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Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 20, 21 e 22/05/2023

Mais, novas e surpreendentes decorrências da CORONACRISE.
Negócio

Radiografia do gigante

Se vocês nos perguntassem, tendo em vista uma dura regulação que vem pela frente, e ainda os riscos de spin-offs – desmembramentos – das chamadas Big Techs, qual dentre todas é a mais blindada. Sem a menor dúvida, respondemos, nós, consultores da Madia, a Microsoft. Seu lastro de propriedades antecede o tsunami tecnológico e assim suas propriedades são mais sustentáveis. Diferentes do Google, Facebook, Amazon e Apple. Ou, em outras palavras, a sustentação legal dessas propriedades está mais consolidada e madura. Os números da Microsoft são exuberantes em todos os sentidos, e trabalham com índices de riscos menores que as demais big techs. Em termos de valor, não será surpresa se a Microsoft encerrar este ano próxima de US$2,5 trilhões de valor de mercado. Para vocês terem uma ideia do tamanho do valor da Microsoft, no início de setembro de 2022, era apenas 55% maior que o PIB do Brasil, na casa dos US$1,4 trilhão. E se fosse um país, em termos econômicos, seria menor apenas que Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, Reino Unido, Índia e França, ou seja, em termos econômicos seria 9º país do mundo. Os grandes números da Microsoft, são, US$460 milhões de faturamento por dia, US$19 milhões por hora e US$320 mil por minuto. Do total de seu faturamento, US$84 bilhões são dos Estados Unidos e os outros US$84 bilhões nos demais países. O grosso da receita da Microsoft hoje vem de produtos de servidor e serviços em nuvem, assim como de produtos para escritórios. No total, US$94 bilhões, dois terços de todo o faturamento da empresa. A Microsoft tem em seu comando no Brasil, desde janeiro de 2019, Tânia Cosentino, paulistana do bairro de Santana, filha de comerciante e dona de casa, parou de trabalhar aos 24 anos para cuidar da casa e dos filhos e voltou aos 50 como gerente de recursos humanos da última empresa onde tinha trabalhado. Foi contratada para o comando da Microsoft através de uma mensagem no LinkedIn, plataforma corporativa hoje da própria Microsoft. Assim, e no comando da Microsoft desde 2019, e dentre as coisas que mais gosta, sair com amigos e viajar, gosta de dança de salão, faz ioga e pilates, leitura, gosta do conceito de “CEO ativista”, e no comando de quase 900 pessoas diz ser extremamente flexível, adaptável, mas tolerância zero no que tocante a desrespeito às regras de compliance, a qualquer tipo de assédio, e às normas de segurança. Essa, a Microsoft, e sua presidente, Tânia Cosentino.
Negócio

Leitura obrigatória

Não necessariamente da totalidade do livro – claro se você não quiser – nós, consultores da Madia lemos inteiro, fizemos marcas e anotações, e relemos alguns trechos – O Trabalho no século XXI – Fadiga, Ócio e Criatividade na Sociedade Pós-Industrial – de autoria do escritor e sociólogo Domenico De Masi – Editora Sextante ‒ é, em nosso entendimento, o mais importante ‒ não o melhor ‒ livro de 2022. Talvez, a mais completa retrospectiva relevante da evolução do trabalho ‒ e agora o fim ‒ desde que o mundo é mundo. Se você é daqueles que gosta de uma grande panorâmica, mais que recomendamos a leitura de todo o livro, pausada e reflexivamente, de 926 páginas, mais capa e contracapa. Agora, se você está mais interessado em temas específicos dessa longa trajetória de alguns milênios, você pode ir separando capítulos específicos que mais lhe agradem. Nesse sentido, e se você quer ter uma visão mais atual e relevante para sua compreensão dos desafios de hoje, mais que recomendamos o capítulo XI – Atenienses, profissionais da democracia, o capítulo XIX – Os dois pilares teóricos da sociedade industrial – com especial atenção nas páginas em que fala do Iluminismo, e a partir do capítulo XIX, página 385, recomendamos a leitura de todos. Domenico De Masi é sociólogo, dotado de incomum sensibilidade e fôlego, com uma cabeça mais que privilegiada de 926 páginas. Abarrotado de documentações, referências, pesquisas. 84 anos, de fevereiro de 1938, da cidade de Rotello, Itália, e que se notabilizou pela criação e disseminação do conceito do ócio criativo. Segundo De Masi, de negativo o ócio não tem nada. E talvez seja o mais poderoso aditivo na liberação da criatividade que todos temos, em menor ou maiores proporções. Sua produção intelectual começa há 65 anos, e jamais parou de pesquisar e escrever. Mergulha de cabeça, coração e sentimentos escancarados em toda a documentação que colhe e organiza, mas, eu, Madia, discordo de boa parte de suas conclusões. Por exemplo, é profundamente cruel e superficial em relação a alguns dos mestres da administração moderna, muito especialmente, em relação ao mestre dos mestres, Peter Drucker. Mas, respeitamos, mesmo não concordando, com sua opinião. É, isso. Mais que recomendamos. “O Trabalho no século XXI, Domenico De Masi, 926 páginas que valem por 100 mil. Na versão Kindle, na Amazon, por R$ 44,91. E na versão papel, de pessoas que compraram e desistiram da leitura, a partir de R$ 79,90. E que, por sinal, são muitas… E agora, um pequeno “spoiler” com 2 citações curtas de diferentes momentos do livro. Citando Michel Bosquet, e que assinava André Gorz, diz, na página 752: “A esta altura, uma coisa é certa: ninguém fará carreira na profissão que aprendeu: essa profissão será transformada, simplificada, desqualificada ou suprimida pela microeletrônica. Estamos todos, potencialmente, em excesso”. ‒ E na página 724, e falando sobre o conjunto de todos nós, os “Novos Indivíduos Sociais”, De Masi diz: “A Microsoft é de 1975, a web de 1991, o Google de 1997, o Skype de 2003, o Facebook de 2004, o Twitter de 2006. Em 2030, os digitais nascidos com a Microsoft terão 55 anos, os nascidos com a web terão 39, os nascidos com o Google 33, os com o Skype 27, os com o Facebook 26, os com o Twitter 24… Se hoje os analógicos ainda são a maioria e ocupam os vértices de todas as pirâmides – igrejas, exércitos, escolas, bancos, empresas – em 2030 os digitais serão a maioria numérica. E seus modos de pensar, trabalhar, viver, totalmente diferenciados do modo dos analógicos…”. É esse o grande desafio, amigos. Como seguir convivendo pacífica e harmoniosamente com nossos filhos, netos e bisnetos, e eles, quanta paciência terão que ter com seus pais e avós, e bisavós. Dica final, se você quer ir direto para os desafios de hoje salte para a quarta parte do livro, pág. 577. Respire fundo, tome fôlego, e ótima leitura!
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Diário de um Consultor de Empresas – 26, 27 e 28/11/2022

LEMBRAM DO ORKUT! Que hoje vaga abandonado e perdido pela DIGISFERA? Será esse o destino do FEICE?
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 21/10/2022

Quando as circunstâncias mudam. Quando o ambiente é outro. Quando novas forças prevalecem. Não há nada mais a fazer. As plataformas impressas e convencionais de comunicação despedem-se.
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 06/10/2022

A HORA E A VEZ DAS BIGTECHS. Demorou, mas, chegou. Vem regulação e ordenamentos pela frente – MUITOS! Mas, discussões e aprovações atravessarão toda esta década.
Negócio

As voltas que a vida dá

Uma marca datada em produto novo funciona? Esse é o desafio que uma das mais tradicionais fabricantes de relógio decidiu enfrentar. A Technos é de origem Suíça, criação da família Gunziger, 1900, portanto, empresa mais que centenária. Desde 1956 a marca é distribuída no Brasil pela importadora Centauro do empresário brasileiro Mario Goettems. Nos anos 1970, os relógios analógicos batem todos os recordes de venda, manifestações novas como a do Swatch eclodem, novas marcas surgem em paralelo, e o Brasil passa a ser o principal mercado para a marca em todo o mundo. O que leva a construção de uma fábrica em Manaus, inaugurada em 1984. Dez anos depois Goettems compra os direitos da marca, transfere a sede para o Brasil, e assim, Technos, converte-se em marca brasileira, por naturalização. Em 2008, seu controle é transferido para um fundo, em 2013 abre subsidiária na China, decola com novas marcas como Dumont e Condor, distribui marcas globais como Fossil, Diesel, Marc Jacobs, Armani, DKNY, Adidas, Michael Kors. Mas desde a década passada vê seu domínio ser contestado pelos smartwatches – relógios inteligentes ‒ ligados às empresas de tecnologia, além dos fabricantes chineses. E assim, e do dia para a noite, ganha a concorrência da Apple, Samsung, e de dois anos para cá do Fitbit, hoje uma empresa do Google. Curioso é que a marca de certa forma, e mesmo centenária, contempla em sua denominação Technology, Technos, mesmo sendo percebida e reconhecida como uma marca analógica. De qualquer maneira e agora o jogo é outro, em 2017 joga a toalha e reconhece a nova realidade, e lança seu primeiro Smartwatch, com a marca Technos Connect 3.0. Assim, e completado todo o ciclo, e trazendo de volta para o comando das operações o executivo Joaquim Ribeiro, que de forma precoce restringia-se ao conselho da empresa, lança e volta-se totalmente para o futuro, com o modelo Connect Sport, para venda em larga escala e brigar principalmente com os chineses. É isso, amigos. Depois de uma longa e centenária caminhada, e quem sabe, num dos maiores e mais absurdos “cases” de “Branding Premonition” de toda a história, a empresa que nasceu Technos há mais de 100 anos para vender produtos analógicos, agora se reencontra com o nome e tenta convencer todos que acreditaram em sua proposta, que a Technos é Technos no melhor, e mais abrangente e mais atual sentido da palavra. As voltas que a vida dá…
Negócio

Marc Bernays Randolph

Nasceu no dia 29 de abril de 1958, em Chappaqua, Estado de Nova York, USA, onde um dia aconteceu um trágico acidente de automóvel com um dos Kennedys. Marc fundou com Reed Hastings e foi o primeiro CEO da Netflix. Deixou a empresa poucos anos depois de sua fundação em 2004. Investiu em muitos outros negócios, fundou a Locker Data Sciences vendida em 2019 para o Google por US$ 2,6 bi. Autor do best seller, “Isso Nunca Vai Funcionar”, com edição lançada em Portugal com a tradução de “Isso Nunca Vai Resultar…”. Concedeu entrevista à revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios, e dessa entrevista procuramos selecionar e compartilhar com vocês as dicas, referências, reflexões e ensinamentos que consideramos mais importantes, muito especialmente agora em que muitas interrogações apontam em direção a Netflix… Por que saiu da Netflix logo nos primeiros anos… “Não me arrependo de ter deixado essa empresa espetacular. Posso dizer que sou uma pessoa de sorte. Porque descobri muito cedo o que gosto de fazer, e o que faço bem. E, as duas, são a mesma coisa. Adoro startups. Muito especialmente na fase inicial. Adoro me sentar com os fundadores e orientá-los na solução de problemas. E nisso sou ótimo. Foi o que fiz no início da Netflix. Em 2003 já havíamos feito o IPO, contratado pessoas incríveis e a empresa estava consolidada. Não tinha mais prazer em trabalhar lá. Voltei a trabalhar com startups em processo de construção e decolagem. E é isso que me faz feliz.”Principal aprendizado “Não existem boas ideias, todas as ideias são ruins… O que a vida me ensinou é que nenhuma startup chega ao sucesso com a ideia original. Lembram, “dois caras estavam sem dinheiro, colocaram um quarto para alugar e, boom, nasceu o Airbnb… Ou, alguém não conseguia um táxi em Paris debaixo da neve véspera de Natal e nasceu o Uber… ou, um jovem decidiu não pagar multa nunca mais pelos atrasos nos vídeos e nasceu a Netflix… Todas essas são histórias incríveis e igualmente falsas. A ideia é única e exclusivamente o ponto de partida. Depois de sucessivas tentativas de colocar a ideia em pé é que você conseguirá proceder a todas as adequações e adaptações da ideia original e chegar aos finalmente…”.A vergonha do ridículo… “É da natureza humana. Ninguém gosta de parecer ridículo. Ninguém gosta de ficar testando hipóteses que não funcionam. Mais ou menos o que acontece quando se aprende uma segunda língua. Ninguém gosta de ver os outros rindo diante dos erros que cometemos. E assim, e em seu negócio, você vai cometer erros…O melhor momento para começar… Marc responde de imediato: “Agora! Não me levem a mal, não quero parecer insensível, pandemia, tanta gente morrendo, mas a resposta é essa mesmo, Agora! Se o que você quer é começar um negócio não permita que ninguém nem nada o impeça. Muito especialmente neste momento em que existem enormes oportunidades decorrentes das circunstâncias. As grandes empresas encontram-se em situação de corner, encurraladas, e a hora para disrupção é agora. Nunca foi tão vantajoso ser pequeno” … E nós, consultores da Madia, incluiríamos, ser pequeno e não ter nenhum passado para resolver…Os maiores desafios de um startupeiro “De longe, conciliar a vida pessoal com os negócios. Outro dia recebi a ligação de um empreendedor que está construindo um grande parque de esportes radicais. Disse, “tenho três filhos com menos de 10 anos, e uma startup que me toma todo o tempo sete dias por semana. Como manter meu relacionamento com a mulher e filhos? Durante dois anos trabalhei para uma empresa com escritórios em todo o continente. Viajava quase todos os dias e estava sempre atrasado para os voos. Sempre que alguém me via estava correndo pelos aeroportos. Tudo o que aprendi é que em boa parte das vezes quando eu chegava no embarque o avião já decolara. Na outra parte das vezes, chegava antes e o avião estava atrasado e eu ficava esperando. Percebi que, de verdade mesmo, minha corrida só deu certo em 1% das vezes…”. Esse o sócio de Hastings, no início da Netflix, definitivamente um empresário com ótimos conselhos para dar e que adora nascimentos. Pelo jeito, está fazendo muita falta na Netflix… que, mais que urgente, precisa renascer…
Negócio

Cringe, o Boko-Moko da 2ª década dos anos 2000

Cringe é ser cafona. Sob a ótica da chamada geração Z quando olham para os que os antecederam, os millenials. Ser Cringe é gostar de tomar café, vestir calça skinny, saber tudo sobre Harry Potter, e sentir imensa saudades de Friends, dentre outros. Não se fala de outra coisa. Dia após dia é a palavra mais pesquisada no Google. Em verdade, trata-se da versão 2020 da expressão Boko-Moko, criação magistral do saudoso Arapa, humorista e líder da criação da ALMAP, e que decidiu aposentar a palavra brega. Era um comercial para o Guaraná Antarctica, e Arapa decidiu criar um híbrido para um comportamento meio que idiota, entre bocó e mocorongo, nascendo o Boko-Moko. Deu vida a sua criação em comerciais, magnificamente interpretados pelo ator Roberto Marquis, e que acabou incorporado ao programa A Praça É Nossa. Isso posto, e explicado, esqueça todas essas bobagens. Na medida em que vamos vivendo mais, o número de gerações, por data de nascimento, vai se multiplicando e espalhando pela Terra. E assim, e hoje, já são oito gerações vivendo no mesmo espaço. Em 2020, aos 92 anos, morreu um dos maiores mecenas e colecionadores de artes do Brasil, Ricardo Brennand. Levou consigo a saudade de uma tataraneta, ou seja, Ricardo conviveu durante alguns anos, e fazia parte, da primeira de oito gerações diferentes em sua família. Quando se começou a discutir esse assunto, ou melhor, essa bobagem de catalogar as pessoas pela data do nascimento, a revista Fast Company saiu com um manifesto recomendando a todos que parassem com essa idiotice porque, e de verdade, e independente da data de nascimento, existiam apenas duas gerações na Terra, não importa quantos mais 100 anos de vida venhamos a ganhar nos próximos séculos. A geração dos Flux, e a dos Non Flux. A Flux Generation, dos que estão a fim, querem participar, mergulham de cabeça e coração em todas as novidades, olham para o futuro, exalam empatia em todos os seus movimentos, dotados que são de ótima inteligência social. A dos Non Flux, a dos cansados, independente de idade, e que reclamam de tudo e não estão dispostos a conhecer nem a fazer o que quer que seja. Dois anos depois, a jornalista Gina Pell rebatizou a geração Flux. Todos os que fazem parte dela são os Perennials. E decidiu fotografar uma amostra representativa desses Fluxes, dos Perennials. E na foto revelada aparecem Lady Gaga e Tony Bennett – 34 e 94 anos, 60 de diferença naquele momento, e os dois olhando para frente, empáticos, verdadeiros, devoradores insaciáveis de todas as novidades e muito mais. É isso. Assim, pare de usar Cringe. Toda vez que você faz isso converte-se num deles. Preconceituoso.
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 09/08/2022

Não obstante todas as críticas, processos, e indignação, o GOOGLE segue vendendo GATO POR LEBRE.