRO coloca em andamento um plano de posicionar-se como o principal polo para os nômades digitais de todo Brasil, e se possível, da América Latina. Em entrevista ao O GLOBO, a presidente da RIOTUR, DANIELA MAIA, disse que a cidade está se preparando para oferecer a infraestrutura básica a um nômade digital, e que passa também pelo envolvimento da hotelaria, bares e restaurantes. A ideia, segundo DANIELA, é primeiro atrair quem está em São Paulo, Belo Horizonte, ou outras cidades do País, trancadas num apartamento, para vir trabalhar no RIO por um ou dois meses… O passo seguinte, atrair o estrangeiro…”. Tem tudo para dar certo. Vai dar certo! DRUCKER’S MONTHLY Reservamos todo o final do BUT para alguma lição de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER. Em todos os seus livros – quase 40 – nosso adorado mestre e mentor em algum momento trata de um dos temas recorrentes de sua vida e lições. Trata da INOVAÇÃO. Assim, e para esta edição, separamos e depois juntamos seis desses momentos, e que, de certa forma, constituem uma espécie de hexágono de ouro sobre a INOVAÇÃO, segundo PETER FERDINAND DRUCKER, o criador da administração moderna e de sua ideologia, o marketing. VAMOS AOS SEIS: 1 – “Resultados decorrem do aproveitamento de oportunidades e não da solução de problemas. Solução de problemas apenas restaura a normalidade. Oportunidades significam explorar novos caminhos.” 2 – “Todas as inovações eficazes são absurdamente simples. O maior elogio que uma inovação pode receber é alguém comentar tratar-se do óbvio. E, completar, dizendo, ‘por que não pensei nisso antes?’”. 3 – “Há anos leio os discursos dos que ganham o Prêmio Nobel. Quase sempre dizem, “o que me levou ao trabalho que me possibilitou essa conquista foi uma observação ao acaso feita por um professor que me disse ‘por que você não tenta algo em que os resultados realmente façam a diferença?’”. 4 – “Uma empresa só inovou de verdade quando o cliente reconheceu, valorizou e se dispôs a pagar por isso.” 5 – “A inovação sempre significa um risco. Mas, ir ao supermercado de carro para comprar pão também é arriscado.” 6 – “Qualquer atividade econômica é de alto risco. Não inovar e tentar preservar o passado é muito mais arriscado do que construir o futuro.” Sintetizando as seis lições de ouro de nosso adorado mestre, absolutamente impossível sobreviver e prosperar sem perseguir obstinada e diuturnamente a inovação. Fazer-se hoje, da mesma forma, com os mesmos gestos e palavras, com semelhante emoção, o mesmo que se fez ontem, e anteontem, e nos dias anteriores, é cometer suicídio homeopaticamente… TODOS INOVANDO, SEMPRE! Até agosto!