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Vida antecipada, em duas dimensões

Poucos campos de atividade têm apresentado conquistas e evoluções tão espetaculares quanto a medicina e a saúde. Uma mesma rubrica, um mesmo título, encerra dois sentidos diferentes, e os dois, fantásticos: vidas antecipadas. Vidas antecipadas, no sentido de crianças que nascem de forma prematura, antes do tempo, e conseguem sobreviver com poucas ou nenhuma sequela. E vidas antecipadas, decorrente de todas as conquistas dos primeiros 20 anos de prática e experimentos a partir do Genoma Humano. E que torna possível antecipar-se vida, com prognósticos de altíssima precisão, a respeito de tudo o que aguarda pelas pessoas no correr de suas vidas. Na primeira das vidas antecipadas, a dos prematuros, anos atrás era um susto e total preocupação bebês prematuros de 28 ou 29 semanas. Em torno dos sete meses. Hoje, encara-se com preocupação, mas com confiança, bebês com apenas 24 semanas, seis meses ou menos. Em entrevista a Constança Tatsch de O Globo, a médica Romy Schmidt Brock Zacharias, coordenadora de neonatologia do Hospital Albert Einstein, afirmou, “Até a década de 1970, os bebês prematuros com até menos de um quilo dificilmente sobreviviam. Quanto mais prematuro maiores os riscos de alguma sequela. Mas a medicina evoluiu bastante em oferecer tratamento e cuidados mais adequados. Hoje o limite seria 22 semanas, menor que isso, por enquanto, só em ficção científica. Já com 24,25 semanas de vida, a chance de sobreviver do bebê é igual ou superior a 50%. Na segunda das vidas antecipadas, em decorrência de todas as conquistas do Genoma Humano e da Medicina Genética, a Corretiva, e segundo o biólogo e PHD em Biologia Celular e Molecular pela Cornell University, Fernando Reinach, “O primeiro genoma humano, há exatos 20 anos, custou a bagatela de US$3 bilhões. Hoje, com US$300 é possível sequenciar o genoma de uma pessoa. E, em sua coluna no Estadão, Fernando Reinach conta sobre um estudo recém-publicado por um grupo de cientistas que analisou o sequenciamento de genes de 454.787 pessoas, como todos os seus dados médicos, físicos e mentais registrados detalhadamente. Para não nos alongarmos muito, depois das sucessivas etapas desse estudo, sua conclusão compreenderá um catálogo que servirá como referência, métrica, espelho, para que se possa sequenciar o genoma de um recém-nascido e prever parte do que vai acontecer com ele durante toda a sua vida… Nos anos 1990, quando os cientistas decidiram se somar em busca do genoma humano, a promessa que faziam em termos de conquista era essa, a produção de um catálogo que permitiria antecipar e prevenir doenças. Na maior parte das vezes, processando-se correções genéticas. De certa forma, é o que esse estudo acaba de anunciar. É isso, amigos. Chegamos aos portais do Admirável Mundo Novo. Onde diferentes formas de vidas antecipadas vão se registrando. Ou, se preferirem, de vidas, mais que antecipadas, de vidas prolongadas. Até, e quem sabe mais adiante, alcançarmos a imortalidade. O dia em que morrer será opcional. E não está distante.
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 20/04/2022

A reinvenção da medicina segue acelerada. E a GeneOne, do DASA, é um ótimo exemplo da novíssima MEDICINA CORRETIVA.
Negócio

As novas frutas, ou, a melancia amarela

Em 1990 decolou o PGH – Projeto Genoma Humano, pilotado por James D. Watson, chefe dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos. No conjunto desses Institutos, 5.000 cientistas, 250 diferentes laboratórios contando, inicialmente, com a adesão de 18 países. Em paralelo, e desde 1998, Craig Venter e sua empresa Celera Genomics corriam por fora, com um método alternativo e privilegiando a eficácia, privilegiando atalhos, e tentando superar todas as desvantagens dos que contam com recursos limitados. Em 2001, tanto o consórcio de países e cientistas, como a Celera de Craig publicaram uma primeira versão do genoma humano, com mais de 90% concluído. Em 14 de abril de 2003, o consórcio comunicou à imprensa ter alcançado a totalidade de seus objetivos. A conquista do Genoma Humano, com a sequenciação de 99% e precisão de 99,99%. O mesmo fez J. Craig Venter, no dia 4 de setembro de 2003. Finalmente, decifrado o segredo da vida. Ao divulgar o sucesso, apresentou a sequência completa do genoma do ser humano Venter. Do próprio Craig Venter! Desde então nunca mais o mundo foi e será o mesmo. E todas as espécies, além da humana, caminham inexoravelmente na direção de viver mais e melhor. E a humana, quem sabe, ganhando, e a caminho da imortalidade. Ou, se preferirem, morte opcional. Na espécie humana as conquistas decorrentes são mais que do conhecimento de todos, com o nascimento da 3ª medicina, a medicina corretiva, onde corrigimos erros de concepção muitas vezes antes do nascimento, e depois, e a qualquer momento, a possibilidade de correções permanecem. Ganhamos a mais fantástica das borrachas! Ou, se preferirem, corretores… O encurtamento do tempo da preparação das vacinas, agora, na crise da pandemia, e algumas das muitas vacinas, são resultantes da medicina corretiva. Com as demais espécies acontece rigorosamente a mesma coisa, e até o final deste século estaremos nos alimentando dos produtos de hortas, agricultura e pecuária urbanas. De boi e vaca de laboratório, de alface e chuchu da casa ou do prédio da esquina mais próxima. Meses atrás, e em matéria da revista Veja, algumas das primeiras conquistas desse Admirável Mundo Novo em processo de nascimento e construção. E como temos dito para vocês, isso só se tornou possível com o tsunami tecnológico. Que começa, pra valer, em 1971, quando a Intel apresenta ao mundo, o microchip. A matéria da Veja fala de muitas frutas em versão revista e substancialmente melhorada, mas, a que mais chama a atenção, e talvez passe a ser o símbolo dessa revolução é a melancia amarela. Que por sorte já experimentamos, e é simplesmente, espetacular. Quase não tem caroços, sensivelmente mais doce, e com 66% a mais de fibras. É isso, amigos, temos um admirável mundo novo pela frente, e precisamos o mais rápido possível integrar nosso país a esse movimento redentor. Chegou a hora de libertarmos o Brasil do ranço trágico de incompetência, corrupção e falta total de empatia, dos primeiros 520 anos. Todos em direção ao Novo Brasil.