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FAD – Franqueado de Alto Desempenho

Hoje o assunto é Franquias, mas com aprendizados que valem para todas as demais empresas. Na última edição da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, edição anual sobre Franquias, uma mais que preciosa síntese das 10 melhores práticas dos melhores franqueados. Vamos a essas 10 Melhores Práticas, com os comentários dos consultores da Madia… 1 – Vestir a camisa – Para que um franqueado alcance os melhores resultados para as franquias, e para suas unidades específicas de negócios, é condição essencial vestir a camisa, mergulhar fundo, viver a marca. E para tanto precisa revelar-se preparado e atualizado permanentemente. 2 – Seguir as regras e as diretrizes – Se os franqueados não seguirem ipsis literis, ao pé da letra, o que dizem os manuais das franquias, e decidirem ou começar a improvisar, ou mesmo sem se darem conta, negligenciar, fraquejar, não vai dar certo. 3 – Pertencimento – o franqueado, por suas manifestações, gestos, atitudes, ações, comportamentos, precisa transparecer permanentemente uma relação de pertencimento mútuo. Dele em relação a franquia/marca, e passar a todos a sensação que é o dono da marca num território específico, tais são seus zelos e cuidados. 4 – Empenho – Definitivamente, no exercício e na prática do Franchise não existe almoço grátis. Tem que ralar. Franquias em shopping não têm nem sábado, nem domingo, nem carnaval, nem Natal, nem férias… 5 – Liderança – Ser líder é adotar, mediante doses consistentes de empatia e cordialidade, um comando natural de todas as situações envolvendo os três “Ps” da franquia, People, equipe interna, Providers, fornecedores, e Partners, parceiros. 6 – Objetivos – Sem saber onde se pretende chegar e o que e como fazer qualquer lugar é qualquer lugar ou nada. Sem referências, paradigmas, targets, os comandados desorientam-se pelo caminho e perdem a eficácia por completo. 7 – Dados – nenhuma decisão e estratégia nasce do nada. Muito menos todas as táticas decorrentes. Os franqueados de sucesso conhecem seus mercados de atuação de trás para frente e na ponta da língua. E se preservam rigorosamente atualizados. No mínimo reservam um dia da semana para bisbilhotar toda a concorrência vizinha. E nos finais de semana atualizam-se sobre o ambiente político, econômico, social e tecnológico. 8 – Resiliência – existirão dias de glórias e dias de terríveis e graves lições. Dias de glórias são para qualquer um. Os verdadeiros líderes revelam-se nas crises. 9 – Aprendizado Intermitente – O franqueado de excepcional qualidade desenvolve um terceiro olhar. Que aplica em tudo o que vê, observa, testemunha. O olhar do aprendizado. Enquanto uma parte de seu cérebro age em funções a tomar, a outra, a do aprendizado, separa o joio do trigo, converte em conhecimento e armazena. 10 – Família – Ser ótimo e irretocável nas nove primeiras práticas é essencial, mas não suficiente. Sem a 10ª mais cedo ou mais tarde o leite coalha, a pipoca vira piruá, a maionese desanda. Sem o equilíbrio e suporte da família toda a conquista está sob permanente e total risco. É isso, amigos. Essas regras ou práticas valem para as empresas franqueadas, e, também, para todas as demais. Como se encontra você dentro das 10?
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Por que é mesmo que estamos brigando?

A Justiça em nosso país é mais lenta que tartaruga cega e manca que, muitas vezes, e quando chega ao fim uma contenda, as partes, ou uma delas, nem mesmo se lembra mais da razão da briga. No ano de 1993, Heloisa Assis – a Zica – empregada doméstica, casada, três filhos, decidiu abrir seu primeiro salão de beleza. O primeiro e início de sua empresa Beleza Natural. Anos antes, e inconformada com seu cabelo, desistiu dos processos convencionais de alisamento, fez um curso de cabeleireira na paróquia da igreja da comunidade. Terminado o curso decidiu criar um produto e método para pessoas que tinham o tal do “cabelo ruim” e estavam cansados dos alisamentos. Misturou as químicas, utilizando bacia e colher de pau, testava o resultado em seu próprio cabelo, perdeu muitos cabelos, ganhou alguns buracos no couro cabeludo, mas, e finalmente, chegou lá. Descobriu a fórmula. O resto é história, Zica virou celebridade nacional e segue firme e forte com sua Beleza Natural, com 38 unidades e, uma fábrica em Bonsucesso, e um faturamento estimado de R$ 1,5 bi em 2020. José Carlos Semenzato, começou adolescente a revelar sua veia empreendedora, vendendo coxinhas feitas pela mãe e para ajudar nas despesas da casa. Tinha 13 anos. Com 22 abriu seu primeiro negócio, a Microlins, convertendo-se, em poucos anos na maior rede de escolas profissionalizantes do País, com mais de 4 milhões de alunos. Em 2003, com outros dois sócios fundou o Instituto Embelleze, e depois mais um negócio, outro negócio, e hoje é um dos reis do franchise em nosso país. Em 2012 decidiu criar um novo negócio. A Beleza Pura, na cidade do Rio de Janeiro, o que determinou de imediato uma ação na justiça pela Beleza Natural de cópia grosseira do modelo de negócio, solicitando o fechamento da empresa mais indenização pela cópia e prejuízos causados. Quase nove anos depois o processo chegou ao fim. A Justiça não deu provimento à reclamação da Beleza Natural alegando que no fundo, todos os salões de beleza são muito parecidos, e isso vem desde muitas décadas antes do nascimento da Beleza Natural… Mesmo tendo recorrido, a empresa voltou a perder. Só que, e no meio do caminho, Semenzato e seus sócios preferiram direcionar seus investimentos para outros negócios, mais rentáveis e escaláveis, e desistiram da Beleza Pura… É isso, amigos. A realidade da mais que injusta Justiça brasileira. Quando as questões chegam ao fim, e se chegam, muitas vezes as partes nem mesmo se lembram porque brigavam… Mas, e por outro lado, uma importante lição. Para que a cópia se caracterize num negócio convencional, de longa tradição, é preciso que os traços de exclusividade, individualidade, nas diferentes dimensões, sejam o suficientemente únicos para caracterizar eventual cópia. Caso contrário perda de tempo, energia e dinheiro.